Vol. 40 (Nº 22) Ano 2019. Pág. 1
SANTOS, M.V. 1; VIEIRA, Irlaine Rodrigues 2; SILVA, Maria Francilene Souza 3 e ANDRADE, Ivanilza Moreira de 4.
Recebido: 04/12/2018 • Aprovado: 06/06/2019 • Postado 01/07/2019
RESUMO: Plantas medicinais são comercializadas nos mercados públicos por raizeiros ou erveiros. Objetivou-se realizar o levantamento das plantas medicinais comercializadas nos mercados do município de Parnaíba, Piauí. Foram registradas 36 espécies, 21 famílias e 36 gêneros. Hymenaea courbaril L. (VU=9,5) e Ximenia americana L. (VU=9,5) foram as que apresentaram maior valor de uso. O hábito arbóreo (63,8%) foi o mais representativo. Os maiores FCI estiveram relacionados a doenças do sistema digestivo (FCI: 0,6). A população de Parnaíba recorre a flora nativa para o tratamento de doenças, principalmente as relacionadas ao tratamento de doenças do sistema digestivo. |
ABSTRACT: Plants with medicinal contents are marketed by people popularly known as “raizeiros” or herbalists. The objective was to carry out the medicinal plants sold in the markets of the municipality of Parnaíba, state of Piauí. Were recorded 36 species are distributed in 21 families and 36 genera. The most representative botanical families were Fabaceae (27.77%) e Euphorbiaceae (8.33%). Hymenaea courbaril L. (VU=9,5) e Ximenia americana L. (VU=9,5) were that presented the highest value in use. The highest FCI were related to diseases of the digestive system (FCI: 0.6). The population of Parnaíba uses the native flora for the treatment of diseases, mainly those related to the treatment of diseases of the digestive system. |
As plantas são utilizadas na alimentação, construção, em rituais religiosos e na cura de doenças, dentre outras (Cunha, 2007). No Brasil, o uso de plantas medicinais é bastante comum (Maioli-Azevedo e Da Fonseca-Kruel, 2007), muitas vezes é o principal acesso terapêutico para muitas pessoas (Tresvenzol et al., 2006). Essa prática está diretamente relacionada à busca por métodos naturais de combate a doenças (Badke, 2008), e de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS 2010), aproximadamente 80% da população depende das plantas para cuidados básicos com a saúde, no qual 85% da medicina alopática abrangem o uso de plantas medicinais com seus estratos e princípios ativos (IUCN, 1993).
Plantas medicinais, partes destas ou seus produtos, são muitas vezes comercializadas em feiras livres e mercados públicos, permitindo o acesso fácil a produtos terapêuticos, que podem ser a única forma de tratamento de enfermidades. Portanto, podendo se configurar como um local de acesso e transmissão do conhecimento tradicional sobre as plantas e a cultura local (Monteiro et al., 2010). Geralmente, o uso de plantas é segmentado em partes, como cascas, folhas, frutos e raízes (Conceição et al., 2011), as quais são obtidas em quintais de residências ou de extrativismo da flora regional (Tresvenzol et al., 2006; Oliveira; Barros; Moita Neto, 2010).
Quando se fala em registro de medicina natural, várias informações são necessárias, como locais de aquisição, parte da plantas utilizada e principalmente o modo de preparo das espécies, que pode variar de acordo com a finalidade. Assim, observa que há o resgate de práticas terapêuticas que foram passadas por gerações, e o conhecimento e registro deste modo informal de utilização e aprendizado popular são importante para a valorização desta modalidade de medicina terapêutica (Gomes, 2007).
Geralmente, os fitoterápicos são comercializados por pessoas popularmente conhecidas como raizeiros, ervateiros (Miura et al., 2007) ou erveiros (Alves et al., 2008). Eles contribuem com a cultura popular, no que se refere ao conhecimento, preparo indicação e comercialização das plantas. São comerciantes que tem seu espaço nas feiras livres e nos mercados (Dourado et al., 2005; Tresvenzol et al., 2006). Representam o elo entre a produção e o consumo dos produtos comercializados (Miura et al., 2007). Alguns autores (Nunes et al., 2003; Botha et al., 2004; Olsen, 2005) relatam preocupação com esta questão, uma vez que as taxas de extrativismo e venda nos mercados podem trazer danos à sobrevivência e desempenho das plantas exploradas, e consequentemente danos ao meio ambiente na qual estão inseridas.
