Espacios. Vol. 33 (1) 2012. Pág. 21


Pesquisa universitária: o que motiva o seu desenvolvimento?

University research: what encourrages its development?

Investigación universitaria: ¿qué fomenta su desarrollo?

Marcos Roberto Kühl 1, Marlete Beatriz Maçaneiro 2, Sérgio Luís Dias Doliveira 3, Luiz Fernando de Lima 4, Carlos Cesar Garcia Freitas 5 y Andréa Segatto 6

Recibido: 07-02-2011. Aprobado: 02-08-2011


Contenido

Gracias a sus donaciones esta página seguirá siendo gratis para nuestros lectores.

Graças a suas doações neste site permanecerá gratuito para os nossos leitores.

Thanks to your donations this site will remain free to our readers.

RESUMO:
O objetivo do estudo é identificar quais os principais motivadores para a realização das pesquisas pelos docentes de uma universidade pública. Trata-se de um estudo exploratório, do tipo levantamento, com coleta de dados por meio de questionário disponibilizado eletronicamente. Os dados foram coletados junto aos pesquisadores Da UNICENTRO em junho e julho de 2010. As análises, dentro do paradigma positivista, resultaram no agrupamento de 12 motivadores em 3 fatores de motivação. Os resultados indicam que o principal motivador das pesquisas é o fator desenvolvimento espontâneo do conhecimento, seguido do fator benefícios e por último o fator desenvolvimento motivado do conhecimento.
Palavras chave: Gestão da pesquisa. Motivadores da pesquisa. Universidade.

 

ABSTRACT:
The objective this research is to identify which main motivator for carrying out the research by teachers of public university. This is an exploratory study, the type survey, which collected data through a questionnaire available electronically. Data were collected from the researchers of the UNICENTRO during June and July, 2010. The analysis within the positivist paradigm, resulted in grouping of 12 motivators in 3 motivating factors. The results indicate that the main motivating factor of the research is the spontaneous development of knowledge, followed by the factor benefits and finally the factor motivated development of knowledge.
Keywords: Research management. Motivating the research. University.

 
RESUMEN:
El objetivo es identificar los factores clave para llevar a cabo la investigación de los profesores en una universidad pública. Este es un estudio exploratorio, el estudio tipo, que ha recogido datos a través de un cuestionario disponible en formato electrónico. Se recogieron datos de los investigadores UNICENTRO da en junio y julio de 2010. Los análisis en el paradigma positivista, se tradujo en el grupo de 12 pilotos en tres factores de motivación. Los resultados indican que el principal factor motivador de la investigación es el desarrollo espontáneo de conocimiento, seguido por el último factor y el factor de beneficios motivado el desarrollo de los conocimientos.
Palabras clave: Gestión de la investigación. Motivar la investigación. Universidad.

1. Introdução

As universidades estão alicerçadas no tripé ensino-pesquisa-extensão, caracterizando-se no meio pelo qual elas interagem com a sociedade. Basicamente, é por intermédio da disseminação das pesquisas que elas compartilham os conhecimentos gerados pelos seus pesquisadores por toda a sociedade. (CRUZ, 2005, p. 2)

A natureza das atividades da Universidade moderna tem sua origem na Universidade de Berlim, criada em 1810, como uma instituição voltada para o Ensino Superior, tendo como função primordial a pesquisa, desenvolvida em todos os campos do conhecimento. (SAMPAIO, 2000, p. 2). Essas considerações embasam o que se desenvolveu dentro das Universidades neste período. No Brasil, nas instituições privadas, a opção pelo ensino voltado ao mercado de trabalho é nítida; já nas instituições públicas o viés da pesquisa se mostra de maneira mais evidente, refletindo o modelo implantado ao longo do século XX.

Recentemente o Governo Brasileiro tem aumentado o investimento no ensino superior, por meio da ampliação de vagas, como é o caso do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) e pelo Programa Universidade para Todos (PROUNI). Órgãos de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Fundação Araucária, destinam recursos para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas. Por outro lado, por exemplo, o Governo do Estado do Paraná institucionalizou o Programa Universidade sem Fronteiras, que visa fomentar com aporte de recursos para custeio, capital e bolsas projetos de extensão.

No que tange ao ensino, a gestão estratégica das universidades públicas pode traçar planos de expansão em número de cursos ou de vagas por curso, além do crescimento dos cursos a distância. Quanto à pesquisa e à extensão, porém, a gestão das universidades deve fomentar o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão por meio de incentivos ou motivando os docentes. No entanto, pouco se sabe sobre os motivos que levam os pesquisadores a desenvolverem suas pesquisas e seus projetos de extensão. Focando especificamente na pesquisa, especula-se que alguns optem por desenvolver suas pesquisas pela demanda da sociedade por novos conhecimentos ou aprimoramento do conhecimento existente, pela própria ‘sede’ de conhecimento, ou ainda apenas para cumprir exigências impostas pela própria universidade ou pelo governo, no caso de instituições públicas.

