Vol. 38 (Nº 35) Año 2017. Pág. 15
Carlos Augusto Candêo FONTANINI 1; Sirley Terezinha FILIPAK 2; Jakeline KRAST 3
Recibido: 11/04/2017 • Aprobado: 19/04/2017
RESUMO: O objetivo desta pesquisa é verificar se existem fases na carreira docente de professores do curso de administração de uma instituição de educação superior privada de grande porte no Brasil. Trata-se de um estudo de caso. Seus resultados revelam as fases que os professores participantes da pesquisa se encontram. É possível constatar as situações nas quais a evolução nas carreiras docentes é percebida e a preocupação dos professores em buscar programas de formação para a carreira docente. |
ABSTRACT: The objective of this research is to verify the existence of phases in the teaching career of the faculty of the business administration program of a large private higher education institution in Brazil. This research is a case study. The results reveal the phases in the careers of teachers included in this study. It is possible to verify the situations in which the evolution in the teaching careers is perceived and the concern regarding the search for teacher training programs. |
Quando tratamos da formação profissional dos professores, em especial daqueles que atuam na educação superior, irremediavelmente pensamos em como se dá a sua formação docente. Também é comum refletirmos como ao longo das suas vidas profissionais esses professores irão incrementar suas carreiras no magistério superior. Nesse caso, há que se pensar sempre em aspectos, como a pesquisa, a formação inicial ou continuada para a carreira docente (mestrado e doutorado), a formação específica, que compreende a didática, ou, de forma mais ampla, a pedagogia e suas relações com alunos e professores. Pode-se perguntar, então, em que momento, ou em que fase, tudo isso pode acontecer?
É possível identificar momentos ou fases na carreira do professor? Em que momento da carreira o professor estaria mais bem preparado para enfrentar os desafios como docente? E em relação à sua formação, ela se dá ao longo da vida ou em momentos específicos?
Com vistas à formação e ao desenvolvimento dos professores para melhoria do processo educacional e da qualidade na formação dos discentes, a carreira docente tem sido foco de estudos no Brasil (JULIATTO, 2013; MASETTO, 2012; PIMENTA; ANASTASIOU, 2012) desde o final do século XX e início do século XXI.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional de 1996 cita em seu artigo 53, que a instituição de ensino superior possui autonomia para formular o plano de carreira de seus docentes. Esta autonomia gera não somente a necessidade de desenvolver este plano de carreira, mas também de prover aos seus docentes ferramentas de apoio para que a ascensão da carreira aconteça, gerando uma relação de corresponsabilidade entre o educador, que precisa estar sempre em um processo de desenvolvimento contínuo, e a instituição, que precisa prover tais subsídios para a progressão de carreira do seu docente. (Lei n. 9.394, 1996)
Sobre esse tema, Candau (2011) afirma que o docente nunca estará definitivamente pronto, forjado, para uma carreira docente. Sua preparação ou sua maturação irá acontecer no dia a dia, com a troca de experiências em sala de aula ou fora dela, com pesquisas e na meditação teórica sobre a sua prática.
Reconhecer o docente como um sujeito de práxis, entendê-lo com um ser em permanente constituição, pensá-lo como um ser inacabado e em constante aprendizado é um desafio a ser explorado e entendido (FARIAS et al., 2009).
Muitos são os fatores que influenciam a forma de pensar, sentir e agir dos professores, ao longo do processo de ensino: suas histórias de vida, os contextos sociais em que se formam, aprendem e ensinam (HOLLY, 2007).
Em relação a formação docente dos professores, existem fases na sua vida acadêmica, desde a entrada na carreira docente até o momento em que o professor se retira da atividade? É possível adotar o ciclo de vida profissional proposto por Huberman (2007) para definir ou delimitar as fases, ou etapas, ou ciclos, que desenvolvemos durante nossas carreiras como docentes? Nesse sentido, Huberman (2007) descreve o ciclo de vida profissional dos professores como forma de entendimento de alguns determinantes da carreira profissional, no qual apresenta esses determinantes em forma de questões:
Ainda segundo o mesmo autor, existem as tendências gerais do ciclo de vida dos professores, ou as fases perceptíveis da carreia do professor, apresentadas na sequência: a entrada na carreira; a fase da estabilização; a fase da diversificação; a fase do questionamento em relação à continuidade na carreira; a serenidade e o distanciamento afetivo; o conservadorismo e as lamentações; e o desinvestimento.
Para Huberman (2007), entre a fase da entrada na carreira até a fase do desinvestimento, são em média considerados quarenta anos na vida do professor, conforme quadro 1 a seguir:
Quadro 1 – Faixa etária e temas da carreira
Fonte: Huberman (2007).