As informações sobre plantas coletadas em feiras livres buscam demonstrar a utilização dos produtos naturais vegetais (Albuquerque e Hanazaki, 2006). Esses estudos são de grande importância, principalmente no Brasil, visto que o país possui uma das floras mais ricas do mundo (Gotlieb et al., 1996).
O valor e a diversidade desses recursos naturais vendidos nesses espaços, principalmente para procedimentos medicinais para a população, vem sendo divulgado por uma diversidade crescente de autores (Nicholson; Arzeni, 1993; Narváez; Stauffer, 1999; Williams et al., 2000; Lev; Amar, 2002; Botha et al., 2004; Hanlidou et al., 2004; Lima Et Al. 2009; Freitas et al., 2012; Silva et al., 2012; Pinho et al., 2012; França e Melo, 2014; Lima et al., 2014; Carmo et al., 2015, Santos et al., 2018). Entretanto, a venda de plantas medicinais não tem controle rígido, mesmo que sejam amplamente utilizadas nas mais diversas localidades no país, o que permite que haja a sua comercialização mesmo que seu princípio ativo não tenha sido isolado ou identificado, ou sua eficácia comprovada cientificamente (SILVA et al., 2001).
Os mercados, além de oferecer serviço para a prática terapêutica, propiciam também as práticas religiosas, disponibilizando espécies vegetais para rituais (Vogel et al., 1993; Albuquerque, 1997). Gomes; Dantas; Catão (2008), registraram mais de 100 espécies com esta finalidade.
No Brasil, a diversidade vegetal comercializada em mercados públicos varia de 10 a 148 espécies (Marinho et al., 2001; Azevedo et al., 2003; Souza et al., 2003; Medeiroa et al., 2003; Trevenzo et al., 2005 Teixeira et al., 2006; Parente et al., 2006; Leão et al., 2007; Gomes et al., 2008; Lima et al., 2009; Oliveira et al., 2010; Freitas et al., 2012; Alves et al., 2012; Silva et al., 2012; Pinho et al., 2012; França et al., 2014; Lima et al., 2014; Carmo et al., 2015).
No município de Parnaíba, Piauí, as plantas medicinais se constituem em um importante recurso para o tratamento de doenças e a comercialização desses vegetais é uma fonte de renda para os raizeiros. Entretanto, esta atividade incentiva o extrativismo destas plantas, e alguns como Nunes et al. (2003); Botha et al. (2004); Olsen (2005 a,b) relatam a preocupação com as taxas de extrativismo e o comércio de plantas medicinais.
Neste contexto, objetivou-se identificar e conhecer a diversidade de espécies de plantas medicinais comercializadas nos mercados públicos do município de Parnaíba, bem como as partes da planta utilizadas e as finalidades do uso.
A cidade de Parnaíba (02º 54' 17" S; 41º 46' 36" W) está localizada na mesorregião do norte do estado do Piauí, microrregião do litoral piauiense, cerca de 336 km da capital Teresina, Nordeste do Brasil A cidade apresenta cerca de 145,705 habitantes, com uma população de 150.201 habitantes estimada para 2016, destes 137,485 estão na zona urbana (IBGE, 2010).
Parnaíba está ladeada ao Norte pelo oceano atlântico, ao Sul pelo município Buriti dos Lopes, ao Leste por Luís Correia e ao Oeste por Ilha Grande, seu clima é do tipo Tropical alternadamente úmido e seco, precipitação de 1384 mm anuais, com duração do período seco de seis meses e a variação de temperatura na cidade fica entre 22°C e 32°C (CEPRO, 2013). Os solos são compostos por areias quartzosas distróficas, solos aluviais eutróficos e laterita hidromórfica associados aos latossolos vermelho-amarelo distróficos. A vegetação local constitui-se de mangues, restingas e caatinga arbustiva (CEPRO, 2013).
