Vol. 38 (Nº 09) Año 2017. Pág. 15
Danielle Cardoso de MOUR 1; Luciana Correa DIETTRICH 2; Ademir Kleber Morbeck de OLIVEIRA 3
Recibido: 07/09/16 • Aprobado: 21/10/2016
3. Procedimentos Metodológicos
RESUMO: O presente estudo avaliou à gestão e sustentabilidade ambiental, de alguns atrativos turísticos no perímetro urbano de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sendo eles, Casa do Artesão, Feira Central, Memorial da Cultura Indígena e o Parque das Nações Indígenas. A coleta de dados se deu através de entrevistas semi-estruturadas com os gestores dos atrativos. Como conclusão final, a preocupação com a preservação da natureza pelo turismo na área urbana, na perspectiva dos atrativos turísticos, está muito aquém do que é possível e necessário e diferente do que preconiza a teoria. |
ABSTRACT: This study evaluated the management and environmental sustainability of some tourism attractions in the urban perimeter of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, being them, “Casa do Artesão”, “Feira Central”, “Memorial da Cultura Indígena” and the “Parque das Nações Indígenas”. It carried out the collection of data through semi-structured interviews with the directors of the attractions. As a final conclusion, the concern for the preservation of the nature by tourism in urban area, in the perspective of tourism attractions, falls far short of what is possible and necessary and different from what recommends theory. |
Na incessante busca pelo desenvolvimento, a sociedade humana promove uma gama de transformações no ambiente em que se insere, influenciando assim a dinâmica da paisagem e refletindo diretamente nos elementos da mesma. Compreender a interação existente entre o ser humano e ambiente constitui, atualmente, um dos grandes desafios impostos aos estudiosos, não só pela complexidade das diversas formas de contato, mas também, pela apropriação de espaços sem conhecimento real da sua fragilidade.
Por essa razão, no planejamento da atividade turística deve considerar-se o turismo de forma sustentável, para que o “recurso” não se esgote, não tratando o ambiente natural apenas como fornecedor de matéria prima para o turismo, mas compreendendo que esta atividade estabelece uma relação de troca com o ambiente.
Não basta pensar o turismo de forma sustentável, porque a atividade turística ocorre em espaços onde existem atividades produtivas. Para buscar a sustentabilidade ambiental é fundamental conhecer o ecossistema, visando planejar as atividades de forma a manter o equilíbrio dinâmico.
O aumento da população e o consequente incremento da demanda por alimento, água, matéria-prima e outros componentes da oferta ambiental, unidos à melhoria das condições de vida de grandes setores da população, assim como a generalização de um modelo de desenvolvimento baseado em padrões de consumo insustentáveis, têm levado ao crescimento da pressão sobre o mundo natural a níveis que superam sua capacidade de regeneração e de depuração, para absorver as cargas antrópicas geradas pela sociedade (Ehrlich & Ehrlich, 1997). Atualmente, de acordo com as novas informações científicas e alterações ocorridas com o clima, em determinadas regiões, calcula-se que se tenha superado, pelo menos em certas áreas e ecossistemas, os limites que permitem a sustentabilidade do meio.
Desta maneira, essa estreita relação existente entre conservação do ambiente receptor e o crescimento da atividade turística permitiu formular a seguinte reflexão: Em localidades que têm o atrativo turístico natural como seu principal produto, é natural que haja um movimento no sentido de preservar e buscar caminhos para isso. E nos atrativos localizados em perímetros urbanos, ocorre essa preocupação?
O turismo é uma das alternativas de desenvolvimento socioeconômico que tem despertado o interesse de muitas localidades, estimulado pelas facilidades e atratividades cada vez mais disponíveis. Para Ruschmann (2006, p. 15), “o crescimento da demanda e, consequentemente, da oferta turística e as facilidades para as viagens tornaram o mundo inteiro acessível aos viajantes ávidos por novas e emocionantes experiências em regiões com recursos naturais e culturais consideráveis”. Por conseguinte, a área atrai de modo progressivo a atenção dos governantes, por se tratar de um setor com grande vocação de geração de emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico; por esta razão, está entre as quatro principais atividades econômicas do mundo e apresenta os mais elevados índices de crescimento em nível global (Oliveira, 2007).
Ao se abordar o turismo como forma de desenvolvimento e crescimento, verifica-se a necessidade de se discutir a questão da sustentabilidade ambiental, pois os impactos causados pela atividade turística são inevitáveis e dentre os diversos impactos (social e econômico, entre outros) estão os relacionados ao meio natural. Ferreti (2002, p. 107), neste sentido, esclarece que “as alterações impostas na paisagem, a partir da implantação da atividade turística, são diversas, em graus diferenciados, sendo algumas evidentes, outras não”.
