ISSN 0798 1015

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Vol. 38 (Nº 44) Año 2017. Pág. 2

A evolução da agropecuária e da agroindústria brasileira: um comparativo da matriz insumo-produto 2003 e 2013

Evolution of the Brazilian agriculture and agroindustry: an input-output matrix comparison for 2003 and 2013

Katiane TOLDI 1; Fernando FROZZA 2;Mamadu Lamarana BARI 3; Adriano Marcos Rodrigues FIGUEIREDO 4

Recibido: 05/05/2017 • Aprobado: 01/06/2017


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados

4. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

Verificou-se a evolução da agropecuária e da agroindústria no Brasil, entre 2003 e 2013, utilizando-se os multiplicadores de insumo-produto de Leontief e encadeamentos de Hirschman. As atividades não sofreram grandes mudanças nos encadeamentos no período. Notou-se um decrescimento do impacto econômico do emprego, relacionado com a mecanização e aumentos de salários, lucro, impostos, importações e exportações. As atividades agroindustriais indicaram-se como setores chaves na economia brasileira em 2003. Em 2013 o setor têxtil perdeu competitividade no encadeamento para frente.
Palavras chave insumo-produto, economia, agropecuária

ABSTRACT

We analyzed the evolution of the Brazilian agriculture and agroindustry, between 2003 and 2013, using Leontief’s input-output multipliers and Hirschman’s linkages. The activities exhibited small changes in their linkages in this period. It was observed a decreasing employment effect related with the mechanization, and increases of income, profits, taxes, imports and exports. The agroindustry activities were detected as key sectors of the 2003 Brazilian economy. In 2013, the textile activity lost competitiveness in the forward linkage.

Keywords input-ouput, economics, agriculture

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1. Introdução

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária nacional correspondia a 7,2% do PIB brasileiro em 2003 e em 2013 esse percentual diminuiu para 5,3%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017a). O setor agropecuário influencia diversas atividades econômicas promovendo o emprego, a renda, a geração de riqueza, as exportações e também impulsiona outras atividades relacionadas direta ou indiretamente.

As agroindústrias participam diretamente da cadeia produtiva da agropecuária, principalmente no que se refere à compra de matérias-primas para os mais diversos tipos de indústrias, tais como as selecionadas para este estudo: alimentos (carne, açúcar, pescado, laticínios, outros produtos alimentares); bebidas; fumo; têxteis; artigos do vestuário; couro; produtos de madeira; celulose e produtos de papel, conforme definição da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) (IBGE, 2016).

O setor de alimentos e bebidas é o mais representativo, em 2003 representou 19,14% do valor da produção brasileira. O restante das atividades apresentou percentual de 3,8% em celulose seguido de 2,48% na fabricação de produtos têxteis; 2,30% para couros e seus artefatos; 1,29% para confecção de artigos do vestuário e acessórios e mesmo valor para os produtos de limpeza, perfumaria e higiene, 0,97% na madeira, exceto móveis e 0,64% os produtos de fumo. Em 2013, no valor da produção brasileira, os dados para alimentos e bebidas foram de 21,25%; 2,65% para celulose, papel e produtos de papel; 1,95% para confecção de artigos do vestuário e acessórios; 1,72% para produtos têxteis; 1,45% para produtos de limpeza, perfumaria e higiene; 1,42% na preparação de couros e fabricação de artefatos de couro; 0,68% na fabricação de produtos de madeira, exceto móveis; e, 0,57% na fabricação de produtos do fumo (IBGE, 2017b).

Os setores da agropecuária e da agroindústria sofreram oscilações na sua participação na economia, interferência de novas tecnologias e da competitividade, entre outras transformações, influenciadas por inúmeros fatores internos e externos. Dessa forma investigam-se quais os impactos que essas alterações provocam e que requerem análise para seu entendimento.

Diante da importância das atividades apresentadas para o Brasil e a preocupação com as mudanças que ocorrem nas atividades econômicas com o passar do tempo, o estudo tem o objetivo de analisar a evolução da economia a partir dos indicadores das matrizes de insumo-produto de 2003 e 2013, enfatizando a agropecuária e as atividades relacionadas à agroindústria. Foram observadas as evoluções dos impactos diretos e indiretos na geração de emprego, lucro, impostos, importações e exportações, além dos encadeamentos para frente e para trás dos setores analisados para fazer o comparativo dos resultados apresentados para os dois anos.