A cidade de Parnaíba conta com quatro mercados públicos: Mercado Municipal governador Wellington Dias, Mercado Municipal de Fátima, Mercado público Municipal da Caramuru e Mercado municipal da Guarita. O Mercado Municipal Governador Wellington Dias, conhecido como mercado da “Quarenta”, está localizado na Rua Luís Correia Lima, no centro da cidade de Parnaíba. O Mercado Municipal Nossa Senhora de Fátima, por sua vez, situa-se na Rua Armando Bulamarque, enquanto o Mercado Público Municipal da Caramuru está situado na Avenida Pinheiro Machado, e o Mercado Municipal da Guarita está próximo ao Campo das Mercedes. Todos os mercados são subdivididos em Box, e possuem a mesma diversidade de vendas (frutas, verduras, produtos artesanais, carnes, plantas medicinais e um espaço para alimentação). A quantidades de Box que comercializam plantas medicinais variam de acordo com a extensão de cada mercado. O Mercado Municipal Governador Wellington Dias possui quatro boxes com plantas medicinais, enquanto que o Mercado Municipal Nossa Senhora de Fátima possui apenas dois boxes de vendas, já o Mercado Municipal da Caramuru contém cinco boxes e o Mercado Municipal da Guarita somente um.
Foram selecionados para estudo todos os comerciantes de plantas medicinais dos quatro mercados públicos do município de Parnaíba e que tivessem idade superior a 18 anos.
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) sob o parecer de número 2.708.216. Anteriormente a realização desta pesquisa, foi esclarecida às comunidades os seus propósitos, usando a técnica “rapport”, com objetivo de se apresentar e obter a confiança dos informantes (Albulquerque; Lucena, 2004). Após consentimento de participação da pesquisa, foram solicitadas as assinaturas dos entrevistados, e no caso dos que não sabiam assinar foram feitas as impressões da digital do entrevistado no TCLE e entregue uma cópia deste para o mesmo.
As entrevistas foram realizadas com auxílio de formulários semiestruturados abordando informações, tais como, nome popular da planta, parte utilizada (casca, folha, caule, raiz), indicações, forma de uso e origem (Albuquerque et al., 2010).
As espécies foram coletadas utilizando a técnica “turnê guiada” (Bernard, 1988), nas localidades de indicação dos comerciantes. As plantas foram identificadas por meio de estudos morfológicos comparativos, utilizando-se material de herbário e chaves de identificação, descrições originais e bibliografia especializada, consulta a especialistas e por comparação com materiais contidos no acervo do Herbário HDELTA.
Todo material coletado foi incorporado ao acervo do Herbário Delta do Parnaíba (HDELTA) do Campus Ministro Reis Velloso da Universidade Federal do Piauí. A classificação em nível de família foi descrita de acordo com APG (Angiosperm Phylogeny Group) IV (2016), enquanto que os nomes dos autores das espécies seguiu a classificação de Brummitt e Powell (1992) e The International Plants Names Index (2015).
Para verificar o “status” de conservação das espécies indicadas como medicinais foi utilizada a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção do IBAMA (1992). Ainda em relação às espécies, foram relacionadas e destacadas as nativas, das exóticas (espécies espontâneas, subespontâneas e cultivadas) utilizando a lista de espécies da flora do Brasil (2018).
Os dados foram organizados no programa Microsoft Office Excel 2010. Dados socioeconômicos dos informantes foram avaliados qualitativamente e suas idade agrupadas nas categorias jovens (18 e 24 anos); adultos (25 e 59 anos) e idosos (a partir dos 60 anos) conforme preconizado por IBGE (2010). Foi avaliado o Valor de Uso (VU), efetuado através da fórmula VU= ΣU/n, na qual VU = valor de uso; U = número de citações de ou usos da etnoespécies por informante e n = número total de informantes (Rossato et al., 1999).
A concordância de uso das espécies pelos informantes foi calculada pelo Fator Consenso de Informante (FCI) de acordo com a fórmula: FCI = nar – na/ nar – 1na qual nar = somatório de usos registrados por cada informante para uma categoria; na = número de espécies indicadas em cada categoria, adaptada de (Logan, 1986).
As plantas citadas foram agrupadas em categorias de doenças, classificadas de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2000). As indicações terapêuticas foram agrupadas em 15 categorias de acordo com Cartaxo et al. (2010): doenças do sistema respiratório; doenças do sistema nervoso; doenças do sistema digestório; doenças do sistema genito-urinário; doenças do sistema musculoesquelético e tecido conjuntivo; inflamações e dores em geral; doenças infecciosas, doenças do sistema circulatório; doenças da pele e do tecido celular subcutâneo; doenças das glândulas endócrinas, da nutrição e metabolismo.