A questão ambiental é um dos aspectos relacionados à sustentabilidade que vislumbra ainda as dimensões social, econômica, ecológica, espacial, cultural, política e institucional (Barbieri & Cajazeira, 2009) e que, de modo amplo e de acordo com Altieri (2008, p. 82), significa “[...] que a atividade econômica deve suprir as necessidades presentes, sem restringir as opções futuras”.
Segundo Ruschmann e Philippi Jr. (2009),entre outros objetivos, o desenvolvimento sustentável está relacionado à harmonização do crescimento econômico, aumento da equidade social e preservação do ambiente. Desta maneira, garante que a utilização dos recursos, neste momento, não comprometa as gerações futuras. Todas as principais definições sobre a questão do desenvolvimento x preservação ambiental derivam, em primeira instância, do famoso Relatório Brundland, Nosso futuro Comum, publicado em 1987.
Em se tratando especificamente da sustentabilidade ambiental, esta é denominada por Barbieri e Cajazeira (2009) como sustentabilidade ecológica e diz respeito às ações para evitar danos ao ambiente advindos dos processos de desenvolvimento. Estas ações podem ser exemplificadas pela substituição do consumo de recursos não-renováveis por recursos renováveis, redução da emissão de poluentes, além da preservação da biodiversidade.
Segundo Ruschmann e Philippi Jr. (2009), os produtos turísticos sustentáveis são desenvolvidos em harmonia com o ambiente e culturas locais, de forma que estes se convertam em permanentes beneficiários, e não meros espectadores de todo o processo. Os mesmos autores escrevem que a relação entre turismo e ambiente é bastante complexa, envolvendo diversas atividades que podem ter vários efeitos ambientais adversos; porém, a atividade apresenta potencialidades para contribuir com a conservação ambiental.
Diante do exposto, verifica-se que uma das ações que pode contribuir para o turismo sustentável é a incorporação das práticas ambientais que em sua teoria podem minimizar os impactos negativos do turismo. Isto ocorreu na medida em que são descritas situações ligadas à sensibilização ambiental das pessoas envolvidas no planejamento e execução do turismo e também ao desenvolvimento da educação ambiental, como instrumentos de compreensão dos processos ambientais locais; também as ligadas às práticas relacionadas à diminuição de impactos negativos; à procura por soluções que minimizem a geração de resíduos; às ações que permitam um produto turístico sustentável relacionado aos gestores municipais, comunidades interessadas e os turistas, entre outros (Machado & Conto, 2013).
Desta forma, as práticas ambientais contempladas pelos atrativos turísticos, sejam eles naturais e/ou inseridos em localidades urbanas, também podem contribuir para a manutenção da atividade, quando transformadas em ação. Sob esta perspectiva, percebe-se que através da atividade turística, juntamente às práticas ambientais, vislumbra-se um turismo com menor impacto negativo.
Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul, possui uma população de 774.202 habitantes, segundo dados do IBGE (2010). Apesar de não ser uma cidade eminentemente turística, recebe visitantes relacionados a participação em eventos, além daqueles que estão de passagem rumo a Bonito e ao Pantanal, regiões de grande apelo turístico no Brasil e no mundo. A cidade possui diversos atrativos, com destaque para a Casa do Artesão, a Feira Central, o Parque das Nações Indígenas e o Memorial da Cultura Indígena.
Na Casa do Artesão, é possível encontrar grande variedade de peças artesanais e de trabalhos manuais. Administrada pelo governo, está situada na região central da cidade e representa sua cultura e história, pois, além dos produtos vendidos, está sediada em imóvel da década de 1920, tombado em 1994.
Em Campo Grande, assim como em outras cidades, acontecem feiras livres diariamente em seus diversos bairros. Comumente ofertam uma variedade de produtos hortifrutigranjeiros e opções para degustação, com destaque para as comidas típicas da colônia japonesa e para o espetinho de carne com mandioca. O diferencial de diversas feiras de Campo Grande é que parte delas acontecem no período noturno, tornando-se mais uma opção de passeio na cidade. A maior destas feiras é chamada de Feira Central e acontece desde 1964 e é considerada um dos principais pontos de referência comercial e turística de Campo Grande. Embora sua administração pertença aos governos municipal e estadual, os feirantes são empreendedores particulares.