Justifica-se a pesquisa pela importância dos setores no âmbito mundial, nacional e também devido ao montante de área plantada, os investimentos e o ambiente favorável para o desenvolvimento da produção brasileira.

Na próxima seção tem-se um breve relato do referencial teórico de insumo-produto, seguida pela seção dos procedimentos metodológicos. Posteriormente, tem-se a seção dos resultados e as conclusões.

2. Metodologia

A matriz de insumo-produto (MIP) é oficialmente elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é utilizado para a análise de vários setores da economia. A análise de insumo-produto é um modelo analítico desenvolvido por Wassily Leontief no final dos anos 1930. Seu propósito é o de analisar a interdependência dos setores em uma economia. Os conceitos estabelecidos por Leontief são componentes-chave de diversos tipos de análise econômica, e a análise insumo produto é um dos métodos mais aplicados em economia (MILLER e BLAIR, 2009).

A MIP é composta por um sistema quantitativo com diversas variáveis e transações entre produção, distribuição e consumo, com linhas e colunas que medem as perturbações de cada setor com os demais (LEONTIEF, 1983). Os valores são dispostos em uma tabela que desempenha duas funções em separado: descreve a relação entre as indústrias e setores, entre os insumos e os produtos e mede o impacto de perturbações autônomas sobre a produção e a renda. Os dados são dispostos de maneira a permitir inter-relações econômicas sob a forma de entradas e saídas ou compras e vendas (RICHARDSON, 1978).

O modelo de insumo-produto é uma ferramenta matemática de mensuração dos efeitos prospectivos e retrospectivos de uma atividade econômica. Sua importância para o desenvolvimento regional consiste na capacidade de identificar eficazmente os setores chaves (HIRSCHMAN, 1983). Para Moretto (2000) o método é uma importante ferramenta de planejamento econômico, além de ser um instrumento que auxilia na tomada de decisões de um grande número de países.

Guilhoto (2004) explica que os multiplicadores são índices que incorporam os efeitos diretos e indiretos, e servem para medir como um choque na demanda impactaria a economia. Enquanto os multiplicadores do tipo I incluem apenas os efeitos diretos (sobre o próprio setor) e indiretos (sobre os demais setores), os multiplicadores do tipo II incluem efeitos diretos, indiretos e induzidos. Conforme Tosta et. al, (2004), os Multiplicadores da Produção, do Emprego e da Renda são usualmente utilizados para quantificar os impactos de alterações exógenas sobre atividades selecionadas da economia, podendo ser divididos em multiplicadores do Tipo I e do Tipo II. A diferença é que o de Tipo II considera o consumo das famílias, e suas remunerações, de forma endógena.

Diferente do índice de ligação, que é uma fotografia da economia, os multiplicadores são instrumentos de avaliação dos efeitos causados por uma alteração das variáveis. Altos índices de ligação para trás sugerem altos multiplicadores, porém, estes índices têm valores e significados distintos.

Os índices de ligações para trás indicam o que cada setor demanda dos demais (poder de dispersão), os índices para frente mostram o quanto cada setor é demandado pelos demais (sensibilidade da dispersão) (FIGUEIREDO et. al, 2011). Existem três critérios básicos para a determinação dos setores-chave para o crescimento de uma economia, o primeiro, proposto por Rasmussen-Hirschman, considera como setores-chave aqueles que apresentam pelo menos um dos índices de ligação acima de 1, o segundo, apresentado por McGilvray (1977), considera um setor como chave aquele que apresentar ambos os índices maiores do que 1, simultaneamente. Já para Guilhoto (1995), um setor é considerado chave para economia quando suas ligações são maiores que a média dos demais setores.

A Matriz de Contabilidade Social (MSC) é um sistema de dados que captura as interdependências existentes no sistema econômico de um país em um determinado período de tempo. A agregação ou desagregação feita, pode ser usada para verificar quais os setores-chave de uma economia, os fluxos inter-regionais de uma região. A Matriz também pode ser usada para calcular os impactos exógenos das exportações, dos gastos do governo e capital (THORBECKE, 1998).