Elaborou-se um registro para cada espécie vegetal indicada pelos erveiros, contendo: nome científico, família, nome vulgar, hábito, uso(s), parte utilizada, indicação terapêutica, origem, hábito e número de coletor (Tab. 1).
Foram entrevistados nove feirantes, sete (77,7%) homens e duas (22,2%) mulheres, dos quais oito (88,90%) são adultos, com idades variando de 43-58 anos e um (11,10%) idoso, com 60 anos. Diferente dos resultados obtidos neste trabalho, Almeida et al. (2006), em estudo sobre plantas medicinais comercializadas em Xingó, registraram 92% dos feirantes sendo mulheres e 8% homens, com idades variantes entre 21 a 50 anos. Nos estudos de Lima et al. (2016), o número de feirantes de gênero feminino também foi maior, com idades variando entre 25 a 75 anos.
Quanto à escolaridade, seis (66,6%) entrevistados não concluíram o ensino fundamental e um (11,1%) tem o ensino fundamental completo, enquanto dois (22,2%) não são escolarizados. Pilla et al. (2006) também registraram que a maioria dos feirantes que participaram de sua pesquisa não concluiu o ensino fundamental e que este fator não impediu o conhecimento sobre plantas medicinais entre os comerciantes.
Dentre os feirantes, a maioria (sete) (66,6%) obtém renda mensal menor que um salário mínimo, enquanto dois (33,3%) tem lucro acima de um salário mínimo. Resultado semelhante foi verificado por Silva et al. (2015), em Sobradinho, município de Luís Correia, Piauí, onde 65% dos vendedores ganham um salário mínimo.
Ao serem questionados sobre como adquiriram o conhecimento sobre as plantas medicinais, seis (66,6%) responderam que aprenderam com seus pais, e quatro (44,4%) com amigos. Quanto ao local de obtenção das plantas medicinais, oito (88,8%) adquirem as plantas diretamente do Estado do Maranhão, um (11,1%) da cidade de Parnaíba e um (11,1%) compra de outros feirantes.
Foram registradas 36 espécies de plantas medicinais comercializadas, distribuídas em 21 gêneros e 21 famílias (Tabela 01). A família mais representativa em número de espécies foi Fabaceae (27,77%). A família Fabaceae apresenta a maior predominância de espécies em pesquisas desta natureza, principalmente em estudos realizados no Nordeste, dentre os quais citam-se para o estado do Piauí Araújo e Lemos (2015), Correia et al. (2015), Rodrigues e Andrade (2014) e Ribeiro et al. (2014), dentre outros. Em vegetação de caatinga esta família é bem representada e é onde há a dominância de espécies em um mesmo local (Ribeiro et al., 2014).
Foram registradas 83,33% de espécies nativas (30) do Brasil e 16,66% exóticas (seis). Plantas exóticas são consideradas aquelas provenientes de outros continentes (Giraldi e Hanazaki 2010; SIVIERO et al., 2012). Plantas nativas também tiveram maior representatividade no trabalho de Pinto (2013) realizado nos mercados de Cuiabá, Mato Grosso (65,2%), e no de Gomes e Lima (2017) no comércio local da cidade de Humaitá, Estado do Amazonas. As espécies de plantas medicinais nativas, provavelmente, são mais utilizadas, em razão da grande proximidade das residências com a floresta.
Quanto ao hábito, 63,8% (n=23) são do hábito arbóreo, seguido de arbustos 19,4% (n=7), ervas 13,8% (n=5), subarbusto e liana 2,7% (n=1). Resultados semelhantes foram registrados no trabalho de Silva et al. (2015) no município de Luís Correia, onde 53% das espécies foram arbóreas, 19% arbustos e 7% subarbusto. Lima et al. (2011) em estudo realizado em Arapiraca-Alagoas sobre comercialização de plantas, o hábito arbóreo também foi predominante. Pinto (2013), em seu levantamento etnobotânico nos mercados do Porto em Cuiabá, Mato Grosso do Sul, registrou 53 espécies de habito arbóreo, seguido por 31 herbáceas.