O Parque das Nações Indígenas, localizado nos altos da importante Avenida Afonso Pena, ocupa uma área de cerca de 119 hectares. O córrego Prosa, cuja nascente está no Parque Estadual Nascentes do Prosa, localizada de maneira contígua ao Parque, é represado, formando ali um grande lago, onde há uma pequena ilha e um píer. Suas águas cortam toda a extensão do parque, com pontes para travessia. É constituído por vasta extensão gramada, vegetação nativa e núcleos de árvores ornamentais e frutíferas, plantadas pelos antigos proprietários (Oppliger et al., 2016). Possui equipamentos urbanos, como pistas de caminhada, para skatistas, quadras esportivas, além de restaurante, Concha Acústica, Monumento ao Índio, Museu de Arte Contemporânea, entre outros. O governo do Estado, através da Gerência de Unidade de Conservação, é o responsável pela administração do parque, sendo que o restaurante e os museus são terceirizados.
Um dos mais recentes pontos de atração da cidade é o Memorial da Cultura Indígena, construído no loteamento Marçal de Souza, onde foi instalada uma aldeia urbana que abriga cerca de uma centena de famílias, em sua maioria, de origem indígena. Local de exposição e comercialização de produtos artesanais, o conjunto do Memorial é formado por duas grandes ocas, em cuja construção foi utilizado material renovável, com palha de bacuri. Sua administração é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio (SEDESC).
A abordagem metodológica escolhida para a realização desta pesquisa foi a qualitativa que, segundo Dencker (1998), ocorre pela percepção do objeto de estudo e a necessidade de buscar em campo as variáveis que serão consideradas na análise.
A descrição, procedimento básico de uma pesquisa qualitativa, precisa envolver a coleta de dados para responder questões a respeito do estado atual dos sujeitos de estudo, focalizando a investigação, principalmente nos processos. Teve um caráter bibliográfico pela elaboração conceitual e uma pesquisa de levantamento, pois se fez necessária a obtenção de dados relevantes.
A área delimitada para a pesquisa foram quatro atrativos turísticos urbanos localizados em Campo Grande - Mato Grosso do Sul, sendo eles: o Parque das Nações Indígenas, a Feira Central, o Memorial da Cultura Indígena e a Casa do Artesão. Os locais se constituem lugares de forte atração de turismo para os visitantes e de lazer para a comunidade local.
As entrevistas foram realizadas no mês de julho de 2014 e as abordagens foram realizadas após um agendamento prévio, cujo objetivo bem como o tema norteador da pesquisa foram apresentados e esclarecidos. As gravações aconteceram após autorização dos entrevistados e foram registradas em um gravador, para preservar a literalidade e a espontaneidade do entrevistado.
Para evitar possíveis problemas com os órgãos e com os gestores envolvidos, sua identificação foi omitida e, para fins de identificação na pesquisa, utilizou-se o termo “GESTOR A, B, C ou D”.
O instrumento de coleta de dados utilizado foi a entrevista semi-estruturada. Para sua análise, foi utilizado o método do Discurso do Sujeito Coletivo, de Lefvere e Lefvere (2003), o qual possibilita a interpretação dos setores públicos investigados no campo delimitado, pois faz produzir o sujeito social ou coletivo do discurso e o discurso correspondente, fazendo o social falar a partir do individual.
A proposta consiste basicamente em analisar o material verbal coletado, extraindo-se de cada um dos depoimentos as ideias centrais (nome ou expressão linguística que revela e descreve, da maneira mais sintética, precisa e fidedigna possível, o sentido de cada um dos discursos analisados e de cada conjunto homogêneo de expressões-chave, que vai dar nascimento, posteriormente, ao discurso do sujeito coletivo) e/ou ancoragens (algumas expressões-chave remetem não a uma ideia central correspondente, mas a uma figura metodológica).
De acordo com Medeiros e Moraes (2013), a atividade turística sempre exerce impactos no destino visitado e desta maneira, preocupações tem surgido para que esteja relacionada com a sustentabilidade. Desta maneira, é necessário que se proporcione uma estrutura adequada e sustentável, proporcionado um turismo consciente e comprometido com a causa ambiental.
Para que isto ocorra, é necessário que todas as partes envolvidas no processo tenham consciência de que são componentes do tema sustentabilidade e que suas ações têm importância para a correta utilização dos recursos naturais. Porém nem sempre os gestores possuem esta visão. Desta maneira, primeiramente buscou-se identificar a relação dos atrativos investigados com a atividade turística na visão dos gestores.
