Espacios. Vol. 37 (Nº 36) Año 2016. Pág. 24

Comportamento de bezerras meio sangue holandesa X Jersey sob sombreamento artificial a pasto

Artificial shading on the behavior of half-blood heifers holstein X Jersey on pasture

Roberta PASSINI 1; Eline Maria Jucá de SOUZA 2; Wanessa Mesquita GODOI 3; Jéssica Caetano Dias CAMPOS 4

Recibido: 05/07/16 • Aprobado: 25/08/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Material e métodos

3. Resultados e discussão

4. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

Foi avaliado comportamento de bezerras leiterias com sombreamento a pasto. O delineamento foi inteiramente casualizado, com dois tratamentos: sol e sombreamento artificial, com 8 repetições por tratamento. Mensurou-se as temperaturas de bulbo seco e globo negro, umidade relativa, das 6h às 18h. Foram calculados: índice de temperatura de globo e umidade e carga térmica radiante. Os comportamentos foram: comendo, bebendo, andando, ruminando em pé, ruminando deitado, em pé e deitado ao sol ou à sombra. Houve diferença significativa (P<0,05) para ruminando em pé e comendo. O sombreamento influenciou o comportamento ingestivo, intensificando o pastejo nas horas amenas do dia.
Palavras-chave: Bezerras Holstein; X Jersey; Comportamento ingestivo

ABSTRACT:

It was evaluated behavior heifers dairies with shading a pasture. The design was completely randomized with two treatments: sun and artificial shade, and 8 repetitions by treatment. Measured themselves as dry bulb temperature and black globe, relative humidity from 6 am at 18 o'clock. Were calculated: globe temperature and humidity index and radiant heat load. The behaviors were: eating, drinking, walking, ruminating standing, ruminating lying and lying in the sun or shade. There was a significant difference (P<0.05) for ruminating standing and eating. Shading influenced feeding behavior, intensifying grazing in the warm hours of the day.
Keywords: Holstein Heifers; X Jersey; feeding behavior

1. Introdução

O comportamento ingestivo é uma resposta do animal às características da estrutura de seu ambiente pastoril e seu estudo faz-se necessário para solucionar problemas relacionados com a diminuição do consumo em períodos críticos para a produção, além de direcionar práticas de manejo, dimensionamento das instalações e fornecimento de dieta, estabelecendo estratégias essenciais para a gestão do animal a pasto (FERREIRA et al., 2014).

Para monitoramento do comportamento ingestivo, têm-se utilizado inúmeras técnicas e/ou equipamentos, entre eles o colar Ethosys, GIS/GPS, Vibracorders, IGER Behavior Recorder, APEC, e mais recentemente gravadores do som emitido pelo animal em pastejo (bioacústica) (CARVALHO et al., 2007). Entretanto, a observação visual permanece como a forma mais utilizada, por não demandar custo com equipamentos. Essa estratégia, se realizada de forma correta, proporciona boa descrição do comportamento ingestivo do animal, além de não interferir negativamente na produção (MEZZALIRA et al., 2011;LIMA et al., 2013).

É sabido que a temperatura ambiental influência o pastejo intenso dos animais nas horas mais frescas do dia (início manhã e final da tarde) (VAN REES e HUTSON, 1993), bem como ingestão de alimentos e água, que são considerados padrões fixos de comportamento, os quais podem ser alterados por fatores bióticos e abióticos (HAFEZ e SCHEIN, 1962).

Vários autores vem estudando os efeitos abióticos sobre o comportamento dos bovinos nos últimos anos. Segundo VILELA et al., (2013) os animais quando expostos a agentes estressores ambientais, dependendo da intensidade e da duração, respondem com alterações fisiológicas e comportamentais. Em situações de estresse calórico, os animais ativam seus mecanismos termolíticos. De acordo com SALLA et al. (2009), o desconforto ambiental causado pelo aumento da temperatura, pode diminuir o tempo de ruminação, na tentativa de diminuir o calor interno ocasionado pelo metabolismo. Nesse caso, o conhecimento do comportamento dos animais e das suas relações com o ambiente é de essencial importância para verificar se manejo e ambiente atendem às condições de conforto e bem-estar (MERCÊS et. al., 2012).

