ISSN 0798 1015

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Vol. 39 (Nº 43) Ano 2018. Pág. 24

Dificuldades em compreensão textual e suas implicações na aprendizagem dos alunos do 5º ano do ensino fundamental

Difficulties in textual comprehension and its implications in the learning of 5th year students of elementary school

Ana Paula Santos de ANDRADE 1; Edna Maria Rodrigues de SOUZA 2; Dulce Maria dos SANTOS 3; Adriana Maria de Araújo ALMEIDA 4; Diogenes José Gusmão COUTINHO 5

Recebido: 03/05/2018 • Aprovado: 12/06/2018


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados

4. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

O presente trabalho de pesquisa tem o objetivo de analisar as causas da dificuldade em compreensão de textos pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. A pesquisa nos deu oportunidade de através das respostas dos professores, perceber que se a escola mudar a sua prática e promover atividades que estimulem o contato com o material escrito, certamente chamará a atenção do aluno despertando seu interesse pela leitura e contribuindo para o processo de interpretação textual.
Palavras chiave: Dificuldade de aprendizagem; leitura; interpretação de texto.

ABSTRACT:

The present research work has the objective of analyzing the causes of the difficulty in understanding texts by the students of the 5th year of Elementary School. Research has given us the opportunity to respond through the teachers' responses, to realize that if the school changes its practice and encourages activities that stimulate contact with the written material, it will certainly draw the attention of the student by raising his interest in reading and contributing to the process of textual interpretation.
Keywords: Difficulty of learning; reading; text interpretation.

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1. Introdução

Compreender um texto significa ser capaz de estabelecer uma previsão, discutir, resumir, levantar hipóteses, enfim, é interagir com o mesmo. Contudo, muitas crianças que cursam o 5º ano do ensino Fundamental com idade para desenvolver tal habilidade ainda não o fazem satisfatoriamente por apresentarem uma grande dificuldade para aprender.

A dificuldade de aprendizagem tem uma estreita relação com uma série de circunstâncias que interfere em qualquer área do desempenho cognitivo, dificilmente são determinadas por uma única causa, pois muitos fatores estão atrelados ao funcionamento do cérebro, e os fatores psicológicos dos alunos geralmente apresentam algumas complicações, inerentes a família ou a própria escola. Essas dificuldades estão relacionadas de acordo com o grau e severidade como: moderadas, graves, profundas e múltiplas. (Torres, 2016). Neste sentido a dificuldade de aprendizagem pode ter diferentes causas que levam a criança a ter resultados positivos e negativos dependendo do grau de limitação da mesma e do interesse dos pais, escola e professores na intenção de contribuir para a melhoria da aprendizagem desses alunos.

Segundo Torres (2016), em se tratando das dificuldades de aprendizagem, é comum atualmente encontrarmos crianças com dislexia - termo utilizado para diagnosticar um problema de aprendizagem da escrita, leitura, ortografia. Um aluno com esse tipo de dificuldade não consegue identificar os signos que vê e ouve, não compreende perfeitamente o que está sendo colocado para que ele leia confundindo letras e sons.

No quinto ano do Ensino Fundamental, observa-se que muitos alunos não conseguem se quer decodificar as letras com exatidão, outros conseguem ler, mas não conseguem reconhecer a ideia principal do texto, extrair informações que poderiam ser deduzidas, relacionar um texto e outro. Ou seja, esses alunos apresentam uma grande dificuldade na aprendizagem.

A aprendizagem é uma atividade cerebral. Para que seja satisfatória é necessária que toda a função que envolve a questão cognitiva esteja funcionando de maneira sadia. (Stevanato et al., 2003). Sendo assim, a aprendizagem dos conteúdos inerentes à educação do indivíduo, no momento de desenvolvimento com a ajuda do professor na escola, é o desejado para que a mesma aconteça.

