Espacios. Vol. 37 (Nº 36) Año 2016. Pág. 27
Eliana Andréa SEVERO 1; Eric Charles Henri DORION 2; Julio Cesar Ferro de GUIMARÃES 3
Recibido: 05/07/16 • Aprobado: 25/08/2016
RESUMO: As inovações acrescentam valor a produtos, processos e serviços, fomentam lucros, permite acesso a novos mercados, gera emprego e renda, fortalece marcas, primando para o desenvolvimento empresarial. Este estudo tem como objetivo analisar os tipos e os modelos de inovações de produtos e processos, desenvolvidos por três empresas automotivas de grande porte localizadas no sul do Brasil, bem como verificar a importância da inovação para a performance organizacional. A metodologia utilizada trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, sob a forma de um estudo de caso múltiplo. Os resultados apontam que as inovações acrescentaram valor ao produto, permitindo o acesso a novos mercados, principalmente, a América Latina, os Estados Unidos e a Europa, lançando a competitividade das organizações em nível mundial. |
ABSTRACT: Innovations add value to products, processes and services, promote profits, allows access to new markets, generate employment and income, strengthen brands, striving for business development. This study aims to analyze the types and models of innovation in products and processes developed by three large automotive located in southern Brazil, as well as verify the importance of innovation for organizational performance. The methodology used is in a qualitative and descriptive research in the form of a multiple case study. The results indicate that the innovations have added value to the product, allowing access to new markets, especially Latin America, the United States and Europe, launching the competitiveness of organizations worldwide. |
As organizações desempenham um papel determinante no processo de inovação, que é percebido como uma atividade incerta e complexa. As inovações acrescentam valor a produtos, processos e serviços em cenário competitivo e altamente globalizado, pois fomenta lucros, permite acesso a novos mercados, gera emprego e renda, fortalece marcas, primando para o desenvolvimento empresarial. Tais vantagens tornaram-se, por conseguinte, fundamentais no cenário globalizado, no qual as empresas são obrigadas a competir, tanto no mercado interno quanto no externo, com concorrentes instalados em qualquer parte do mundo.
Conforme Moori et al. (2013) e Guimaraes, Severo e Vieira (2015), as organizações contemporâneas enfrentam desafios comuns, tais como o ambiente turbulento e a competitividade dos produtos no mercado global. Neste contexto, a inovação visa o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, uma nova estrutura ou sistema administrativo, um novo processo tecnológico em produção, um novo plano ou um programa relacionado aos membros da organização (Damanpour, 1991). Portanto, a inovação é definida como a adoção de um dispositivo comprado ou produzido internamente, podendo ser um sistema, programa, processo, produto ou serviço que é novo para a empresa adotante. Essa definição inclui diferentes tipos de inovação para todas as partes da organização, bem como para todos os aspectos de sua operação.
Atualmente, parece existir um considerável consenso em relação ao conceito da palavra inovação – ela é vista como uma criação que tem valor econômico, produzida por indivíduos ou por empresas (Teece et al., 1997; Chesbrough, 2007; Severo et al., 2016).
O Brasil começou recentemente a despertar para esse debate, pois o desempenho inovativo está restrito a um terço do tecido produtivo, e, aproximadamente, 68,5% das indústrias brasileiras não realizam nenhum tipo de inovação (De Negri et al., 2005). Na Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), o universo das empresas inovadoras vem crescendo nos últimos anos, ocasionando, consequentemente, o aumento da taxa de inovação. O Brasil, no ano de 2008, no universo de empresas com dez ou mais pessoas ocupadas na indústria, nos serviços selecionados e no setor de pesquisa e desenvolvimento (P&D), abrangeu em torno de 106,8 mil empresas, sendo que, deste total, 41,3 mil empresas implementaram produto e/ou processo novo ou substancialmente aprimorado, ocasionando uma taxa de inovação de 38,6% (Pintec, 2010).
Neste cenário, emerge a importância da inovação de produto e processo, pois permitem o desenvolvimento de produtos diferenciados para o atendimento das necessidades do mercado, objetivando a capacidade de potencializar a competitividade das organizações, criando, por conseguinte, melhorias de desempenho organizacional.
