Vol. 39 (Nº 20) Ano 2018. Pág. 29
Adonias Soares da SILVA JÚNIOR 1; Wilmo Ernesto FRANCISCO JUNIOR 2
Recebido: 28/03/2018 • Aprovado: 14/04/2018
RESUMO: A evasão escolar é um fenômeno preocupante nas instituições educacionais brasileiras, cujas causas perpassam diferentes aspectos. Neste estudo investigou-se a evasão de um curso técnico na região Norte brasileira almejando minimizar os índices. Os dados de evasão foram coletados a partir de análise documental e as causas foram investigadas a partir de questionário respondido pelos estudantes evadidos. Os resultados demonstram uma evasão de quase 50% no período estudado, sendo as principais causas de natureza extra-escolar: dificuldades econômicas e necessidade de trabalhar. |
ABSTRACT: School dropout is a worrisome phenomenon at Brazilian public education, whose causes comprise different aspects. The present study analyzed the school dropout from a technical course in North of Brazil in order to minimize the rates. The data were gathered from documentary analysis and a questionnaire answered by evaded students. The outcomes showed 50% of school dropout. The main reasons were related to out of school factors, specially economic difficulties and due to work. |
O sistema educacional brasileiro sofreu significativa ampliação nos últimos 30 anos no que diz respeito ao acesso. A institucionalização da Educação a Distância no Brasil foi um dos fatores que contribuíram para este acesso, sobretudo no âmbito da Educação Superior e Técnica. Todavia, o acesso por si não garante a permanência do estudante, a qualidade da formação ou o êxito para o término dos estudos. Nesse cenário, uma problemática que merece atenção é a evasão escolar, fenômeno que, embora não seja atual, é preocupante na realidade das instituições educacionais públicas do país, cujas causas podem estar calcadas em diferentes aspectos sociais e institucionais, implicando no desenvolvimento local.
Nessa conjuntura, esta pesquisa buscou compreender e evidenciar os motivos que levam os discentes a abandonarem os estudos, a fim de promover uma análise que estabeleça possibilidades com vistas a contribuir para a diminuição da evasão escolar na EAD, de maneira a possibilitar o direito à educação, conforme previsto na Constituição Federal Brasileira e fortaleça o desenvolvimento regional em seus diferentes aspectos.
A interrupção dos estudos por parte dos alunos pode gerar prejuízos tanto para a sociedade quanto para si mesmo, tornando o aluno um trabalhador sem qualificação, mal remunerado e à mercê do desemprego, reproduzindo a exclusão, considerando que parte da sociedade não terá acesso ao conhecimento técnico-científico necessário para o desenvolvimento das suas atividades laborais.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), o Brasil já superou a casa dos três milhões de alunos matriculados em cursos à distância, sendo que em dezembro de 2008 o país já somava 2.648.031 alunos. Os números e as vantagens do ensino EAD são positivos, porém juntamente com esse crescimento existe uma grande parcela desses estudantes que deixam os cursos de forma precoce, caracterizando a evasão escolar.
Dessa forma, existe a necessidade e a urgência de realização de análises aprofundadas como aponta Oliveira (2001, p. 39): “[...] a evasão escolar e o trancamento de matrícula têm representado grandes problemas para a instituição de educação profissional”. Este panorama apresenta consequências drásticas tanto para a vida do discente, instituição e sociedade local, resultando num antigo problema que é a baixa qualificação profissional dos jovens.
No contexto brasileiro, a EAD não é um fenômeno recente, estando presente há cerca de 50 anos. Riscal (2010) destaca seu início por meio dos cursos de correspondência em revistas. Após o surgimento do computador houve uma intensificação, sendo institucionalizada a partir da década de 1990.
Com o advento da Era Digital, a EAD tornou-se a modalidade de ensino que mais cresce no cenário nacional. Freitas (et. al., 2013, p. 5), em estudo que levantou o crescimento da EAD destaca “entre 2001 (0,1 %) e 2009 (14%) houve um aumento de aproximadamente 6,9% no número de matrículas em cursos superiores nesta modalidade de ensino”.
Litto (2007) afirma que mesmo com todos os empecilhos que circundam a EAD, o Brasil não está atrasado em comparação a outros países do mundo. A LDB, em seu artigo oitenta, prevê o fortalecimento e o incentivo do EAD em todos os níveis da educação, que de certa forma amparo o crescimento expressivo da EAD no Brasil. Em consonância com (BRASIL, 1996, p. 17) “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”.
