Vol. 40 (Nº 29) Ano 2019. Pág. 17
OLIVEIRA, Hildegard R. 1; COUTINHO, Diógenes José G. 2; AZEVEDO, Celene S. 3; DANTAS, Joselma. 4; LIMA, Jucicleide Cazé P. 5; LIMA, Luciana Maria T. de 6; TABOSA, Margarete Maria G. 7; SOUZA, Luciana Lenira 8 & XAVIER, Ana Claudia 9
Recebido: 13/05/2019 • Aprovado: 06/08/2019 • Publicado 02/09/2019
RESUMO: Este artigo faz uma análise dentro da Educação de Jovens e Adultos. Foi realizada uma investigação com acompanhamento na 1ª fase, que teve como objetivo geral: Analisar qual estratégia específica garante a não evasão nas turmas de modo que o alunado conquiste um certificado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico; conclui-se que a temática da perseverança pelos estudos, dar-se-á através da afetividade dentro de um processo de desenvolvimento de construção de conhecimentos. |
ABSTRACT: This article makes an analysis within the Education of Young and Adults, was carried out an investigation with accompaniment in the first phase, had as general objective: To analyze which specific strategy guarantees non-avoidance in the classes so that the student obtains a certificate. It is a qualitative research of an ethnographic nature; it is concluded that the theme of perseverance through studies will be through affectivity within a process of development of knowledge construction. |
A modalidade de Educação de Jovens e Adultos é parte integrante e constitutiva da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, da educação básica do ensino fundamental, é oferecida aos que não obtiveram por algum motivo de vida a falta de oportunidade do ensino no tempo oportuno da infância e juventude.
Diante da formulação das Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos (2006) vem garantir formação escolar para esta modalidade dentro de sua realidade de vida, baseando-se no modo perfil destes estudantes que fazem parte desta modalidade de ensino, são eles um público voltado para os idosos aos quais tiveram uma breve passagem nas escolas, os jovens e os adultos, que normalmente desejam garantir-se no mercado de trabalho de forma mais promissora, como também adolescentes oriundos de distorção idade série, marcados por várias situações de fracasso escolar, estes proporcionaram índices de repetência, exclusão ou evasão dentro do próprio sistema escolar.
Diante destas disparidades de realidades, encontramos também, dentro deste perfil, mulheres submissas de regimes matrimoniais machistas, que não lhes permitiram o avanço escolar e por diversos motivos às afastou das escolas em algum momento de suas vidas. Porém vencendo essa tradição as mesmas vêm crescendo cada vez mais no meio social, econômico, político de todos os tramites de nossa sociedade evolutiva.
Dentro da EJA estão inseridos estudantes portadores de necessidades especiais; estudantes oriundos do campo que se deslocam para a cidade em busca do aprendizado formal que ainda não é ofertado no espaço onde vivem. Portanto lecionar um público de estudantes diversificados e heterogêneos, normalmente professores podem se sentir inseguros diante de uma realidade tão excludente do que foram acostumados a trabalhar, normalmente sentem-se incapazes de dar conta de um processo ensino/aprendizagem de qualidade e transformador, são professores que estavam preparados a lidar com a homogeneidade, uma escola igualitária, um único currículo, uma única norma avaliativa e uma metodologia padronizada. A variedade dessas turmas dentro das suas realidades convivendo conjuntamente, diante de realidades diferentes em busca de um só objetivo; “aprendizagem”, com alunos de meia idade ao lado de jovens, como a própria nomenclatura condiz ( Educação de Jovens e Adultos), torna-se muito desafiador conduzir e produzir com este público.
Enfrentar uma turma heterogênea é um desafio, os estudantes devem ser muito focados no que desejam, mas não há limites para quem busca conseguir aprendizagem os professores devem buscar estímulos diariamente para haver sucesso.
Freire (2000, p.43) argumenta que:
[...] na formação permanente dos professores, o momento fundamental é a reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática [...] Quanto mais me assumo como estou sendo e percebo a ou as razões de ser porque estou sendo assim mais me torno capaz de mudar, de promover-me, no caso, do estado de curiosidade ingênua para o de curiosidade epistemológica.
Diante desses fatores a própria modalidade oferece formações continuadas para contemplar ações pedagógicas que atendam todos dentro desta clientela já tão desprovida pela sociedade atual.