Assim sendo, verificou-se que todos os envolvidos se entendem como atrativos turísticos do município, e os motivos que os fazem compreender esta relação estão atrelados às suas características naturais e à cultura, em especial a sul-mato-grossense. Desta forma, os gestores declararam:
Considerando que atrativo turístico é aquele que deve ter o poder de atrair pessoas para sua fruição e ser a base da oferta turística, configurando-se como estímulo para que o turista se desloque e permaneça na localidade de destino (Bahl, 2004), compreende-se que os atributos mencionados pelos entrevistados (beleza cênica, cultura indígena e sul-mato-grossense) podem ser considerados fatores de atração para os turistas que visitam a cidade de Campo Grande. De acordo com a classificação de Beni (1998) e dentre os tipos de atrativos turísticos existentes, estão os naturais, os históricos culturais, as manifestações e usos tradicionais e populares, além dos acontecimentos programados, os quais se identificam com as características dos locais visitados e com a compreensão de seus gestores.
De acordo com Reis e Costa-Alves (2014), normalmente os gestores apresentam maiores inclinações para um comportamento mais consciente ambientalmente, quando comparado a outros grupos, como os funcionários do empreendimento, por exemplo. Isto ocorre devido ao maior acesso a informações, por parte dos gestores, situação também observada para este trabalho. Desta maneira, pode-se concluir que quanto maior o acesso ao conhecimento, maior seria o comprometimento com a sustentabilidade.
Ainda sobre a relação dos atrativos com o turismo e a importância entre ambos, identificaram-se através dos relatos algumas questões principais, tais como a sazonalidade do fluxo de turistas e o impacto financeiro desta questão sobre a manutenção do local. Desta forma declararam:
Além dos fatores apontados, detectou-se ainda, através de um dos relatos, que assim como o turismo pode interferir em um atrativo, o mesmo pode ocorrer na direção contrária. Desta forma o Gestor B declara: Acreditamos que é mais do parque para a atividade [...] Se bem que a partir que você tem uma atividade turística leva a manter uma estrutura, porém a demanda maior é de visitantes locais, nem tanto de turistas, sendo assim a preocupação é mais com eles, do que com os turistas. O visitante vem e aproveita. Tem gente que não entende isso [...].
De acordo com Carvalho (2015), trabalhando com a questão Patrimônio, Memória e Turismo, existe uma relação holística entre os três, em que só é possível a existência de um com a presença do outro. Desta maneira se confirma que não adianta apenas a existência de um atrativo; é necessário que este atrativo tenha poder de atrair o público constantemente e não apenas sazonalmente para que sua existência se perpetue. Porém alguns atrativos são mais dependentes de algum item de sua composição, o que não é adequado, pois pode levar a uma perigosa instabilidade no atrativo, o que foi observado nas colocações dos gestores.
A fim de contextualizar os locais e sua relação com o ambiente, entendeu-se necessário caracterizá-los no que se refere aos serviços e/ou produtos ofertados, número de expositores, além do número e do perfil de seus visitantes. Dessa forma, o resultado apresentado (Quadro 1) permite observar que os atrativos estão direcionados tanto ao turista quanto ao visitante local e relacionados à venda de produtos, formas de lazer e de acesso à cultura.
Quadro 1. Características dos atrativos e do público, de acordo com as declarações dos gestores, Campo Grande, Mato Grosso do Sul
Gestor |
Serviços prestados e/ou produtos ofertados |
Artesãos que expõem (média) |
Visitantes (média) |
Perfil do público visitante |
A |
Atendimento ao turista e artesão |
25 |
700 mensais
|
Diversificado (brasileiros e estrangeiros) |
B |
Área estruturada para a prática de atividade física, cultura, lazer e com um viés científico; Aberto para alguns eventos; Conta ainda com os serviços prestados por terceiros: museus e restaurante; Apoia e disponibiliza espaço para a realização de programas sociais e esportivos. |
Não se aplica |
Não tem número, mas com grande sazonalidade
|
Diversificado . Famílias para passar a tarde; . Para prática de atividades esportivas; . Público dos shows; . Pessoas que atravessam o parque para trabalhar do outro lado e evitar dar a volta; . Skatistas; . Pessoal das academias; . Alunos que matam aula; . Idosos e, Escolas. |
C |
Comercialização de peças de artesanato e de trabalhos manuais
|
210 comerciantes 1.691 cadastrados |
Sazonal, com os períodos das férias e os meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro mais expressivos, bem como os sábados, principalmente a partir das 10 h |
90% turistas e poucos visitantes locais
|
D |
É um ponto comercial de comércio e varejo |
Hoje, 270 empreendedores
|
50 a 80 mil pessoas por mês. Porém, no Festival do Sobá, por exemplo, mais de 100 mil pessoas em 10 dias |
Basicamente família. Idade de 25 a 35 anos; Pessoas que vêm mais de duas vezes por mês. |
Ressalte-se que, tanto as declarações em relação ao número quanto ao perfil traçado dos visitantes foram pautadas na percepção dos entrevistados, pois nenhum dos atrativos possui estatística atualizada sobre os números.