Utilizando-se das teorias de mercado que auxiliam na análise estratégica dos produtos, buscou-se fazer uma analogia do ciclo de vida profissional dos professores de cursos de administração de uma universidade privada de grande porte do estado do Paraná, Brasil, em relação a uma teoria do marketing que aborda o ciclo de vida do produto. A representação ilustrada na figura 1 foi adaptada para melhor representar essa analogia. Ressalvamos que foi apenas para ilustrar graficamente e, em hipótese alguma, visa depreciar a atividade docente, quando se considera a docência como se fosse um produto.
O conceito do ciclo de vida descreve a evolução de um produto considerando quatro fases: introdução, crescimento, maturidade e declínio. O objetivo é auxiliar na análise de viabilidade de um produto e analisar quais poderão ser as principais estratégias em cada uma das fases. Na fase da introdução, há necessidade de inovação e na adoção de estratégias diferenciadas para a aceitação e o desenvolvimento do produto. Segue-se, então, pela fase de crescimento, em como manter e competir no mercado. Continua pela fase de maturidade e, por fim, o seu declínio (KOTLER, 2008).
Figura 1 – Ciclo de vida dos professores baseado na proposta de Huberman (2007)
Fonte: Adaptado pelos autores.
A figura 1 ilustra graficamente o entendimento da distribuição das fases do ciclo de vida dos professores, conforme apresentado por Huberman (2007). Ainda segundo o mesmo autor, apesar da sequência apresentada, isso não quer dizer que as fases sejam vividas sempre na mesma ordem, ou que todos os professores devam viver todas elas.
Assim, pode-se verificar que a distribuição das fases do ciclo de vida do professor ocorre de forma mais concentrada na maturidade e isso acontece com as fases da diversificação, do questionamento em relação à continuidade na carreira, da serenidade e do distanciamento afetivo e, finalmente, do conservadorismo e das lamentações.
Em concordância com outros autores, como Gil (2012), Meyers (2012), Brightman (2009), Zabalza e Zabalza (2012), Souza-Silva e Davel (2005), parece que é na fase da maturidade da carreira que os docentes, neste caso do curso de administração estudado, diversificam suas atividades, isso em função do desenvolvimento de suas atividades acadêmicas associadas às suas atividades profissionais. É quando surge o questionamento sobre a continuidade na carreira.
As causas geralmente são os baixos salários pagos à atividade docente; a falta de serenidade e distanciamento afetivo; a vontade de contribuir com a formação de pessoas, que poderiam “mudar” o mundo; ceder lugar à acomodação e à repetição constante de suas atividades acadêmicas; e, por último, o conservadorismo e a lamentação, pela falta de motivação dos alunos e também pela indisciplina deles (HUBERMAN, 2007).
De todas essas qualidades que são exigidas do professor decorre a necessidade do contínuo aperfeiçoamento docente. Só assim se pode alcançar o que se espera de um bom docente.
Por se tratar de carreira docente, com o passar do tempo, além da experiência adquirida em sala de aula, para professores que atuam na educação superior, o desenvolvimento de pesquisa científica, publicações em periódicos nacionais e internacionais, projetos de consultoria confere-lhes certa visibilidade. Desse modo, o professor passa a ser referência em determinado assunto e área e torna-se verdadeiro expoente nos campos em que atua.
Provavelmente isso aconteceria na fase da estabilização na carreira, considerando a teoria de Huberman (2007), pois com o tempo, o professor aprimora suas competências. Pode ocorrer também na fase da diversificação, com a busca de algo a mais que lhe satisfaça enquanto docente na educação superior.
É comum também, em cursos de administração, profissionais de mercado graduados em administração, após se retirarem de onde sempre atuaram, passarem a investir na carreira docente. Acabam por cursar mestrado e até mesmo doutorado, para estarem mais preparados para a docência e assim assumirem uma nova identidade profissional, levando consigo a experiência profissional para seguir na carreira docente.
Algumas vezes, esses profissionais, mesmo antes da aposentadoria em outras atividades que não sejam as de docência, mantêm vínculo com as Instituições de Educação Superior, mas por conta de outras atividades, não conseguem dedicar-se plenamente à carreira docente e também por não terem condições de se preparar adequadamente para a atividade como docente.
Sobre a formação continuada de professores, Pereira (2014. p.151) afirma que esta formação deve constituir-se em um espaço coletivo para que os docentes possam refletir sobre suas práticas e conhecimentos. Cabe a instituição de ensino incentivar seus professores a realizarem estas reflexões e trocas de experiências, através de oficinas, cursos e encontros para discussão, proporcionando possibilidades de desenvolvimento para os professores e, como consequência, um desempenho melhor em sua carreira docente.
Vale lembrar que outros autores já trataram sobre o ciclo de vida dos professores. Alguns deles referem-se aos ciclos básicos da carreira docente, como, por exemplo, os que estão apresentados no quadro a seguir:
Quadro 2 – O ciclo de vida dos professores e ciclos básicos da carreira docente
Fonte: Zabalza; Zabalza (2012).