Nogueira (2016) afirma que estudos revelam que dificuldades para o aluno aprender a ler e escrever é considerada dislexia.  Contudo muitos alunos são considerados disléxicos equivocadamente pela falta de competência do professor por não ter conhecimento sobre dislexia. Sendo assim, cabe a escola a promoção de atividades que facilitem a aprendizagem do aluno, sendo ele dislexo ou não, elevando sua autoestima e ajudando nas habilidades para que possa aprender. O aluno com dislexia é considerado como com necessidades educativas especiais, amparado na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB). Por esta razão, é imprescindível melhorar a questão curricular, atualizar as metodologias e capacitar o professor para que possa contribuir efetivamente para a aprendizagem dos alunos. 

Muitas podem ser as causas que levam um aluno a não ter aptidão em interpretar um texto. É importante ressaltar que hoje os alunos têm uma oferta muito grande de situações que os levam ao desvio da leitura, dos livros. O nível sociocultural das famílias também interfere neste processo. Famílias desestruturadas, pais que não acompanham o desempenho dos filhos na escola, uma vez que o interesse está voltado apenas para a frequência, por conta do programa bolsa família. Outro fator é a leitura ser trabalhada apenas na disciplina de língua portuguesa.

O trabalho de pesquisa abordará questões que estão diretamente ligadas ao processo de aprendizagem pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental (EF), por perceber a preocupação dos professores com relação à leitura e a forma como os alunos interpretam os textos que lhes são propostos.

1.1. Problemática

Apesar de o indivíduo estar em contato com a leitura desde que inicia sua vida escolar, notamos que ao chegarem no 5º ano do EF, as mesmas ainda apresentam uma dificuldade significativa para interpretar um texto. Se a criança constantemente desenvolve atividades com a leitura, por que motivo os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental não conseguem interpretar os textos? O professor consegue identificar se o aluno apresenta uma dificuldade de aprendizagem específica?

 À medida que os anos vão passando, o natural é que a aprendizagem venha se aprimorando, para isso os educadores precisam estar atentos ao desenvolvimento dos alunos, observando as possíveis dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos mesmos. O aprendizado da leitura e da escrita que estão ligados a interpretação textual, está inserido nas habilidades da linguagem, biológicas motoras e as relativas à cognição, como afirma Kanada (2010).

Neste sentido é preciso que o professor possa detectar os problemas relacionados à aprendizagem do aluno logo no início das aulas. Observando se as suas dificuldades são de origem emocional ou de alterações expressas por dificuldades significativas como problemas na audição, fala, leitura, escrita, raciocínio, ou por conta de alguma disfunção do sistema nervoso central (Collares y Moysés, 1992).

1.2. Justificativa

Ler, escrever e interpretar é para o homem um fator histórico para seu desenvolvimento. Essas habilidades ocorrem de maneira gradativa desde o início da vida escolar das crianças. Certamente isso acontece através da colaboração do professor, mas algumas crianças não conseguem desenvolver essas habilidades, e pensar que apenas a leitura é importante não é suficiente para atender as exigências da sociedade. Neste sentido é preocupante o fato de nos depararmos com um número significativo de crianças que já estão na escola há alguns anos e ainda sentem dificuldade para ler, escrever e interpretar textos.

Sabemos que o advento da linguagem dá ao ser humano a capacidade de comunicação através de um conjunto de símbolos, que promove a condição de o homem expressar seu pensamento, suas emoções e suas ideias. Segundo Fonseca (1995, p. 318-319), “quando falamos da história da evolução de uma espécie ou do que pode transformar essa espécie, a ação vem antes da linguagem. Ou seja, ante de falar, gesticulando o homem prepara a palavra, a emoção antecede a comunicação, a comunicação através da fala dá origem à comunicação escrita [...]. A linguagem é construída a partir da ação, do movimento, para depois ser contextualizada livremente”.

Neste sentido, Nascimento (2015) diz que a dificuldade de aprendizagem tem ralação com a forma como as crianças conseguem aprender, apresentando especificações de acordo com a situação, as questões culturais, motivações, experiências, material utilizado, nível de concentração, desempenho, maneira de se identificar, cognição, que contribuem para que o indivíduo se desenvolva. Significa então que ler não é uma atividade com fim em si mesma, mas uma habilidade, onde conseguimos atingir um fim. Neste sentido, é necessário um trabalho de investigação para compreender os motivos de na atualidade encontrarmos tantas crianças com dificuldade de interpretar textos que fazem parte das suas atividades cotidianas.