Para Titto et al. (2008) o efeito benéfico da disponibilidade de sombra para os animais de produção baseia-se na melhoria de suas condições fisiológicas (frequência respiratória, temperatura retal, batimentos cardíacos, etc.), no comportamento animal (consumo, ócio, ruminação, etc.) e no desempenho produtivo (carne, leite, etc.), percebendo-se diferenças mais acentuadas nestas variáveis quanto menor for a tolerância dos animais às elevadas temperaturas (BERTONCELLI et al., 2013).

Embora Baêta e Souza (2010) considerem a sombra natural mais eficiente que a artificial, estes autores recomendam o provimento de sombreamento artificial em pastagens até que o plantio e o crescimento desejável das árvores aconteçam, ou ainda de forma definitiva, de modo a sombrear áreas onde não seja possível o plantio e/ou desenvolvimento de árvores e arbustos.

Os abrigos artificiais não possuem indicação de uma estrutura a ser construída, nem quanto a sua sustentação, ou a sua constituição de cobertura de proteção. CECCHIN et al. (2014) sugere que a construção pode ser de diversos materiais interferindo positivamente ou negativamente no nível de conforto ou estresse animal transmitido pelos matérias utilizados. Assim é muito comum a construção de abrigos com cobertura de polipropileno com aproximadamente 80% de proteção contra radiação solar, uma vez, que este tipo de sombreamento é capaz de promover um conforto térmico, além de ser de baixo custo (CONCEIÇÃO, 2008).

A relevância de um sombreamento artificial, foi observada por Silva et al. (2009), em bovinos que receberam 80% de proteção solar com abrigos de polipropileno. Os autores observaram que, nas horas mais quentes do dia, os animais com acesso à sombra abrigaram-se e aumentaram a ruminação e o ócio. Em contrapartida, os animais sem acesso a sombra diminuíram a sua atividade de pastejo e aumentaram a de ócio.

Disso posto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do sombreamento artificial sobre o comportamento de bezerras meio-sangue Holandesa x Jersey em pastagem.

2. Material e métodos

O experimento foi realizado na fazenda Kiwi Pecuária, município de Silvânia/GO, localizada na Rodovia GO 430, Km 21, com latitude sul de 16°29’30” e 48°49’16” de longitude oeste, a 990 m de altitude. O clima da região é do tipo AW, tropical de altitude, caracterizado por duas estações definidas: uma seca (outono/inverno), e outra chuvosa (primavera/verão). As temperaturas médias estão entre 18ºC no inverno e 30°C no verão, com uma média anual de 28°C, segundo classificação climática de Köppen.

Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos: SOL – Piquete ao Sol: ausência de sombreamento artificial, exposição direta aos raios solares, SOM – Piquete Sombreado: presença de sombreamento artificial.

O sombreamento artificial foi fornecido através de uma estrutura móvel, tendo como cobertura malha de polipropileno, com 80% de proteção confeccionada com tubos PVC de 75 mm, posicionado em seu comprimento no sentido leste-oeste, com dimensões de 4 metros de comprimento, 3 metros de largura e 2 metros de altura, provendo uma área total de 12 m² de sombra, sendo disponibilizada área de sombra de 1,5 m² por animal conforme recomendado por Souza et al. (2010).

A área total utilizada para implantação do experimento foi de 1,5 ha, subdivididos em 5 piquetes de 0,3 ha cada. A subdivisão dos piquetes foi feita com cerca elétrica móvel de um fio, confeccionada com fita eletroplástica. Outra cerca móvel subdividia cada piquete, aumentando diariamente a área de pastejo, com média de 15 m²/animal, até atingir toda extensão da área, ao fim do qual era isolado e mantido em descanso por 24 dias.

O experimento foi realizado nos meses de junho a setembro de 2011 no período de seca (outono/inverno), e teve duração total de 120 dias, sendo os 10 primeiros dias destinados à adaptação dos animais ao manejo experimental e 110 dias para coleta de dados.

Foram utilizadas 16 bezerras meio-sangue Holandesa x Jersey, com idade inicial entre 60 e 70 dias e peso vivo médio de 93,2 kg. As mesmas foram pesadas em balança eletrônica no dia do desmame, para a formação de dois grupos homogêneos.

Os animais foram mantidos em piquetes, com sistema de pastejo rotacionado em pastagem de Cynodon dactylon cv. Tifton 85, irrigado por pivô central, e suplementados com silagem de milho, levedura de cana, milho grão, caroço de algodão, farelo de soja, núcleo mineral e 2 kg de concentrado comercial (24% de proteína bruta), fornecido uma vez ao dia, no período da manhã. A água foi fornecida “ad libitum” em bebedouro coletivo, com capacidade de 100 litros e vazão regulada por bóia.

