Vol. 38 (Nº 01) Año 2017. Pág. 31
Fábio Luís Falchi de MAGALHÃES 1; Marcos Antonio GASPAR 2; Ivanir COSTA 3; José Guilherme Ferraz de CAMPOS 4
Recibido: 10/06/16 • Aprobado: 12/08/2016
4 Apresentação e análise dos resultados
RESUMO: O objetivo deste trabalho é estabelecer uma análise comparativa dos principais conceitos e frameworks que tratam sobre a dinâmica para elaboração do Planejamento Estratégico de Tecnologia de Informação (PETI), a partir da análise de 29 livros didáticos publicados no Brasil no período entre 2001 e 2015, além do framework COBIT 5. O método utilizado foi descritivo, dedutivo e qualitativo. Os principais resultados auferidos apontam tendência crescimento no número de obras, autores de origem brasileira, com uma coautoria ou de autoria individual, em quinze diferentes editoras. Os frameworks genéricos mais empregados no desenvolvimento do PETI foram: 5 Forças Competitivas, Fatores Críticos de Sucesso, Balanced Scorecard e Cadeia de Valor, enquanto os específicos da área de TI foram: Alinhamento Estratégico, CMMI, ITIL e COBIT. |
ABSTRACT: The present study aims to establish a comparative analysis of key concepts and frameworks that deal with the dynamics of IT Strategic Planning elaboration by analyzing of 29 textbooks published in Brazil from 2001 to 2015, besides the COBIT framework 5. The method used was descriptive, deductive and qualitative. The main results show growth trend in the number of works, Brazilian origin authors, with a co-author or individual authorship in fifteen different publishers. Generic frameworks more employees in the development of IT Strategic Planning were Five Competitive Forces, Critical Success Factors, Balanced Scorecard and Value Chain, while IT area were specific: Strategic Alignment, CMMI, ITIL and COBIT. |
A informação, enquanto capital, é essencial para gerar valor na nova economia. O conjunto de sistemas, banco de dados, aplicativos, bibliotecas e redes, pode fornecer informações e conhecimento à organização, porém, depende de um bom planejamento e da gestão estratégica destes recursos (KAPLAN; NORTON, 2004).
Para que a Tecnologia da Informação (TI) possa se tornar um facilitador para a implementação da estratégia de negócio da organização, faz-se necessário que os gestores dos processos de negócio, em conjunto com o gestor de TI, possam tomar decisões e realizar investimentos de maneira adequada, visando assim alinhar de forma correta o negócio e a TI (BRADLEY et al., 2012; TALLON, 2014; TURBAN; VOLONINO, 2013). A criação de valor pelos ativos intangíveis depende deste alinhamento, sendo vital o estabelecimento de um programa integrado para suportar o seu desenvolvimento. Assim, planejar, definir prioridades e gerenciar o portfólio de TI apresentam-se como algumas das questões típicas aos executivos durante sua trajetória profissional (KAPLAN; NORTON, 2004).
Durante o processo de alinhamento estratégico da TI, verificam-se quais são as demandas que o negócio possui, a fim de estabelecer sua estratégia atual e futura (BUCHWALD et al., 2014; FERNANDES; ABREU, 2014). Este processo é denominado Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (PETI) (BRADLEY et al., 2012; SILVA; SOUZA NETO, 2014; TONELLI et al., 2014).
Um PETI bem elaborado pode trazer muitos benefícios para a organização, seja pública ou privada, ajudando a criar mais valor (SILVA; SOUZA NETO, 2014). Por isso, o conhecimento dos principais elementos que compõem este planejamento é fundamental para torná-lo eficiente e apto a cumprir seu papel no alinhamento da TI à estratégia do negócio (REZENDE, 2011).
Tendo em vista a importância do PETI para a área de TI e para a empresa como um todo, este trabalho tem como objetivo estabelecer uma análise comparativa entre os principais conceitos e frameworks que tratam sobre a dinâmica para elaboração do PETI a partir da análise de 30 obras, sendo 29 livros didáticos publicados no Brasil no período entre 2001 e 2015, além do manual do framework COBIT na sua atual versão 5.
Busca-se com isso fortalecer este processo tão “complexo e crítico” (ISACA, 2012, p. 61), como também, ajudar outros pesquisadores latino-americanos a entenderem mais da diversidade a respeito do que tem sido editado no Brasil.