A MIP fornece as relações intersetoriais e as informações sobre o consumo intermediário, a demanda final das instituições, o valor adicionado das atividades e os impostos indiretos. Nas contas nacionais são obtidas as demais informações para gerar a MCS. A MCS é um importante instrumento de análise econômica, pois captura as interdependências entre os diversos setores institucionais, igualando as receitas e despesas para cada um de seus componentes (FOCHEZATTO, 2005).

Para Pyatt e Round (1985) e Sadoulet e De Janvry (1995), a MCS reflete as transações de uma economia em um determinado período de tempo, representando e analisando as relações econômicas e as intervenções na economia. De acordo com o nível de desagregação utilizado a MCS permite a análise do todo e de apenas um setor.

2.1. O modelo insumo-produto

A metodologia consiste na análise da MIP das atividades diretamente relacionadas a agropecuária que é representada conforme figura 1. As atividades agricultura, silvicultura, exploração florestal, pecuária e pesca foram agregadas na matriz de consumo intermediário (setor x setor) 2003, a agricultura, inclusive o apoio à agricultura e a pós-colheita, a pecuária, inclusive o apoio à pecuária e a produção florestal, pesca e aquicultura foram agregadas na MIP 2013 para formar o setor de agropecuária. Os setores (abate de produtos da carne, inclusive laticínios e pesca, fabricação e refino de açúcar, outros produtos alimentares e bebidas também foram agregados na Matriz 2013 para corresponder a alimentos e bebidas da MIP  2003.

Figura 1 – Atividades relacionadas a cadeia produtiva da agropecuária

Fonte: Elaborada pelos autores, 2016.

Os setores analisados consistem em agropecuária, alimentos e bebidas, produtos do fumo, têxteis, artigos do vestuário e acessórios, artefatos de couro e calçados, produtos de madeira, exclusive móveis e celulose e produtos de papel e perfumaria, higiene e limpeza. O setor de máquinas e equipamentos também foi analisado para entender a evolução da mecanização da agropecuária e indústria. Estes setores foram selecionados pois estão de acordo com a definição do IBGE (2001) de agroindústria restrita que está relacionada os seguintes setores: Alimentar, fumo, beneficiamento de fibras têxteis, curtimento de couro, desdobramentos da madeira, celulose, produção de álcool, química e máquinas.

Os dados para os cálculos foram obtidos a partir das tabelas da Matriz Insumo-Produto 2003 e 2013 do Brasil, disponíveis no site NEREUS-USP.

Os fluxos inter setoriais em uma economia podem ser representados por X=AX+Y em que: X é um vetor (nx1) com os valores da produção total de cada setor; Y é um vetor (nx1) com os valores da demanda final; e A é uma matriz (nxn) com os coeficientes técnicos de produção (LEONTIEF, 1966). O nível total de produção pode ser determinado pela demanda final, da seguinte forma:

3. Resultados

O PIB da agropecuária brasileira sofreu alterações de 2003 a 2013, conforme se pode observar na figura 2. No ano de 2005 houve uma queda do setor, com recuperação em 2006, novo decrescimento em 2008, que pode estar relacionado com a crise mundial, outro decrescimento em 2010 e recuperação e nos anos seguintes uma tendência ao crescimento dos valores da atividade. Todas essas oscilações provocam impacto na economia, a análise dos indicadores da Matriz Insumo-Produto apresentada a seguir permite entender a evolução destes impactos durante estes 10 anos.

Figura 2: Evolução do PIB da agropecuária brasileira a
preços correntes deflacionados no ano base 2013.

Fonte: Elaborada pelos autores de acordo com dados do IBGE (2017a), deflacionados
pelo deflator do Produto interno Bruto da agropecuária fornecido pelo IBGE (2017c).