No que tange a região de estudo, as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aliado ao Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), destaca que em 2010, a população de Caxias do Sul foi estimada em 435.564 habitantes, e o município também contava com 31.016 empresas nas diversas atividades relacionadas (Ibge, 2011). A partir desses dados, estima-se que exista um índice aproximado de 14 habitantes por empresas na cidade de Caxias do Sul – Rio Grande do Sul, colocando-a próxima aos mais altos índices de empreendedorismo mundiais.
Perante o exposto este estudo tem como objetivo analisar os tipos e os modelos de inovações em produtos e processos, desenvolvidos por três empresas automotivas de grande porte localizadas no sul do Brasil, bem como verificar a importância da inovação para a performance organizacional. As empresas estudadas produzem diversos veículos automotivos, carrocerias para o transporte coletivo, além de um variado portfólio de peças automotivas.
O artigo inicia com uma revisão teórica, abordando os temas inerentes às tipologias de inovação, aos modelos de inovação aberta e fechada, seguido pela metodologia e apresentação do estudo de caso múltiplo. Por fim, analisa-se os resultados da pesquisa e tem-se as considerações finais apresentado as implicações acadêmicas e gerenciais.
A abertura dos mercados e a competividade têm demandado para as organizações uma maior capacidade de formular e implementar inovações. Sendo assim, o atual fenômeno de globalização gera uma necessidade crescente de diferenciação de produtos e serviços (Chesbrough, 2007; Teece, 2007), e a busca por esta diferenciação passa pelo processo de inovação (Schumpeter, 1934; Drucker, 1985; Damanpour, 1991; Oslo, 2005; Bessant; Tidd, 2007; Severo et al., 2016).
A inovação, segundo Shumpeter (1934), é representada pelas novas combinações de produção, que surgem descontinuamente e englobam cinco casos: i) introdução de um novo bem; ii) introdução de um novo método de produção; iii) abertura de um novo mercado; iv) conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens semimanufaturados; v) estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria.
As categorias de inovação supracitadas também são apresentadas no Manual de Oslo (2005), que as classifica em quatro tipos: i) inovação de produto: consiste na introdução de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado; ii) inovação de processo: processo novo ou substancialmente aprimorado; iii) inovação em marketing: implementação de um novo método de marketing; e, iv) inovação organizacional: implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócio da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas.
A partir da definição sobre as dimensões da inovação, consoante o Manual de Oslo (2005), estas podem ser classificadas em dois grupos específicos: i) inovações incrementais; e ii) inovações radicais (Abernathy; Utterback, 1978; Freeman, 1988; Tidd, 1993; Van De Vem, 1986; Chandy; Tellis, 2000; Leifer et al., 2000; O´Connor et al., 2002; Christensen; Raynor, 2003). De acordo com Leifer et al. (2000), uma das diferenças importantes entre a inovação incremental e a radical é que a última está normalmente associada ao modelo de negócio e seus processos, enquanto a primeira, a soluções tecnológicas para novas aplicações de produtos e serviços.
Garcia e Calantone (2002) classificam a inovação em três tipologias distintas: i) radical; ii) incremental; e, iii) really new. Contudo, assinala-se que, na literatura, a classificação da inovação em radical e incremental tem se mostrado mais utilizada e de mais fácil compreensão.
Os modelos de inovação constituem temas de interesse nos meios empresariais e acadêmicos e possibilitam uma leitura de como a inovação deve ocorrer, pois as inovações podem se transformar em um diferencial que conduza à criação de valor e riqueza para a organização (Feldman; Audretsch, 1999).
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresenta o modelo linear, como sendo aquele no qual a inovação é o resultado de um processo sequencial (Ocde, 1992). Este modelo, que surgiu a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, dominou o pensamento sobre inovação em ciência e tecnologia (C&T) por cerca de três décadas.
O modelo não-linear ou interativo, proposto por Kline e Rosenberg (1986), se tornou o modelo que se contrapôs ao modelo linear, que é constituído por uma cadeia central de inovações, a existência de feedback loops entre as atividades de pesquisa e o desenvolvimento da empresa é característica central do processo de inovação nesse modelo.