Segundo a Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED, 2014) no ano de 2014, as matrículas em cursos EAD totalizaram 3.868.706, sendo 13% destas em cursos já regulamentados, 12% em cursos regulamentados e semipresenciais ou disciplinas EAD, 75% em cursos livres corporativos ou não. “A média geral foi de 154 matrículas por curso e de 16.053 matrículas por instituição formadora” (ABED, 2014, p. 60). Nesta mesma publicação, a ABED destaca que o ensino técnico na modalidade EAD contabilizou um total de 60.177 matrículas em cursos totalmente à distância, sendo considerado o 3º nível de ensino com maior número de matrículas no ano de 2014. Em se tratando a modalidade semipresencial ou disciplinas em EAD, no ano de 2014 o ensino técnico contabilizou aproximadamente 27.661 matrículas.
O maior desafio a ser superado pela EAD são os elevados índices de evasão, que segundo Freitas (2013), 60% dos ingressantes da educação à distância evadem de seus cursos antes da conclusão do mesmo.
Segundo Favero (2006), Pallof e Pratt (2004) e ABED (2011), a evasão se materializa no abandono e desistência de determinado curso. Maurício e Sclemmer (2014) definem o oposto da desistência, que se materializa na persistência, a saber: a permanência é vista como o ato de “persistir, perseverar” e tem como foco a continuidade dos estudos; Para Rovai (2002, p. 1) a persistência consiste no comportamento contínuo de agir, apesar da existência de obstáculos.
Conforme ABED (2010), os dados do Censo EAD do mesmo ano registrou uma evasão de aproximadamente 18,5%. No setor público estes indicadores foram de 21,1%.
Quais os motivos para tamanha taxa de desistência, já que o EAD veio para flexibilizar e tornar fácil o acesso a educação? Seria falta de tempo? Seria a alienação aos modelos tradicionais de educação? Seriam os empecilhos tecnológicos e telemáticos? Seria a falta de habilidade para manusear os dispositivos eletrônicos integrantes da EAD? Estes questionamentos têm feito parte do dia a dia de pesquisadores da temática.
Para Pacheco (2010), os fatores que levam a evasão dos indivíduos podem residir no paradigma existente no que tange o funcionalismo, em busca da funcionalidade. Diante das conclusões de Pacheco extrai-se que o motivo para a evasão dos indivíduos da EAD está relacionado a falta de funcionalidade, que não é proporcionada por esta modalidade de ensino
Os fatores situacionais tais como: falta de apoio físico ao aluno, já que na EAD o professor não está presente fisicamente em uma sala de aula; problemas relacionados a assimilação e o manuseio das tecnologias empregadas na EAD; excesso de trabalhos ou atividades, muitas das vezes superiores ao quantitativo de um curso presencial. São apontados por Almeida (2007) como fatores que levam os indivíduos a evadir da EAD.
Nessa perspectiva, a escola desenvolve um papel importante na aproximação do jovem com fins a transformação social, ao combate a evasão e consequente desenvolvimento local. Cabe a escola a responsabilidade de fomentar no aluno a sensação de pertencimento de mundo e seu valor como agente transformador local.
Nesse sentido, para evitar a evasão e transpassar a barreira das desigualdades sociais, os alunos precisam além do acesso a escola, estarem interligados a inovação tecnológica e as mudanças que ocorrem no mundo ao seu redor. Portanto, colaborar com a garantia dos direitos constitucionais de acesso, permanência e êxito na educação vai ao encontro com o desenvolvimento local, propiciando uma sociedade mais igualitária e uma vida mais digna. Desenvolvimento local inclui a participação social na destinação de seus próprios rumos, com chances e acesso ao conhecimento, de forma a propiciar melhores condições de vida.
Dessa forma a EAD contribui para a qualificação e formação profissional, que sofreram grandes transformações ao longo dos anos através das Tecnologias de Informação e Comunicação, tornando mais democrático o ensino no Brasil.
A EAD possibilita uma maior democratização da educação, pois rompe barreiras espaciais, temporais, culturais e sociais, facilitando o acesso a um público maior e mais variado que os cursos presenciais, pode então ser compreendida como ferramenta de inclusão social, pois torna acessível o ensino a uma parcela considerável da população, contribuindo para a promoção do desenvolvimento local na medida em que possibilita ferramentas para que o aluno se reconheça como sujeito ativo e se floresça a vontade de buscar alternativas para as dificuldades vivenciadas em seu entorno.
A educação estabelece o caminho para o desenvolvimento a partir da apropriação do conhecimento pelo aluno e a possibilidade do reconhecimento de sua capacidade de transformar o ambiente inserido. Nessa direção, entender e diminuir os índices de evasão tornam-se tarefa primordial das instituições de ensino.