Nota-se que de acordo com a figura 3 em 2008 também houve uma queda nas atividades industriais. O comportamento da agroindústria apresentou comportamento diferente ao da agropecuária ao longo dos 10 anos analisados, permanecendo com sua participação na economia praticamente inalterada em quase todos os setores analisados. A partir de 2011 houve uma tendência de crescimento, especialmente no setor de alimentos, que demostrou as maiores oscilações e incremento, esse crescimento foi estabilizado e em 2013 a tendência é de diminuição.

Figura 3: Evolução do PIB da agroindústria brasileira a
preços correntes deflacionados no ano base 2013

Fonte: Elaborada pelos autores de acordo com dados das atividades
do IBGE (2017b) deflacionados pelo deflator do Produto Interno Bruto (IBGE 2017c).

3.1. Comparativo entre 2003 e 2013

Ao analisar a tabela 1 (matriz inversa de Leontief ou matriz de efeitos diretos e indiretos, aqui resumida apenas para os setores analisados) é perceptível que em geral os setores da agropecuária têm maior impacto nas demais atividades da cadeia produtiva. O setor de agropecuária tem seu principal impacto no setor de alimentos e bebidas, seguindo de produtos do fumo, uma unidade monetária adicional na demanda final da agropecuária incrementa 0,08 unidades no valor bruto da produção (VBP) do setor de alimentos e bebidas. Já uma unidade monetária adicional na demanda final do setor de alimentos e bebidas gera um aumento de 0,53 unidades do VBP da atividade agropecuária.

Observando a tabela 2 de forma semelhante ao que acontece 2003, o setor de agropecuária tem os maiores impactos nas demais atividades, 0,35 no setor de alimentos, 0,30 em produtos do fumo e 0,12 em têxteis. A cada unidade monetária na produção de alimentos e bebidas impacta diretamente no aumento da produção de artefatos de couro e calçados e perfumaria higiene e limpeza em 0,08. Celulose e produtos de papel indicam impacto de 0,05 em produtos do fumo e 0,04 em perfumaria higiene e limpeza.

Tabela 1 – Matriz inversa de Leontief Brasileira em 2003

Setor/ Setor

Agropecuária

Alimentos e Bebidas

Produtos do fumo

Têxteis

Artigos do vestuário e acessórios

Artefatos de couro e calçados

Produtos de madeira - exclusive móveis

Celulose e produtos de papel

Perfumaria, higiene e limpeza

Máquinas e equipamentos

Agropecuária

1,13

0,53

0,46

0,09

0,04

0,09

0,15

0,11

0,06

0,00

Alimentos e Bebidas

0,08

1,22

0,03

0,01

0,00

0,15

0,01

0,02

0,08

0,00

Produtos do fumo

0,00

0,00

1,02

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Têxteis

0,00

0,00

0,06

1,29

0,47

0,05

0,00

0,02

0,00

0,01

Artigos do vestuário e acessórios

0,00

0,00

0,00

0,00

1,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Artefatos de couro e calçados

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

1,29

0,00

0,00

0,00

0,00

Produtos de madeira - exclusive móveis

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

1,26

0,01

0,01

0,00

Celulose e produtos de papel

0,00

0,01

0,06

0,01

0,02

0,03

0,02

1,20

0,03

0,01

Perfumaria, higiene e limpeza

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,01

0,00

0,00

1,03

0,00

Máquinas e equipamentos

0,00

0,01

0,01

0,02

0,01

0,01

0,01

0,02

0,01

1,05

TOTAL

1,21

1,77

1,64

1,42

1,54

1,63

1,45

1,38

1,22

1,07

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

Observa-se que em relação ao multiplicador de produção o da agropecuária diminuiu de 1,21 para 1,12. Os setores que tiveram maiores quedas foram artefatos de couro e calçados em 0,29, alimentos e bebidas e produtos do fumo em 0,24 e artigos do vestuário e acessórios em 0,18. Estes dados evidenciam o recuo das atividades agropecuárias e da agroindústria em 2013 demostrada nas figuras 1 e 2. Cabe destacar que o único setor que teve aumento do multiplicador da produção foi o de máquinas e equipamentos o que sugere o crescimento da mecanização das atividades.