Este é um problema relacionado ao turismo desenvolvido em áreas urbanas, onde o controle no número de visitantes muitas vezes não é levado em consideração. Isto ocorre em ambientes fechados, tais como museus, que possuem um limite no número de visitantes que podem entrar no local.
O controle também existe quando se trata da iniciativa privada, que tem interesse em saber quantas pessoas utilizam o recurso, pois seus ganhos estão ligados a este fator. Porém quando o local é gerenciado pelo poder público e aberto, tal ação é superficial, o que impede que se tenha uma noção exata de uso e características principais de seus usuários. Isto pode dificultar um melhor gerenciamento da área.
Dos que possuem como oferta peças expostas e para venda, verificou-se que as relacionadas ao artesanato e ao trabalho manual são provenientes tanto da cidade de Campo Grande quanto de outras, como Dourados, Bonito, Rio Verde, Corumbá, Aquidauana e Itaquiraí, o que pode justificar a afirmação de que esses locais representam a cultura sul-mato-grossense.
A diversidade de visitantes é uma vantagem, pois permite uma maior variedade de visitantes, locais e de fora da região. De acordo com Brasil (2010), é importante valorizar a diversidade, pois isto aumentaria a capacidade de geração de renda para todo o segmento.
Os materiais utilizados na confecção das peças mencionadas acima são variados e tal informação é mais uma forma de posicionar a relação do trabalho realizado por estes artesãos com o meio natural. Pelo Gestor A, foi informado que as peças são confeccionadas de palha, sementes, fios em geral, argila e penas, e pelo Gestor C, as cabaças, o couro, a cerâmica, as sementes, o bronze, o biscuit, as fibras, a palha, o gesso, a madeira, o osso, o chifre, o bambu, as pedras, a fibra de vidro, a resina e os reciclados, materiais utilizados para a confecção das peças.
Quando questionados se os atrativos têm conhecimento de que forma as peças expostas são confeccionadas ou se são apenas pontos de distribuição, os Gestores A e C responderam o seguinte:
Observa-se, desta forma, uma clara, estreita e direta relação entre a atividade turística desenvolvida e a natureza, através dos produtos ofertados, além daquelas que não são tão evidentes.
Contudo, um dos entrevistados afirmou não ter conhecimento dos materiais utilizados, a fim de manter a privacidade dos expositores, já que estes e consequentemente suas atividades, são caracterizados como empreendimentos particulares.
Um dos problemas enfrentados pelos artesãos é escassez de determinados tipos de matérias primas, resultado do uso inadequado dos recursos naturais. Este tipo de situação é relatado por outros pesquisadores, como Shepard Jr. et al. (2004), que citam problemas na coleta de arumã, matéria prima para determinados itens, tais como abanos, confeccionados por artesãos do Alto Rio Negro, Amazonas.
Os atrativos investigados controlam a demanda e saída das peças através de cadastro que contém informações tanto a respeito das peças envolvendo o tipo de materiais utilizados quanto daqueles que as confeccionam. Embora as gestões tenham conhecimento sobre os materiais que compõem as peças, os critérios estabelecidos pelas mesmas não se relacionam aos materiais e tampouco às formas de extração, restringindo-se apenas à origem do artesão (se indígena, por ex.) e à forma de produção que as caracterizem como artesanato ou trabalho manual.
Apesar do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) possuir uma série de cartilhas e atividades relacionadas ao manejo sustentável da matéria prima utilizada no artesanato, percebe-se que não existe uma comunicação eficaz entre os diversos atores que trabalham nesta área. Em nenhum momento foi citado a atuação desta empresa e sua importância, em relação a sustentabilidade dos recursos naturais ou seus programas de melhoria nos processos. Pode-se então concluir que um dos atores ligados ao artesanato, ou possui pouca ou não possui participação neste processo.
A fim de compreender como se dá a gestão dos atrativos investigados, detectou-se que não há grande autonomia dos gestores locais nas decisões, mas envolvimento e participação na efetivação do que é determinado. Além disso, dois dos entrevistados informaram que os atrativos são benquistos pelos governos.