Coerentemente, emergem outros três modelos não-lineares ou interativos de inovação, quais sejam (Rothwell, 1994; Etzkowitz; Leydesdorff, 2000; Stuart, 2000):
a) modelo integrado: nas décadas de 80 e 90, os japoneses inauguram a integração entre os departamentos funcionais da empresa, a fim de serem criadas inovações mais rapidamente, por meio de atividades conduzidas de forma paralela. O modelo tem como principal característica a obtenção de inovação com menor tempo (Rothwell, 1994);
b) modelo de redes: a inovação consiste em um processo de rede, decorrente do aumento das alianças estratégicas, da P&D colaborativo, da gestão da cadeia de suprimento (Rothwell, 1994; Stuart, 2000);
c) modelo da tríplice hélice: propõe uma interação coparticipativa entre governo, empresa e universidade. Para Etzkowitz e Leydesdorff (2000), o modelo da tríplice hélice apresenta não apenas a interação dos atores, como também, a sua transformação interna, através da interação da universidade, do governo e da empresa.
Diante destes modelos de inovação, também podem ser citados, o modelo de inovação fechada (closed innovation) e o modelo de inovação aberta (open innovation)(West, 2006; Chesbrough, 2006; Laursen; Salter, 2006; West; Gallagher, 2006; Chesbrough; Appleyard, 2007; Chesbrough, 2007; Dahlander; Gann, 2010).
Para Chesbrough (2006), no modelo de inovação fechada, uma empresa gera, desenvolve e comercializa as suas próprias ideias, sem uma interação com outros agentes externos (colaboradores voluntários, comunidades e redes de inovação). Já no modelo de inovação aberta, ocorre a interação entre diferentes atores (West; Gallagher, 2006; Chesbrough, 2006; Dahlander; Gann, 2010). A fronteira entre a organização e o ambiente à sua volta é porosa, habilitando uma maior mobilidade das inovações (Chesbrough, 2006).
A metodologia utilizada neste estudo abrangeu uma pesquisa qualitativa e descritiva sob o escopo de um estudo de caso múltiplo. A pesquisa qualitativa emerge, com o propósito de desenvolver modelos e tipologias, teorias, para descrever ou explicar as questões sociais (Gibbs, 2009). A pesquisa qualitativa também pode ser descritiva, visto que possui como objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência (Gil, 2007).
De acordo com Yin (2005), o estudo de caso se caracteriza como sendo uma investigação empírica que pesquisa um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, e este pode ser apresentado como estudo de caso múltiplo, pois analisa três organizações automotivas.
A entrevista, segundo Gil (2007), vem sendo uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada nas Ciências Sociais Aplicadas e, para Marconi e Lakatos (1999), ela tem como principal objetivo a obtenção de informações sobre determinado assunto ou problemática sobre a qual o entrevistado possua conhecimento ou vivência.
Para Flick (2004), a entrevista em profundidade trata-se de uma técnica demorada que requer habilidade do entrevistador e tem como objetivo entender o significado de atribuições dos entrevistados acerca de situações e questões implícitas em um contexto ainda não estruturado, formuladas a partir de suposições do pesquisador. A entrevista semiestruturada é considerada um dos alicerces metodológicos da pesquisa qualitativa, já que nela há questões mais ou menos abertas, atuando como um guia de entrevista (Flick, 2004).
Consoante isso, a técnica de coleta de dados, ocorreu por meio da entrevista individual, semiestruturada em profundidade. As entrevistas ocorreram com gestores que possuem relação direta com a inovação de produto e processo. Vale ressaltar, que o roteiro de perguntas, elaborado para a entrevista, foi validado metodologicamente por dois experts na área temática de estudos antes de ser aplicado às empresas. Como fonte de pesquisa também se utilizou manuais, relatórios e documentos relacionados com a inovação de produto e processo. Por conseguinte ocorreu a observação direta, das diversas ações realizadas pela organização.
Primeiramente, realizou-se o contato telefônico para o agendamento das entrevistas. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas, o que resultou em um total de 95 páginas. Os gestores entrevistados receberam uma cópia da transcrição de sua entrevista, o que resultou na validação das informações de cada entrevistado. A fim de preservar a confidencialidade das informações, como foi informado no momento das entrevistas das três organizações pesquisadas, duas empresas terão as suas identidades preservadas por questões estratégicas, sendo denominadas, neste estudo, Empresa Alfa e Empresa Beta.
A identificação, utilizada para os entrevistados, será E1, E2, E3, E4 e E5 como forma de preservar a identidade dos participantes da investigação. Assinala-se que as entrevistas ocorreram nos meses de outubro de 2012 e setembro de 2013 e investigaram as inovações de produto e processo desenvolvidas de 2010 a 2013. A Figura 1 apresenta as empresas pesquisadas, bem como a caracterização dos entrevistados.