Rezende (2011) define o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) como a formalização estruturada, tanto dos sistemas, como das informações essenciais para que a organização possa realizar a sua gestão e também apoiar a tomada de decisão nos diversos níveis hierárquicos administrativos. O autor recomenda ainda que o planejamento de TI seja um desdobramento do planejamento estratégico organizacional. Ou seja, ambos os planejamentos, da organização e da TI, devem ser integrados e alinhados.
O PETI é uma ferramenta fundamental de inteligência organizacional para a tomada de decisão na organização. Além de fazer parte de um processo holístico, dinâmico, coletivo, participativo e permanente (REZENDE, 2011). Ou seja, é “pôr ordem na casa”, segundo Palmisano e Rosini (2012, p. 90). Seu principal produto é o Plano de TI, que vai incorporar “elementos que, uma vez documentados, permitem uma comunicação clara dos objetivos, produtos e serviços de TI para todos na organização” (FERNANDES; ABREU, 2014, p. 20).
A necessidade de alinhamento da TI com a estratégia do negócio é reforçada por Akabane (2012, p. 67), para o qual um PETI deve “ser abrangente e alinhado com os objetivos da empresa, de fácil compreensão e deve oferecer perspectiva de visão para o futuro”. Turban e Volonino(2013) defendem que é preciso garantir que a TI se concentre no desenvolvimento de aplicações e sistemas que apoiem a organização e suas unidades de negócio a atingir seus principais propósitos.
Ainda assim, muitas instituições deixam de aproveitar as vantagens competitivas que resultam da integração de suas estratégias de negócio com a TI (KAPLAN; NORTON, 2004). Em sua pesquisa, esses autores verificaram que apenas cerca de 30% das organizações apresenta forte alinhamento entre as prioridades de TI e a estratégia da empresa. Este desalinhamento é causado por falhas em processos de gestão da estratégia.
Segundo Turban e Volonino(2013), são vários os frameworks para apoiar o planejamento de TI. Esses modelos auxiliam na identificação de oportunidades para a utilização da TI voltada à criação de vantagens competitivas. Normalmente, estes frameworks se iniciam com o diagnóstico estratégico do negócio e da TI, enquanto outros focam na criação de novos usos da TI.
Cada um próprio para cada finalidade para alcançar processos de TI consistentes para a organização (ALI et al., 2013) e que devem ser adaptados à realidade de cada organização (REZENDE, 2001).
A seguir são apresentados alguns modelos que podem apoiar tanto na elaboração, como na implantação do PETI. Alguns são focados na área de TI e outros são mais abrangentes, mas também bastante utilizados na área de TI, como elencados abaixo:
Em complemento, são listados alguns frameworks específicos da área de TI encontrados na literatura utilizados também como apoio na elaboração e implantação do PETI:
Esta pesquisa classifica-se como descritiva, dedutiva e qualitativa. Descritiva, por ser possível replicar este estudo a partir das técnicas empregadas e a sequência dos passos descritos para sua realização. Dedutiva, porque habilita o pesquisador a ir do conhecido, do que é sabido, ao desconhecido com pouca possibilidade de imprecisão e a conclusão não pode possuir conteúdos que ultrapassem os enunciados Por fim, ela é de caráter qualitativo, pois, a realidade subjetiva do pesquisador sobre a análise das obras é considerada expressiva e contribui para o desenvolvimento da pesquisa; e ainda por procurar entender, com o maior rigor possível, a frequência com que um evento acontece, sua relação com outros fenômenos, como também as suas características (CERVO; BERVIAN, 2007; MIGUEL et al., 2012).
Estabeleceram-se como objeto de pesquisa os principais livros didáticos publicados no Brasil entre 2001 e 2015, catalogados no Google Livros, além do manual do framework COBIT na sua atual versão 5. A pesquisa foi realizada em setembro de 2015.
Foram utilizadas as seguintes palavras-chave para seleção das obras: ‘administração de informática’, ‘administração de sistemas’, ‘alinhamento estratégico’, ‘gestão de tecnologia’, ‘gestão estratégica’, ‘governança de tecnologia’, ‘governança de ti’, ‘planejamento de sistemas de informação’, ‘sistemas de informação’, ‘sistemas de Informações’ e ‘tecnologia da informação’.