1.3. Hipótese

A maioria das crianças do 5º da educação básica tem dificuldade de interpretar um texto, e por isso acabam tendo problemas quando precisam fazer uso dessa atividade. Não conseguir fazer a interpretação de um texto pode acarretar prejuízo para o desenvolvimento do indivíduo, pois na modernidade são cobradas muitas competências com relação à leitura e escrita para que os indivíduos possam se comunicar e entender o que lhe é posto. Sendo a interpretação de texto algo diretamente ligado à leitura e a escrita, os alunos apresentam dificuldade de interpretar texto por apresentarem dificuldades específicas de aprendizagem. A dificuldade de interpretação é ocasionada pela utilização de metodologias inadequadas. A dificuldade de interpretação de texto ocorre pela falta de incentivo à leitura nas séries inicias.

2. Metodologia

O presente trabalho tem uma abordagem de caráter qualitativo e quantitativo através de um trabalho bibliográfico, construído a partir de documentos já publicados, de autores das diversas áreas do conhecimento, os quais discutem o tema em estudo, fornecendo informações teóricas bastante significativas para compor a argumentação da temática em questão, além de uma pesquisa de campo em uma escola pública, onde foram realizadas observações nas salas de aulas e entrevista com os professores do Ensino Fundamental, por meio de questionários. Para a realização dessa pesquisa, foram utilizados dois instrumentos metodológicos importantes: a observação direta e o questionário com os professores do Ensino Fundamental, da Escola Francisco Simões da Costa, José Martins do Carmo e Vereador Jaime Bezerra Lins. Todas localizadas no município de Igarassu – PE.

2.1. Tipo de Pesquisa

A pesquisa desenvolvida nesse trabalho é de natureza qualitativa e quantitativa, sendo realizada com base em um levantamento bibliográfico, pesquisa de campo e também por meio de questionários aplicados para professores, buscando entender o que dificulta o processo de aprendizagem no ensino fundamental dessa determinada escola.

A pesquisa qualitativa permite trabalhar com os sentimentos e falas dos envolvidos no estudo permitindo um contato maior com a realidade. Para Minayo (1994, p.21 e 22):

“A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não pode ser reduzidos à operacionalização de variáveis.”

Além da pesquisa bibliográfica, como procedimento metodológico, foi feita uma pesquisa de campo para melhor se fundamentar nessa investigação que será realizada através de visitas a escola e observações em sala de aula. Para Severino (2007, p.123).

Na pesquisa de campo, objeto/fonte é abordado em seu meio ambiente próprio. A coleta dos dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados, sem intervenção e manuseio por parte do pesquisador. Abrange desde os levantamentos, que são mais descritivos, até estudos mais analíticos.

Por meio dessas pesquisas procurou-se compreender a temática, desse estudo, para um maior conhecimento acerca do ensino e aprendizagem no ensino fundamental, e analisar os fatores sociais, e culturais que afetam o processo de desenvolvimento do ensino.

2.1.1. Caracterização do local pesquisado

A pesquisa de campo ocorreu na Escola Francisco Simões da Costa, localizada na rua das flores, s/n, no bairro do Alto de Céu no município de Igarassu. A referida escola atende aproximadamente 230 alunos do Ensino Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental, possui uma estrutura física boa, com um quadro funcional de 18 funcionários incluindo uma gestora, uma gestora adjunta, uma secretária, uma coordenadora pedagógica, agentes administrativos, auxiliares de serviços gerais, professores do ensino regular e uma professora de atendimento educacional especializado. Na Escola José Martins do Carmo, localizada na Av. Erasmo Martins, S/N, no município de Igarassu, que atende atualmente cerca de 200 alunos da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental, onde a maioria dos professores são contratos temporários graduados em Pedagogia. Essa escola apesar de ter muitos alunos com deficiência, não tem em seu quadro funcional um profissional especializado para trabalhar com esse público. Finalizando a pesquisa também foi feita com os professores da escola Vereador Jaime Bezerra Lins, localizada no Conjunto residencial Professor Luiz Freire I, no Centro de Igarassu, que atende aproximadamente 235 alunos da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental, contando com um quadro funcional de 08 professores graduados em Pedagogia e demais funcionários da escola como: gestor, secretária, digitador, merendeira e auxiliar de serviços gerais. Essa escola também não possui professor de Atendimento Educacional Especializado.