Tabela 1
Espécies de plantas medicinais comercializadas nos mercados públicos de Parnaíba, Piauí
Família/Espécie |
NV |
PPU |
IUT |
OR |
HA |
VU |
Anacardiaceae |
||||||
Anacardium occidentale L. |
Caju |
Ca |
Inflamação |
N |
Arv. |
0.95 |
Myracrodruon urundeuva Allemão |
Aroeira |
Ca |
Cicatriz, inflamação |
N |
Arv. |
8.57 |
Apiaceae |
||||||
Pimpinella anisum L. |
Erva-doce |
Se |
Febre |
E |
Er. |
0.95 |
Apocynaceae |
||||||
Himatanthus drasticus (Mart) Plumel |
Janaguba |
La |
Úlcera, Gastrite |
N |
Arv. |
1.9 |
Aspidosperma pyrifolium Mart. |
Pereiro |
Ca |
Diabetes |
N |
Arv. |
0.95 |
Asparagaceae |
||||||
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. |
Marcela |
Fo |
Fígado |
N |
Er. |
2.86 |
Cleomaceae |
||||||
Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. |
Muçambê |
Ra |
Gripe |
N |
Arb. |
1.9 |
Combretaceae |
||||||
Terminalia fagifolia Mart. |
Cascudo |
Ca |
Ossos, Diabetes |
N |
Arv. |
1.9 |
Euphorbiaceae |
||||||
Croton sonderianus Mull.Arg. |
Marmeleiro |
Ca |
Intestino, Gastrite; Inflamação |
N |
Arv. |
5.71 |
Phyllanthus niruri L. |
Quebra-pedra |
Ra |
Pedra nos rins |
N |
Er. |
0.95 |
Ricinus communis L. |
Mamona |
Semente |
Intestino preso |
C |
Arb. |
1.9 |
Fabaceae |
||||||
Rosmarinus officinalis L. |
Alecrim |
Fo |
Pressão alta |
N |
Er. |
0.95 |
Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm. |
Emburana de cheiro |
Ca |
Dores em geral, Inflamações |
N |
Arv. |
4.76 |
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. |
Anjico preto |
Ca |
Gripe, Ossos, Inflamação |
N |
Arv. |
4.76 |
Bowdichia nitida Spruce ex Benth. |
Sucupira |
Se |
Sangue, Colesterol, Artrite, Artrose, Hernia |
N |
Arv. |
5.71 |
Copaifera langsdorffii Desf. |
podói |
Ca |
Garganta, Inflamação |
N |
Arv. |
1.9 |
Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz |
Jucá |
Se |
Osteoporose, Rins, Pós-operatório, Gripe |
N |
Arv. |
3.81 |
Hymenaea courbaril L. |
Jatobá |
Ca |
Gripe, Bronquite, Próstata |
N |
Arv. |
9.52 |
Shyphnodendron adstringens (Mart.) Coville |
Barbatimão |
Ca |
Inflamação |
N |
Arv. |
0.95 |
Vachellia farnesiana (L.) Wight e Arn. |
Coronha |
Se |
Febre, Cicatriz, Inflamações |
N |
Arb. |
3.81 |
Senna alexandrina Mill. |
Senna |
Fo |
Febre |
N |
Arb. |
0.95 |
Lauraceae |
||||||
Cinnamomum verum J.Presl |
Canela |
Ca |
Febre |
N |
Arv. |
1.9 |
Lecythidaceae |
||||||
Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers |
Imbiriba |
Se |
Dor de estomago |
E |
Arv. |
1.9 |
Malvaceae |
||||||
Gossypium hirsutum L. |
Algodão |
Ca |
Não há indicação |
N |
Arv. |
0.95 |
Luehea candicans Mart. e Zucc. |
Açoita cavalo |
Ca |
Ossos, Colesterol |
N |
Arv. |
1.9 |
Moraceae |
||||||
Rubus brasiliensis Mart. |
Amora |
Ca |
Prisão de ventre, Gordura no sangue |
N |
Arv. |
1.9 |
Myrtaceae |
||||||
Eucalyptus globulus Labill. |
Eucalipto |
Fo |
Febre, Gripe, Dor de cabeça |
E |
Arv. |
6.67 |
Olacaceae |
||||||
Ximenia americana L. |
Ameixa |
Ca |
Cicatriz, Dor no útero, Gastrite, Inflamação |
N |
Arb. |
9.52 |
Pedaliaceae |
||||||
Sesamum indicum L. |
Gergilim |
Se |
Derrame |
E |
Arv. |
0.95 |
Phytolaccaceae |
||||||
Petiveria alliacea L. |
Tipí |
Fo |
Reumatismo |
E |
Sub. |
0.95 |
Punicaceae |
||||||
Punica granatum L. |
Romã |
Ca |
Rouquidão |
E |
Arb. |
0.95 |
Rhamnaceae |
||||||
Ziziphus joazeiro Mart. |
Juá |
Ca |
Queda de cabelo |
N |
Arv. |
0.95 |
Turneraceae |
||||||