O presente artigo tem como objetivo principal, demonstrar o poder transformador de trabalhos realizados dentro de salas de aula que garantem afetividade na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, portanto, nos permite observar muito mais que conhecimentos cognitivos e sim diante da afetividade profissional que exercemos como profissionais, que passamos a ter contato cotidianamente com pessoas que nos veem como fuga, apoio, companheiros e até psicólogos para desabafos da alma, a carência das condições socioeconômicas da comunidade, e outros sentidos de afeição e remorso.
O apoio da própria família, é um dos pontos relevantes de estímulo para estes estudantes que chegam cansados de um dia inteiro de trabalho árduo, outros desistem no meio da trajetória por não ter encontrado na escola o que pretendia achar. Diante de tantas indagações veremos qual a visão do educador pedagógico e do professor que vivenciam dentro desta modalidade que acelera o processo de ensino aprendizagem dentro de quatro anos a concluir seu ensino fundamental que foram deixados para trás em tempos oportunos. Nesse artigo não buscaremos o EJA Médio diante que o município trabalha com estudantes até o nono ano dos anos finais, assim o médio seria deixado para uma próxima pesquisa realizada na rede estadual.
Este artigo utilizou uma metodologia de natureza bibliográfica de cunho qualitativa com questionários abertos, semi-estruturados com análise de conteúdos incorporando a questões dos significados da aprendizagem dentro de uma metodologia afetiva de aprendizagem, consistindo em análises de artigos e pesquisas abordadas diante do tema vivenciado. Com uma visão mais compreensiva com os alunos, para construir avanços de aprendizagens os professores devem basear-se em artigos com estas referências, como por exemplo os Parâmetros Curriculares (2007,p.27), onde aponta que a aprendizagem afetiva está relacionada à cognitiva. Diante destes conceitos de afetividade no ensino, muitos artigos já abordam este tema um tanto norteador, dando seguimento buscou-se apresentar três subtemas norteadores que versarão o artigo; são eles: 1) As Práticas Pedagógicas e suas Adversidades; 2) Desafios de um ensino com diversas compreensões; 3)Um olhar de compreensão à docência & discência.
Portanto compreender o sistema de ensino dentro de uma proposta de aprendizagem afetiva e construtivista ainda é desafiador para professores com perfis intransigentes , embora muitos já exercessem esta prática em sala de aula nos dias atuais, construindo aprendizagens significativas dentro de respeito e afeto.
As práticas pedagógicas que norteiam e afastam alunos que outrora estavam tão seguros de si, servem para desanimar estudantes que acreditavam que com um pouco mais de afetividade por parte dos profissionais que trabalham dentro do espaço escolar conservaria o quantitativo de matrícula inicial, existem estudantes que buscam este mesmo espaço de aula, para compartilhar seus anseios, com uma professora mais confiável, ou mesmo tê-lo como terapia dentro de uma certa idade; alunos sexagenários confessam que a escola é uma terapia ocupacional, diante disso é de fundamental relevância o apoio de uma escola preparada para receber estudantes desta modalidade de ensino.
O ato de ensinar desenvolve no professor um acolhimento especial com esses educandos em suas inúmeras diversidades, respeitando-as e valorizando-as, desejando que estes alunos possam se sentir realmente como membros participantes da comunidade escolar. Portanto os professores da EJA deixam claro de que não se pode confundir a afetividade com o dever e o compromisso do ensino, com predileção por determinado aluno, ou ser confundido como o professor “bonzinho” no qual tudo é permitido porque é meu “amigo”.
Freire (2000, p.160) comenta:
A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade. Não posso condicionar a avaliação do trabalho escolar de um aluno ao maior ou menor bem querer que lhe tenha.
Dessa forma o professor não estaria construindo um cidadão para enfrentar sua própria sociedade, estaria sim, contribuindo para a marginalização intelectual negada a tantos no decorrer dos anos vividos, portanto ser um professor sensível é construir conhecimentos, respeitando os limites do outro dentro de sua eventual realidade de vida; mérito este ofertado a alunos corajosos que enfrentam difíceis jornadas para voltar a aprender.
Quando o professor afetivo compreende o lado humano do seu aluno, ele conquista e tem espaço para oferecer-lhe os desempenhos de aprendizagem, através desta troca de confiança, tanto o aluno dará atenção ao professor, como o professor que necessita da mesma, terá o retorno da aprendizagem que está sendo oferecida em sala; dessa forma pois o apoio ao estudante trará retorno aos esforços do professor.
Dentro de cada sala de aula, normalmente encontrarmos uma miscigenação brasileira: percebemos os traços físicos, a maneira de reagir, falar, de agir, as diversas preferências e escolhas culinárias onde nos remetem as diferentes regiões do país. Diante desta diversidade revela-se à enorme riqueza da nossa cultura.