Um dos problemas relacionados a gestão dos empreendimentos públicos é a burocracia relacionada, que impede ou dificulta que determinadas ações, importantes para seu gerenciamento, sejam executadas. Isto muitas vezes leva a um menor aproveitamento do potencial ou causa problemas na manutenção, ameaçando sua continuidade, o que é visto com frequência, quando se discute a atividade turística em áreas públicas.
Abordando a questão da sustentabilidade dos recursos naturais, primeiramente buscou-se identificar como esse fator é entendido pelos respondentes, com as declarações demonstrando a compreensão do significado da expressão, conforme as respostas abaixo:
Pode-se então admitir que a compreensão acerca da sustentabilidade dos recursos naturais está de acordo com o que é colocado pela teoria e apresentada neste estudo através da revisão de literatura.
Porém esta é uma questão recente. Anteriormente ocorria uma exploração predatória de alguns recursos animais, tais como as aves e, devido a pressão exercida pelos órgãos ambientais, principalmente o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a sociedade, ocorreu uma mudança nos antigos procedimentos. Desta maneira, a questão da sustentabilidade é agora muito discutida.
Mas quando se leva em consideração outros recursos, tais como a extração de argila para a confecção de determinadas peças de artesanato, não existe uma grande preocupação com a maneira de extração ou fabrico. Esta situação está relacionada a visão das pessoas, em que determinadas partes da natureza são mais importantes, enquanto outras, menos, tais como o barro, que sempre existira, na concepção da maior parte das pessoas.
A partir desta compreensão os investigados foram questionados e apresentaram suas opiniões sobre a relação dos atrativos pesquisados com a sustentabilidade do meio natural. Para todos os entrevistados, os atrativos relacionam-se de alguma forma, seja através da efetivação de ações e parcerias com outros órgãos, seja através do mínimo impacto causado pela atividade desenvolvida. Desta forma, os gestores afirmaram:
As respostas indicam que, não importante o foco principal da atividade turística, existe a percepção de que é necessário levar em consideração a questão ambiental, apesar dos gestores ainda apresentaram dificuldades para compreender a real dimensão da questão. Ruschmann e Philippi Jr. (2009), tratando da Gestão Ambiental e Sustentabilidade no Turismo, escrevem que para se atingir realmente a sustentabilidade neste setor são necessárias várias ações relacionadas ao conhecimento sobre os diferentes impactos da área, o que nem sempre acontece.
Cientes de que o turismo pode contribuir para a manutenção da natureza através também da conscientização, foi questionado aos entrevistados sobre a existência de alguma forma de orientação, por parte dos atrativos, sobre a sustentabilidade dos recursos naturais, seja aos produtores, funcionários e/ou visitantes, com os resultados obtidos permitindo afirmar que há apenas a existência de algumas atitudes pontuais e pequenas com este fim. Assim sendo, os gestores responderam:
Ruschmann (2006) e Ruschmann e Philippi Jr. (2009) comentam que um dos pontos ligados a questão da preservação é a educação ambiental e que sem ela, a preservação dos recursos ambientais é falha. Desta maneira, projetos nesta área ou sua inserção no cotidiano das pessoas seria importante para que ocorresse uma maior conscientização das pessoas.
Observou-se um caso em que a orientação sobre manutenção dos recursos está voltada ao interesse econômico, ou seja, vendem-se mais quando tem um cunho de preservação e então se preserva para vender mais. Respalda-se essa afirmação na seguinte frase usada ao responder sobre orientação de preservação: “[...] a única coisa é quanto à originalidade da peça, por exemplo, um material que é em argila que é pintado mesmo, sabe-se que não é só o trabalho delas que está contido nessa peça, assim é comentado que não deveria, pois aquela peça não tem o mesmo valor de originalidade e individualidade” (Gestor A).
Ruschmann e Philippi Jr. (2009), discutindo a questão, também afirmam que falta um maior comprometimento por parte de determinados atores, o que muitas vezes prejudica a sustentabilidade. Porém muitas vezes isto é decorrente da falta de informação, possibilitando que determinadas questões não sejam realmente consideradas como importantes, na questão ambiental.
Desta forma, buscou-se verificar se os atrativos investigados contribuem de alguma maneira, para a sustentabilidade do ambiente e, apesar dos respondentes terem afirmado que sim, em algumas das respostas não houve clareza de relação com o que foi questionado. Os respondentes afirmaram:
As afirmações podem levar a algumas inferências, tais como a pequena percepção da relação entre o atrativo e a sustentabilidade natural, a não contribuição do atrativo para a natureza, entre outras, situação já discutida por Ruschmann e Philippi Jr. (2009).