As variáveis climáticas: temperatura de bulbo seco, Tbs (ºC), velocidade do vento, V (m s-1), temperatura do globo negro, Tgn (ºC) e umidade relativa do ar, UR (%) foram coletadas em cada tratamento no período das 6 às 18h, em intervalos de 2h, totalizando 7 coletas diárias.

Em cada piquete experimental, foi colocado um termo-higrômetro digital THG 312, marca Oregon Scientific, com uma faixa de medição de temperatura externa de -50ºC a 70ºC e temperatura interna -5ºC a 50ºC, ambas com precisão: ± 1°C e faixa de medição da umidade de 25 % a 95 % (precisão: ± 1%) para registrar a Tbs e a UR. A Tgn foi medida com um termômetro de globo confeccionado de material plástico, pintado de preto fosco, medindo 15 cm de diâmetro, no centro do qual foi inserido um sensor de temperatura. Nos dias de coleta de dados, um globo negro era colocado em exposição direta ao sol, próximo à cerca do piquete controle, sendo o outro colocado à sombra, no centro da área sombreada, ambos instalados a 1,50 m do solo.

O ponto de orvalho foi calculado por meio do programa computacional GRAPSI 4.0® de livre acesso, disponibilizado pela Universidade Federal de Viçosa, o qual utiliza os dados da UR para cálculo.

A velocidade do vento foi registrada com o auxílio de um termo-anemômetro digital de hélice, modelo LUTRON LM8000, com medição da velocidade do vento de 0,4 a 30,0 m/s (Precisão: ± 3% da escala). A velocidade do vento foi coletada em três pontos distintos dentro de cada piquete, tomando-se a média como o valor do horário.

Para avaliação do nível de conforto dos animais foram calculados os índices de conforto térmico: índice de temperatura de globo e umidade (ITGU) e carga térmica radiante (CTR). O índice de temperatura de globo negro e umidade (ITGU) foi calculado usando a seguinte fórmula (SILVA, 2000):

Os animais foram identificados através de pintura na pelagem, com a numeração correspondente à do brinco de controle e foram registradas as atividades ingestivas de pastejo: ruminação, ócio e posição do animal, em pé ou deitado. Já para o consumo de água, foi registrada a frequência e horário. Para o sistema com sombreamento foi registrado também o local em que cada animal encontrava-se, se à sombra ou ao sol.

Outras medidas de comportamento dos animais foram realizadas: comendo (COM), bebendo (BEB), andando (AND), ruminando em pé ao sol (RUPS), ruminando em pé à sombra (RUPSB), ruminando deitado ao sol (RUDS), ruminando deitado à sombra (RUDSB), em pé ao sol (EPS), em pé a sombra (EPSB), deitado ao sol (DES), deitado à sombra (DESB).

Para a postura “em pé”, foi considerado como uma postura ereta inativa, sem nenhuma locomoção, enquanto “deitado” foi definido quando o corpo se encontrava em contato com o solo. A atividade “comendo” foi definida como estando com a cabeça dentro do comedouro e pastejando, “bebendo” quando a cabeça estava sobre ou no bebedouro. “Andando” definido como toda mudança de posição do corpo dentro do piquete (MAC-LEAN et al., 2011).

A avaliação comportamental dos animais foi realizada em 16 dias, não consecutivos, durante todo o período experimental. Os dados comportamentais foram obtidos por meio de registro instantâneo, com amostragem pelo método focal, a intervalos de 10 minutos, durante o período das 6 às 18h, totalizando 72 observações por dia de coleta. Utilizou-se um etograma de trabalho, de acordo com Conceição (2008), baseando-se em duas condições observacionais: atividade e posição, conforme demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1. Modelo do etograma utilizado para o registro do comportamento dos animais experimentais.

Horários

 

Animal 1

Animal 2

Animal 3

 

Animal 8

6:00

Posição

1

1

2

...

2

 

Atividade

1

1

3

...

5

6:10

Posição

1

1

1

...

1

 

Atividade

2

1

1

...

1

6:20

Posição

1

2

1

...

1

 

Atividade

10

9

4

...

1

.