O importante quando se discute sobre o ciclo de vida dos professores ou sobre as fases na vida dos professores é porque se percebe que existe a necessidade de evolução na carreira docente, ou seja, a busca contínua de uma formação adequada, que é a formação pedagógica do professor, principalmente para os “professores não professores”.
A expressão “professores não professores” entendemos e definimos como aqueles que não têm formação específica ou formação pedagógica para a prática do magistério. Esses professores não realizaram um curso de licenciatura. Paguay e Wagner (2001, p. 137) afirmam que “para se tornar professor, é preciso, antes de mais nada, conhecer as bases teóricas da didática específica, da metodologia geral da psicopedagogia para poder, então, aplicá-las”.
Ainda com relação ao gráfico das fases da vida dos professores dos cursos de administração, esse processo deve ser visto como uma trajetória profissional. Porém, não se deve generalizar, ou tornar absoluto seu desenvolvimento em ciclos ou fases, ou que toda carreira seguirá o mesmo percurso e sequência sugeridos nos gráficos.
Essa pesquisa delineou-se como um estudo de caso, cujo objetivo é entender a dinâmica presente dentro de um único ambiente (COLLIS; HUSSEY, 2005).
A escolha da população para participar dessa pesquisa se deu junto aos professores que atuam) no curso de administração da Escola de Negócios de uma instituição de educação superior privada de grande porte no estado do Paraná.
Esta Escola de Negócios conta com um total de noventa e oito professores, dos quais quarenta e dois professores lotados no curso de administração são graduados em diversas áreas do conhecimento.
Quatorze professores fizeram parte da amostra e além de serem graduados em administração, são mestres e doutores também em administração e atuam como professores na educação superior há mais de dez anos.
Nessa pesquisa, foi utilizada amostra não probabilística por julgamento. Uma amostra não probabilística por julgamento “[...] ocorre quando um pesquisador seleciona membros da amostra para atender alguns critérios” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 169). De certo modo, ela torna-se uma amostra direcionada por fatores, como, por exemplo, a facilidade de acesso aos professores.
Todos têm a mesma formação, são graduados, mestres e doutores em administração e são de uma mesma instituição de educação superior descrita anteriormente e lecionam no curso de administração.
Os participantes foram selecionados pelos pesquisadores com base em suas experiências com o tema em estudo, seguindo recomendações de autores como Collis e Hussey (2005).
Para facilitar o registro, a análise e a interpretação dos dados coletados, foi utilizado o software WebQDA – Qualitative Data Analysis. Para o tratamento dos dados, foi utilizada a Análise de Conteúdo.
Esse software foi desenvolvido numa parceria entre a empresa Esfera Crítica e o Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores, do Departamento de Educação, da Universidade de Aveiro, ambos de Portugal.
O instrumento utilizado para a coleta das informações foi a entrevista em profundidade.
A entrevista em profundidade ou entrevista não estruturada, em vez de responder à questão por meio de diversas alternativas pré-formuladas, tem como objetivo obter do entrevistado o que ele considera mais importante em determinada situação em estudo (RICHARDSON, 1999). Entre outros objetivos, estão os de conhecer a opinião do entrevistado, o de obter informações dele e o de mudar opiniões, atitudes, ou seja, a busca de modificação de comportamentos.
Um ponto importante a ser considerado nesta pesquisa é o conhecimento que os pesquisadores têm sobre cursos de administração. Esse conhecimento abrange os professores que atuam em cursos de administração e a legislação pertinente à educação superior, em especial na instituição pesquisada. Além disso, considera-se, também, suas experiências de mais de duas décadas como docentes na educação superior, seja em instituições públicas ou privadas, de pequeno, médio e grande porte. Além de todos esses itens, ainda deve ser considerado como elemento fundamental para o desenvolvimento dessa pesquisa o fato de que um dos pesquisadores, além da experiência na docência, possuir experiência na área de consultoria empresarial e educacional.
O papel do entrevistador no momento da coleta de dados é uma tarefa muito difícil, particularmente em pesquisas com entrevistas pessoais (FOWLER JUNIOR, 2011). No entanto, a experiência foi essencial na elaboração, coleta e na análise das informações prestadas pelos entrevistados.
Para a preparação do instrumento de coleta de dados para essa pesquisa, a entrevista em profundidade, com o uso de roteiro semiestruturado (SEIDMANN, 1998), foi considerado o quadro-definição das categorias que compõem o conjunto de saberes pedagógicos dos professores (SHULMAN, 1987).
A seguir, apresentam-se (Quadro 3) as informações com o nome dado a cada professor , o tempo como docente na educação superior, a carga horária atual no curso de administração e, se além das atividades docentes na educação superior, o professor desempenha outras atividades não docentes .
Quadro 3 – Participantes da pesquisa.
Fonte: Dados da pesquisa.
Texto do capitulo 4 Na questão que trata sobre as fases na vida dos professores, foi apresentado um gráfico que teve por base o ciclo de vida dos professores (Huberman, 2007). Esse ciclo trata dos períodos na vida dos professores, desde a entrada nas atividades docentes, até a fase do desinvestimento.