Os gestores foram questionados se acreditam que há alguma depredação ao ambiente a partir da atividade econômica existente no atrativo, os quais responderam que:
Novamente a falta de conexão dos diferentes atores com o meio é percebida. Apesar da percepção da importância do tema, ainda falta conhecimento sobre o assunto. Os atores acabam trabalhando de maneira estanque, sem se preocupar muito com a outra parte do processo, ou seja, de onde vem o produto ou para onde vão os resíduos, o que percebido por suas respostas. Para o processo de sustentabilidade realmente acontecer, todas as partes deveriam trabalhar em conjunto, o que não ocorre.
Ruschmann e Philippi Jr. (2009), em referência a questão da sustentabilidade e turismo escrevem que, entre muitas ações e estratégias para se atingir este objetivo, é necessário, por exemplo, o planejamento na exploração dos recursos naturais, para que ocorra de forma sustentável, além da educação ambiental, com programas que tragam a conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental.
Ao serem questionados sobre qual a sua visão perante o cenário do município de Campo Grande, analisando os princípios de sustentabilidade, os gestores apresentaram as seguintes opiniões:
Em trabalho sobre o turismo em Campo Grande, Jafar et al. (2012) escrevem que existe um grande potencial para a região, mas uma série de problemas impede que os objetivos pretendidos sejam alcançados. Entre estes, a falta de infraestrutura, um agravante quando se discute, por exemplo, a correta destinação do lixo gerado pelos turistas. Porém esta é uma questão que afeta a maior parte das regiões turísticas do Brasil, onde a falta de planejamento da atividade, ligado a uma pobre infraestrutura, por exemplo, são fatores que limitam o crescimento da atividade, além de causar impactos negativos.
Dando sequência, perguntou-se se existe algum acompanhamento por parte do setor público para verificar as práticas de sustentabilidade existentes no atrativo e os gestores responderam que:
É muito comum discutir as práticas de sustentabilidade, por toda a sociedade, apesar dos problemas existentes. Porém, a questão do acompanhamento das práticas, sua mensuração e discussão dos resultados ainda são insipientes, quando se trata de determinados atrativos turísticos, principalmente os urbanos. Em sua maior parte, discute-se o que é e sua aplicação. Porém os resultados de tal prática, em sua maior parte, ainda são pouco conhecidos, pois existem poucos dados a respeito. Esta lacuna precisa ser preenchida, com pesquisas que avaliem este tipo de turismo.
Ligado a esta questão, os gestores, perguntados se ocorrem ações que visam minimizar o uso de energia, de água e de geração de resíduos sólidos e se existem estratégias de gestão que englobam fatores ligados à preservação dos recursos naturais pelo empreendimento, responderam:
Relacionado a questão acima, os gestores foram questionados quanto à existência de algum investimento direcionado à preservação dos recursos naturais nos atrativos, informando que:
Como observado, existe apenas um acompanhamento, sem um manual de boas práticas ou uma avaliação crítica que permita avaliar se realmente os resultados são adequados. Desta maneira, não se sabe ao certo se as práticas são efetivas. Ruschmann e Philippi Jr. (2009) também discutem que são necessários processos que permitam calcular se realmente a sustentabilidade é atingida ou apenas o termo é utilizado de maneira errônea.
Apesar da vontade manifesta dos gestores, pode-se perceber que existe um grande amadorismo quanto ao processo de sustentabilidade, como um todo. Existem mais ideias e vontades do que realmente um acompanhamento sobre o que realmente é necessário para se atingir a preservação dos recursos naturais. Percebe-se que os gestores dos locais visitados possuem interesse sobre o assunto, mas falta orientação e assim, os procedimentos que poderiam ser implementados não existem ou são apenas superficiais. Parte das questões de sustentabilidade relacionadas são uma questão de economia de recursos para o empreendimento e não realmente sustentabilidade, em seu conceito básico.
Não há dúvidas, na concepção dos entrevistados, que os locais são atrativos turísticos de Campo Grande, pois possuem características atreladas à cultura da região e a beleza cênica. Da mesma forma é compreendida a relação e a importância da atividade turística para tais atrativos ou vice-versa, bem como para os visitantes locais.