Ao final da seleção, foram desconsiderados livros indisponíveis para aquisição nas principais livrarias ou principais sebos disponíveis na internet. Foram também ignoradas as obras que não apresentassem ao menos algum conceito básico sobre Planejamento de TI ou Estratégia de TI. Após a leitura do capítulo introdutório e a consulta ao índice, foi possível concluir a triagem. Com isso, a análise ficou restrita ao total de 29 livros, mantendo-se também trabalhos traduzidos em língua portuguesa.
Dessa forma, as obras utilizadas para fins de análise estão apontados na seção ‘Referências’, sendo destacados por um asterisco (*) para fins de facilitação de consultas futuras dos leitores deste trabalho.
A análise das obras foi realizada segundo as seguintes etapas: 1 - Características gerais das obras selecionadas, o que incluiu: a) número de obras por ano, b) as editoras com publicações selecionadas, c) os autores de cada título, como também, d) as características de autoria. 2 - Principais conceitos ou elementos presentes nos livros. Assim, foram definidos os conceitos que seriam comparados e analisados entre os diversos autores: a) terminologias sobre PETI; b) periodicidade das versões do PETI. 3 - Principais frameworks para apoio na elaboração do PETI, em duas categorias: geral (uso não apenas na TI) e as específicas da área de TI, incluindo a menção necessária do alinhamento estratégico da TI com o negócio, segundo os autores analisados.
No gráfico 1 e nas Tabelas 1, 2 e 3, é possível observar respectivamente: o número de obras por ano, as editoras com publicações selecionadas, os autores principais de cada título, como também as características de autoria.
Gráfico 1 - Obras selecionadas, por ano
Fonte: os autores
Quanto ao número de obras por ano, conforme demonstrado no gráfico 1, destacam-se os anos 2011 e 2012, com quatro e seis títulos, respectivamente. Percebe-se também que o número de obras tem aumentado no decorrer desse período. Considerando-se apenas os últimos cinco anos (2011 a 2015), são 15 das 30 obras, representando a metade dos títulos analisados. Este aumento é reflexo também de novas edições mais recentes de algumas destas obras analisadas.
Editora |
Total |
Atlas |
11 |
Saraiva |
3 |
AMGH; Bookman; Cengage Learning; Érica |
2 obras cada uma |
Brasport; Campus; Elsevier; FGV; ISACA; LTC; Pearson Prentice Hall; Pioneira Thompson |
1 obra cada uma |
Total Geral |
30 |
Tabela 1 - Obras selecionadas, por editora, considerado a editora conforme disponível no International Standard Book Number (ISBN) da obra
Fonte: os autores
Na Tabela 1 é possível observar as 15 editoras, sendo que a Atlas se destaca como principal editora com assuntos que tratam sobre Planejamento de TI, com 37% das obras selecionadas (11 de 30 obras). Essa quantidade equivale ao mesmo número de títulos somando-se a Saraiva, com três títulos e a AMGH, Bookman, Cengage Learning, Érica, com dois títulos cada uma. Foram identificadas também oito editoras com apenas um título.
Origem |
Autor principal |
Total |
Autores estrangeiros com edição brasileira |
O'BRIEN; TURBAN |
2 títulos cada autor |
BALTZAN; ISACA; LAUDON; STAIR |
1 título cada autor |
|
Subtotal |
8 |
|
Autores brasileiros |
ALBERTIN; REZENDE |
2 títulos cada autor |
AKABANE; AUDY; BATISTA; BEAL; BIO; BOGUI; COSTA; FERNANDES; FOINA; LAURINDO; MELO; MOLINARO; D. P. R. OLIVEIRA; J. F. OLIVEIRA; PALMISANO; STAREC; VALLE; VIEIRA |
1 título cada autor |
|
Subtotal |
22 |
|
Total Geral |
30 |
Tabela 2 - Obras selecionadas, por autoria
Fonte: os autores
Foram encontrados apenas oito materiais traduzidos de autores estrangeiros, em comparação aos 22 trabalhos brasileiros encontrados, o que representa 73% de material brasileiro de obras publicadas no Brasil, conforme é apresentado na Tabela 2. Mantendo-se sempre a última edição como objeto válido para análise, autores que constam com dois títulos publicaram sua segunda obra analisada com outros autores, enquanto títulos com um único autor foram considerados uma única vez na seleção da amostra.