Esses mesmos motivos que levam os pesquisadores a desenvolverem suas pesquisas poderão influenciar na forma como os mesmos irão compartilhar o conhecimento gerado. Se o motivo para se desenvolver a pesquisa é atender alguma demanda social, o conhecimento gerado será disseminado de forma a cumprir esse objetivo. Mas, se o motivo é apenas a redução da carga horária em sala de aula, então o compartilhamento do conhecimento pode ficar restrito apenas ao cumprimento das exigências das regras que regulam esta redução, ou até mesmo nem existir compartilhamento. Nesse caso, acaba-se por influenciar também a motivação de pesquisadores preocupados principalmente com ganhos financeiros e pouco comprometidos em gerar alternativas aos problemas enfrentados pela sociedade ou à expansão das fronteiras do conhecimento. A relação entre os motivos para realizar pesquisas e o compartilhamento do conhecimento ainda é apenas suposição que precisa ser testada em futuros estudos, mas Schenkel (2008, p. 8 – nosso grifo) já dá indícios desta relação quando afirma que:

Considerado como maior estímulo e fornecedor de recursos para o desenvolvimento de pesquisas científicas e para despesas com publicações foram destacados os editais internos pelos entrevistados com 50% das respostas, sendo também apontado em 66,66% como grande estimulador do compartilhamento científico.

Portanto, antes de se buscar estudar a forma como os pesquisadores das universidades compartilham os conhecimentos gerados por meio de seus estudos, é interessante conhecer quais os motivos que os levam a desenvolver esses estudos. Diante disso, a questão que norteará este artigo pode ser descrita como: Quais fatores motivam os docentes a desenvolverem suas pesquisas? Portanto, o objetivo do estudo é o de identificar quais os principais motivadores para a realização das pesquisas pelos docentes. A justificativa do desenvolvimento deste estudo é por conta do entendimento de que o ambiente onde são desenvolvidas as pesquisas científicas no Brasil, especificamente no caso das universidades, apresenta peculiaridades ainda não suficientemente conhecidas.

Portanto, trata-se de um estudo exploratório, do tipo levantamento (survey), com coleta de dados por meio de questionário disponibilizado eletronicamente online, cujas respostas se deram por adesão voluntária. A coleta de dados foi realizada junto aos pesquisadores da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná – UNICENTRO, universidade pública estadual com campi nas cidades de Guarapuava e Irati. Os dados são analisados, dentro do paradigma positivista, individualmente e agrupados pela análise fatorial exploratória e com a utilização de testes estatísticos para verificação da representatividade da amostra, da confiabilidade da escala, entre outros.

O estudo se justifica pela necessidade de se conhecer os motivos que levam os pesquisadores a desenvolverem seus estudos, como forma de contribuir com informações que possibilitem o fomento das pesquisas em universidades, dentro da perspectiva do desenvolvimento institucional equanimemente nos seu tripé ensino-pesquisa-extensão.

Este artigo está dividido em cinco partes, sendo a primeira esta introdução. A segunda trata do referencial teórico, destacando-se a discussão em torno da geração de conhecimento na universidade, o seu compartilhamento e os motivadores para que isso ocorra. A terceira parte descreve os aspectos metodológicos, a quarta aborda a coleta e análise estatística dos dados e, na última, são tecidas as considerações finais.

2. Referencial teórico

O compartilhamento do conhecimento inicialmente era tratado como transferência de tecnologia, como se pode observar na definição de Roman e Puett Jr. (1983 apud FERREIRA JUNIOR, 2007, p. 83), é o “processo de coleta, documentação e disseminação, com sucesso, da informação técnica e científica a um recebedor, através de certos mecanismos, formais e informais, passivos e ativos.”

O processo de transferência de tecnologia, mais relacionado à transferência de conhecimento, “tem existido desde os primeiros passos dados pelos homens na face da terra.” (CLETO, 1996, p. 81). Inicialmente, de forma rudimentar, pela imitação, gestos e comunicação verbal de procedimentos para caçar, para fazer fogo, para proteger-se de animais e intempéries, visando capacitar outros indivíduos para essas tarefas. (FERREIRA JUNIOR, 2007, p. 81). Nesses primeiros passos, a compreensão desse processo era ainda rudimentar e instaurou-se por meio de diversas formas do desenvolvimento cognitivo e da própria compreensão da memória e da transmissão de experiências anteriores, positivas e negativas, aos seus descendentes.

Após esses primeiros passos, ocorreram grandes transformações que exigem dos atores do processo práticas de compartilhamento.