Nome da empresa |
Atuação no mercado |
Principais produtos e/ou serviços |
Fatura mento em (R$) |
Nº Funcioná rios |
Entrevista dos |
Atuação na empresa |
Duração das Entrevis tas |
Randon S.A. Implementos e Participações |
63 anos |
Semirreboques, reboques, tanques, basculantes, graneleiros, florestal, sider, silo rodoviário, canavieiros, base de contêineres, vagões ferroviários, plataformas para transporte de bobinas, peças de reposição. |
1,85 Bilhões (2011) |
4.800 |
(E1) Gerente de tecnologia do produto e inovação; (E2) Coordenador de engenharia de processos; (E3) Gerente industrial (tecnologia de manufatura e qualidade).
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(E1) 16 anos; (E2) 4,5 anos; (E3) 11 anos.
|
67min. |
Empresa Alfa |
64 anos |
Carrocerias para transportes coletivos. |
4 Bilhões e 200 Milhões (2012) |
6.901 |
(E4) Supervisor de engenharia
|
(E4) 12 anos
|
53min. |
Empresa Beta |
33 anos |
Peças de ligas de ferro e aço, válvulas de controle de fluídos para indústria automotiva, mecânica geral e equipamentos agrícolas, máquinas e equipamentos. |
432 Milhões e 105 Mil (2012) |
615 |
(E5) Gerente técnico e coordenador do centro de pesquisas
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(E5) 05 anos
|
47 min. |
Figura 1 – Caracterização das empresas e dos entrevistados
Fonte: Dados provenientes da pesquisa.
Para análise e interpretação das entrevistas, individuais, semiestruturadas em profundidade, o método utilizado se deu, de acordo com a análise de conteúdo, proposta por Bardin (2006). Para tanto, foram utilizadas as categorias, a priori, embasadas no referencial teórico e nos objetivos da pesquisa: i) inovação de produtos; ii) inovação de processos; iii) inovação radical; iv) inovação incremental; v) really new; vi) modelo de inovação aberta; vii) modelo de inovação fechada.
A Randon S.A. Implementos e Participações é a maior fabricante de reboques e semirreboques na América Latina e encontra-se entre as maiores do mundo. A empresa produz aproximadamente 300 mil unidades, o que mostra a sua importância na história da expansão do transporte de cargas no País, bem como tem participação expressiva também no segmento ferroviário de carga.
A empresa Alfa apresenta o seu portfólio de produtos que atende às necessidades do mercado nacional e internacional. Tal empresa tornou-se uma das maiores fabricantes de carrocerias para transportes coletivos e participa ativamente no desenvolvimento e na implementação de soluções para o transporte coletivo de passageiros em alguns dos principais mercados do mundo. Neste contexto, a empresa conta com duas plantas em Caxias do Sul, uma no Rio de Janeiro e 12 plantas no exterior, destacando: África do Sul, Argentina, China, Colômbia, Egito, Índia, México, Portugal e Rússia.
A Empresa Beta, iniciou as suas operações em agosto de 1980, sua produção supre parte do mercado automotivo, de transporte, alimentício, de automação industrial, de instrumentação e aparelhos médicos, de máquinas de precisão, de válvulas industriais, entre outros, e é internacionalmente reconhecida. Enfatiza-se também que ela se encontra inserida no segmento de Metalurgia do Grupo ao qual pertence, sendo que a sua planta está sediada no Distrito Industrial de Caxias do Sul. No seu segmento, ela possui a maior capacidade produtiva da América Latina, cerca de 200 toneladas/mês de peças acabadas.
A pesquisa qualitativa abrangeu as inovações de produtos e processos, desenvolvidas pelas empresas nos anos de 2010 e 2013, e verifica-se que, foram constatadas diversas inovações de produto para o mercado nacional e internacional. A Randon S.A. Implementos e Participações desenvolveu trinta e seis inovações de produto; a Empresa Alfa, 16 inovações de produto; e a Empresa Beta, quatro inovações de produto.