As escolas possuem uma boa estrutura física, com salas amplas e arejadas, banheiros em boas condições de uso e uma área livre onde os alunos podem fazer sua recreação, além da diretoria, cozinha e outras dependências. O trabalho pedagógico é norteado por um projeto enviado à escola no início do ano letivo pela secretaria de educação para partindo dele a escola possa elaborar seu projeto para o ano letivo em vigor.

2.1.2. Caracterização dos sujeitos

A pesquisa foi realizada com oito professores da Escola Francisco Simões da Costa, José Martins do Carmo e Vereador Jaime Bezerra Lins que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, buscando entender o ponto de vista de cada um dos professores acerca das dificuldades de aprendizagem, em especial da dificuldade dos alunos do 5º ano em interpretar textos.

2.1.3. Instrumentos de coleta de dados

Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário com 10 (dez) questões abertas e fechadas a respeito das dificuldades de aprendizagem.

De acordo com Severino (2007, p 125) o questionário é um conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vista a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo.

Os momentos de observação possibilitaram conhecer melhor um pouco do trabalho dos professores entrevistados. Nesse sentido, primeiro foi feita a etapa de observação e em seguida, o questionário com perguntas fundamentadas com objetivo de analisar a percepção dos professores acerca do problema em questão.

3. Resultados

Os resultados a serem apresentados estão de acordo com os depoimentos dos professores entrevistados durante a pesquisa de campo. Quando perguntados se os alunos apresentavam alguma dificuldade de aprendizagem, os professores foram unânimes em responder que os alunos apresentavam sim dificuldade de aprendizagem. Neste sentido, Nascimento (2015) diz que a dificuldade de aprendizagem tem ralação com a forma como as crianças conseguem aprender, apresentando especificações de acordo com a situação, as questões culturais, motivações, experiências, material utilizado, nível de concentração, desempenho, maneira de se identificar, cognição, que contribuem para que o indivíduo se desenvolva.

Outros autores encontraram também expressiva quantidade de alunos com dificuldade de aprendizagem no ensino fundamental (Possenti, 2001; Goulart, 2003; Ometto, 2005; Ometto, 2010; Ometto Y Cristofoleti, 2012; Delosso, 2013; Mateus, 2016), o que pode perdurar até o ensino médio (Brandão Y Spinillo; 1998; Capellini Y Navas, 2008; Riolfi Y Igreja, 2010), graduação e pós-graduação (Brandão Y Spinillo, 2001; Cappellini Y Salgado, 2003).

Dos 30 professores que responderam o questionário sobre as especificidades das dificuldades de aprendizagem, ficou claro que 50% dos entrevistados não sabiam com certeza que tipo de dificuldade os alunos apresentavam, 30% afirmaram que os alunos tinham TDAH e 20% dislexia. Sendo assim podemos entender que o professor não está capacitado para fazer o diagnóstico preciso acerca da dificuldade que o aluno apresenta.