Diversidade, noção emprestada da biologia e traduzida do inglês (diversity), tem originalmente o sentido de “multiformidade cultural”. A partir dos anos 80, a palavra incorporou novos significados, envolvendo o princípio de respeito às diferenças e de não discriminação na sociedade. (MEC, Caderno da EJA, Diversidade e Trabalho, p.51)
Uma forma de enriquecer o processo ensino/aprendizagem é através da diversidade cultural da nossa realidade, para nossa educação isso não se torna um problema, muito pelo contrário, é uma riqueza de conhecimentos a serem explorados dentro do nosso planejamento pedagógico para ser vivenciado em sala. A comunicação permite que as pessoas troquem diferentes experiências, opiniões, ponto de vista e conhecimentos e com isso aprendam melhor.
O professor deve entender o ensino da “cultura” como eixo principal que norteia toda sua atribuição pedagógica, quando respeita o conhecimento e cultura dos estudantes e estabelece com eles uma relação com os conteúdos.
Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos,[...] chegam a ela [...] mas também,[...] discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação ao ensino dos conteúdos. (Freire, 2000, p.33)
Referente a isso as práticas educacionais fomentam fundamentações da valorização dos estudantes, proporcionando a priorização do seu mundo cultural, e não de uma hegemonia cultural inexistente, parafraseando um pensamento de Freire (2000), é necessário extinguir a “cultura do silêncio”, para que os alunos possam falar e ser ouvidos, construindo assim um diálogo pedagógico mais intercultural e menos excludente.
É pertinente à escola proporcionar aos estudantes e a toda comunidade escolar, a valorização de interagir com outras manifestações culturais, sem perder a sua cultura original, seus princípios e suas crenças, mas que se façam perceber como sujeitos históricos competentes e com poder transformador diante da realidade que convivem.
Diante de diversos desafios de comportamento e conduta que contribuem para o retardo da aprendizagem, muitos destes são causados por ausência afetiva e emocional, o estudante tem como estratégia de ser o centro das atenções, chamando a atenção da turma, e que essas condutas indisciplinares que prejudicam o decorrer da aula pode ser muito bem resolvidas por parte dos afetos dos professores. Cury diz que. “Ser educador é ser promotor de autoestima” (2003, p. 145), e esta é uma grande responsabilidade.
O professor experiente que compreende seus alunos terá a sensibilidade para ajuda-los diante de seus transtornos de comportamento, encaminhando a um psicopedagogo, ou mesmo praticando a escuta com este estudante tão atormentado por sua realidade de vida, o professor compreende que o estudante que não sente interesse de participar dos projetos e das atividades em sala, ele apresenta rebeldia, não por não gostar do seu professor, mas sim por sentir-se inseguro e é o que mais depende de ajuda e atenção.
Existem momentos que o professor adverte seus alunos em sala, sem um motivo aparente, de forma brutal, seja por um desabafo ou alguma situação pessoal, proporcionam angústias que dificultam os problemas de aprendizagem dos estudantes. Portanto essa postura deve ser evitada, diante disso não impede que o professor não deva impor limites em sala, porém com respeito, cautela e cuidado, até para que não fique sozinho em sua sala de aula no termino do ano letivo, pois um aluno desmotivado ele tem a tendência de evadir, lembrando que ali cada um é um ser humano cheio de adversidades da vida, em busca de realizações de sonhos até então acreditados através da educação.
Cury, afirma ao dizer que:
Na escola dos meus sonhos cada criança é uma joia única no teatro da existência, mais importante que todo o dinheiro do mundo. Nela, os professores e os alunos escrevem uma belíssima história, são jardineiros que fazem da sala de aula um canteiro de pensadores (Cury, 2003, p. 155).
Em contra partida, o professor que atribui compreensão em sala, não enfraquece seu respeito conquistado com os alunos, diante dessa prática não terá problemas com a turma, mas sim fazê-lo compreender e praticar os seus direitos e deveres enquanto aluno, entendendo o que é certo e o que é errado, avaliando suas atitudes e refletindo diante do seu comportamento, se está servindo para crescimento construtivo ou destrutivo.
Os alunos irão perceber que na vida temos uma demanda de normativas a serem seguidas. Se faz necessário impor limites dentro de casa através dos pais, na escola, na sociedade em todo meio social, e os alunos como indivíduos devem compreender que na vida existem as ordens sociais. "meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo e o seu entourage" (Wallon, 1971, p. 262).
