5. Considerações Finais

Comparando as inovações introduzidas pela Google e pela Monsanto foi possível verificar que as novas tecnologias exigiram mudanças no modelo de negócios dessas empresas para que pudessem entregar o novo valor aos consumidores e traduzir o seu potencial em ganhos econômicos, evidenciando que a mudança tecnológica pode não representar a certeza de sucesso de um empreendimento.

Nesse contexto, a arquitetura do modelo de negócios das empresas e a adaptação e criação das capacidades e dos recursos e processos necessários à criação valor se mostraram fatores relevantes para a sustentação da vantagem competitiva.

Nos dois casos estudados, as mudanças no atendimento dos consumidores das empresas, ou seja, as novas proposições de valor, que ofereceram benefícios que eram desconhecidos anteriormente, e os desenvolvimentos, visando garantir essas ofertas de valor, constituíram inovações nos modelos de negócios das empresas.

Foi possível observar que tanto a Google como a Monsanto inovaram seus modelos de negócios por meio das inovações no modelo de indústria e no modelo de receitas.   

A escolha dos dois casos provenientes de setores distintos para o desenvolvimento desse estudo permitiu observar que a inovação de modelo de negócios pode ser a resposta à necessidade de criação de valor novo para o consumidor-alvo, bem como o instrumento que possibilita que uma empresa se diferencie de seus concorrentes. Assim, é possível inferir que esse tipo de inovação pode também apresentar relevância em outros setores dinâmicos e hipercompetitivos como o setor das tecnologias de informação e o setor de sementes. 

6. Referências Bibliográficas

 ALENCAR, E. (2003); Pesquisa social e monografia, Lavras: UFLA/FAEPE, 132 p.

ANDREASSI, T. (2007); Gestão da inovação tecnológica, São Paulo: Thomson Learning, 72 p.

BATTELLE, J. (2006); A Busca, como o Google e seus competidores reinventaram os negócios e estão transformando nossas vidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 320 p.

BELL, D. E.; SHELMAN, M. (2006); “Monsanto: realizing biotech value in Brazil”. Boston: Harvard Business School, 35 p.

CHESBROUGH, H. (2007); “Business model innovation: it’s not just about technology anymore”, Strategy & Leadership. 35(6), 12-17.

CHESBROUGH, H.; ROSENBLOOM, R. (2002); “The role of the business model in capturing value from innovation: evidence from Xerox Corporation’s technology spin-off companies”, Industrial and Corporate Change, 11(3), 529-555.

COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA CTNBio. Parecer Técnico nº 1.100/2007 - Liberação comercial de milho geneticamente modificado resistente a insetos Evento MON810. CTNBio 05 marzo 2008, [citado 21 septiembre 2009]. Disponible en la World Wide Web: http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/10932.html. 

FELITTI, G. A encruzilhada tecnológica em 2008. Carta Capital 05 enero 2008, [citado 15 junio 2009]. Disponible en la World Wide Web: http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3063.

FOLHA ONLINE. "Ninguém pode mais se esconder", diz presidente do Google Brasil. Folha [on line] 06 marzo 2008, [citado 05 junio 2008]. Disponible en la World Wide Web: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u379135.shtml.

FORTUIN, F. T. J. M. (2006); Aligning innovation to business strategy: combining cross-industry and longitudinal perspectives on strategic alignment in leading technology-based companies. (PhD Thesis) - Waginingen University and Research Center.

GIESEN, E.; BERMAN, S. J.; BELL, R.; BLITZ, A. (2007); “Three ways to successfully innovate your business model”, Strategy & Leadership. 35(6), 27-33.

GIL, A. C. (1995); Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Ed. Atlas. 207 p.

GODOY, A. S. (marzo-abril 1995); “Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades”. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 35(2), 57-63.

HAMEL, G. (2002); Leading the revolution. Boston: Harvard Business School.

HERTZ, M.; MAGPILI, L. P.; MEAD, J.; GORMAN, M. E. (2001); “Monsanto and the development of genetically modified seeds”. Charlottesville: University of Virginia, 22p.

KANAI, K.;TSUNODA, R. (2002); New venture creation and management, Tokyo: Yuhikaku.

MINAYO, M. C. S. (2000); O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 197-211.

MITCHELL, D. W.; COLES, C. B. (2004); “Business model innovation breakthrough moves”. Journal of Business Strategy, 25(1), 16-26.

MONSANTO EM AÇÃO. (noviembre 2001); MONSANTO: 100 anos de sucesso em inovações. Monsanto em Ação, Edição Especial, 11, 12 p.

OSTERWALDER, A. (2004); The business model ontology - a proposition in a design science approach. 172 p. (These) - Universite de Lausanne.

PALMEIRA, C. Sementes do poder. Carta Capital [on line] 20 marzo 2008, [citado 15 junio 2009] Disponible en la World Wide Web: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=9&i=475.

PRINGLE, P. (2003); Food, Inc. Mendel to Monsanto – the promises and perils of the biotech harvest. New York: Simon e Scuster Paperbacks, 243 p.

REIS, M. R.  Propriedade intelectual, sementes e o sistema de cobrança de royalties implementado pela Monsanto no Brasil. Terra de Direitos 21 noviembre 2005, [citado 22 diciembre 2009] Disponible en la World Wide Web: http://www.terradedireitos.org.br/2005/11/21/propriedade-intelectual-sementes-e-o-sistema-de-cobranca-de-royalties-implementado-pela-monsanto-no-brasil/.

SANTANA, L. (2008); “Google: Por Dentro da Empresa que Dominou o Mundo”. Revista Exame, 915.  São Paulo: Abril.

SIRI, L.; (2008); “Un análisis de You Tube como artefacto sociotécnico”. Revista Diálogos de la Comunicación. Lima.

UP Blog. Como funciona o Page Rank™ do Google. UP Blog Julio 2007, [citado 02 junio 2009] Disponible en la World Wide Web: http://www.upblog.com.br/2007/07/como-funciona-o-pagerank%E2%84%A2-do-google/.  

TEECE D. J. (julio/diciembre 2007); “Profiting from technological innovation: implications for integration, collaboration, licensing and public policy”. Revista Brasileira de Inovação, 6(2), 259-279.

VISE, D. A.; MALSEED, M. (2007); Google: a história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso dos nossos tempos. Rio de Janeiro: Rocco, 352 p.

WU, F.; BUTZ, W. P. The future of genetically modified crops: lessons from the green revolution. RAND Corporation 2004, [citado 03 marzo 2010], p 1-84. Disponible en la World Wide Web: http://rand.org/pubs/monographs/2004/RAND_MG161.pdf.

YIN, R. K. (2005); Estudo de caso: planejamento e métodos. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 212 p.