O presente estudo foi desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Brasil. Participaram da pesquisa setenta e sete (77) estudantes evadidos, oito (08) coordenadores de polo, assim como 21 tutores EAD. Essa amostra é representativa de oito diferentes pólos de EAD do IFRO e compreende as diferentes regiões do Estado. A abordagem inicial foi com os coordenadores de polo. Realizamos uma visita que se deu in loco, de tal modo que cada coordenador pode expor suas ideias elementares acerca da temática da evasão. Utilizamos um diário de campo que serviu como registro de nossas memórias decorrentes desta visitação. Com os estudantes evadidos, aplicamos um questionário. Para melhor compreensão das informações obtidas com a aplicação do questionário, os dados levantados foram sistematizados por eixos temáticos, seguindo princípios norteadores da análise de conteúdo de Bardin. Para Bardin (1979, p. 38) análise de conteúdo é “um conjunto de técnicas de análise das comunicações [...].” Passamos por três fases elementares da análise de conteúdo: a pré-análise, análise do material e tratamento dos resultados. Partindo dos resultados desta análise, podemos construir coletivamente propostas de intervenção juntamente com os demais agentes da EAD.
Buscamos envolver os seguintes atores da EAD no processo de construção de propostas de intervenção para reduzir os índices da evasão: discentes, coordenadores e tutores EAD. No desenrolar da pesquisa conseguimos envolver diretamente: 77 estudantes evadidos, através do retorno do questionário de pesquisa e 8 coordenadores de polo por meio de visitas realizadas nos polos do IFRO na capital e no interior de Rondônia. Ressaltamos também o envolvimento indireto dos demais coordenadores por meio das mídias sociais, AVA e troca de e-mails solicitando apoio na abordagem da temática evasão escolar.
O conceito de evasão nesta pesquisa aproxima-se dos conceitos propostos por Dore e Luscher (2011), estabelecidos como a interrupção do aluno no ciclo do curso. Para esta pesquisa, consideramos como estudantes evadidos àqueles que se matriculam e não iniciam o curso e aqueles que frequentam o curso e em algum momento abandonam, não se matriculando para a sequência.
Para chegarmos aos quantitativos da evasão, o cálculo foi realizado considerando o número de estudantes matriculados no primeiro semestre menos o número de matriculados no segundo semestre, que é igual ao número de evadidos. O número de evadidos vezes 100, dividido pelo número de matriculados no primeiro semestre é igual à porcentagem de evasão. A seguir se verifica a fórmula básica utilizada para o cálculo do percentual da evasão nos cursos Técnicos EAD do IFRO:
[(Nm1 – Nm2) x 100] / NM1 = % Evasão
Sendo que: Nm1 – Número de matriculados no primeiro semestre,
Nm2 - Número de matriculados no segundo semestre.
Os critérios definidos para seleção da amostragem foram definidos de acordo por Gil (2009) como aleatória simples. O cálculo da amostragem foi de Erro amostral de 9%, Nível de Confiança de 90% (amostra necessária = 77) da população de 950 integrantes da pesquisa.
Para destacarmos melhor o panorama da evasão, a Tabela 1 apresenta o resumo destes dados separados por polo.
Tabela 1
Evasão conforme polo
ESTUDANTES EVADIDOS IFRO |
||||||
POLOS |
Matriculados na Turma 2014/1 |
Matriculados na Turma 2015/2 |
||||
1º Sem. |
3º Sem. |
Evadido |
1º Sem. |
2º Sem. |
Evadido |
|
Alta Floresta |
43 |
28 |
15 (65,1%) |
48 |
28 |
20 (41,6%) |
Ariquemes |
53 |
28 |
25 (52,8%) |
58 |
29 |
29 (50%) |
Buritis |
53 |
33 |
20 (37,7%) |
59 |
31 |
28 (47,4%) |
Cacoal Candeias |
31 |
14 |
17 (54,8%) |
26 |
11 |
15 (57,6%) |
Candeias |
38 |
13 |
25 (65,7%) |
Não ofertou |
Não ofertou |
0 |
Cerejeiras |
56 |
22 |
34 (60,7%) |
61 |
44 |
17 (27,8%) |
Colorado |
50 |
25 |
25 (50%) |
44 |
25 |
19 (43,1%) |
Costa M. |
49 |
24 |
25 (51%) |
48 |
23 |
25 (52%) |
Cujubim |
47 |
36 |
11 (23,4%) |
55 |
36 |
19 (34,5%) |
Espigão |
41 |
18 |
23 (56%) |
52 |
32 |
20 (38,4%) |
Guajará |
54 |
25 |