Número de autores da obra |
Total de obras |
Dois autores |
14 |
Um autor |
13 |
Três autores |
1 |
Quatro autores |
1 |
Total Geral |
30 |
Tabela 3 - Características de autoria por obras
Fonte: os autores
A Tabela 3 demonstra as características de autoria das obras analisadas. Verifica-se a predominância de livros em conjunto com um coautor, com 47% das obras (14 títulos) ou com autoria individual, com o total de 43% das obras (13 títulos) ou em detrimento de coautoria múltipla (apenas dois livros). Não estão sendo apresentados dados relacionados a obras catalogadas como coletâneas de autores, ou seja, foram considerados apenas autores de capa ou de organização da obra.
Para realização da análise e comparação entre os diversos autores, como principais conceitos ou elementos presentes nos livros, foram identificadas as terminologias utilizadas para denominação para planejamento de TI e a periodicidade das versões do PETI propostas, seja para sua elaboração ou revisão.
Na Tabela 4, são apresentadas todas as ocorrências de terminologias encontradas sobre planejamento de TI, em comparação com o que foi apresentado na seção 2.1 deste trabalho, conforme definido por cada autor, incluindo-se também mais de uma terminologia, quando encontrada nestas obras.
Terminologia |
Total de ocorrências * |
Obra |
Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) |
12 |
AKABANE (2012); ALBERTIN; ALBERTIN (2009); AUDY; BRODBECK (2008); BEAL (2012); BIO; CORNACHIONE (2008); FOINA (2006); ISACA (2012); MOLINARO; RAMOS (2011); REZENDE (2011); REZENDE; ABREU (2013); TURBAN et al. (2007); TURBAN; VOLONINO (2013) |
Plano Diretor de Informática (PDI) |
6 |
ALBERTIN; MOURA (2009); BATISTA (2004); BOGUI; SHITSUKA (2002); MELO (2002); REZENDE (2011); REZENDE; ABREU (2013) |
Planejamento Estratégico de sistemas de informação (PESI) |
5 |
ALBERTIN; MOURA (2009); AUDY; BRODBECK (2008); BIO; CORNACHIONE (2008); COSTA et al. (2012); PALMISANO; ROSINI (2012) |
Planejamento de Tecnologia da Informação |
4 |
ALBERTIN; MOURA (2009); REZENDE; ABREU (2013); TURBAN et al. (2007); VIEIRA (2006) |
Plano Diretor de Sistemas de Informações (PDSI) |
4 |
BATISTA (2004); BIO; CORNACHIONE (2008); OLIVEIRA (2005); OLIVEIRA (2007) |
Planejamento dos sistemas de informação (PSI) |
3 |
AUDY; BRODBECK (2008); STAIR; REYNOLDS (2011); VIEIRA (2006) |
Planejamento estratégico da informação (PEI) |
3 |
BEAL (2012); REZENDE; ABREU (2013); STAREC (2005) |
Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) |
2 |
BATISTA (2004); MOLINARO; RAMOS (2011) |
Outras terminologias com apenas uma ocorrência |
13 |
|
Tabela 4 - Terminologias sobre planejamento de TI (Um autor propôs uma ou mais terminologias)
Fonte: os autores
O termo “Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação” (PETI) demonstra-se ser a terminologia mais utilizada pelos autores para descrever o planejamento de TI, com 12 ocorrências representando 40% das obras analisadas. Foina (2006) é o primeiro autor a propor esta nomenclatura. Com 20% das ocorrências, aparecendo em seis obras diferentes, o conceito Plano Diretor de Informática (PDI) ainda demonstra resistir, por ainda ter sido citado em títulos mais recentes (REZENDE, 2011; REZENDE; ABREU, 2013).
Apenas em três obras (BEAL, 2012; OLIVEIRA, 2007; REZENDE; ABREU, 2013) se propõe ainda, além de um planejamento focado mais em tecnologia ou em sistemas de informação, de se elaborar também um planejamento exclusivo para a informação. Starec (2005), no entanto, apesar de propor um planejamento focado para informação, não cita um específico para a TI como um todo.
Em paralelo, é possível observar um grande número de citações em relação à terminologia Planejamento Estratégico de sistemas de informação (PESI) ou Plano Diretor de Sistemas de Informações (PDSI) ou Planejamento de Sistemas de Informação (PSI), com 5, 4 e 3 aparições, cada termo, respectivamente, representando, 37% das obras. É importante destacar que como a maioria das obras selecionadas tem o título do livro focado em Sistemas de Informação, conforme demonstrado na Seção ‘Referências’, o que reforça também uma tendência de alguns autores em apresentar suas propostas de trabalhos de planejamento mais no âmbito dos sistemas propriamente ditos. Além do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) identificado em duas obras, outros autores apresentam ainda variações para o conceito planejamento de TI, com o total de 13 ocorrências.