A necessidade crescente de conhecimentos científicos para o alcance do progresso técnico, simultaneamente ao encurtamento do ciclo tecnológico das inovações e aliada ao fenômeno da globalização dos mercados, vem exigin­do dos atores envolvidos no processo de geração e difu­são de inovações esforços no sentido da intensificação das práticas de cooperação tecnológica. (FUJINO; STAL; PLONSKI, 1999, p. 47).

Essas constatações levaram também a necessidades de intercâmbio de conhecimento e de melhoria nos processos cognitivos, auxiliados por ferramentas que ampliaram enormemente a capacidade de conhecer, com o desenvolvimento de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento. De acordo com Beillerot (2005, apud PRYJMA, 2009, p. 87), “a noção de pesquisa é utilizada em diversos campos de práticas sociais e conduz à ideia de ‘uma produção de conhecimentos novos; uma produção rigorosa de conhecimento; uma comunicação de resultados’.”

Um dos principais atores envolvidos no processo de geração de pesquisa nos países em desenvolvimento, é a Universidade. Pereira, et al. (2009, p. 131) destacam que essa situação surpreende e preocupa não apenas os países desenvolvidos, mas principalmente os em desenvolvimento. Isso porque estão despreparados e desprovidos de práticas inovadoras, de laboratórios e de potencial humano para pesquisa. Por isso, vêem-se obrigados a voltar seus olhos para a universidade, considerada como um dos poucos lugares privilegiados na geração de novos conhecimentos.

De acordo com Pryjma (2009), as universidades precisam estar preparadas para atender às demandas da sociedade no que concerne ao desenvolvimento de novos conhecimentos. É uma exigência para essas organizações repensarem a gestão de suas pesquisas, tendo em vista os desafios da sociedade contemporânea que necessita de soluções para as suas necessidades.

Apesar das dificuldades ainda presentes, as relações de cooperação têm evoluído, fruto de experiências bem sucedidas, sendo que esses países têm muito a desenvolver ainda. Contudo, trazem consigo a necessidade de proporcionar melhores condições de vida para suas populações, o que demanda, por sua vez, uma melhoria nas capacidades intelectuais em suas organizações.

Nesse contexto, “[...] a informação, a pesquisa e a transmissão do conhecimento são aspectos complexamente interligados e trabalhados por indivíduos influenciados por um contexto sócio-econômico-político-cultural específico.” (SAMPAIO, 2000, p. 1). Portanto, a cooperação está se transformando em um elemento diferenciador dentro das universidades e das organizações como um todo. Além de incorporar novos conceitos e práticas de ensino e de pesquisa, vem atendendo aos anseios de uma determinada parcela da comunidade acadêmica e empresarial, constituindo-se como um processo crescente e irreversível. (PEREIRA; et al., 2009, p. 142).

Segatto (1996, p. 17-18) destaca em um quadro alguns fatores motivacionais para a cooperação entre empresas e universidades, no desenvolvimento de pesquisas:

  • falta de fontes de financiamentos para pesquisa;
  • carência de equipamentos e/ou materiais para laboratório;
  • meio de realização da função social da universidade, fornecendo tecnologia para gerar o bem-estar da sociedade;
  • possibilidade de geração de renda adicional para o pesquisador universitário e para o centro de pesquisa;
  • aumento do prestígio institucional;
  • difusão do conhecimento;
  • meio para manter grupos de pesquisa;
  • permissão de que pesquisadores universitários tenham contato com o ambiente industrial;
  • aumento do prestígio do pesquisador individual e expansão de suas perspectivas profissionais.

Segatto (1996, p. 17) ainda destaca ser possível obter ou ter acesso “[...] a financiamentos, conhecimentos, equipamentos, oportunidades, experiências, estímulos e economias [...].” Mais adiante, ela descreve os instrumentos de cooperação entre universidade empresa, segundo os seguintes tipos e exemplos:

  • relações pessoais informais – consultoria, publicação de pesquisa, trocas informais em fóruns ou Workshops;
  • relações pessoais formais – trocas de pessoal, estudantes internos, cursos sandwich;
  • acordos formais com alvo definido – pesquisa controlada; treinamento de trabalhadores, projetos de pesquisa cooperativa;
  • acordos formais sem alvo definido – patrocinadores de P&D nos departamentos universitários;
  • criação de estruturas focalizadas – contratos de associações, consórcio de pesquisa universidade-empresa, centro de incubação-inovação. (SEGATTO, 1996, p. 31-32)

A literatura ainda é muito vaga no que se refere aos fatores que motivam os pesquisadores a realizarem suas pesquisas. Mas, a partir dos pontos listados anteriormente, pode-se inferir como motivos para realizar a pesquisa a possiblidade de desenvolver conhecimento e/ou competências, possibilidade de acesso a recursos, ampliação da remuneração e reconhecimento no campo acadêmico.