29 (53,7%) |
70 |
57 |
13 (18,5%) |
Jaru |
52 |
37 |
15 (28,8%) |
57 |
47 |
10 (17,5%) |
Ji-Paraná |
49 |
35 |
14 (28,5%) |
47 |
36 |
11 (23,4%) |
Machadinho |
50 |
28 |
22 (44%) |
46 |
21 |
25 (54,3%) |
Mirante |
51 |
38 |
13 (25,4%) |
30 |
18 |
12 (40%) |
N. Brasil. |
42 |
19 |
23 (54,7%) |
52 |
31 |
21 (40,3%) |
N. Mamoré |
54 |
26 |
28 (51,8%) |
59 |
29 |
30 (50,8%) |
Ouro P. |
48 |
33 |
15 (31,2%) |
60 |
32 |
28 (46,6%) |
P. Médici |
51 |
30 |
21 (41,1%) |
56 |
39 |
17 (30,3%) |
P. Velho C. |
48 |
24 |
24 (50%) |
Não ofertou |
Não ofertou |
0 |
P. Velho ZN |
50 |
32 |
18 (36%) |
108 |
76 |
32 (29,6%) |
São Fco. |
56 |
25 |
31 (55,3%) |
43 |
27 |
16 (37,2%) |
São M. |
56 |
42 |
14 (25%) |
48 |
42 |
6 (12,5%) |
Vilhena |
54 |
31 |
23 (42,5%) |
49 |
29 |
20 (40,8%) |
Ao analisar a Tabela 1, dentre outras informações, constatamos que os Polos Cujubim e São Miguel apresentam o menor percentual de evasão na turma 2014/1 (23,40% e 25% respectivamente). Na turma de 2015/2 destacamos como menores índices de evasão os Polos de São Miguel e Jaru (12,5% e 17,54% respectivamente). Os maiores percentuais de evasão na turma de 2014/1 residem nos Polos Candeias e Cerejeiras (65,78% e 60,71%). Os maiores indicativos de evasão na turma 2015/2 estão nos Polos Cacoal e Machadinho (57,69% e 54,34%).
O fenômeno da evasão se manifesta diferente entre os níveis de educação, de tal modo que no ensino fundamental, por exemplo, podemos atribuí-lo às baixas condições socioeconômicas da familia, enquanto no nível superior é mais decisiva a necessidade que o estudante tem em trabalhar e estudar.
Quadro 1
Principais motivos da evasão dos estudantes investigados
Conforme o Quadro 1, os principais motivos de evasão dos estudantes investigados foram dificuldades econômicas e a conciliação entre estudo e trabalho. Diversas são as causas que levam a evasão escolar. Além das elencadas, podem existir outras que estão entre as principais, tais como autoestima, fragilidade na saúde, má alimentação, ausência de perspectivas futuras, incapacidade para assimilar o que é ensinado, incompatibilidade com professores. Os fatores que contribuem para evasão escolar são tanto de ordem externa quanto interna à instituição de ensino. De fato, pelas justificativas aparecem otros fatores como identificação com o curso, dificuldade de acesso e o processo de aprendizagem.
E1 - “Não me identifiquei com o curso.”
E2 - “Não consegui tempo para estudar em casa.”
E3 - “O polo fica muito longe de onde eu moro.”
E4 - “Tive problemas familiares.”
E5 - “Abandonei o curso por causa do meu emprego.”
E6 - “Passei em outro curso de nível superior.”
E7 - “Não tenho internet em casa.”
E8 - “Passei por problemas de saúde.”
E9 - “Não gostei de estudar na EAD.”
E10 - “Estava com dificuldade de aprender as matérias.”
E11 - “Faltei muito e acabei desistindo.”
E12 - “Mudei de cidade e lá não tinha o curso.”
Para Almeida (2007) o fenômeno da evasão é gerado inicialmente pela aglomeração de dois fatores: características dos estudantes e circunstâncias da vida. O primeiro aspecto está predisposto a transformar-se mais lentamente e inclui motivação, etapa de desenvolvimento cognitivo, grau de conhecimento, perfil individual e autoestima. O segundo tende a transformar-se com mais facilidade, nele temos as mudanças na carreira, vida afetiva e financeira, saúde, condição social e psicológica, além das condições da instituição que oferta o curso EAD.
No que concerne a buscar alguma solução para evitar a desistência do curso, os estudantes da turma 2014/1 em 89,5% dos casos disseram não procurar ajuda. Na turma 2015/2, 100% dos estudantes igualmente aos anteriores informaram não terem procurado ajuda. A Tabela 2 traz as medidas buscadas pelos estudantes para evitar a evasão do curso.
A tabela mostra que quatro (4) estudantes apontaram outras opções como alternativa para não evadir do curso: 1 - Conseguiu alterar o horário de trabalho; 2 - Consegui transporte para o polo; 3 - Consegui ajuda da equipe de apoio do polo.