Tabela 2 – Matriz Inversa de Leontief da agropecuária e da agroindústria brasileira em 2013

Setor/ Setor

Agropecuária

Alimentos e Bebidas

Produtos do fumo

Têxteis

Artigos do vestuário e acessórios

Artefatos de couro e calçados

Produtos de madeira - exclusive móveis

Celulose e produtos de papel

Perfumaria, higiene e limpeza

Máquinas e equipamentos

Agropecuária

1,07

0,35

0,30

0,12

0,04

0,04

0,14

0,06

0,04

0,01

Alimentos e Bebidas

0,04

1,15

0,01

0,01

0,01

0,08

0,01

0,02

0,08

0,01

Produtos do fumo

0,00

0,00

1,03

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Têxteis

0,00

0,00

0,00

1,21

0,26

0,09

0,00

0,00

0,00

0,00

Artigos do vestuário e acessórios

0,00

0,00

0,00

0,00

1,03

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Artefatos de couro e calçados

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

1,10

0,00

0,00

0,00

0,00

Produtos de madeira - exclusive móveis

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

1,14

0,01

0,00

0,00

Celulose e produtos de papel

0,00

0,02

0,05

0,02

0,01

0,02

0,03

1,16

0,04

0,01

Perfumaria, higiene e limpeza

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

1,02

0,00

Máquinas e equipamentos

0,00

0,01

0,00

0,01

0,00

0,00

0,01

0,01

0,01

1,14

TOTAL

1,12

1,53

1,40

1,37

1,36

1,34

1,32

1,27

1,19

1,17

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

Analisando a tabela 3, compreende-se que os efeitos para trás e para frente tiveram pequenas variações. Nos encadeamentos para trás os setores de celulose e produtos de papel, perfumaria higiene e limpeza apresentaram os maiores crescimento e artefatos de couro e calçados e produtos do fumo apresentaram queda de 0,09 e 0,02 respectivamente. Quando se trata dos encadeamentos para frente, a maioria dos setores apresentou decrescimento, o setor de têxteis foi o que apresentou maior decrescimento de 0,20 e a agropecuária de 0,16.

Tabela 3 - Encadeamento: Efeito para trás e para frente

Encadeamento

Efeito para trás

Variação

Efeito para frente

Variação

2003

2013

(%)

2003

2013

(%)

Agropecuária

0,88

0,93

6

1,95

1,79

-8

Alimentos e Bebidas

1,23

1,30

6

1,21

1,22

1

Produtos do fumo

1,14

1,12

-2

0,53

0,58

9

Têxteis

1,08

1,14

6

1,15

0,95

-17

Artigos do vestuário e acessórios

1,04

1,04

0

0,55

0,61

11

Artefatos de couro e calçados

1,20

1,11

-7

0,68

0,62

-9

Produtos de madeira - exclusive móveis

1,01

1,08

7

0,82

0,76

-7

Celulose e produtos de papel

1,06

1,18

11

1,13

1,05

-7

Perfumaria, higiene e limpeza

1,09

1,19

9

0,61

0,62

2

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

Observando a figura 4 é notório que não houve mudanças significativas na tendência dos encadeamentos, a agropecuária e o setor de têxteis e artefatos de couro e calçados foram os setores que apresentaram maiores oscilações.

Figura 4 – Encadeamento: Efeito para frente e para trás da agropecuária
e da agroindústria brasileira em 2003 (esquerda) e 2013 (direita)

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

O encadeamento para frente da agropecuária passou de 1,95 em 2003 para 1,79 em 2013 apesar do crescimento do PIB do setor, a atividade têxtil sofreu queda de 0,20. Ainda no encadeamento para frente observa-se crescimento da atividade de artigos de vestuário e acessórios, produtos do fumo, alimentos e bebidas e perfumaria higiene e limpeza. Em relação aos efeitos para trás somente os setores de celulose e produtos de fumo apresentaram queda de 0,09 e 0,02 respectivamente, celulose e produtos de papel, perfumaria, higiene e limpeza e alimentos e bebidas apresentaram o maior aumento do indicador.

Quando se trata do segundo critério McGilvray, que é mais rígido, pois considera setores chaves apenas aqueles que apresentam ambos efeitos para trás e para frente conforme observado na tabela 4, o número de setores chaves na economia brasileira diminui.