Posição

2

2

1

...

2

 

Atividade

5

1

8

...

1

17:50

Posição

2

2

1

...

2

 

Atividade

5

1

8

...

1

Com relação à atividade, adotou-se a seguinte numeração: 1 – comendo; 2 – bebendo; 3 – andando; 4 – ruminando em pé ao sol; 5 – ruminando em pé à sombra; 6 – ruminando deitado ao sol; 7 – ruminando deitado à sombra; 8 – em pé ao sol; 9 – em pé à sombra; 10 – deitado ao sol; 11 – deitado à sombra.

As observações foram feitas por dois observadores, um para cada piquete, posicionados de maneira a terem ampla visão dos animais. Quando necessário percorriam a área para identificar a atividade do animal. Os animais foram bastante habituados aos observadores, devido ao manejo contínuo.

Os dados referentes às variáveis ambientais e índices de conforto foram analisados estatisticamente pelo programa computacional SAS® (Statistical Analysis System), versão 9.0 sendo verificada a homogeneidade das variâncias, e quando significativos, as médias foram comparadas pelo Teste “t”, a um nível de significância de 5%. Já os dados de comportamento foram analisados utilizando os procedimentos PROC MIXED do programa computacional SAS® (Statistical Analysis System), versão 9.0, considerando o modelo de análise de medidas repetidas no tempo, de acordo com o planejamento Split-plot on time. Utilizou-se o teste de Tukey para a comparação das médias, considerando um nível de significância de 5%.

3. Resultados e discussão

Foram observadas diferenças significativas (P<0,05), nos horários do dia para os valores de Tbs, Tgn, ITGU e CTR (Tabela 2), nos ambientes estudados.

Tabela 2. Valores médios, obtidos por horário, nos diferentes tratamentos para as variáveis
ambientais Tbs, UR, Tgn, V, ITGU e CTR, com os respectivos coeficientes de variação
e probabilidades estatísticas.

 

 

Horários

Tratamentos

 

6:00

8:00

10:00

12:00

14:00

16:00

18:00

 

 

Temperatura de Bulbo Seco (ºC)

Sol

 

13,71a

26,88a

28,38a

31,26a

34,06a

33,85a

22,37a

Sombra

 

14,38a

22,07b

26,55a

29,54a

31,03b

30,15b

23,02a

 

Média

14,04

24,47

27,46

30,40

32,54

32,06

22,70

 

CV (%)

21,29

24,45

12,89

10,85

11,91

11,57

12,70

 

Prob. F

0,5319

0,0305

0,1526

0,1512

0,0347

0,0096

0,5286

 

 

Temperatura de Globo Negro (ºC)

Sol

 

14,95a

32,12a

35,66a

41,08a

42,19a

38,90a

24,04a

Sombra

 

15,45a

21,96b

28,16b

32,62b

33,62b

31,72b

24,53a

 

Média

15,20

27,04

31,91

36,85

37,90

35,42

24,28

 

CV (%)

24,77

18,67

11,92

10,10

11,40

8,27

11,37

 

Prob. F

0,7135

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

0,6213

 

 

Índice de Temperatura de Globo e Umidade

Sol

 

58,74a

78,17a

81,35a

86,79a

87,99a

84,54a

68,07a

Sombra

 

59,00a

67,57b

73,63b

78,03b

79,01b

76,54b

68,60a

 

Média

58,87

72,87

77,49

82,41

83,50

80,67

68,34

 

CV (%)

6,06

6,75

4,75

4,92

6,16

4,38

5,28

 

Prob. F

0,8374

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

0,6859

 

 

Carga Térmica Radiante

Sol

 

403,59a

567,53a

703,33a

763,19a

725,80a

648,09a

466,99a

Sombra

 

402,60a

422,77b

508,19b

571,58b

563,16b

525,88b

467,08a

 

Média

403,09

495,15

605,76

667,39

644,48

588,95

467,04

 

CV (%)

8,70

17,69

12,51

11,43

10,87

11,65

5,25

 

Prob. F

0,9367

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

0,9917

Médias seguidas de letras iguais minúsculas nos valores de cada variável
na coluna não diferem (P>0,05) entre os tratamentos pelo teste “t”.