Neste sentido, existe grande variação com 21 terminologias diferentes quanto aos termos utilizados sobre Planejamento de TI. Entretanto, o mais comum ainda é Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI).
No Quadro 2, são apresentadas as principais definições levantadas sobre a periodicidade em relação ao prazo de revisão e de elaboração das versões do PETI, conforme apresentado na seção 2.1.
Obra |
Elaboração |
Revisão |
TURBAN; VOLONINO (2013) |
Ciclo trimestral, semestral ou anual |
Trimestral ou anual |
FERNANDES; ABREU (2014) |
Ciclo máximo a cada três anos |
Anual |
REZENDE (2011); REZENDE; ABREU (2013) |
Ciclo de um a três anos |
Não propõe |
AUDY; BRODBECK (2008) |
Ciclo de um ou cinco anos |
Não propõe |
BOGUI; SHITSUKA (2002) |
Ciclo de um ou cinco anos |
Semestral |
FOINA (2006) |
Ciclo de cinco anos |
Anual |
MOLINARO; RAMOS (2011) |
Ciclo de cinco anos |
Não propõe |
BEAL (2012) |
Não propõe |
Semestral |
Quadro 2 - Periodicidade das versões do PETI
Fonte: os autores
Apesar de ser uma questão essencial a ser definida, somente nove autores (30%) pesquisados estabeleceram uma periodicidade, tanto para elaboração ou para revisão do PETI, com menor número ainda, apenas cinco autores. Dos autores que descrevem alguma recomendação sobre este tema, mesmo entre eles não existe consenso, como pode ser observado. A elaboração deve ser realizada aproximadamente de um ano (com quatro autores) a três anos (sendo dois autores), porém nunca ultrapassando cinco anos (quatro autores propõem). Outro autor discorda propondo que os períodos não devem ultrapassar a três anos, com maior detalhe no primeiro ano (FERNANDES; ABREU, 2014).
Quanto às revisões, devem ser a cada três meses (apenas um autor) ou seis meses (dois autores), mas no máximo anualmente (três autores). Outros três autores que apresentaram proposição para a elaboração, não chegaram a mencionar a necessidade da realização da revisão do PETI.
Identificou-se os principais frameworks encontrados nas obras pesquisadas, todos discutidos ou pelo menos mencionados nos livros analisados. Não necessariamente, todos os autores mencionaram explicitamente esses modelos como alternativas para apoio na elaboração do PETI, mas pelo menos desses autores que tenha mencionado isso de forma explícita foi considerado como modelo para análise.
Na Tabela 5 são apresentados os dez frameworks mais comuns encontrados, todos foram citados em pelo menos doze obras, conforme foi referenciado na seção 2.2 deste artigo. Outros modelos foram encontrados nas obras pesquisadas conforme são apresentados em seguida.
Na Tabela 6, os frameworks para apoio na elaboração do PETI foram categorizados em duas classificações: geral (uso não restrito à área de TI) e as específicas da área de TI. O alinhamento estratégico da TI com o negócio, conforme apresentado na seção 2.1 segundo os autores analisados também foi considerado.