Conforme essa teoria Walloniana, o professor deverá oferecer o exemplo, olhando de forma sensível, profissional, profunda; e contribuindo com sua parte de compreensão humana dentro da sala de aula, dessa maneira o aluno ganhará confiança em compartilhar e expressar seus medos, seus anseios nessa troca de confiança humanizadora.
Possivelmente, na maioria dos aspectos, direcionados à indisciplina dos alunos, fomentam fatores de estresse para muitos professores conseguindo afetar as relações de confiança entre ambos, a falta de motivação vocacional que gera uma “angústia psíquica” por parte do professor não são fatos isolados apenas no Brasil.
Diante dos dados nacionais, por exemplo no Canadá, nos planos de assistência a saúde, é diagnosticada que mais de 40,6% das declarações dadas são através de invalidez e muitas delas relacionadas a doenças do sistema nervoso (perturbações mentais). Tardif, Lenoir, Gauthier, Karsenti e Lessard (2003, p.10) afirmam que “falta tempo aos professores para tudo fazer e seu nível de estresse aumenta diante dos obstáculos e das dificuldades múltiplas que eles encontram em seu trabalho cotidiano”.
Como poderia um profissional desvalorizado e angustiado dentro do seu campo profissional, enxergar diante de tantos desafios e entraves emocionais, o valor do outro? Sensibilizando-se e preocupando-se com as necessidades e angústias do outro ser humano, se não consegue muitas vezes resolver seus próprios problemas.
Portanto ele nunca será rotulado por apenas um mero transmissor dos conhecimentos, enquanto o professor executa sua função dessa maneira, ele será reconhecido como um mestre, um mediador, um profissional competente e capaz de trocar suas experiências com seus alunos, contribuindo na construção de conhecimentos, permitindo-lhes atuar com seu senso crítico e participativo. Contudo, dessa maneira o faz refletir sobre seu entorno social, favorecendo-se em um profissional com um olhar mais humanizado em seu exercício, entretanto, quanto mais o professor compreender a valorização do diálogo como perfil necessário em suas aulas, maiores conquistas serão atribuídas no conhecimento dos alunos.
Chalita em suas convicções de palavras afirma em dizer que;
Professor que não gosta de aluno deve mudar de profissão; a educação é um processo que se dá através do relacionamento e do afeto para que possa frutificar. Professores que não vibram com alunos são como pais que preferem os filhos afastados de si o maior tempo possível” (Chalita, 2004 p. 152).
Compreender que existem pessoas que não gostam de ensinar não é difícil, cotidianamente nos deparamos com pessoas que perguntam; Qual o prazer em sermos professores? Se não escolheríamos outra profissão se fosse possível, esclarecem que não teriam vocação alguma em lecionar, pessoas estas que percebemos não ter afeição aos próprios filhos, não conseguem se enxergar dentro de uma sala de aula com uma turma cheia de alunos, não compreendem que o ensino está além dos nossos desejos, torna-se vocação, dom, não se limita a uma mera profissão.
Para estas pessoas viver por favorecimento sempre é peculiar e confortável, preferem que seus filhos estejam sempre com cuidados terceirizados, babás, avós, hoteizinhos porém o que não podem é participar do aconchego do amor familiar, devido à falta de vocação ou mesmo vaidade própria, são pessoas tão independentes que não imaginam como o ensino faz bem a quem o ama, contribuir com o conhecimento de alguém é tão significante quanto gerar uma vida. Quando uma criança é bem amada por seus pais e bem acolhida por seus professores, ela será um adulto que construirá um futuro mais promissor para toda uma sociedade; não trará problemas para casa, seus pais perceberão que o investimento familiar sem terceirização trará retorno.
Wallon (1978) afirma que a afetividade pode ser expressa por três formas: a emoção, o sentimento e a paixão. A emoção estaria mais relacionada com o afeto enquanto o sentimento estaria diretamente ligado ao cognitivo. A paixão tem como característica principal o autocontrole. Apesar de integradas as três dimensões nos focaremos no cognitivo e afetivo. O desenvolvimento da pessoa como um ser completo não ocorre de forma linear e contínua, mas apresenta movimentos que implicam integração, conflitos e alternâncias na predominância dos conjuntos funcionais. No que diz respeito à afetividade e cognição, esses conjuntos revezam-se, em termos de prevalência, ao longo dos estágios de desenvolvimento. Nos estágios impulsivo-emocional, personalismo, puberdade e adolescência, nos quais predomina o movimento para si mesmo (força centrípeta) há uma maior prevalência do conjunto funcional afetivo, enquanto no sensório-motor e projetivo e categorial, nos quais o movimento se dá para fora, para o conhecimento do outro (força centrífuga), o predomínio é do conjunto funcional cognitivo (Ferreira; Acioly-Régnier, 2010, p. 30).