Tabela 4 – Encadeamento segundo critérios dos autores

Encadeamento Critérios

Ano

Efeitos

Agrope-cuária

Alimentos e Bebidas

Produtos do fumo

Têxteis

Artigos do vestuário e acessórios

Artefatos de couro e calçados

Produtos de madeira - exclusive móveis

Celulose e produtos de papel

Perfumaria, higiene e limpeza

Média encadea-mentos

Rasmussen-Hirschman (1958)
indicador >1

2003

 trás

 

1,23

1,14

1,08

1,04

1,20

1,01

1,06

1,09

 

2003

 frente

1,95

1,21

1,15

1,13

2013

 trás

1,30

1,12

1,14

1,04

1,11

1,08

1,18

1,19

2013

 frente

1,79

1,22

 

 

 

 

 

1,05

 

 

McGilvray (1977)
indicadores para frente
e para trás >1 (2 efeitos)

2003

 trás

1,23

1,08

1,06

2003

 frente

1,21

1,15

1,13

2013

 trás

1,30

1,18

2013

 frente

 

1,22

 

 

 

 

 

1,05

 

 

Guilhoto (1995)
indicadores > média

2003

 trás

1,23

1,14

1,08

1,20

1,09

1,08

2003

 frente

1,95

1,21

1,15

1,13

0,96

2013

 trás

1,30

1,12

1,14

1,18

1,19

1,12

2013

 frente

1,79

1,22

 

 

 

 

 

1,05

 

0,91

Fonte: Elaborada pelos autores (2016) baseada nos critérios teóricos.

Considera-se as atividades de alimentos e bebidas têxteis e celulose no ano de 2003 já no ano de 2013 o setor de têxteis apresentou mudanças, aumentou seu índice de encadeamento para trás de 1,08 para 1,14 de 2003 para 2013, porém diminuiu seu encadeamento para frente de 1,15 para 0,95 conforme tabela 3. Devido a isso, não é mais considerado setor chave pelo critério mais rígido do McGilvray.  Os setores de alimentos e bebidas e celulose são os que apresentaram maior participação na economia em 2013, 21,25% e 2,65% respectivamente, também apresentaram maior crescimento do PIB e corroborando com esses dados da tabela 4 esses foram os setores que se apresentaram como setores chaves.

De acordo com as figuras 5,6, 7, 8 e 9 e tabela 5, os setores com maior impacto na geração de emprego, salário, lucro, imposto e importações foram as atividades da agropecuária e de alimentos e bebidas o que reflete o destaque delas na participação na economia.

Tabela 5 - Impactos Econômicos de empregos, salários, lucro, impostos e importações, e variação entre 2003-2013.

Setores

Ano

Agropecuária

Alimentos e Bebidas

Produtos do fumo

Têxteis

Artigos do vestuário e acessórios

Artefatos de couro e calçados

Produtos de madeira - exclusive móveis

Celulose e produtos de papel

Perfumaria, higiene e limpeza

Empregos

2003

21.497

15.589

426

1.746

2.279

1.279

971

939

433

2013

15.767

12.973

268

1.250

2.500

962

737

848

471

Var. (%)

-27

-17

-37

-28

10

-25

-24

-10

9

Salário

2003

42.954

51.883

1.633

7.371

6.638

6.938

4.373

7.409

3.477

2013

72.032

148.270

3.326

14.850

22.802

14.002

8.474

18.630

9.509

Var. (%)

68

186

104

101

244

102

94

151

173

Lucro

2003

46.308

62.529

2.453

10.304

5.214

5.462

6.622

13.714

5.579

2013

121.432

155.979

6.258

9.855

8.593

8.889

6.380

19.310

8.712

Var. (%)

162

149

155

-4

65

63

-4

41

56

Impostos

2003

12.130

21.788

843

2.725

1.841

2.471

1.525

3.616

1.647

2013

30.191

66.167

1.600

5.726

7.160

5.140

2.927

8.477

4.886

Var. (%)

149

204

90

110

289

108

92

134

197

Importações

2003

14.273

20.720

574

3.645

2.070

2.495

1.284

4.126

2.520

2013

44.912

61.954

1.429

8.280

7.312

4.823

2.510

11.239

7.612

Var. (%)