Os atrativos têm características diversificadas, sendo o artesanato, o lazer e o comércio as principais delas, no que se refere aos produtos e serviços prestados. As gestões têm, sob responsabilidade, serviços de terceiros que disponibilizam os produtos e/ou os serviços que representam, em números, bastante distintos.
Quanto ao público, a sazonalidade é uma característica presente e o perfil dos visitantes bastante diversificado, incluindo turistas de outras localidades e pessoas da própria cidade. Todos os atrativos estão atrelados à administração pública que, conforme os respondentes, acompanha a existência das práticas de sustentabilidade e, na maioria dos casos, envolve algumas estratégias voltadas à preservação dos recursos naturais e, em dois casos, investe nesta questão.
Entende-se que ações, e principalmente ações corretas, só ocorrem quando há conhecimento sobre a questão ambiental, sobre os procedimentos e suas conseqüências. Partindo desta premissa, a identificação da existência de práticas ambientais decorreu da verificação do grau de conhecimento e de compreensão, pelos atrativos, acerca da sustentabilidade ambiental e sua relação com o turismo, através das atividades desenvolvidas. Sendo assim, verificou-se em todos os casos que existe conhecimento sobre o significado de sustentabilidade dos recursos naturais; porém, sobre o processo (procedimentos e materiais utilizados) que é realizado pelos parceiros terceirizados e representados pelos atrativos, este conhecimento ocorre de forma parcial.
A respeito da relação entre os pesquisados com a sustentabilidade, na percepção dos entrevistados, esta relação restringe-se apenas a algumas ações que são praticadas e que permitem, em parte, a preservação do meio. A relação de dependência do ambiente, do papel que esta atividade tem o poder de desenvolver e dos benefícios advindos das práticas ambientais discutidos pela teoria, não foram mencionados nos depoimentos.
Também ocorre de forma restrita, a adoção de práticas voltadas à sustentabilidade. Apesar de acreditarem que os atrativos têm contribuído com o ambiente natural, os entrevistados não demonstraram ter certeza disso. Não há, para a maioria, impactos ou tampouco degradação decorrente das atividades desenvolvidas.
As ações com vistas a minimizar o uso de energia, de água e de geração de resíduos sólidos são poucas e bastante pontuais; além disso, são restritas as ações de orientação sobre sustentabilidade dos recursos naturais, principalmente aos turistas.
Diante dos dados coletados, é possível responder ao problema norteador deste estudo: a preocupação com a preservação da natureza pelo turismo em localidades urbanas, na perspectiva dos atrativos turísticos, está muito aquém do que é possível e necessário e diferente do que preconiza a teoria.
Isto posto, a pesquisa permite algumas considerações:
A relação entre o turismo e o ambiente, inclusive pelos estudos já publicados, é mais clara e evidente quando esta atividade é ou está inserida em locais onde a natureza é o atrativo, ou seja, ela é o produto que se vende ou atrai os visitantes e, portanto, há um interesse entre ambos redirecionando, talvez, o foco, que é a manutenção do meio.
Cabe ao turismo cumprir o seu papel de multiplicador de conhecimento independente da localidade onde se insere, pois em qualquer que seja o local, os impactos negativos ou positivos causados de forma direta ou indireta sempre acontecem e os resultados afetam não só o turismo, mas também os demais elementos que compõem o meio. Destaca-se que as práticas ambientais e suas conseqüências ultrapassam e interferem os limites traçados por uma delimitação possível de ser determinada.
A falta de conhecimento sobre o assunto pode ser um dos motivos pelos quais o turismo, em seus diversos segmentos, não venha relacioná-lo ao ambiente, pois a atividade envolve profissionais com diferentes perfis e bases de conhecimentos.
Um estudo realizado por Malta e Mariani (2013) corrobora este pensamento, à medida que analisou as práticas de sustentabilidade na gestão dos empreendimentos hoteleiros e detectou a atuação ambiental ainda no início, mas com um grau maior nas empresas hoteleiras pertencentes a redes. Os autores consideram que este resultado pudesse estar vinculado a maior quantidade de informações, pelos empreendimentos, sobre sustentabilidade ambiental, já que foi notado maior domínio sobre o assunto por parte de seus gestores; porém, a preocupação e interesse por esta prática vincula-se à prática competitiva, como se fosse um diferencial de mercado.
Portanto, considera-se ainda que um número mais expressivo de estudos que envolvam o turismo e seus diversos segmentos relacionados à sustentabilidade do ambiente promoveria maiores condições para o direcionamento de ações que permitam um turismo realmente responsável, independente do serviço e/ou produto que oferece e do local em que se insere.
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1. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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