Tabela 2
Ações empreendidas pelos estudantes para evitar a desistência
Medidas buscadas pelos estudantes para evitar a evasão |
||
Perguntas |
2014/1 |
2015/2 |
Procurou emprego |
0,0% |
0,0% |
Pediu ajuda financeira a familiares e amigos |
0,0% |
0,0% |
Pediu auxílio à CAED |
2 (3,5%) |
0,0% |
Não procurou ajuda |
51 (89,5%) |
20 (100%) |
Outros |
4 (7,0%) |
0,0% |
Almeida (2007) acredita que o aconselhamento na fase inicial do curso é imprescindível, até o estudante se adaptar ao uso das novas tecnologias e sentir-se parte do processo de aprendizagem. A autora relata que em muitos casos, os estudantes abandonam o curso em vez de revelar suas angústias à equipe pedagógica, se bem que eles haviam sinalizado que precisavam de suporte.
O IFRO possui programas de assistência estudantil com intuito de que o estudante ingresse, permaneça e tenha êxito nos estudos. Dentre os auxílios ofertados destacamos o auxílio transporte, auxílio moradia, auxílio alimentação. Todos estes disponibilizados por meio de editais públicos de consulta. Para fazer jus aos auxílios o estudante deve atender aos critérios estabelecidos por regulamentação própria do IFRO e legislação vigente.
Ao serem indagados se pensam em reingressar no curso, os estudantes da turma 2014/1, responderam sim, no IFRO, 36 estudantes (63%) os outros 21 estudantes responderam ‘não’. Na turma 2015/2, responderam sim, no IFRO, 13 estudantes (65%) e 7 respondendo ‘não’. Apesar do alto número de evadidos no curso, percebemos que é possível o retorno desses estudantes ao IFRO. Para tanto, precisamos de mais estudos, evidências e propostas concretas que possam contribuir efetivamente na redução da evasão. Ocorre é que a necessidade de trabalhar para obter renda, normalmente a única da família, dificulta a conciliação entre estudo, trabalho e questões financeiras, principalmente para os frequentadores dos cursos noturnos, quando a exaustão provocada por um longo dia de trabalho pode ser motivo do baixo rendimento e levar à evasão escolar.
A evasão escolar não é um fenômeno provocado exclusivamente por fatores existentes dentro da escola, pelo contrário, a maneira como a vida se organiza fora da escola tem reflexos na conduta escolar. A combinação destes fatores acaba interferindo diretamente na evasão escolar.
Quanto a perspectiva da evasão apresentada pelos coordenadores de polos, em linhas gerais, traremos os apontamentos dos colaboradores da pesquisa, de modo que faremos a transcrição daquilo que anotamos em nosso diário de campo:
Colaborador 1 - A coordenadora destacou que os índices são baixos em seu polo, não sabendo ao certo os reais motivos desta condição. Outro ponto em destaque, apontado foi a péssima qualidade do sinal da internet local. Fato este que contribui para desestimular o estudante a frequentar o curso, tendo em vista que as aulas estão disponíveis no AVA e o estudante para acessar o conteúdo deve ter acesso a internet.
Colaborador 2 - O coordenador destacou desconhecer os índices de evasão em seu polo, uma vez que ainda estava em processo de transição para a nova gestão. Entretanto, relatou conhecer “por alto” que os números de evasão eram preocupantes. Outro ponto em destaque apontado durante a visita ao polo foi a falta de organização do espaço físico disponibilizado pela Prefeitura Municipal. Relataram que embora disponha de uma boa estrutura física, o espaço é compartilhado por outros setores públicos que prestam serviço a sociedade, não se tendo um controle dos fluxos de pessoas que adentram aquele prédio. Tal fato gera insegurança física e patrimonial, desorganização e barulho, comprometendo o regular andamento das atividades educacionais do polo.
Colaborador 3 - A coordenadora destacou que os índices são baixos em seu polo, e que tal fato se dá pela dedicação de todos, destacando os esforços dos Tutores em se empenhar no acompanhamento efetivo dos alunos e fornecer um rápido feedback nas dúvidas apresentadas pelos cursistas. Relatou que no início as coisas eram muito difíceis no polo, de modo que por diversas vezes teve que arcar com dinheiro pessoal para despesas do polo.
Colaborador 4 - A coordenadora revela preocupação, pois no polo também tem números significativos, assim como em outros. O polo atende muitos alunos de regiões fora da cidade, ou seja, da zona rural, fato este que poderia influenciar nos números da evasão. Outro detalhe foi demora na entrega dos materiais didáticos, considerado por eles como um possível causador da desmotivação dos estudantes.