As fases são: entrada, fase da estabilização, fase da diversificação e continuidade na carreira, serenidade, distanciamento afetivo e conservadorismo e o desinvestimento.
A partir dessa teoria e levando em conta os professores de cursos de administração de uma universidade privada de grande porte do estado do Paraná, Brasil, foi sugerido um novo gráfico, que passou a ser chamado de Fases na vida dos professores.
Nesse gráfico, são apresentadas as fases início na carreira; fase do crescimento; fase da diversificação; reposicionamento da carreira; entusiastas juvenis; desaceleração da carreira.
É importante observar que podem ocorrer variações, mudanças e o não seguimento do gráfico como apresentado. Isso pelo fato de ainda não se constituir uma teoria, mas apenas uma forma de ilustrar o que chamamos de fases na vida dos professores, embora considerando apenas os professores do curso de administração.
Foi possível levantar, por meio dos dados recolhidos e com base nas respostas dos professores, que existem as fases na carreira docente, principalmente quando se associam essas fases à carreira docente na educação superior.
Para os professores entrevistados, o interessante é que não fizeram nenhuma associação com planos de carreira, mas, sim, com o comportamento das suas vidas profissionais como professores e os momentos necessários para se aprimorarem, com um mestrado e doutorado, principalmente.
Quando tratamos das fases na vida dos professores, o objetivo não foi de apenas mapear a situação dos professores em relação às etapas na carreira docente na IES estudada. Teve, também, o propósito de verificar se existem fases na carreira docente de professores do curso de administração de uma instituição de educação privada de grande porte no Brasil.
Ao analisar os depoimentos, é possível constatar situações como a de Pyxis, Sagittarius, Gemini, Taurus, Orion, Aries, Pegasus e Phoenix. Eles conseguem perceber com clareza a evolução nas suas carreiras docentes:
“Então, na visão da minha carreira tem um período, onde eu era focado só na graduação, no ensino, foco muito no ensino. Depois, no doutorado e o retorno do doutorado, com a possibilidade de concentrar o foco mais na pesquisa, conciliando pesquisa, conciliado ensino [...], mas esses ciclos a gente percebe, sem dúvida nenhuma.” (Pyxis)
“Na minha opinião a carreira docente é um aprimoramento contínuo, é uma preparação contínua. Você, permanente e continuamente, tem que estar se preparando.” (Pyxis)
“Como eu entrei na carreira sem (Doutorado), eu entrei dando aula. Então, o início foi com muita aula, uma quantidade de aulas muito grande em sala de aula. Na medida em que eu fui crescendo na carreira, fui ganhando espaço na instituição, eu fui equilibrando. Aí, quando eu fui pro (Doutorado), o tempo que durou foi mais um elemento ali na divisão de tarefas. Então, você passa naquele momento e fica lá 4, 5 anos mais dedicado.” (Sagittarius)
“Já tinha mais maturidade pra não fazer mais experimentação, mas fazer outras coisas, ir incorporando outros elementos com mais segurança do que tinha no início. No início, cheguei lá e não podia nem tirar o casaco dentro da sala. Um suor, pingando. É uma atividade estressante.” (Orion)
“Eu acho que é possível enxergar sim. E você consegue ficando cada vez melhor eu acredito. Então eu vejo, o estádio de introdução foi bem aquém do que eu gostaria que fosse, depois vejo que o doutorado trouxe contribuições, o mestrado trouxe também contribuições, a vivência fora do ambiente de sala de aula, experiência com consultoria, com pesquisa, mesmo gestão na parte acadêmica aqui, as conversas com vários outros professores, o ir dando aula e lendo mais sobre os assuntos que você vai dando aula, você vai se tornando um cara melhor e quando o contexto te permite, isso traz uma estabilidade.”(Taurus)
“Nesse sentido, com certeza teve uma parte inicial, de você ter o começo, as condições de você desenvolver bem o trabalho, e aí um pouco de (timing) de sorte, porque quando viemos para cá, todo o sistema ainda estava se desenvolvendo.” (Pegasus)
“Eu não sei se tem uma fase bem definida, eu acho assim, na minha carreira eu tive fases claras [...]” (Phoenix)
Analisando a fala de Pyxis, é pertinente lembrar Claxton (2005) quando afirma que não progredimos por intermédio de uma sequência de estágios de aprendizagens, mas, sim, à medida que aumentamos o nosso repertório de alternativas e a complexidade da aprendizagem que podemos realizar. Ainda como refere o autor, possuímos uma preciosa caixa de ferramentas com inúmeros compartimentos e necessitamos compreender como se desenvolve essa capacidade de aprendizagem. Esse é o nosso desafio de aprender ao longo da vida.