De acordo com Barbosa (2001), na instituição escolar, convive-se com o ensino e com a aprendizagem constantemente, não sendo possível, dissociar uma coisa da outra. Sendo assim, a atuação psicopedagógica tem como base o pensar, a forma como o aluno pensa e não somente com o que aprende. É preciso entender como os alunos administram os elementos mentais e emocionais no processo de aprendizagem. São muitos os autores que destacam a grande quantidade de alunos que possuem TDAH e dislexia (Ciasca Y Rossini, 2000; Capovilla Y Capovilla, 2002; Capovilla Y Capovilla, 2003; Gomes Y Boruchovitch, 2005; Capovilla, 2008; Capellini et al., 2008; Ciasca, 2008; Comerio, 2012). Muitos deles destacam a importância do trabalho do psicopedagogo e da intervenção psicológica na melhoria do processo de ensino aprendizagem (Gonçalves, 2003; Morais, 2006; Gomes Y Boruchovitch, 2011; Maciel, 2012; Mota Y Santos, 2014), com destaque para trabalhos com recursos didáticos variados (Loureiro Y Medeiros, 2004; Gomes Y Boruchovitch, 2005; Mota Y Santos, 2014).

Sobre como os professores identificam a dificuldade de aprendizagem dos alunos, 40% relataram que é através da observação do comportamento do aluno e 50% disseram que é de acordo com a observação no desenvolvimento das atividades propostas. Com relação a essa questão Relvas (2010) diz: Dessa maneira, o olhar do professor (a) em sala de aula precisa ser direcionado na pluralidade da singularidade, ou seja, o professor precisa entender que cada estudante é único, e que mesmo seu tempo de aprendizagem é diferente tanto na elaboração quanto na compreensão das informações que passam pelos sentidos biológicos e chegam até o cérebro.

Do total de professores que responderam se existe na escola um profissional especializado para fazer o diagnóstico dos alunos, 90% respondeu que não. Apenas 10% responderam que sim, pois na sua escola existe um psicopedagogo para auxiliar o professor. A atuação do psicopedagogo é um meio eficaz como forma de prevenir o fracasso escolar, seu trabalho orientado por recursos cognitivos e emocionais contribui não apenas o avanço na aprendizagem, mas possibilita o resgate da autoestima e autonomia individual.

Diante da necessidade de um profissional especializado para o trabalho, diversos autores vem estudando o papel e atuação do psicopedagogo no trabalho com alunos com a DA, encontrando resultados promissores no desenvolvimento das competências e habilidades do aluno (Halloween Y Ratey, 1999; Zorcan, 2010), melhoria da práxis do professor (Rohde, 2000; Fernandez, 1991; Gadotti Y Oliveira, 2003; Giné, 2004) e trabalho em conjunto com a direção e coordenação (Goldstein Y Goldstein, 1996; Stro, 2010; Crpsp, 2011; Junior, 2012; 2014). Uma grande ferramenta descrita na literatura para trabalhar a DA nos alunos é a arteterapia (Goldstein Y Goldstein, 1994; Fagali, 2005; Ferreira, 2008; Fagali, 2009; Stroh, 2010).

Quando indagados sobre os problemas que as dificuldades de aprendizagem podem acarretar, 7% dos professores responderam que acarretaria no fato dos alunos não conseguirem ler, escrever e contar, 45% respondeu que geralmente os alunos com dificuldade de aprendizagem apresentam um comportamento agressivo, 60% afirmaram que os alunos têm falta de atenção e 70% responderam que as consequências são a reprovação. De acordo com Schwarzbold (2011), a leitura abre um mundo de possibilidades àqueles que dominam essa competência, bem como praticamente exclui aquele que dela não sabe fazer uso, discriminando-o cultural, econômica e socialmente.

Com relação à quantidade de alunos que apresentam dificuldades que interferem na interpretação de textos, os professores pontuaram que a maioria dos alunos apresenta dificuldade na leitura e escrita, uma grande quantidade, ler de forma decodificada, a metade dos alunos das turmas não leem nada e por isso também tem dificuldade nas outras disciplinas e uma pequena quantidade tem hiperatividade. Fernandez (2001) define dificuldades de aprendizagem como uma situação que provém de causas que se referem à estrutura individual da criança, tornando-se necessária uma intervenção psicopedagógica mais direcionada.