Colaborador 5 - O coordenador ressaltou que no Polo uma das causas da evasão era a falta de opção de outros horários para os cursos, o que gerava um choque na agenda dos estudantes que tinham que escolher trabalhar ou estudar. Outro fator relacionado com a evasão era o abandono do curso para ingressar em outro curso de nível superior.
Colaborador 6 - O que mais chamava a atenção do coordenador foi o abandono do curso pelo horário em que o mesmo é ofertado, o que impossibilita a participação de alguns estudantes.
Colaborador 7 - A coordenadora relatou que uma reclamação recorrente dos estudantes é a péssima qualidade do sinal de internet da cidade e em razão da falta de adaptação ao curso informado por alguns estudantes.
Colaborador 8 - Segundo o coordenador do polo a evasão era em virtude das grandes distâncias percorridas pelo estudante até chegar ao polo, depois de um dia de trabalho enfrentando o trânsito caótico da capital, Porto Velho. Outro apontamento foi a falta de acompanhamento da equipe pedagógica visando recuperar os estudantes com baixo rendimento e frequência.
Destacamos nas falas dos colaboradores 1 e 7 que seria fator causador da evasão em seus polos a má qualidade da internet local, o que poderia estar desmotivando os estudantes e fazendo com que abandonassem o curso. Encontramos nos apontamentos dos colaboradores 4 e 8 a questão da distância do polo em que o estudante frequenta em relação com sua residência. Os colaboradores 5 e 6 destacam o horário em que o curso é ofertado como agravante da evasão. Outras observações anotadas foram com relação à falta de organização do espaço físico disponível para a aula, falta de acompanhamento da equipe pedagógica, demora na entrega dos materiais didáticos e mudança de curso técnico para superior.
Nos registros de campos, percebemos nas falas dos colaboradores que a evasão não é somente um fenômeno da modalidade, mas também da educação presencial. Uma preocupação de boa parte deles está na falta de conhecimento do curso e da própria EAD por parte dos estudantes. Esta falta vem acarretando aumento nos números da evasão. Destacamos também, que não é falta de qualidade técnica dos docentes e equipe pedagógica que vem causando aumento dos índices, contudo, todos os agentes da EAD precisam estar engajados e comprometidos em todas as etapas do processo de ensino e aprendizagem. Outra questão encontrada foi a necessidade de maiores esclarecimentos no início do curso, por exemplo, usando palestras, tutoriais, vídeos motivacionais, de modo que o estudante fique por dentro dos caminhos que ele irá percorrer na EAD.
Por meio destas discussões buscamos construir estratégias de intervenção no combate à evasão. Partimos dela para a propositura da elaboração de novas políticas pedagógicas de intervenção. Traremos em seguida, a transcrição de algumas ideias surgidas no fórum de discussão.
1 - Depois do ingresso seria interessante que existisse um setor, ou alguém que acompanhasse o desenvolvimento de cada aluno.
2 - Que ligassem para os estudantes, algo do tipo, para saber das suas dificuldades, e que pudesse dar um norte a ele. E com isso ele saberia como está o aluno e do que ele precisa.
3 - Do mesmo modo quando o aluno chegar na disciplina de estágio, seria interessante que fosse dado a responsabilidade para alguém, (quem sabe a equipe do coordenador de polo ou a criação de um setor próprio para isso) acompanhar o andamento físico do estágio, talvez uma visita inloco.
4 - Já tivemos alunos que executaram estágio realizaram atividades totalmente diferentes do que se espera para um técnico em informática para internet.
5 - Do mesmo modo que existe uma coordenadoria de tutores, sugiro a criação de uma coordenadoria de acompanhamento e monitoramento de aprendizagem e evasão de alunos.
6 - Vejo a necessidade de uma equipe pedagógica que acompanhasse o desenvolvimento dos alunos, entrando em contato com os mesmos.
7 - A criação de programas que visam recuperar o baixo rendimento dos alunos, e não apenas a aplicação das avaliações de recuperação.
8 - Acompanhamento e contato telefônico com os alunos informando sobre a necessidade de dar prosseguimento às atividades do curso, informando sobre as consequências da não realização das atividades.
9 - Sensibilizar os estudantes sobre a importância de concluir o curso no tempo estabelecido.
Fica evidente na fala dos colaboradores a preocupação em criar mecanismos que possam auxiliar os estudantes no sentido de evitar que estes abandonem o curso. Destacamos a necessidade, apontada por eles, sobre a falta de acompanhamento da equipe pedagógica (coordenadoria, tutoria, gestores) visando um contato mais efetivo com os estudantes, buscando compreender sua rotina, tentando tratar cada caso separadamente, pois, de fato, devido a heterogeneidade do nosso público cada demanda deve ter um tratamento específico.