215

199

149

127

253

93

95

172

202

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

O setor de alimentos e bebidas, que foi o que apresentou maior crescimento, especialmente no ano de 2012 indicando-se como setor chave da economia.  O emprego teve crescimento apenas na atividade de perfumaria higiene e limpeza, nas demais houve decrescimento, a atividade de têxtil e a agropecuária foram as que tiveram os maiores decrescimentos no emprego ficando 28% e 27% menores respectivamente em 2013, corroborando com os dados acima apresentados de queda o indicador de encadeamento para frente.

Figura 5 – Variação dos impactos econômicos – Brasil, 2003-2013

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

Artigos do vestuário e acessório apresentaram a maior variação positiva para salários seguida de alimentos e bebidas e perfumaria, higiene e limpeza. A agropecuária apresenta variação positiva de 162% de 2003 a 2013 em relação ao lucro, seguida de produtos do fumo 155% e alimentos e bebidas 149%. Dentre as atividades que lideraram a variação de arrecadação de impostos, destacam-se: Artigos do vestuário e acessórios; alimentos e bebidas e perfumaria; higiene e limpeza. As importações foram as mais afetadas pois apresentaram o maior incremento, em média aumento de 167% nos 10 anos.

Em relação aos multiplicadores do tipo I, na Tabela 6, percebe-se que houve oscilações de 2003 a 2013, o emprego teve queda em todos os setores, especialmente em produtos de fumo, alimentos e bebidas com diminuição de 38% e 36% respectivamente.

Tabela 6 – Multiplicadores do Tipo I de empregos, salários, lucro,
impostos e importações, e variação entre 2003-2013, Brasil.

Setores

Ano

Agropecuária

Alimentos e Bebidas

Produtos do fumo

Têxteis

Artigos do vestuário e acessórios

Artefatos de couro e calçados

Produtos de madeira - exclusive móveis

Celulose e produtos de papel

Perfumaria, higiene e limpeza

Empregos

2003

1,22

8,49

22,42

2,02

1,40

2,22

2,11

5,73

4,21

2013

1,17

5,47

13,96

1,89

1,38

1,74

1,74

4,13

3,13

Var. (%)

-0,04

-36

-38

-7

-2

-22

-18

-28

-26

Salário

2003

1,53

3,84

3,67

2,23

1,81

2,14

1,94

2,41

2,42

2013

1,85

3,11

3,30

1,90

1,64

1,78

1,76

2,48

2,60

Var. (%)

21

-19

-10

-15

-10

-17

-9

3

8

Lucro

2003

1,83

3,64

2,46

2,40

4,57

4,13

1,87

2,02

2,19

2013

1,49

4,76

1,88

4,25

12,94

2,83

2,68

2,80

3,19

Var. (%)

-19

31

-23

77

183

-31

43

39

46

Impostos

2003

2,02

2,30

1,79

2,24

2,18

2,20

1,98

1,95

2,00

2013

2,00

2,15

1,80

1,84

1,67

1,68

1,76

1,90

1,80

Var. (%)

-1

-7

1

-18

-24

-24

-11

-3

-10

Importações

2003

2,28

2,80

3,31

2,19

2,44

2,52

2,60

2,00

1,80

2013

2,55

3,28

2,47

1,95

1,97

2,14

2,63

2,02

1,85

Var. (%)

12

17

-25

-11

-19

-15

1

1

3

Fonte: Elaborada pelos autores (2016).

O multiplicador de salário também apresentou decrescimento, apenas as atividades de agropecuária, celulose e produtos de papel e perfumaria e higiene e limpeza apresentaram incremento. No entanto, o lucro teve crescimento médio de 38%, o maior responsável por esse índice foi o setor de artigos do vestuário e acessórios com aumento de 183% e têxteis com 77%. Os impostos também apresentaram uma diminuição média de 11% o que sugere uma desoneração para estes setores que reflete no aumento de seus lucros.