Em relação às dificuldades dos alunos em interpretar textos 70% dos professores acreditam que os alunos não conseguem interpretar por não saberem ler e 30% atribuem a dificuldade pela falta de atenção dos alunos. Neste sentidoKleiman (2008) afirma que a leitura precisa permitir que o leitor apreendesse o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos. Então se o aluno não presta a devida atenção ou não sabe ler, não consegue interpretar o que lhe é posto.

Quando os professores foram indagados sobre o que eles acreditavam que poderia ser feito para melhorar o desempenho dos alunos no processo de alfabetização, 70% respondeu que era necessário conhecer as dificuldades dos alunos, 20% respondeu que era preciso chamar a família para participar do processo e 10% respondeu que os professores deveriam se capacitar melhor. Sendo assim, Freire (1995) diz que: ensinar não é apenas transmitir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção. Desta forma, para que este processo de criação de possibilidades aconteça, deve haver uma aproximação entre professor e aluno. Um bom relacionamento entre o docente e o discente é de extrema importância para que essa mediação seja instalada no processo; para que o aluno atinja um nível superior de desenvolvimento cognitivo, algo que fica difícil para ele fazer sozinho.

Em se tratando da leitura, o que o professor precisa é observar seus alunos com relação ao seu modo de viver e seu meio cultural; e tomar como ponto de partida as diversas experiências vividas pelos mesmos.

Em se tratando da metodologia utilizada para superar a dificuldade de interpretar textos, 45% dos professores afirmaram que fazem um trabalho de leitura constante dos diversos gêneros textuais, 25% disseram que alfabetizam os alunos e 30% relataram que fazem um trabalho diversificado alfabetizando e expondo os alunos aos diferentes tipos de texto.

Para compreendermos se os alunos gostam de ler e se sabem interpretar bem os textos que lhes são propostos elaboramos cinco questões para os alunos responderem.

Quando os alunos foram questionados se gostavam de ler, apenas 20% afirmaram não sabia ler e por essa razão gostava mais ou menos de ler, enquanto a maioria relatou que ler era muito chato e não gostavam dessa atividade. Apenas 25% dos alunos entrevistados responderam que gostam de ler.

Quanto a compreenderem o que leem, a maioria (65%), afirmaram que compreendem o que leem, 10% falaram que só compreendem às vezes e 25% respondeu que não compreendem.

De acordo com as respostas acima, quem mais lê para o aluno é a professora, ficando em segundo lugar a mãe. Para uma minoria de alunos ninguém lê para eles. Quando os alunos foram perguntados sobre o que achavam das leituras propostas pela professora, a maioria consideraram chatas por serem do livro didático e do quadro.

Em se tratando do tipo de leitura que eles mais liam, a maioria (45%) respondeu que o livro da escola, em seguida outro grupo (40%) respondeu que liam revista e um número bem menor, afirmou que lia gibis.

Diante dos resultados apresentados, observamos que a capacidade leitora dos alunos está ligada a metodologia utilizada pelos professores, além das estratégias desenvolvidas pelos mesmos, como podemos verificar nas respostas dos professores. Sendo assim o papel do professor nas escolas tem significativa importância para o bom desempenho da habilidade de leitura do aluno, consistindo em um trabalho a ser desenvolvido desde os primeiros anos de escolarização. De acordo com Foucambert (1994), para aprender a ler é necessário que o aluno esteja em contato com um ambiente favorável a aprendizagem, é necessário estar em contato com diferentes materiais literários como jornais, revistas, catálogos, documentários e até obras de ficção. Não se admite um leitor que não tenha experiências diversificadas com material onde a leitura esteja presente.

4. Conclusões

Aprender a ler é não apenas um dos objetivos mais importantes no cotidiano no universo escolar. É um momento particular para cada sujeito. Quando se tem domínio sobre a leitura, surge a oportunidade de conseguir mais conhecermos, de crescer intelectualmente, de ampliar a nossa visão de mundo, do outro e de nós mesmos, interagindo na sociedade. Contudo, até hoje muitas pessoas ainda não conseguem desenvolver essa atividade. Os entraves para aprendizagem da leitura superam a dificuldade de aprender a falar, uma vez que a apropriação da fala subentende o empoderamento da leitura. Em outras palavras, a leitura é uma conexão entre a linguagem falada e as formas escritas da linguagem (FONSECA, 1995).