Ao passo que novos pontos eram trazidos ao debate, passamos a implementar ações de intervenção. A mais importante delas foi a criação da Resolução nº 4/CE/IFRO/CPVHZN, de 04 de agosto de 2016, versando sobre a aprovação do calendário de oferta das disciplinas especiais para os cursos técnico em Finanças e Informática para Internet, cursos do PROFUNCIONÁRIO, ambos EAD no âmbito do campus Porto Velho Zona Norte. Esta medida foi adotada após diversas reuniões realizadas pelos gestores do campus, pesquisador e colaboradores da pesquisa por entender que seria uma estratégia política e pedagógica para resgatar e dar nova oportunidade aos alunos evadidos destes cursos. Por meio desta intervenção, conseguimos 481 matrículas de estudantes que haviam evadido somente no curso de Finanças EAD. A distribuição destas matrículas estão no Quadro 2.
Quadro 2
Matrícula dos estudantes evadidos após estratégia de reintegração
RELAÇÃO DE MATRÍCULAS POR DISCIPLINA |
|||
DISCIPLINAS |
Matriculados |
Aprovados |
Evadidos |
AMBIENTAÇÃO PARA EAD |
7 |
7 |
0 |
INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA |
33 |
28 |
5 |
DIREITO E LEGISLAÇÃO COMERCIAL |
32 |
20 |
12 |
ÉTICA PROFISSIONAL E CIDADANIA |
74 |
56 |
18 |
CONTABILIADE GERAL |
13 |
10 |
3 |
ESTATÍSTICA APLICADA |
23 |
13 |
10 |
FUNDAMENTOS DA ECONOMIA |
17 |
9 |
8 |
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL |
22 |
15 |
7 |
MATEMÁTICA FINANCEIRA |
19 |
7 |
12 |
DIREITO TRIBUTÁRIO |
33 |
18 |
15 |
ORIENTAÇÃO PARA PRÁTICA PROFISSIONAL E PESQUISA |
21 |
13 |
8 |
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO |
17 |
8 |
9 |
CONTABILIDADE DE CUSTOS |
12 |
4 |
8 |
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS |
12 |
5 |
7 |
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA |
11 |
4 |
7 |
MERCADO DE CAPITAIS |
43 |
15 |
28 |
GESTÃO TRIBUTÁRIA |
30 |
5 |
25 |
EMPREENDEDORISMO |
15 |
7 |
8 |
ANÁLISE DE RISCO E CRÉDITO |
47 |
28 |
19 |
Total |
481 |
272 |
209 |
Analisando as informações do quadro acima, percebemos que dos 481 estudantes matriculados, 56,55% (272) foram aprovados e, 43,45% (209) evadiram outra vez. Apesar de terem nova oportunidade de concluir o curso, a questão da evasão é tão delicada que encontramos números altos nesta nova demanda. Entretanto, se esta ação não fosse efetivada, teríamos perdido todos ao invés dos 209. Contudo, consideramos positivo e expressivo o número de estudantes que reingressaram e puderam concluir o curso.
Apresentamos a proposta de criação de uma equipe pedagógica voltada exclusivamente ao acompanhamento dos estudantes para os gestores do campus. Esta ação é uma iniciativa que surgiu em virtude dos debates nos fóruns do AVA.
Estimulamos desde então, que todos os envolvidos na EAD do campus, passassem a olhar com mais cuidado em relação aos sinais que os estudantes apresentam antes de evadirem do curso, buscando um contato mais efetivo e com maior frequência para que estes não se sintam isolados no processo de ensino e aprendizagem.
Esta pesquisa teve por objetivo entender o processo de evasão no curso Técnico em Finanças EAD do IFRO-Porto Velho com a finalidade de reintegrar os estudantes evadidos ao curso, dando-lhes uma nova oportunidade de concluírem os estudos, contribuindo para a diminuição dos índices de evasão e potencializando o desenvolvimento local.
Além de problematizar o conceito de evasão, nossa pesquisa buscou investigar os fatores que motivam este fenômeno, traçando propostas e possibilidades de erradicação. A evasão é decorrente de vários aspectos, sendo objeto de um processo histórico amplo, narrado por diversos autores, sendo necessária a intensificação de políticas voltadas para a permanência e êxito dos alunos.