3. Aspectos metodológicos        

Trata-se de um estudo exploratório, que, segundo Collis e Hussey (2005, p. 24),

A pesquisa exploratória é realizada sobre um problema ou questão de pesquisa quando há pouco ou nenhum estudo anterior em que possamos buscar informações sobre a questão ou problema. O objetivo desse tipo de estudo é procurar padrões, idéias ou hipóteses, em vez de testar ou confirmar hipóteses.

É este o caso, pois existem poucos estudos sobre os motivos que levam os pesquisadores a desenvolverem seus estudos, no âmbito do conjunto de pesquisadores de instituição pública.

A estratégia de pesquisa é o levantamento (survey), com coleta de dados por meio de questionário disponibilizado eletronicamente online. “Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.” (GIL, 2002, p. 50). Dentre outras informações, no questionário estão treze motivadores, dispostos em um quadro onde o respondente deve atribuir importâncias a cada um deles, conforme uma escala intervalar de cinco pontos. “Uma escala intervalar utiliza números para classificar objetos ou eventos de modo que a distância entre os números seja igual.” (HAIR JR.; et al., 2005, p.184).

Então, a coleta de dados segue a metodologia Positivista, utilizando um questionário com “perguntas cuidadosamente estruturadas, escolhidas após a realização de vários testes, tendo em vista extrair respostas confiáveis de uma amostra escolhida.” (COLLIS, HUSSEY, 2005, p. 165).

Para análise dos dados, foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para realização da análise fatorial exploratória e para realização de testes estatísticos entre os quais, o teste Qui-Quadrado, o α (Alfa) de Cronbach, o teste de Tukey, o teste t-Student e o teste de Kaiser-Mayer-Olkin (KMO), além da geração de gráficos para confirmação dos resultados dos testes de Tukey e do teste t-Student. O embasamento teórico de cada análise ou teste estatístico será realizado na Seção 4 deste estudo.

Em resumo, o estudo: classifica-se como quantitativo, quanto ao seu processo; como exploratório, quanto ao seu objetivo; faz uso da estratégia levantamento (survey); utiliza como método de coleta de dados o questionário estruturado, disponibilizado eletronicamente em um sitio na internet; utiliza o SPSS para realização da análise fatorial exploratória, para os testes estatísticos e para visualização de gráficos.

O questionário utilizado para a coleta de dados foi implantado na internet, montado por meio do formulário de questionários disponibilizados pelo site Google.com. A participação dos pesquisadores foi espontânea. O processo de disponibilização do questionário passou pelas seguintes fases, realizadas nos meses de maio e junho de 2010: estruturação e montagem das questões; avaliação da estrutura e das questões; implantação no site; testes iniciais e correções; teste por seis pesquisadores; realização as correções sugeridas; avaliação por especialista; correções sugeridas e re-testes; teste final; disponibilização; encerramento do recebimento.

Para este estudo, o questionário estava composto de duas partes, sendo que na primeira estavam a identificação e caracterização do pesquisador; e, na segunda, os aspectos que motivam os pesquisadores a realizarem suas pesquisas. O tempo médio para se responder todo o questionário foi estimado em 10 minutos, nos testes realizados previamente.

A disponibilização foi feita pelo encaminhamento de e-mail aos pesquisados da UNICENTRO, segundo listagem da Diretoria de Pesquisa, solicitando a participação voluntária na pesquisa. No total foram encaminhados 437 e-mails contendo o link onde o questionário poderia ser acessado e respondido. Destes e-mails em torno de 8,5% apresentaram problemas diversos como, por exemplo, caixa postal cheia, e retornaram. Não é possível precisar quantos deles foram recebidos e marcados como spam pelo provedor e, neste caso, excluídos sem a leitura, fato que também ocorreu. Outro problema identificado foi a recusa em responder por consideração do link ou do e-mail como uma forma de disseminação de vírus. Durante o período de recebimento das respostas foi feito o trabalho de divulgação verbal do envio do e-mail da pesquisa, buscando minimizar os problemas apresentados.


[inicio] [siguiente]

1. UNICENTRO. E-mail: marcosrobertokuhl@yahoo.com.br
2. UNICENTRO. E-mail: marlete.beatriz@yahoo.com.br
3. UNICENTRO. E-mail: sldd@uol.com.br
4. UNICENTRO. E-mail: limaunicentro@yahoo.com.br
5. UNICENTRO. E-mail: cesarfreitas@sercomtel.com.br
6. UFPR. E-mail: aps@ufpr.br


Vol. 33 (1) 2012
[Índice]