É comum observarmos que o fracasso na aprendizagem do aluno, geralmente fica por conta do mesmo, ou ainda pelo seu baixo QI, ou ainda pela situação sócio econômico e fatores afetivos que o envolve. Contudo temos consciência que a escola também tem sua parcela de responsabilidade e notoriamente não se considera esse fato. Mas os fatores que levam o aluno a fracassar na escola, já se tornou histórico em nossa sociedade, onde a escola precisa assumir seu papel e responder às exigências no tocante a alfabetização dos alunos, que sem o domínio da leitura e da escrita, ficarão à margem da sociedade de maneira geral.

Sabendo que em nossas salas de aulas os alunos são heterogêneos no que diz respeito a aprendizagem, tempos de aprendizagem, afetividade, conhecimentos prévios, entre outros aspectos, e dessa forma cada um tem um aspecto singular no processo de aprender, o objetivo dessa pesquisa foi analisar as causas da dificuldade em compreensão de textos pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental na perspectiva de contribuir com os estudos acerca deste problema que aflige muitos professores na atualidade. Entendendo que de acordo com as respostas dos professores, os alunos demonstram ter dificuldade de aprendizagem não só na leitura. Neste sentido, Nascimento (2015) diz que a dificuldade de aprendizagem tem ralação com a forma como as crianças conseguem aprender, apresentando especificações de acordo com a situação, as questões culturais, motivações, experiências, material utilizado, nível de concentração, desempenho, maneira de se identificar, cognição, que contribuem para que o indivíduo se desenvolva.

Analisando os dados coletados foi possível perceber que existe de fato uma grande dificuldade na aprendizagem de leitura e interpretação de textos nos alunos das três escolas alvo desta pesquisa. Fato esse constatado em virtude dos docentes participantes da pesquisa pontuar que o problema de aprendizagem na leitura é consequência de vários fatores. Assim como interfere significativamente no resultado da aprendizagem nas diversas disciplinas.

Através desse estudo foi possível perceber que no universo da escola, podemos encontrar um grande número de alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem no tocante ao domínio da leitura e da interpretação textual. Onde os professores na maioria das vezes, conseguem detectar que o aluno não aprende, mas não sabem diagnosticar a causa. Porém são enfáticos em afirmar que atribuem a dificuldade de interpretação em virtude dos alunos chegarem ao 5º ano e não saberem ler e pela falta de atenção dos mesmos. Embora deixassem claro que para solucionar essa questão, trabalham de maneira diversificada alfabetizando os alunos, oferecendo diversos gêneros textuais para que se habilitem com a leitura na perspectiva de suprir as necessidades das crianças bem como habilitá-los para que possam ler e interpretar textos, atividade de fundamental importância para a vida na sociedade atual, como bem expressa Schwarzbold (2011), quando o indivíduo ler, consegue dominar o mundo com mais facilidade, diferentemente do contrário: aquele que não consegue ler termina ficando excluído de uma sociedade onde se exige o domínio dessa habilidade para um bom desempenho na mesma.

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1. Mestrado em ciências da educação pela Faculdade Alpha Unigrendal Premium Corporate (UPC) / Grupo Alpha. Email contacto: th.aissa1992@hotmail.com

2. Doutoranda em ciências da educação pela Faculdade Alpha/ Interamericana / Grupo Alpha.

3. Mestrado em ciências da educação pela Faculdade Alpha Unigrendal Premium Corporate (UPC) / Grupo Alpha.

4. Mestrado em ciências da educação pela Faculdade Alpha Unigrendal Premium Corporate (UPC) / Grupo Alpha.

5. Professor Ph.D. da Faculdade Alpha do Mestrado internacional em ciências da educação e do centro universitário brasileiro - UNIBRA. Email: gusmao.diogenes@gmail.com


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 39 (Nº 43) Ano 2018

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