Os dados apontam que na turma investigada do curso Técnico em Finanças EAD do ano 2014/1, tivemos 49,82% (510 estudantes) de evadidos em todos os 22 polos do IFRO que ofertam o curso, considerando a diferença do número de matriculados no primeiro semestre com o terceiro semestre do respectivo ano. Quando analisamos a turma 2015/2, considerando o número de estudantes matriculados no primeiro semestre (1171 matrículas) com os matriculados no segundo, o Curso Técnico em Finanças EAD registrou um índice de evasão de 36,97% (433 estudantes). Mesmo que em 2015/2 esse número tenha apresentado uma aparente redução, vale lembrar que os semestres analisados foram seguidos, diferente do que fizemos com a turma 20104/1. A evasão nos cursos EAD do IFRO ainda é um problema drástico a ser enfrentado pelos professores, estudantes e gestores.
A análise destes dados aponta como causas principais motivadoras da evasão dois fatores extraescolares: dificuldades econômicas e conciliar estudo e profissão. Na turma 2014/1, (65%) dos estudantes indicaram dificuldades econômicas, na turma 2015/2, (35%) disseram conciliar estudo e profissão.
A educação profissional de qualidade se apresenta como um canal capaz de inserir os alunos de classes sociais menos favorecidas na sociedade e no setor produtivo, possibilitando a diminuição das diferenças sociais e econômicas, desfrutando de uma vida mais digna e isonômica.
ABED. (2014). Associação Brasileira de Educação a Distância. Disponível em: <http://www2.abed.org.br/eadfaq.asp>. Acesso em: 01 mai. 2016.
______. Censo EAD.BR: Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil 2014 = Censo EAD.BR: Analytic Report of Distance Learning in Brazil/[traduzido por Maria Thereza Moss de Abreu]. – Curitiba: Ibpex, 2015. Disponível em: <http://www.abed.org.br/censoead2014/CensoEAD2014_portugues.pdf> Acesso em 15 mai. 2016.
Almeida, O. C. S. (2007). Evasão em Cursos a Distância: Validação de instrumento, fatores Influenciadores e Cronologia da Desistência. 177 f. Dissertação (Mestrado em Gestão Social e do Trabalho) - Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
Bardin, L. (1979). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Brasília, DF: Senado Federal.
Dore, R., e Luscher, A. Z. (2011). Permanência e evasão na educação técnica de nível médio em Minas Gerais. Cadernos de Pesquisa, 41(144), 772-789.
Favero, R. V. M. (2006). Dialogar ou evadir: Eis a questão! Um estudo sobre a permanência e a evasão na Educação a Distância. 2006. 167 f. Dissertação (Mestrado em Educação)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul.
Freitas, F. O. (2013). Os desafios do Brasil no Ensino Superior a distância. Âmbito Jurídico, XVI(114). Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13477&revista_caderno=27>. Acesso em 01 maio 2016.
Gil, A. C. (2009). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
IFRO. (2012). Projeto político pedagógico do curso técnico em finanças EAD (PPC). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. Porto Velho, 2012.
Kenski, V. M. (2007). Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus.
Young, M. (2007). Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, 28(101), 1287-1302.
Litto, F. M. O cenário Nacional da Educação a Distância. [21-?]. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:hz70GVSjVK0J:www.aprendervirtual.com.br/artigoInterna.php?IDx=266&num=1&hl=pt-BR&gl=br&strip=0&vwsrc=0>. Acesso em: 20 maio 2016.
Maurício, W. P. D., e Sclemmer, E. (2014). Educação a Distância: as caudas da evasão, os lugares e suas manifestações. In: ESUD 2014 – XI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO SUPEIOR A DISTÂNCIA. Anais... UNIREDE. Florianópolis, 2014.
Oliveira, M. A. M. (2001). A reforma do ensino profissional: desmantelamento da educação tecnológica ministrada pelo CEFET X. Educação Brasileira, 23(46) 25- 43.
Pacheco, A. S. V. (2007). Evasão: análise da realidade do Curso de Graduação a Distância da Universidade Federal de Santa Catarina. 2007. 298 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina)- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
______. (2010). Evasão e permanência dos estudantes de um curso de administração do sistema Universidade Aberta do Brasil: uma teoria fundamentada em fatos e na gestão do conhecimento. 2010. 298 f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento)- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
Riscal, S. A. (2010). A educação solitária. In: Souza, D. D. L., Silva Júnior, J. R.; Floresta, M. G. S. (Orgs.). Educação a distância: diferentes abordagens críticas. São Paulo: Xamã. 53-75.
Rovai, A. P. (2003). In search of higher persistence rates in distance education online programs. Internet and Higher Education, 6(1) 1-16
1. Docente do Instituto Federal de Rondônia, Brasil. Mestre em Educação Escolar pela Universidade Federal de Rondônia-UNIR. E email de contato: adonias.silva@ifro.edu.br
2. Docente do Campus de Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas, Brasil. Doutor em Educação Química pela Universidade Estadual Paulista-UNESP. E email de contato: wilmojr@bol.com.br