Segundo Aries, Gemini e Leo:
“E tem uma fase que você vai na sua carreira, que você vai identificando, vai desenvolvendo e vai aprimorando. A sensação é que eu tenho uma curva de experiência, cada ano que passa você aprende novas coisas e você vai acumulando isso.” (Aries)
“E depois de uma certa fase onde você [...] eu não sei as outras, mas eu vejo assim, pelo menos para mim, bem claro, uma fase inicial e uma fase mais calma, porque quando você está começando, você tem necessidade de produzir e você não sabe ainda para que área direito você vai se dirigir, qual é mesmo, você sabe a sua especialidade, mas o teu contato com sala de aula vai te guiando muito e a partir de um segundo momento você já tem segurança, já é a terceira, quarta, quinta vez que você está dando a mesma disciplina, a tua postura, a tua segurança, ela vai mudando. Eu acredito que daqui pra frente também, no meu caso, você já tem aquela base, você vai aumentando, se qualificando com pesquisa. ” (Aries)
“Eu, particularmente, não pretendo parar nunca de aprimorar, quero fazer um pós-doc e depois, sei lá [...]. ” (Gemini)
“Isso, isso, e eu acho que daí, acho que como mecanismo de defesa, que a gente, o biológico da gente luta contra a monotonia, contra a chatice, então eu tenho procurado e encontrei isso. Enquanto puder aprender, quero aprender. Não vou parar.” (Leo)
Ao analisar a fala de Gemini, Taurus e Phoenix, é possível identificar seus posicionamentos em relação às fases que se encontram na carreira docente:
“Eu acho que eu estou no embrião ainda. Embrião não, mas eu acho que eu ainda estou na fase de crescimento. E eu acho que tem muito para crescer ainda e eu estou com muita vontade de crescer. Então eu acho que o meu ciclo vai realmente chegar em uma maturidade quando eu entrar em um programa stricto sensu, para fazer pesquisa, de dominar um assunto, que é isso que eu estou buscando hoje, eu quero ser referência em alguma coisa.” (Gemini)
“Na minha carreira eu tive fases claras, eu entrei com academia e mercado, um pouco de aula e trabalhando no mercado, e com o tempo eu fui aumentando a minha, fui migrando para a academia, e ficando menos no mercado, durante muitos anos eu estava com um pé no mercado e outro na academia.” (Phoenix)
“Eu acho que é possível enxergar fases na minha carreira docente. E você consegue ficando cada vez melhor eu acredito. Então eu vejo, o estádio de introdução foi bem aquém do que eu gostaria que fosse, depois vejo que o doutorado trouxe contribuições, o mestrado trouxe também contribuições, a vivência fora do ambiente de sala de aula, experiência com consultoria, com pesquisa, mesmo gestão na parte acadêmica aqui, as conversas com vários outros professores, o ir dando aula e lendo mais sobre os assuntos que você vai dando aula, você vai se tornando um cara melhor. ” (Taurus)
“E é possível enxergarmos a nossa vida também, é possível ver assim fases claramente na nossa carreira como docente.” (Crux)
Já em relação ao que chamamos da fase dos entusiastas juvenis, pode-se perceber na fala de alguns entrevistados um posicionamento muito claro a esse respeito:
“Mas isso você vê nas universidades americanas e você não vê nas universidades brasileiras, lá é claro que tem um processo de reciclagem, os caras contratam professores de mais de cinquenta e cinco anos, e é muito comum você ver os velhinhos dando aula. Com o passar do tempo, só melhoram, têm muito a contribuir. Quando você pensa que o professor vai encerrar a carreira, parece que dá um salto e fica melhor ainda.” (Crux)
“Não sei se existe um pico, sabe, mas eu acho que não vai chegar aquela questão do declínio, aquela fase, eu acho que eu estou na fase de crescimento ainda, acho que tem muito para aprender. E não vou parar. Me espelho muito no Professor Belmiro Castor, só melhorava, cada vez melhor, parecia que estava no início da carreira, um entusiasmo motivante. ” (Gemini)
“É como o vinho. Eu gosto de olhar para os professores, os bons professores como um bom vinho. Não aqueles vinhos que você tem que tomar mais cedo, porque senão ele estraga. Aquele vinho que o tempo só melhora. ” (Andromedra)
A fase dos entusiastas juvenis, os professores continuam na carreira porque gostam e acham importante continuar seu trabalho, principalmente por conta do ambiente agradável junto aos demais professores do seu departamento. Questões econômicas tem um papel relativamente pequeno na continuidade do trabalho exercem (DORFMAN, 2000).
Com base nas respostas dos professores foi possível levantar, também, que existe uma fase na carreira docente, conforme o gráfico Fases na vida dos professores, a fase desaceleração da carreira, em que é possível perceber o momento em que o professor prepara-se para a retirada da carreira docente. É o que acontece principalmente quando ele não tem o perfil dos professores que estão na fase entusiastas juvenis. Para muitos professores, isso parecer ser o fim da carreira docente, talvez pelo cansaço, talvez pela falta de motivação em continuar aprimorando-se.