Analisando-se a Figura 2, percebe-se que muitas inovações de produto são adaptações e/ou melhorias de produtos existentes nas organizações. Tais melhorias nos produtos são realizadas, a fim de satisfazer às necessidades dos clientes, e são classificadas, como inovações incrementais, conforme Garcia e Calantone (2002). Desta forma, dentro dessa tipologia de inovação incremental, a Randon S.A. Implementos e Participações desenvolveu trinta inovações incrementais, a Empresa Alfa, seis e a Empresa Beta, duas inovações.
Empresas |
Inovações incrementais |
Inovações really new |
Randon S.A. Implementos e Participações |
Rodotrem canavieiro extra reforçado; Furgão carga geral (teto translucido); Novo chassi semirreboque frigorífico convencional; Apara barro antispray; Vagão ferroviário gôndola GDU (Vale); Bitrem rebaixado para transporte de isotanques; Balsculante deslizante 1+1+1; Basculante deslizante 1+2; Tanque multissetas para Argentina; Furgão carga geral P25; Basculante (6X2 e 4X2); Carregatudo para linha agrícola (colheradeira); Tanque multissetas para Bolívia; Bitrem 9 eixos bobineiro; Carrega tudo multiuso; Semirreboque para transporte de rochas ornamentais; Protetor lateral; Vagão plataforma (transporte container, PET); Vagão plataforma (transporte bobina, PQT); Graneleiro linha R; Módulo integrado traseir; Caixa de rancho; Sider linha R; Bitrem tanque cilíndrico isotérmico; Furgão frigorífico linha R; Base para container linha R; Furgão carga geral linha R; Basculante linha R; Semirreboque basculante 8X2; Família de tanques linha R. |
Sistema de freio trial para vagões gôndolas; Bitrem plataforma 6.09m + 12,20m (Moçambique); Nova plataforma Egito; Tanque multissetas para Angola; Tanque modelo multissetas para o Congo; Tanque isotérmico para o Quênia. |
Empresa Alfa |
Visco elástico nos estofados; Tanque combustível plástico (vários volumes); Painel de instrumentos para o motorista articulado; Perfil porta pacotes em plástico; Poltronas estampadas; Poltronas com largura maior; Cinto de segurança ajustável; Porta resíduos reciclável; Alteração no sistema de ventilação e refrigeração. |
Sinaleira Led; Farol Led; Piscas Led; Iluminação interna Led; Sinalização de teto Led; Sinalização de chão Led; Parede de separação em curva com corrediças. |
Empresa Beta |
Alteração no projeto de válvula de controle de fluídos; Alteração no revestimento de válvula de controle de fluídos; Alteração na composição do revestimento de cabo condutor. |
Desenvolvimento de novo material para válvulas. |
Figura 2 – Tipologias de inovações de produto desenvolvidas pelas empresas
Fonte: Dados provenientes da pesquisa.
Conforme pode ser observado na Figura 2, a Randon Implemento e Participações desenvolveu, nos anos de 2010 e 2013, seis inovações de produtos que eram novas tanto para a empresa quanto para o mercado mundial. Essas inovações foram significativas para organização, pois abriram novos mercados, tais como Moçambique, Egito, Angola, Congo e Quênia. Cita-se, como exemplo, o sistema de freio trial para vagões gôndolas, que trouxe uma nova tecnologia para o mercado mundial. As inovações desenvolvidas no tanque isotérmico foram para o Quênia; no bitrem plataforma, para Moçambique; na Nova plataforma, para o Egito; no tanque multissetas, para Angola; e, no tanque multissetas, para o Congo, bem como o sistema de freio trial, que ocasionou, em um nível macro, uma descontinuidade de mercado e, em um nível micro, uma descontinuidade tecnológica, corroborando com a tipologia de inovação really new, proposta por Garcia e Calantone (2002).
(...) a Randon criou um sistema de freio que freia de três em três vagões onde se reduz um monte de peças, melhora a eficiência, é o sistema de freio trial para vagões gôndolas, não existia no mundo (...) no tanque isotérmico para o Quênia existe uma logística toda especial, ele tem que rodar 1000 Km numa região fria da África, levando petróleo (...) então tivemos que desenvolver três tipos de queimadores para esquentar o produto, pode então esquentar rodando, com sistema de combustível, ou com um sistema elétrico, pois ele tem que rodar esses 1000 Km e o petróleo tem que chegar líquido lá, isso é algo totalmente novo para o mundo (...) (E1).