Pino (1997, p. 06), quando discorre sobre a aprendizagem cognitiva, salienta que esta é uma ação que “envolve três elementos, não apenas dois: o sujeito que conhece a coisa a conhecer e o elemento mediador que torna possível o conhecimento”.
Pino ainda afirma que:
[...] embora a atividade de conhecer pressuponha a existência no sujeito de determinadas propriedades que o habilitam a captar as características dos objetos, há fortes razões para pensar que o ato de conhecer não é obra exclusiva nem do sujeito, nem do objeto, nem mesmo da sua interação [direta], mas da ação do elemento mediador, sem o qual não existe nem sujeito nem objeto de conhecimento (Pino, 1997, p.02).
Referendando-se ao pensamento mediador entre Smolka e Góes (1995), transmitem uma relação entre sujeito-sujeito-objeto. “Isto significa dizer que é através de outros que o sujeito estabelece relações com objetos de conhecimento, ou seja, que a elaboração cognitiva se funda na relação com o outro” (p. 9).
De maneira semelhante, Klein (1996) afirma em suas teorias que não há como aprender sem haver relações humanas. “De fato, para chegar ao objeto, é necessário que o sujeito entre em relação com outros sujeitos que estão, pela função social que lhe atribuem, constituindo esse objeto enquanto tal” (p. 94). Portanto confirmamos que são as relações humanas, pessoais e sociais que constroem o conhecimento do individuo, e este passa a ter evolução através da convivência social no meio que se está inserido. Evidenciamos que o processo de interação entre aluno e professor, se dá uma construção mediante a evolução da afetividade transmitida gerando confiança e evolução de conhecimentos cognitivos.
É partindo das interações com as pessoas que surge à aprendizagem, cotidianamente e em diversos meios de aprendizagem, do dia a dia, seja uma informação questionada no meio de um trânsito quando se está perdido ou mesmo na leitura de um informe colado no muro de uma rua qualquer, sempre há alguém aprendendo o que não conhecia, dentro ou fora da sala de aula, a vida ensina, os relacionamentos de convívio dos indivíduos com o mundo estão sempre medidos pelo outro; esse outro tem como referência o professor, porém todos nós somos professores na medida em que ensinamos alguma coisa.
Não há como aprender e aprender o mundo se não tivermos o outro, aquele que nos fornece os significados que permitem pensar no mundo a nossa vida. Veja bem, Vygotsky defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsão dentro de nos que vai se atualizando conforme o tempo passa ou recebemos influência externa (Bock, 1999, p. 124).
O ser humano necessita de uma convivência social, mesmo sendo um sujeito reservado e conservador; com a convivência ele irá estipular sua direção, e seus próprios seguimentos que acredita ser o correto para sua vida, irá concordar ou discordar de opiniões, critérios de vida, crenças, políticas entre outros fatores sociais que formalizamos para o nosso crescimento pessoal, na vida adquirirmos conhecimentos cognitivos de aprendizagens curriculares e seculares, porém atribuímos conhecimentos com as experiências alheias, são nessas situações de convivência que espelhamos-nos mais velhos para compreender as aprendizagens da vida.
A bíblia sagrada cita nas cartas do Apóstolo Paulo escrevendo a Tito dita:
As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convêm às santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem, para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos; a serem moderadas, castas, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada. (Almeida, 2009, p.814).
A personalidade forma-se através da convivência, sem ela não existiria formação de personalidade, esta citação reforça o que enxergamos diante das afirmações de Vygotsky (2001), as pessoas se influenciam e geram novas influencias para outros construírem suas personalidades, muitas destas tomam como exemplos de vida aqueles que lhes cercam e estão mais próximos, seja um parente, um professor, um chefe de trabalho ou um artista famoso, de tal forma que o convívio e a admiração faz com que o sujeito adquira traços semelhantes da personalidade de quem o ensina.
Ter um professor em quem o aluno confia, contribui para um grande avanço de uma parceria perfeita, tanto o professor poderá ministrar suas aulas de forma que enxergará avanço nos conteúdos aplicados, que é um de seus maiores objetivos; como por parte do estudante ele irá sentir-se apoiado com estímulo de continuar seus sonhos de conclusão dos seus estudos, banindo a evasão, as distorções de idade e série e a marginalização dentro das salas de aula.