Turnera ulmifolia L. |
Chanana |
Fo |
Ferimentos |
N |
Er. |
0.95 |
Urticaceae |
||||||
Cecropia glaziovii Snethl. |
Torém |
Fo |
Inflamação urinária, rins |
N |
Arv. |
2.86 |
Rubiaceae |
||||||
Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. |
Quina-quina |
Ca |
Intestino |
N |
Arv. |
0.95 |
Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. e Schult.) DC. |
Unha de gato |
Ca |
Gastrite, Dor de estômago |
N |
Li. |
1.9 |
Convenções: =NV= Nome Vernacular; IUT= Indicação de Uso Terapêutico;
FV= Frequencia de venda, em relação às demais; NC= Nome de Coletor de Micheli Véras dos Santos;
PPU= Parte da Planta Utilizada; Fo= Folhas; Ca= Casca; Ra= Raiz; Fr= Frutos;
Fl= Flores; Se= Semente; La= Látex; Hab.= Hábito; Árv= Árvore; Arb= Arbusto;
Sub= Subarbusto; Er= Erva; Li= Liana; E=Exótica; N=Nativa; C=Cultivada, Col
N. = coletor e número de coleta.
As espécies com maior valor de uso, registrados na pesquisa, foram Hymenaea courbaril (VU=9,5), Ximenia americana (VU= 9,5) e Myracrodruon urundeuva (VU=8,5) (Tabela 1). Estes dados corroboram com os resultados encontrados por Silva et al (2015), em Luís Correia, município vizinho a Parnaíba. Fabaceae teve maior representatividade de espécies (14%) medicinais registradas, assim como nos trabalhos de Lima et al. (2016), Lopes et al. (2016). Os valores de venda são de baixo custo e fixos, o que faz essas plantas serem bastante consumidas pela população.
O número reduzido de plantas comercializadas pode estar associado a pequenas áreas de comercialização dos mercados (Monteiro, 2009).
Dentre as plantas comercializadas, Bowdichia nitida, Hymenaea courbaril, Luehea candicans e Myracrodruon urundeuva estão em uma situação menos preocupante no Livro Vermelho (2014), enquanto Amburana cearensis encontra-se em situação crítica.
Das 36 espécies comercializadas, sete estão incluídas na listagem de plantas medicinais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2013), são elas: Shyphnodendron adstringens (barbatimão), Eucalyptus globulus (eucalipto), Uncaria tomentosa (unha de gato), Cinnamomum verum (canela), Pimpinella anisum (Erva-doce), Achyrocline satureioides (Marcela), Rosmarinus officinalis (Alecrim), cujas propriedades medicinais são confirmadas cientificamente.
As partes das plantas mais vendidas foram as cascas, seguidas de sementes. Entretanto, verifica-se em outros trabalhos (Martins et al., 2016; Ribeiro et al., 2014; Lopes et al., 2016; Figueiredo et al., 2016) que as partes das plantas mais comercializadas em feiras são folhas, seguido de cascas, raízes e sementes. Isso está relacionado com o tipo de vegetação, as plantas citadas pelos comerciantes, nessa pesquisa, são de área de Cerrado, o que torna mais acessível aos raizeiros o ano inteiro. A coleta de maior proporção por casca pode ser um agravante devido à remoção de essa estrutura poder proporcionar a morte da planta, desta maneira é importante à conscientização dos extrativistas para a não realização do anelamento, o qual ocasiona a morte da planta.
Nas indicações para o tratamento de doenças, as plantas foram destinadas principalmente para doenças relacionadas a inflamações e sinais gerais (FCI:0,026), doenças do sistema digestório (FCI:0,6) doenças do sistema respiratório (FCI:0,04) e sistema Respiratório (FCI:0,04). As outras categorias, tiveram valores inferiores a 0,03 (TABELA 2).