As importações tiveram um decrescimento médio menor de 4% o que indica que as empresas nacionais devem estar ganhando competitividade frente às estrangeiras no mercado nacional, principalmente nos setores de produtos do fumo, artigos de vestuário e acessórios e artefatos de couro e calçados. Alimentos e bebidas e agropecuária tiveram aumentos nas suas importações em 17% e 12% respectivamente.  O setor de alimento e bebidas se destacou nos valores dos multiplicadores o que reflete sua posição de setor chave e sua grande importância econômica.  Produtos de fumo teve o maior multiplicador de emprego e um dos maiores de salários o que sugere investimentos no setor.

4. Conclusões

As atividades analisadas a agropecuária, alimentos e bebidas, produtos do fumo, têxteis, artigos do vestuário e acessórios, artefatos de couro e calçados, produtos de madeira - exclusive móveis, celulose e produtos de papel, perfumaria, higiene e limpeza sofreram oscilações em seus valores de PIB ao longo dos 10 anos, porém em 2013 apresentaram tendência de decrescimento e isto refletiu nos dados encontrados da Matriz Insumo Produto.

Ao analisar-se a Matriz inversa de Leontief percebeu-se que a agropecuária é a que tem mais impacto nas demais atividades por ser fornecedora de matéria-prima para a agroindústria.  Os multiplicadores de produção tiveram queda, apenas o setor de máquinas e equipamentos mostrou crescimento o que indica mecanização das atividades refletindo na queda de empregos.  Não houve grandes alterações nos encadeamentos dos setores, a tendência dos gráficos se apresentou a mesma, porém observou-se uma queda nos encadeamentos para frente, principalmente dos setores de agropecuária e têxteis. As atividades que se destacaram como setores chave foram alimentos e bebidas, celulose e produtos de papel e têxteis em 2003, já em 2013 o setor têxtil perdeu competitividade, diminuiu suas exportações e deixou de permanecer como setor chave.

Buscando informações nos impactos econômicos destacam-se os setores e de bebidas e alimentos agropecuários que apresentaram s maiores valores o que se explica pelo seu percentual da participação na economia de aproximadamente 21 e 5 respectivamente. Apenas a atividade de perfumaria higiene e limpeza aumentou seu impacto econômico na geração de empregos, esta atividade também demostrou aumento significativos nos impactos de salários, impostos e importações, bem como artigos do vestuário e acessórios. O impacto econômico das importações sofreu um aumento de 167 entre 2003 e 2013. As exportações tiveram incremento na maioria dos setores, especialmente naqueles com multiplicadores altos, o que demostra a importância do mercado externo e a dependência do mesmo.

Apesar das mudanças ocorridas e de aumento dos impactos econômicos, não se caracterizou o mesmo com os multiplicadores, estes, em sua maioria tiverem decréscimos, apenas o lucro teve aumento médio do multiplicador de 38, principalmente representado pelo setor de artigos do vestuário e acessórios e têxteis. A atividade de celulose e produtos de papel se destacou apenas na geração de emprego e impostos apesar de ser considerado setor chave nos dois anos avaliados.

Essa discussão demostra que não houve significativos avanços nas atividades agropecuárias e da agroindústria ao longo dos 10 anos, o que ocorreu foram incrementos pontuais de alguns setores em alguns aspectos, dependência externa, apenas algumas atividades são consideradas setores chaves, os multiplicadores em sua maioria tiveram decréscimo, as importações ainda são crescentes em alguns setores. Conclui-se então, que a cadeia produtiva da agropecuária ainda precisa de avanços, políticas para desenvolvimento de competitividade e de emprego das atividades com potencial de multiplicadores positivos. Além disso, é necessário um estudo mais aprofundado dos setores para identificar os motivos do resultado destes indicadores e as principais dificuldades encontradas por cada atividade ao longo destes 10 anos.

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1. Faculdade de Economia (FE). Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Mestranda em Economia. Email: katianetoldi@gmail.com

2. FE-UFMT. Mestrando em Economia. Email: ffrozza@gmail.com

3. FE-UFMT. Professor de Economia. Email: mlbarry1@gmail.com

4. Escola Superior de Administração e Negócios. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Professor de Economia. Email: adriano.figueiredo@ufms.br


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 38 (Nº 44) Año 2017
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