Estes professores marcam a vida dos seus alunos, da forma como produz e realiza o seu trabalho em sala, vai repassando os conteúdos e cada vez mais aproximando-se da turma, até tornar-se um amigo, por outro lado infelizmente tem professores que deixam traumas que jamais serão esquecidos. Depende de cada professor desenvolver seu profissionalismo em transmitir seus conhecimentos, através de sua herança será lembrado por toda sua existência.
A referente pesquisa optou em utilizar uma metodologia de natureza qualitativa de cunho etnográfico com questionários abertos, semi estruturados onde foram aplicados a professores da escola da rede pública entre os meses de julho a novembro de 2018, obtendo análise de conteúdos incorporando a questões dos significados da aprendizagem dentro de uma metodologia afetiva, encontra-se fundamentada dentro dos parâmetros teórico-metodológicos do ensino e aprendizagem vivenciados diante de compreensão da afetividade pedagógica, corroborando as teorias voltadas para a discussão deste tema através de Freire (2000), Chalita (2004), Henri Wallon (1971) e entre outros salientamos ressaltar que o estudo foi aprofundando-se em conceitos marcantes dos conceituados autores do processo da pesquisa.
A pesquisa foi vivenciada em uma escola pública entre o segundo semestre de 2018, localizada em um bairro do espaço urbano, considerado uma escola de estrutura carente por ter sido atingida por duas cheias no período de cinco anos, comprometendo a mobília, como também as paredes encharcadas e sujas ficando muito sem aparência para gerar um ambiente agradável de estudo em receber e adequar esta modalidade de ensino, a mesma têm o apoio do governo municipal quanto ao transporte escolar buscando alunos de periferias e do campo para agregar as turmas desta escola, que apesar da aparência têm um ensino de “referência” dentro da EJA. Oferece apoio pedagógico exclusivo, uma gestora, neste horário noturno, merenda escolar, tem um quadro de funcionários que é composto por:
01 gestora;
01 coordenadora pedagógica;
01 supervisora;
01 técnico de secretaria;
02 professores nas duas turmas de 1ª e 2ª fase;
06 professores na 3ª e 4ª fase;
01 bibliotecária;
01 sensor de apoio à disciplina;
01 vigilante de portaria e
01 zeladora e 01 merendeira.
Os participantes questionados foram professores da rede pública da modalidade EJA da 1ª fase, uma coordenadora pedagógica exclusiva a este público. Para garantir proteger a imagem dos pesquisados, estes serão identificados por letras e números.
A referida escola atende toda a rede municipal independente do bairro que está lotada, transportando os alunos com desejo de estudo através do transporte escolar, o interessante são estudantes que muitas vezes deslocam-se de bairros que também oferecem o ensino, porém eles preferem matricular-se nesta escola. Comportando uma média de 240 estudantes apenas neste turno noturno, enquadra também outras turmas nos outros horários, porém são dos anos iniciais.
A escola depois de sofrer catástrofes naturais, recebeu a visita do secretário de educação do estado, em parceria com o governador atual inseriu na lista das escolas a serem reconstruídas até 2025. Está totalmente legalizada com sua documentação; a estrutura da escola é composta por uma secretária, uma sala de professores, uma pequena biblioteca, um almoxarifado, um pátio aberto, cinco salas de aula, 4 banheiros e uma cozinha, possui quarenta e oito funcionários entre os três turnos efetivos e contratados, nas áreas pedagógicas, administrativa e serviços gerais.
Na construção do questionamento foram realizados com os professores e coordenadoras pedagógicas foram compostas várias perguntas sobre o tema abordado. “Para cada uma dessas perguntas, oferece-se aos interrogados, uma opção de respostas, definindo a partir dos indicadores, pedindo-lhes que assinalem o que correspondem melhor sua opinião” (Lavine; Dione, 2011, p.183).
O estudo sobre as aprendizagens significativas na modalidade EJA dentro de uma perspectiva de ensino, foi abordado através de uma metodologia de natureza qualitativa de cunho etnográfico com questionários abertos, semi-estruturados aplicados a professores e uma coordenadora pedagógica dentro de uma escola da rede pública, com a pretensão de construir análises dos conteúdos abordados na realização da pesquisa, averiguando as questões aplicadas dentro de uma metodologia afetiva, sobre vários tipos de aprendizagens dentro de uma didática cativante e conquistadora em busca de conservação de uma frequência significante com rendimentos de aprendizagem.