Andromedra e Draco assim se referem a esse tema:
“É tem professor e professores. E você pergunta, como é que era esse professor? Ele era igualzinho, quer dizer, ele deu aula pra você, a sei lá, há vinte anos. ” (Andromedra)
“E ele tá lá. Ele tá igualzinho, o mesmo método, as mesmas apostilas, o mesmo jeitão, a mesma maneira de ser e dizer então, eu não consigo enxergar um ciclo de vida assim, que se aplique para todo mundo, mas eu acredito que ciclo em maturidade sim. Eu acho que mais que uma lógica de curvas de experiência do que de ciclo de vida sabe.” (Andromedra)
“Porque a gente entra no automático, e quando a gente começa a entrar no automático, a gente para de estudar, para de pesquisar essas fontes, para de fazer coisas novas, os alunos param de se interessar e você começa a se repetir de mais, a tua aula começa a ficar pobre nesse aspecto, você começa a dominar ou pelo menos acha que está dominando tudo isso aí, mas tem que dar uma repaginada.” (Draco)
Com base nas situações apresentadas, poderíamos sugerir outras fases no ciclo de vida dos professores. Uma seria a fase de reposicionamento da carreira, que se dá quando o professor opta pela continuidade na carreira docente, com o distanciamento de outras atividades profissionais que não sejam as acadêmicas e se especializando em determinada área do conhecimento com a realização de cursos stricto sensu.
Em relação à fase de reposicionamento da carreira docente, algumas instituições de educação superior investem na formação dos professores, o que melhora o seu desempenho e retarda a chegada da desaceleração da carreira.
É o professor se reinventando. É o momento em que o professor percebe que tem muito potencial para continuar na carreira docente e para contribuir para o desenvolvimento dos seus alunos. Assim, ele coloca à disposição da docência todo o seu conhecimento adquirido ao longo dos anos.
Considerando as possibilidades de criação de novas fases no ciclo de vida dos professores e a substituição ou o ajuste em outras fases, sugerimos um novo gráfico, com uma nova abordagem.
Segue o que chamamos de fases na vida dos professores:
Figura 2: Fases na vida dos professores.
Fonte: Os autores.
Nessa nova abordagem, consideramos os professores que atuam na educação superior, em cursos de administração, com o início de suas carreiras docentes na graduação e que, ao longo dos anos, com o aprimoramento das suas carreiras, adquirem formação e experiência profissional para atuarem também em programas stricto sensu, embora muitos deles continuem a ministrar aulas na graduação.
Vale lembrar que, em função da quantidade de cursos de graduação em administração e os cursos de tecnologia na área de gestão no Brasil, o número de professores necessários para a docência nesses cursos é muito elevado. Consequentemente, a carreira docente de muitos professores não seguirá o mesmo percurso quando comparada à daqueles professores que planejam suas carreiras docentes e realizam cursos stricto sensu, por exemplo, com o objetivo de se tornarem pesquisadores e futuros expoentes na área em que atuam.
Por opção, ainda existem professores que atuam nos cursos de administração que, por um motivo ou outro, não consideram para efeito de planejamento de carreira a realização de cursos de mestrado e doutorado. Às vezes, o mestrado será o suficiente para atender ao seu planejamento de carreira.
Por outro lado, alguns professores entram para a docência em cursos de administração por meio de um percurso que vai da graduação ao doutorado (CONANT, SMART e REDKAR, 1998), tendendo possivelmente a uma visão de educação empresarial, pois lhes falta experiência profissional. Há também aqueles professores que ingressam em cursos de administração depois de substancial experiência profissional e empresarial. Estes tendem, possivelmente, a uma visão de educação empresarial direcionada aos negócios. Para eles, o mestrado ou o doutorado virá após a experiência profissional adquirida junto às empresas (LUCAS; MILFORD, 2009).
A seguir, as fases na vida dos professores e suas definições: 1.ª início na carreira; 2.ª fase do crescimento; 3.ª fase da diversificação; 4.ª reposicionamento da carreira; 5.ª entusiastas juvenis; 6.ª desaceleração da carreira.
Início da carreira: é o período no qual os professores ingressam na docência na educação superior, em cursos de administração. Em geral, esses professores não possuem uma formação pedagógica adequada. Porém, eles estão motivados e sentem-se desafiados com o que a entrada na carreira docente na educação superior pode proporcionar-lhes, em termos de satisfação em poder contribuir com o desenvolvimento de jovens e adultos que buscam a educação superior com o objetivo de desenvolvimento da carreira profissional.
Fase do crescimento: os professores investem na sua carreira docente. É quando percebem o quanto é importante o seu desenvolvimento profissional docente, para que possam crescer e desenvolver suas carreiras. Ainda nessa fase, os professores fazem a opção em permanecer na carreira docente. Em geral, já possuem o curso de mestrado e buscam um curso de doutorado na sua área de conhecimento.