|
Gerais (uso não restrito à área de TI) |
Específicas da área de TI |
||||||||
Framework / Obra |
5 Forças competitivas |
FCS |
BSC |
Cadeia de Valor |
NBR ISO 9001 |
PMBOK |
Alinhamento estratégico |
CMMI |
ITIL |
COBIT |
Total de ocorrências |
17 |
17 |
16 |
16 |
12 |
12 |
19 |
16 |
16 |
15 |
AKABANE (2012) |
|
X |
X |
X |
|
X |
X |
X |
X |
X |
ALBERTIN; MOURA (2009) |
X |
X |
X |
|
|
|
X |
X |
X |
X |
ALBERTIN; ALBERTIN (2009) |
|
X |
X |
|
|
X |
X |
X |
X |
X |
AUDY; BRODBECK (2008) |
X |
X |
X |
X |
|
|
X |
|
|
|
BALTZAN; PHILLIPS (2012) |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
BATISTA (2004) |
|
X |
|
|
|
|
|
|
|
|
BEAL (2012) |
|
|
X |
|
X |
|
X |
X |
|
|
BOGUI; SHITSUKA (2002) |
|
|
|
|
|
|
|
X |
|
|
COSTA et al. (2012) |
|
|
X |
|
X |
X |
X |
X |
X |
X |
FERNANDES; ABREU (2014) |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
FOINA (2006) |
X |
|
|
X |
X |
X |
|
X |
X |
|
ISACA (2012) |
|
|
X |
|
|
|
X |
X |
X |
X |
LAUDON; LAUDON (2011) |
X |
|
X |
X |
|
|
|
|
|
|
LAURINDO (2008) |
X |
X |
X |
X |
|
|
X |
X |
X |
X |
MOLINARO; RAMOS (2011) |
|
X |
X |
X |
|
X |
X |
X |
X |
X |
O'BRIEN (2009) |
X |
X |
|
X |
|
|
|
|
|
|
O'BRIEN; MARAKAS (2013) |
X |
X |
|
X |
|
|
X |
|
X |
X |
OLIVEIRA (2007) |
|
X |
X |
X |
X |
X |
|
X |
|
|
PALMISANO; ROSINI (2012) |
X |
|
|
X |
|
|
|
|
|
|
REZENDE (2011) |
|
X |
|
|
|
X |
X |
X |
X |
X |
REZENDE; ABREU (2013) |
X |
X |
X |
|
X |
X |
X |
|
X |
X |
STAIR; REYNOLDS (2011) |
X |
X |
|
X |
X |
|
X |
X |
|
|
STAREC, 2005 |
X |
X |
X |
|
X |
X |
|
|
|
|
TURBAN et al. (2007) |
X |
|
|
|
|
|
X |
|
|
|
TURBAN; VOLONINO (2013) |
X |
X |
X |
X |
X |
|
X |
|
X |
X |
VALLE (2015) |
X |
|
|
X |
X |
|
X |
|
X |
X |
VIEIRA (2006) |
|
|
|
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Tabela 5 - Frameworks de apoio para planejamento de TI (doze ou mais ocorrências)
Fonte: os autores
Analisando-se a Tabela 5, é possível identificar como principais frameworks utilizados para elaboração ou apoio na elaboração do planejamento de TI, de uso geral, não apenas para a área de TI, respectivamente: as 5 Forças competitivas (de Porter) e os Fatores Críticos para o Sucesso (FCS), ambos, com 17 ocorrências, representando 57% das obras; e empatado com 53% dos títulos: o Balanced Scorecard (BSC), a Cadeia de Valor (de Porter), estes com 16 citações. Outros modelos também foram mencionados: NBR ISO 9001, como também o PMBOK, os dois com 12 ocorrências.
O mecanismo de alinhamento estratégico foi o mais comum modelo encontrado, sendo mencionado 19 vezes, figurando em 63% de todos os trabalhos analisados. Apesar de o ITIL ser mais específico para gestão de serviços de TI e o CMMI, outro modelo que é mais específico de qualidade para o processo de engenharia de software, ambos com 16 ocorrências, estes dois modelos ficaram à frente do modelo COBIT, com 15 ocorrências.
Demonstram-se nesta análise, que modelos mais genéricos são importantes para elaboração do PETI, tendo sido encontrado seis modelos. Os frameworks para área da TI, apesar de serem mais específicos (apenas quatro modelos foram identificados), considerando apenas aqueles que apresentaram pelo menos 12 ocorrências nas obras analisadas.
Além destes dez frameworks, outros dez foram identificados quando considerados menos de 12 ocorrências nas obras analisadas, sendo oito modelos mais genéricos para elaboração do PETI e dois específicos da área de TI. Empatado com dez citações foi encontrado o Modelo dos processos do negócio (BPM) e o Business Process Redesign (BPR), enquanto com nove ocorrências ficou a Matriz SWOT, além do Seis Sigma. Com seis ocorrências: Competências essenciais, de C. K. Prahalad e Gary Hamel. Em cinco obras cada um: Benchmarking; Key Performance Indicators (KPI), em português, Indicadores-chave de desempenho e o Total Quality Management (TQM), em português, Gestão da Qualidade Total.
Além destes, outros dois modelos que são específicos para área da TI também foram identificados: o Modelo do crescimento ou de maturidade, de Nolan, chegou a ser identificado em 23% das obras, com o total de sete títulos e a ISO/IEC série 27000, apareceram em cinco títulos.