Os resultados serão apresentados através tabelas, alinhadas nas questões correspondentes. Como pode ser observado no quadro 1, a primeira professora reconhece que por se tratar de uma turma de idade mais avançada e trabalhadores que estiveram o dia todo em exercício, o deslocamento a pé para escola seria desgastante, talvez gerasse baixa frequência, extinguindo a turma no próximo ano, então no momento que eles estão sem transporte escolar, a própria professora compromete-se com a locomoção da sua turma da 1ª fase.
A segunda professora justifica que para não haver desinteresse, ela sempre conserva um bom diálogo aberto com os alunos, comunicando os dias que não pode chegar e comprometendo-se de assumir uma boa substituta que estimule a turma.
A coordenadora garante que o sucesso das turmas atingirem uma boa frequência anual é devido o acúmulo de funções que os professores assumem durante o dia em outros empregos, caso eles não estimulem seus alunos ficará difícil garantir sua turma no próximo ano letivo.
Quadro 1
Resultado abordado dentro da 1ª questão da pesquisa qualitativa etnográfica através
de questionário aberto realizada com as professoras e a coordenadora da escola
Questão |
Respostas dos Professores |
1-Qual a estratégia de ensino para conservação de uma boa frequência anual por parte dos alunos? |
P1-Quando não têm transporte para meus alunos eu busco um por um em meu carro em suas casas e deixo-os de volta quando largamos para não haver falta de motivação. |
P2-Quando preciso faltar, comunico pelo grupo que formamos pelo whatsApp da turma, e envio uma substituta com minhas aulas elaboradas, e ela sempre que vem faz sorteio de caixas de bombons, para estimular a frequência. |
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C- Os professores sabem que se não tiver aluno será difícil formar a sua turma no próximo ano, e como a maioria dos professores trabalham em outros órgãos durante o dia, eles não querem perder a sua estabilidade, portanto constroem dinâmicas e estratégias de conservação da turma até o final do ano letivo. |
Fonte: Dados da pesquisa de campo
No caso do quadro 2, a primeira professora apresenta que existem vários motivos para a evasão, diante disso o professor deve detectar o quanto antes e criar propostas que incentivem a frequência do estudante através de projetos escolares.
A segunda professora esclarece que os apoios de parcerias com profissionais que assegurem mais segurança para a comunidade escolar proporcionam uma frequência garantida durante o horário noturno.
A coordenadora acrescentou em sua opinião que a escola ajuda seus alunos diante de uma proposta que conta com parcerias de outros profissionais que fazem parte da comunidade escolar, acrescentando palestras, agendamento de consultas, com o CREAS e o CRAS (Centro Especializado de Assistência Social e Centro de Referência de Assistência Social), visitas através do sensor da escola na casa do aluno e projetos que vão além dos muros da escola.
Quadro 2
Resposta da 7ª questão do questionário aplicado com as
professoras da EJA da 1ª fase e Coordenadora Pedagógica
Questão |
Respostas dos Professores |
7- Como você compreende que deve ser uma proposta pedagógica para eliminar de vez a evasão escolar? |
P1- Existem vários motivos de evasão, porém os estímulos através de feira de conhecimentos, festividades folclóricas nas datas comemorativas, sorteios e bingos, são motivos para que eles enxerguem a escola como uma parte integrativa de sua vivência. |
P2- Ter parceria com entidades que apoiem a escola, oferecendo segurança no bairro, como a ronda estudantil, o apoio dos policiais do batalhão que sempre vem fazer palestras são de fundamental importância para tranquilizar quem deseja chegar com segurança, evitando o medo de andar a noite nos bairros. |
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C- A violência cresceu muito dentro da nossa cidade, tentamos dar o apoio psicológico com diálogos, encaminhamentos ao posto de reabilitação, temos parcerias com o CREAS e o CRAS, que tratam do apoio psíquico e as famílias no geral. Nossa proposta envolve sempre os alunos com dinâmicas de aulas internas e externas, os estudantes gostam de visitar autoridades como secretários, vereadores; com a finalidade de contribuir em busca de apoio para nossa escola. |
Fonte: Dados da pesquisa de campo
E para o quadro 3, a primeira professora concorda que os estudantes desta modalidade devem estudar algo desafiador para a própria elaboração de aula da professora, para tornar o ensino mais próximo de sua realidade possível, concordando com as teorias de FREIRE, (2000); a segunda compreende que o ensino significativo para estudantes de EJA, vai além de ensinar as silabas, pois eles estão muito evoluídos em sua vida pessoal; construindo sempre uma proposta motivadora que eles interajam com estímulo. A coordenadora pedagógica acredita que uma aprendizagem significativa são trocas de experiências em sala, envolvendo a vida pessoal com os conteúdos vivenciados.