No que tange à tipologia really new, encontrou-se, na Empresa Beta, uma inovação, através de novos materiais para as válvulas de controle de fluídos, que ocasionou a geração de Patente Nacional e Internacional. Nessa empresa, foram desenvolvidas sete inovações really new, possibilitando abranger novos mercados mundiais, tais como: Argentina, México, Colômbia, África do Sul, Egito, Índia, Rússia, China e Austrália; ocasionando diferenciação nos produtos e melhoria na competitividade da empresa.
(...) criamos a parede de separação curva, que fica atrás do motorista, foi feita com uma porta de corrediça, anteriormente a porta era feita com dobradiças, não existia no mundo (...) os últimos grandes novos produtos lançados foram a linha de ônibus rodoviários e a Linha de ônibus para a Copa do Mundo (BRT), de transporte urbano (...) os rodoviários foram todos fabricados com a sinalização Led, no Brasil ainda não existia ônibus com esse tipo de sinalização (...) os ônibus urbanos BRT também levaram a sinalização Led (...) essas inovações foram importantes para a empresa, gerou mais diferenciação e competitividade (...) (E4).
(...) tivemos também desenvolvimentos de materiais novos, que nós fizemos em conjunto com um cliente nosso (...) esse desenvolvimento de materiais é um desenvolvimento novo para a empresa e totalmente novo no mercado mundial, e por isso ele está gerando patente Nacional e Internacional (...) (E5).
A tipologia de inovação radical, capaz de criar uma mudança de paradigma em tecnologia e/ou estrutura de mercado para uma indústria, causa descontinuidades tanto no nível macro como no nível micro, conforme ressaltam Garcia e Calantone (2002), no entanto esta não foi identificada nas empresas analisadas.
As inovações de processos, desenvolvidas pelas empresas desencadearam melhorias nos processos produtivos. A Randon S.A. Implementos e Participações desenvolveu cinco inovações de processo; a Empresa Alfa, doze; e a Empresa Beta, duas inovações de processo. Coerentemente, buscou-se verificar se as tipologias de inovações de processos eram novas para o setor ou aperfeiçoadas para a empresa, pelo fato de já existirem no mercado. Quanto à tipologia de inovação de processo novo para o setor, a Randon S.A. Implementos desenvolveu duas inovações de processo, e a Empresa Alfa, uma inovação de processo, as demais inovações de processos eram aperfeiçoadas para as três organizações (Figura 3).
(...) uma inovação de processo que já existia no mercado foi a introdução da pintura e-coat, a base de água, sem o uso de solventes (...) (E2).
(...) desenvolvemos um novo processo em parceria com fornecedores, uma linha para montar pneu com roda, que tem capacidade para a montagem de 2.500 pneus por dia (...) na máquina de pneus, você aperta um botão, cai o pneu, a máquina monta o pneu na roda, enche o pneu, calibra o pneu, isso não existe em outro lugar no mundo (...) (E3).
(...) desenvolvemos centenas de novos gabaritos para soldagem em geral, esses gabaritos são únicos e fazem muita diferença no processo produtivo (...) (E4).
Empresa |
Inovação de processo novo para o setor |
Inovação de processo aperfeiçoada |
Randon S.A. Implementos e Participações |
Máquina de pneus; Gabarito de soldagens de vigas. |
Corte a laser; Corte plasma; Pintura e-coat. |
Empresa Alfa |
Gabaritos para soldagem em geral. |
Pintura e-coat; Substituição de processos manuais de corte por laser de fibra ótica; Automação de sistemas de abastecimento carga e descarga de máquinas automáticas; Automação dos processos de solda da poltrona; Automação dos processos de corte das capas de poltronas; Laser de corte de tubo; Automação dos processos de fabricação do chicote elétrico; Pintura eletrostática; Sistema de Produção Solidário; Fresadora para corte de peças plásticas; Processo de jateamento de peças de fibra. |
Empresa Beta |
|
Novo processo de engenharia para a casca de cerâmica através da micro fusão com menor tempo de atravessamento; Novo processo de reutilização de material cerâmico. |
Figura 3 – Tipologias de inovação de processo desenvolvida pelas empresas
Fonte: Dados provenientes da pesquisa.
No que tange aos modelos de inovações, percebeu-se como ocorrem as inovações de produto e processos na empresa, considerando a contribuição e a participação de agentes internos e externos à empresa nos anos de 2010 e 2013.
