José Henrique Souza y Joseani Viseli
É possível inovar os sistemas de gestão através da utilização de tecnologias mais avançadas. Através de SGBD10 é possível gerar um abrangente sistema de gestão hospitalar capaz de administrar dados gerados em todos os setores do hospital. Esse sistema é capaz de possibilitar uma visão integral das atividades organizacionais e um controle mais eficiente dos recursos, custos e resultados operacionais da instituição.
Um sistema desse porte poderia abranger a gestão das áreas hospitalar, de paciente, clínica, diagnóstico e terapia, materiais, faturamento, financeira, serviços de apoio, notícias e regulamentações. Dessa forma, armazenando todos os dados do processo, da recepção do paciente ao faturamento das contas, seria possível monitorar, avaliar e otimizar a atividade hospitalar.
Para que isso ocorra é preciso que o novo SIG gere informações seguras, cruze dados de diferentes setores e opere um sistema integrado de custos. Somente assim é possível monitorar o desempenho operacional e financeiro da instituição para a tomada de decisões. Com um SIG deste perfil seria possível acessar informações gerenciais em tempo real por meio de relatórios, planilhas de custo e análise sofisticadas, o que melhoraria o processo operacional e a sustentabilidade financeira da instituição.
Já existem no mercado SIGs que gerenciam todo o processo hospitalar: da admissão à alta dos pacientes11. Emitem formulários, controlam a reserva de leitos e fornecem informações estatísticas do perfil dos pacientes, procedimentos realizados, taxas de ocupação hospitalar e tipos de leitos mais usados. Na internação os postos de enfermagem realizam as funções administrativas gerenciando a movimentação do paciente, modificando on-line a situação dos leitos e parâmetros de faturamento e custos. Na alta médica o sistema comunica a recepção e o faturamento para fechamento imediato da conta do paciente.
As principais funcionalidades desses novos sistemas são: a) registro da movimentação e alta médica dos pacientes; b) mapa de horários e controle da checagem da medicação por paciente; c) registro on-line de gastos na conta do paciente; d) controle do estoque da unidade; e) evolução de enfermagem e controle da troca de plantão; e f) uso de código de barras e palm-tops na checagem dos medicamentos.
Desse modo o sistema reúne, em um único ambiente, indicadores de resultados, planilhas e gráficos de desempenho de todas as áreas do hospital. Também acessa relatórios, gera mensagens de alerta on-line e notícias de mercado, além de filtrar dados e personalizar telas.
Com esta ferramenta o administrador simplifica a gestão já que pode concentrar numa única ferramenta as tecnologias de Internet, mensagens eletrônicas e processos do sistema de gestão. É capaz de armazenar e acessar informações consolidadas a partir de dados gerados nos diferentes setores do hospital o que permite análises comparativas de informações ao longo do tempo através de relatórios, planilhas, gráficos, processos e indicadores de resultado.
Nesse trabalho definimos e delimitamos o SIG - Sistema de Informações Gerenciais e a gestão de informações. Também apresentamos seu papel na gestão das tomadas de decisão. Com base na experiência da gestão hospitalar pudemos descrever as falhas mais comuns que os sistemas atuais vem gerando, sejam elas referentes aos equipamentos ou às práticas operacionais inadequadas. Também procuramos demonstrar o que é possível esperar da modernização de tecnologias de sistemas e de equipamentos já disponíveis no mercado.
Acreditamos que a implantação de novas ferramentas de gestão hospitalar pode aumentar a satisfação dos clientes e do pessoal ocupado no atendimento hospitalar. Também pode agilizar os processos e melhorar o desempenho financeiro da instituição hospitalar. Obviamente que tal meta não se atinge sem o devido aperfeiçoamento do quadro de funcionário e a execução bem planejada de um amplo processo de reestruturação e adequação de práticas e serviços de infra-estrutura em informática. Também é preciso estimular no interior da empresa a habilidade de identificar e analisar problemas e as informações com as quais será possível pensar, propor e executar soluções alternativas no processo de tomada de decisão.
Do mesmo modo é preciso cuidar para que não se façam investimentos desnecessários em ferramentas que se sobreponham e concorram entre si. Também não é possível esquecer que é preciso reservar tempo e recursos para verificar a qualidade dos dados coletados e das informações geradas.
Assim, é possível implantar novas tecnologias de gestão hospitalar que sejam mais fáceis de utilizar, mais rápidas e mais úteis para execução operacional e para a tomada de decisões. Os benefícios de tal inovação tecnológica podem ser marcantes, tanto do ponto de vista dos ofertantes quanto dos demandantes dos serviços de saúde, sobretudo no que diz respeito à rapidez no atendimento, à redução de custo, a melhor circulação de informações entre os departamentos e ao aumento da produtividade. Conquistas nada desprezíveis para muitas cidades brasileiras onde desigualdades socioeconômicas brutais se aliam a mais absurda desorganização, despreparo, ineficiência gerencial e falta de respeito com a vida humana.
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