Tabela 2
Número de uso e de espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes
de acordo com a categoria, indicada por cada comerciante.
Categorias de doenças |
No. usos citados |
No. Espécies citadas |
FCI |
Doenças do Sistema Circulatório |
9 |
7 |
0,02 |
Doenças da Pele e do Tecido Celular Subcutâneo |
7 |
5 |
0,02 |
Inflamações e Sinais Gerais |
45 |
18 |
0,03 |
Sistema Gênito Urinário |
3 |
2 |
0,03 |
Doenças do Sistema Respiratório |
10 |
6 |
0,04 |
Doenças do Sistema Digestório |
14 |
8 |
0,06 |
Distúrbios Uterinos |
1 |
1 |
0,00 |
Doenças do Sistema Músculo Esquelético |
6 |
6 |
0,00 |
Resultados distintos ao presente estudo são encontrados nestes trabalhos são os registrados por Araújo e Lemos (2015), realizado na Zona Urbana de Cajueiro da Praia, no qual a indicação para o tratamento de doenças do Sistema Circulatório teve o maior número de citações, seguido por doenças endócrinas e aparelho respiratório. Resultados diferentes também foram registrados por Stanisk et al. (2014). O sistema respiratório teve 18 indicações sendo 10 para dores no estômago, no estudo etnobotânico na comunidade Faxinalense Sete Saltos de Baixo e Ponta Grossa, Paraná (Staniski et al., 2015). Em trabalho realizado no jardim botânico de recife por Cabral e Maciel (2011), sobre as indicações terapêuticas, a atividade anti-inflamatória foi registrada como a terceira mais indicada nesse estudo.
As plantas medicinais comercializadas nos mercados estudados são na sua maioria provenientes do Estado do Maranhão (São Paulo, município de Araioses e da cidade de Santa Quitéria). A vegetação do Maranhão é basicamente de floresta, campos e cerrados, especificamente de regiões de chapadas. Algumas espécies são provenientes do litoral piauiense, porém com em menor diversidade.
Pode-se verificar que o conhecimento da medicina tradicional dos raizeiros é de grande importância para a comunidade local, os quais repassam o que aprenderam com seus pais para o público que procuram pelas plantas medicinais para cura de enfermidades e na maioria das vezes reduzem possíveis gastos com medicamentos farmacêuticos.
Na cidade de Parnaíba pode-se identificar 36 espécies de plantas medicinais comercializadas, das quais 83,33% de espécies nativas do Brasil. Destas espécies Amburana cearensis encontra-se em situação crítica segundo o Livro Vermelho, esta situação pode estar relacionada a exploração não sustentável da espécie. Portanto, é de extrema importância a conscientização dos extrativistas para a não realização do anelamento, o qual ocasiona a morte da planta.
As informações contidas neste trabalho evidenciam quais plantas medicinais são priorizadas pela população do município de Parnaíba para cura de enfermidades, e contribuirá para a elaboração de estratégias que conciliem o extrativismo a conservação das espécies medicinais do município.
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1. Universidade Federal do Piauí, Av. São Sebastião, 2819, Campus Ministro Reis Velloso CEP 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. UFPI. Email: smcardoso_phb@hotmail.com
2. Programa de Pós-graduação em Biotecnologia-RENORBIO, Universidade Federal do Ceará, Núcleo de desenvolvimento de Medicamentos-NPDM- Laboratório de oncologia experimental- LOE - Fortaleza, Ceará, Brasil, CEP: 60430-275.
3. Programa de Pós-graduação em Biotecnologia-RENORBIO, Universidade Federal do Ceará, Núcleo de desenvolvimento de Medicamentos-NPDM- Laboratório de oncologia experimental- LOE - Fortaleza, Ceará, Brasil, CEP: 60430-275
4. Universidade Federal do Piauí, Av. São Sebastião, 2819, Campus Ministro Reis Velloso CEP 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. UFPI. Programa de Pós-graduação em Biotecnologia-RENORBIO, Universidade Federal do Ceará, Núcleo de desenvolvimento de Medicamentos-NPDM- Laboratório de oncologia experimental- LOE - Fortaleza, Ceará, Brasil, CEP: 60430-275. Email: ivanilzaandrade@gmail.com