Quadro 3
Resposta da 9ª questão da entrevista dos professores
Questão |
Respostas dos Professores |
9. Qual a sua opinião diante de uma perspectiva de ensino voltada para uma aprendizagem mais significativa dentro desta modalidade? |
P1- Os estudantes desta modalidade não podem estudar apenas o que é favorável ao professor em seu planejamento, ele deve introduzir na realidade dos alunos assim, como Paulo Freire instruiu, para o aluno se a aprendizagem não tornar-se significativa e interessante ele desiste na primeira semana de aula. |
P2-Não podemos trabalhar apenas o “B-A=BA”, isso seria desinteressante; eles são pessoas com um vasto conhecimento prévio de toda uma vida, não venho ensinar, venho trocar experiências, tenho excelentes alunos que são profissionais na área de eletricista, informática, motoristas e outras funções que facilitam na aprendizagem, tento adequar as propostas de ensino dentro de uma significância de conteúdos para que eles sintam-se desafiados sem cair em uma rotina desmotivadora. |
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C- Uma aprendizagem significativa são trocas de experiências em sala com o professor ou mesmo com outros alunos, eles têm a escola como uma terapia, aqui eles negociam motos, celulares, fazem trocas, arrumam empregos para os colegas desempregados e atribuem tudo isso dentro do conhecimento de aula na aprendizagem contra o analfabetismo, eles têm a prática da vida falta apenas a leitura que muitos estão conquistando com o objetivo de ir em busca de um emprego mais qualificado. |
Fonte: Dados da pesquisa de campo
A realização desta pesquisa é de caráter investigativo, dentro de aprendizagens significativas, para a construção do saber na modalidade EJA, teve por pretensão diagnosticar o motivo de turmas sem evasão durante todo ano letivo, compreendemos que a metodologia utilizada voltada para a realidade dos estudantes, as propostas vivenciadas dentro do espaço escolar e o cuidado com a frequência dos alunos contribuem bastante para que não haja a evasão, garantindo turmas cheias e uma escola de referência dentro do município para este público.
Reinteirando o direcionamento desta pesquisa convivemos com os as estratégias elaboradas para o ensino da compreensão do conhecimento elencado em sala, somatizando aos anseios, posturas e representações gerais dos aspectos de aprendizagem por parte dos estudantes. O propósito desta pesquisa é demonstrar como é possível garantir a alta frequência durante o ano letivo em turmas da EJA, onde comumente existem as evasões e desistências por inúmeros motivos na maioria das escolas da rede, a diferença na postura da proposta de aprendizagem quanto às influências da afetividade entre um professor e um aluno contribui no êxito da sala de aula, como também as contribuições afetivas que favoreçam este processo de ensino e aprendizagem.
Esta pesquisa apropriou-se do favorecimento bibliográfico dentro do tema, por clássicos autores supracitados baseando-se nas mais recentes contribuições de pesquisa no entorno deste tema, considerando fundamentar a pesquisa em um conceito científico, direcionando a convivência do professor e o aluno em um novo conceito de aprendizagens mais significativas, pretendemos sedimentar dentro desta busca uma realização de uma análise mais científica e conceituada norteando contextos em referenciais bibliográficos apontados em obras literárias, revistas científicas, artigos, sites acadêmicos e demais contextos bibliográficos para enriquecimento do tema. Portanto ditamos que dessa forma contribuiremos para um melhor benefício do processo de ensino contra a evasão dentro de uma proposta construtiva e estabelecida através de vastas experiências convividas em sala, que surgem as ideias de melhoria de ensino.
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1. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: hilde.2009@hotmail.com
2. Graduado em Biologia pela UFPE. Doutor em Biologia pela UFPE. E-mail: gusmao.diogenes@gmail.com
3. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: celenesilvadeazevedo@gmail.com
4. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: joselmadantas2010@hotmail.com
5. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: jucileidecaze@hotmail.com
6. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: lucianatabosa@hotmail.com
7. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: margaretetabosa@hotmail.com
8. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: souzalucianalenira@gmail.com
9. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: anaxavier15@hotmail.com