Na Randon S.A. Implementos e Participações, as inovações de produto apresentam a participação de agentes internos (90%), os fornecedores (10%), bem como o fomento do governo por meio da Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Além disso, a empresa está iniciando um projeto com uma Instituição de Ensino (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS) que futuramente aperfeiçoará os critérios de validação dos produtos no campo de provas. Já as inovações de processo ocorrem através de agentes internos, tais como a equipe de engenharia de processo e a área de ferramentaria e de parcerias com fornecedores.
(...) na inovação de produto ocorre a participação de agentes internos e também fornecedores (...) temos a participação do governo através do PD&I via FINEP (...) (E1).
(...) não temos muito a interface com universidades, 90% dos desenvolvimentos de produtos partem internamente e 10% de fornecedores (...) estamos com um projeto em parceria com a UFRGS, onde estamos criando critérios de validação no campo de provas das empresas Randon (...) com fornecedores temos vários produtos, até fizemos patentes em conjunto (E1).
Na Empresa Alfa, a inovação de produto ocorre com a participação de agentes internos, realizada pela equipe de engenharia experimental, no entanto, em alguns produtos customizados, o cliente também participa no desenvolvimento da inovação. Já na inovação de processo, além dos agentes internos, das áreas de ferramentaria, processos, tempos e movimentos, os fornecedores também participam dessas inovações.
Quanto à empresa Beta, esta desenvolve as suas inovações de produto através de capital humano, de ideias e sugestões dos funcionários, de testes internos feitos pela equipe de engenharia, pelo centro de pesquisas, de parcerias com instituições de ensino, científicas e tecnológicas (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, UFRGS, Universidade de Caxias do Sul – UCS), bem como de financiamentos via FINEP e parcerias com o cliente. Já, na inovação de processo, emerge a participação dos mesmos agentes internos e externos, exceto o cliente.
(...) temos duas formas de trabalhar a inovação de produto, uma forma é nós utilizarmos nosso capital humano(...) buscando-se melhoria de performance e melhoria de redução de custo (...) existe um outro processo em nós buscamos uma fonte que vai financiar o projeto (...) buscamos as Instituições de Ensino e Científica Tecnológica, (...) mais um órgão do governo que normalmente faz o financiamento, normalmente nós trabalhamos com o FINEP (...) temos casos também envolvendo nosso cliente (...) no caso desses materiais novos, e por isso o resultado em patentes, foi a empresa nossa, mais a universidade, mais o FINEP e o cliente, a partir de uma necessidade do cliente (...) no caso da inovação de processo só não temos a participação dos clientes (...) (E5).
Perante o exposto, as inovações de produto e processo, apresentadas pela Randon S.A. Implementos e Participações e pela Empresa Beta, mostram a participação de agentes internos, bem como dos externos, por meio de fornecedores, clientes, instituições de ensino e órgão governamental de financiamento, conforme a Figura 4. Já a empresa Alfa não apresenta a participação de instituições de ensino e órgão governamental para financiamentos, porém o cliente e os fornecedores participam da inovação de produto e processo.
As três empresas analisadas apresentam o modelo de inovação aberta (Chesbrough, 2006), pois houve a participação de diferentes agentes no desenvolvimento das inovações de produto e processo. Porém, na Randon S.A. Implementos e Participações e na Empresa Beta, são reafirmados os pressupostos de Etzkowitz e Leydesdorff (2000), os quais propõem uma interação coparticipativa entre governo, empresa e universidade, tentando fortalecer um ambiente inovador, com iniciativas para o desenvolvimento econômico.
Empresa |
Inovação de produto |
Inovação de processo |
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Agentes internos |
Agentes externos |
Agentes internos |
Agentes externos |
|
Randon S.A. Implementos e Participações |
Engenharia de processo; Ferramentaria. |
Fornecedores; Governo (PD&I, FINEP); Universidade. |
Engenharia de processo; Ferramentaria. |
Fornecedores. |
Empresa Alfa |
Engenharia experimental; Ferramentaria; Tempos e movimentos; Processos. |
Cliente. |
Engenharia experimental; Ferramentaria; Tempos e movimentos; Processos. |
Fornecedores. |
Empresa Beta |
Equipe de engenharia; Centro de pesquisas. |
Universidades; Governo (FINEP); Cliente. |
Equipe de engenharia; Centro de pesquisas. |
Universidades; Governo (FINEP). |
Figura 4 – Participação de agentes internos e externos nas inovações de produto e processo
Fonte: Dados provenientes da pesquisa.