Fase da diversificação: além das atividades docentes que possuem, buscam aplicar em outras atividades profissionais o que desenvolveram e têm desenvolvido ao longo das suas carreiras como docentes. A busca de outras atividades profissionais contribuirá com os professores no crescimento de suas carreiras docentes, à medida que aquilo que é trabalhado em uma atividade profissional, fora da sala de aula, será aplicado nas suas atividades docentes. É o que acontece em consequência da criação de novas metodologias, formas de avaliação, desenvolvimento de atividades acadêmicas, o que melhora os seus desempenhos e contribui com a aprendizagem dos seus alunos.
Reposicionamento da carreira: é nessa fase que os professores investem na carreira docente e distanciam-se de outras atividades profissionais que não sejam as acadêmicas. Especializam-se em determinada área do conhecimento com a realização de cursos stricto sensu. A experiência adquirida ao longo dos anos em outras atividades profissionais contribuirá significativamente para as suas atividades docentes, principalmente em cursos da área de negócios.
Entusiastas juvenis: é a fase na carreira docente em que o desenvolvimento de pesquisa científica, publicações em periódicos nacionais e internacionais, principalmente, confere aos professores grande visibilidade e eles tornam-se referência em determinado assunto e área. Esses professores são expoentes nos campos em que atuam. O desenvolvimento deles é crescente, contínuo e com a tendência de permanecerem cada vez mais motivados com aquilo que fazem, acabam por criar um círculo virtuoso que evita a desaceleração da carreira docente. Pelo contrário, novos desafios estimulam e desafiam as atividades docentes desses professores.
Desaceleração da carreira: essa é a fase em que os professores começam a planejar suas carreiras sob o ponto de vista de atuação na educação superior. É nessa fase que a dedicação dos professores concentra-se na docência voltada para cursos de stricto sensu, principalmente, com o distanciamento das suas atividades acadêmicas voltadas à graduação. É ainda nessa fase que os professores, após um determinado período de dedicação aos cursos stricto sensu, vão assumindo outras atividades que não sejam exclusivamente as acadêmicas. Geralmente, o objetivo é se dedicarem às atividades de consultoria. O distanciamento definitivo da carreira docente é uma questão de tempo. São pesquisadores e concentram seu tempo e experiência em outras atividades.
Com base no que acabamos de expor, foi possível ter uma visão ampla de como os professores entrevistados percebem as suas atuações como docentes e também as de outros professores. Consegue-se ainda verificar como as diferentes fases da vida dos professores comportam-se ao longo da carreira docente.
A vida profissional dos professores, remete-nos ao modo como se dá a formação dos professores, principalmente como os professores incrementam suas carreiras ao lançarem mão de uma formação continuada e em que momento da carreira o professor estaria mais bem preparado para enfrentar os desafios para a docência.
Ao tratarmos das fases da carreira docente dos professores de cursos de administração, foi discutido sobre o ciclo de vida dos professores.
Essa foi uma tentativa de ilustrar graficamente o entendimento da distribuição das fases do ciclo de vida dos professores, conforme apresentado por Huberman (2007). Na oportunidade, foi exposto que na fase dois, ou a fase do crescimento, é justamente quando o professor do curso de administração provavelmente fortifique questões relacionadas às aptidões didáticas.
Considerando os professores entrevistados não foi possível levantar se é, ou não, na fase do crescimento que esses professores do curso de administração aprimoram suas carreiras docentes. Pode até existir uma tendência que, após a entrada na carreira docente na educação superior, o professor, por conta da necessidade de aprimorar-se e de estabilizar-se na carreira, passe para uma segunda fase. Pode ser, por exemplo, com a realização de um curso de mestrado e doutorado, principalmente para aqueles que iniciaram suas carreiras profissionais fora da academia, em outras atividades que não fossem as de docência.
Percebe-se ainda uma preocupação dos professores em buscar programas de formação para a carreira docente. Procuram situar-se em seus papéis específicos na docência. Para isso, buscam uma formação adequada para a melhoria de sua prática pedagógica e, também, para tornarem-se influenciadores mais importantes no processo de ensino e aprendizagem.
Em relação ao gráfico Fases na vida dos professores, considerando então os professores que atuam na educação superior, em cursos de administração, e analisando alguns depoimentos, foi possível constatar situações nas quais a evolução nas suas carreiras docentes é percebida como fases.
Após a análise da fala de alguns professores, foi possível ainda identificar, em seus posicionamentos, as fases que se encontram na carreira docente. Desse modo, destacamos uma fase que despertou muita atenção dos entrevistados, a fase dos entusiastas juvenis, na qual se percebe, na fala de alguns entrevistados, um posicionamento muito claro a esse respeito.
A fase dos entusiastas juvenis foi definida por nós como a fase na carreira docente em que o desenvolvimento de pesquisa científica, publicações em periódicos nacionais e internacionais, principalmente, confere aos professores grande visibilidade. Desse modo, com esse aperfeiçoamento, eles passam a ser referência em determinado assunto e área.