Analisando-se os autores individualmente, os cinco autores mais profícuos com apresentação de frameworks para apoio ao planejamento de TI são todos brasileiros: a) Fernandes e Abreu (2014), com 32 modelos; b) Laurindo (2008) e c) Rezende (2011), ambos com 29 cada um, d) Vieira (2006) apresentou 28 modelos e e) Akabane, com 24. Os dois autores, também brasileiros, com menor preocupação com apresentação de modelos com a proposição de apenas um framework são Batista (2004) e Bogui e Shitsuka (2002), inclusive com trabalhos mais antigos ao período analisado. Assim como não era uma preocupação de outros autores brasileiros como Bio e Cornachione (2008); Melo (2002) e Oliveira (2005), pois em suas obras, nenhum framework para apoio ao planejamento de TI foi encontrado. Foi constatado ademais que todas as publicações, a partir de 2009, apresentam pelo menos um modelo de apoio para o PETI. Finalmente, somando-se todos os frameworks apresentados pelos autores, chega-se ao total de 145 modelos distintos.
Considera-se que o objetivo proposto de se estabelecer uma análise comparativa entre
os principais conceitos e frameworks que tratam sobre a dinâmica para elaboração do PETI, a partir da análise de 29 livros didáticos publicados no Brasil no período entre 2001 e 2015, além do framework COBIT 5 foi atingido.
Os resultados mostraram que há algumas distinções entre os autores sobre conceitos e frameworks, conforme pode ser observado neste trabalho.
Quanto às obras selecionadas, destacam-se em quantidade de títulos os anos 2011 e 2012, ficando clara a tendência de aumento do número de obras publicadas no decorrer dos últimos cinco anos (2011 a 2015). São 22 trabalhos com autores brasileiros, em detrimento das obras traduzidas. A maioria das obras foi elaborada com uma coautoria ou individualmente. Com o total de 15 editoras, a editora Atlas se destaca como principal editora.
No que tange a terminologia para planejamento de TI, houve maior convergência para ser denominado como Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI). Sobre a periodicidade da elaboração do PETI, dos poucos autores que definiram sobre este conceito, não houve consenso. Para elaboração sugere-se que seja realizada aproximadamente de um ano a três anos, porém nunca ultrapassando cinco anos. Quanto às revisões do PETI, preconiza-se no máximo realizadas anualmente.
Foi possível identificar também os principais frameworks que são utilizados para elaboração ou apoio na elaboração do planejamento de TI, tendo sido encontrados 145 modelos no total. Frameworks, de uso geral, não restrito apenas para a área de TI, são ressaltados nas obras como importantes para elaboração do PETI, dentre os quais se destacaram: as 5 Forças Competitivas (de Porter), os Fatores Críticos para o Sucesso (FCS), o Balanced Scorecard (BSC) e a Cadeia de Valor (de Porter). Em conjunto com o mecanismo de alinhamento estratégico, outros frameworks para a área da TI foram identificados, porém com menor destaque: o CMMI, o ITIL e o COBIT.
Como contribuição deste trabalho, a utilização dos diversos modelos apresentados, torna-se um referencial para iniciar ou aperfeiçoar o PETI e devem ser utilizados de acordo com as necessidades das organizações brasileiras e latino-americanas.
Embora a heterogeneidade das obras pesquisadas seja um ponto positivo no sentido de fortalecer os resultados encontrados, uma das limitações do estudo diz respeito à quantidade das obras analisadas, que se restringiu apenas àquelas publicados no Brasil. Outra dificuldade na análise foi a grande diversidade encontrada de modelos e frameworks propostos pelos autores, sem consenso entre os pesquisadores.
Como estudo futuros, apontam-se apresentar os processos ou metodologias propostos pelos autores para elaboração do PETI, como também compará-los com o framework COBIT na sua atual versão 5 (ISACA, 2012). Outro estudo poderia voltar sua atenção à análise de como esses frameworks deveriam ser revistos devido à implementação da governança de TI nas organizações latino-americanas.
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1. Doutorando em Informática e Gestão do Conhecimento da Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil. E-mail: f.magalhaes@uni9.pro.br
2. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Informática e Gestão do Conhecimento da Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil. E-mail: marcos.antonio@uni9.pro.br
3. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Informática e Gestão do Conhecimento da Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil. E-mail: ivanirc@uni9.pro.br
4. Doutorando em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, Brasil. E-mail: jguilherme.feausp@gmail.com
*. As obras destacadas por um asterisco (*) foram utilizadas para fins de análise, conforme descrito nas seções 3, 4 e 5.