Os resultados encontrados nesta pesquisa trazem várias implicações para as áreas de inovação e desempenho organizacional. No que tange os tipos de inovação de produto, os resultados revelam que, em menor número, advieram as inovações really new, logo a inovação incremental ocorreu com maior frequência nas empresas automotivas, já que as radicais são mais restritas e difíceis de serem realizadas. De acordo com as pesquisas de Chandy e Tellis (2000), Leifer et al. (2000), Garcia e Calantone (2002), essas inovações devem criar uma mudança de paradigma em tecnologia e/ou estrutura de mercado, ocasionando maiores benefícios às organizações.
As inovações de processos desencadearam melhorias nos processos produtivos, prevalecendo a tipologia de inovação de processo aperfeiçoada. Ressalta-se que nas empresas automotivas existe uma tecnologia avançada para os processos produtivos, assim pressupõem-se melhorias dos processos existentes, pois conta-se com equipes de engenharia, treinadas para o desenvolvimento de inovações de processo.
Coerentemente, as empresas analisadas são importantes players na região de Caxias do Sul, pois além de contribuírem para a economia local e brasileira através da comercialização das inovações, empregaram 17.716 funcionários no ano de 2013. As inovações acrescentaram valor ao produto, permitindo o acesso das empresas a novos mercados, principalmente, a América Latina, os Estados Unidos e a Europa, lançando a competitividade em nível mundial.
Outro aspecto analisado na pesquisa é o desempenho das organizações, que as pesquisas de De Negri et al. (2005) e Pintec (2010) evidenciam que o desempenho inovativo no Brasil está restrito a aproximadamente um terço do tecido produtivo. Neste aspecto esta pesquisa constatou que o desempenho inovativo das empresas estudadas ocorre em virtude do empreendedorismo, característica do perfil do empresariado da região, no qual o município de Caxias do Sul encontra-se próxima dos mais altos índices de empreendedorismo mundiais.
Os resultados encontrados nesta pesquisa apontam o forte desempenho inovativo das empresas automotivas pesquisadas, em que grande parte das inovações se dissemina para o mercado externo, ampliando o market share das empresas no mercado onde atuam, o que expressa a melhoria de performance organizacional pela inovação de produto. Com relação às inovações de processo, esta contribuíram com a performance organizacional através da redução dos custos produtivos, já que este é o principal objetivo das melhorias de processos.
No que se refere às implicações acadêmicas e gerenciais, os achados da pesquisa permitiram a identificação das tipologias e modelos de inovação de produto e de processo corroborando para o avanço da ciência (Abernathy; Utterback, 1978; Garcia; Calantone, 2002; Chesbrough, 2006; Dahlander; Gann, 2010; Guimarães; Severo; Vierira, 2015; Severo et al., 2016), porque as empresas demandam meios para monitorar as inovações. A relevância da proposta deste estudo está no fato de que as informações levantadas propiciarão à comunidade acadêmica e aos profissionais das áreas afins, uma melhor compreensão em torno da inovação como fonte de geração de desempenho empresarial.
Por fim, destacam-se as limitações deste estudo no que se refere à sua capacidade de generalização, visto que foi explorada a realidade de três organizações automotivas. Assim, são necessárias novas pesquisas que incluam análises comparativas longitudinais entre os diversos tamanhos de empresas e entre os diferentes setores industriais. Por conseguinte, também se sugere uma análise analisando as inovações de marketing e organizacional e a performance organizacional, diretamente as empresas de uma determinada região. Em acréscimo, são pertinentes estudos que enfoquem a comparação entre regiões, setores, cadeias produtivas ou até mesmo diferentes percepções entre diversos atores inseridos neste contexto.
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1. Doutora em Administração. Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração. Faculdade Meridional (IMED) – Brasil – elianasevero2@hotmail.com
2. Doutor em Administração. Programa de Pós-Graduação em Administração. Universidade de Caxias do Sul (UCS) – Brasil – echdorion@gmail.com
3. Doutor em Administração. Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração. Faculdade Meridional (IMED) – Brasil –juliocfguimaraes@yahoo.com.br