BRASIL. Ministério de Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9.394. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1996.
BRIGHTMAN, Harvey J.; NARGUNDKAR, Satish. Implementing compreehensive teacher training in business doctoral programs. Decisions Sciences Journal of Innovative Education, v. 11, n. 4, p. 296-304, 2013.
CANDAU, Vera M. (Org.).A didática em questão. 32. ed. São Paulo: Vozes, 2011.
CLÁVIA, Ariana França. Conhecendo as constelações. Observatório Astronômico Frei Rosário – Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br>. Acesso em: 20 fev. 2015.
CLAXTON, Guy. O desafio de aprender ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
CONANT, J.; SMART.D.; REDKAR, D. Success in academia: navigating the introduction stage of the faculty career life cycle. Marketing Educational Review, v.8, n. 1, p. 73-93, 1998.
COOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pamela S. Métodos de pesquisa em administração. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
DORFMAN, Lorraine T. Still working after age 70: older professors in academie. Journal Educational Gerontology, v.26, n. 8, p.695-713, 2000.
FARIAS, Isabel Maria Sabino de et al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber Livro, 2009.
FOWLER JR, Floyd J. Pesquisa de levantamento. Porto Alegre: Penso, 2011.
GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
HOLLY, Mary Louise. Investigando a vida profissional dos professores: diários biográficos. In: NÓVOA, Antônio (Org.). Vida de professores. 2. ed. Porto, Portugal: Porto Editora, 2007, p. 79-110.
HUBERMAN, Michael. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, Antônio (Org.). Vida de professores. 2. ed. p. 31- 61. Porto, Portugal: Porto Editora, 2007.
JULIATTO, Clemente Ivo. De professor para professor: falando de educação. Curitiba: Champagnat, 2013.
KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LUCAS, Ursula; MILFORD, Peter. Key aspects of teaching and learning in accounting, business and management. In: FRY, Heather; KETTERIDGE, Steve; MARSHALL, Stephanie (Org.). A handbook for teaching and learning in higher education: enhancing academic education. 3. ed. Londres, UK: Routledge Taylor & Francis Group, 2009, p. 382-404.
MASETTO, Marcos T. Competência pedagógica do professor universitário. 2. ed. São Paulo: Summus, 2012.
MEYERS, Martin. How business faculty evaluate teaching effectiveness. Proceedings of Academy of Marketing Studies. In: Allied Academies International Conference, v. 17, n. 1, p. 17-20, New Orleans, USA, 2012.
PAGUAY, Léopold; WAGNER, Marie-Cécile. Competências profissionais privilegiadas nos estágios e na vídeoformação. In: PAQUAY, L. et al. (Org.). Formando professores profissionais: quais estratégias? Quais competências? 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001, p. 135-158.
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
PEREIRA, Antônio Serafim. E por falar em educação. Ensino, formação e gestão. Criciúma: Ediunesc, 2014.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SEIDMAN, Irving. Interviewing as qualitative research: a guide for researchers in education and the social sciences. New York, USA: Teachers College Press, 1998.
SHULMAN, L. S. Knowledge and teaching: foundations of the new reform. Harvard Educational Review, v. 57, n. 1, p. 1-22, 1987.
SOUZA-SILVA, Jader C.; DAVEL, Eduardo. Concepções, práticas e desafios na formação do professor: examinando o caso do ensino superior de administração no Brasil. Organizações & Sociedade, Salvador - UFBA, v. 12, n. 35, out/dez 2005.
ZABALZA, Miguel; ZABALZA, Maria Ainoha. Profesores y profesión docente: entre el “ser” y el “estar”. Madrid, España: Narcea, 2012.
1. Professor do curso de administração, agente de Internacionalização e Coordenador do projeto de Acreditação. Escola de Negócios da PUCPR. Doutor em Educação pela PUCPR). Contato: c.fontanini@pucpr.br
2. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação Stricto Sensu da PUCPR, coordena o projeto de pesquisa a Formação dos Gestores das Instituições de Educação Superior no Paraná. PUCPR. Doutora em Educação pela PUCPR. Contato: sirley.filipak@pucpr.br
3. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCPR. Membro do projeto de pesquisa Formação dos Gestores das Instituições de Educação Superior no Paraná. PUCPR. Contato: jakeline.krast@pucpr.br
4. Para os nomes fictícios, foram utilizados os nomes de quatorze constelações. Conforme a União Astronômica Internacional (CLÁVIA, 2014), a esfera celeste está dividida em oitenta e oito partes e seus nomes são apresentados, neste caso, em latim
5. Foi considerado o ano de 2015.
6.Todos os professores entrevistados são consultores de empresas, além das atividades docentes. Alguns desses professores que atualmente exercem funções administrativas não foram classificados como consultores por terem assumido tais funções na instituição pesquisada durante ou após a pesquisa realizada.