As médias de temperatura de bulbo seco observadas no decorrer do período experimental entre 10 e 16h ficaram acima da temperatura crítica superior recomendada por Baêta e Souza (2010) que é de 27ºC para bovinos. Sendo registradas maiores temperaturas para o tratamento sol, nos horários das 8h, 14h e 16h, diferindo-se estatisticamente (P<0,05) do tratamento com sombreamento artificial, observado como horário mais quente do dia às 14h. Porém, a elevação de temperatura de bulbo seco às 14h foi menor para o tratamento com sombra, em relação ao ambiente não sombreado apresentando uma diferença de 3,03ºC.

Para o tratamento com disponibilidade de sombreamento artificial, a Tbs permaneceu dentro da faixa de termoneutralidade nos horários das 6h, 8h, 10h e 18h, registrando valores de 14,4ºC, 22,1°C, 26,5°C e 23,0°C, respectivamente. Entretanto, no piquete ao sol a Tbs se manteve dentro da faixa de termoneutralidade apenas às 6h, 8h e 18h, registrando valores de 13,7°C, 22,1ºC e 23,0°C, respectivamente.

As temperaturas de globo negro, nos diferentes tratamentos, diferiram entre si (P<0,05), nos horários da 8h, 10h, 12h, 14h e 16h, não diferindo estatisticamente (P>0,05) nos horários das 8h e 18h, apresentando valores superiores para ambiente ao sol em relação ao ambiente sombreado.

Os valores de ITGU, nos diferentes tratamentos, diferiram entre si (P<0,05), nos horários da 8h, 10h, 12h, 14h e 16h, não diferindo estatisticamente (P>0,05) nos horários das 8h e 18h, apresentando valores superiores para ambiente ao sol em relação ao ambiente sombreado. Os valores de ITGU maiores que 81, encontrados para o tratamento a pleno sol, nos horários de 10h, 12h, 14h e 16h, de acordo com o que sugere Fernandes (2005), caracterizam estresse térmico. De acordo com esse autor, a partir desse valor os animais reduzem o consumo de matéria seca total.

O National Weather Service (1976) citado por Baêta e Souza (2010), delimitando valores de ITGU, consolidou as situações para tal índice: valores até 74, situação de conforto, entre 75 e 78, situação de alerta, 79 a 84, perigo, e acima deste, situação crítica.

Segundo MORAES et. al., (2011) carga térmica radiante (CTR) é um indicador de conforto térmico e está intimamente relacionada às trocas térmicas por radiação entre animal e ambiente, portanto, em regiões tropicais, são desejáveis os menores valores possíveis de CTR (SILVA, 2000). Neste estudo, a CTR foi constantemente alta ao longo do período experimental, mostrando diferenças significativas (P<0,05) entre os tratamentos nos horários das 8h, 10h, 12h, 14h e 16h. Estes resultados alertam para a necessidade do manejo ambiental, visando à proteção contra a radiação e à seleção de animais que possam suportar melhor essas particularidades climáticas e apresentar menores perdas no desempenho.

Verificou-se que, o efeito do sombreamento artificial foi mais evidente nos horários em que radiação solar foi mais intensa. As maiores diferenças observadas na CTR estão nos horários das 10h, 12h e 14h, quando foram registrados valores de 703,3; 763,19 e 729,8 W m-2 para o tratamento sol, e valores de 508,19; 571,58 e 563,16 W.m-² para o tratamento com disponibilidade de sombra, respectivamente.

Conceição (2008) trabalhando com novilhas em sistema a pasto, com e sem acesso a sombra proporcionada por sombrite de tela de polipropileno com 80% de proteção, registrou, para o horário das 12h, valores de CTR de 652,1 e 586,7 W.m-², para tratamento sem sombra e com sombreamento, e as 14h, valores de 639,0 e 594,9 W m-², para tratamento sem e com sombreamento, respectivamente.

Um dos principais agentes estressores nos sistemas de produção a pasto é a carga térmica radiante (CTR), expressa pela radiação solar local. Os animais tendem a eliminar a ação da CTR por meio da movimentação e deslocamento com mudanças de posição (MELLACE, et. al., 2009).

O conforto térmico animal está diretamente ligado ao comportamento que o animal tem no ambiente em que está situado. Para dissipar calor os animais usam de mecanismos fisiológicos e comportamentais, tais como, aumentar a frequência cardíaca, a temperatura da superfície, aumentar a área de contato com o ambiente (ficando em pé, por exemplo) e buscando a sombra para diminuir o aumento do calor provocado pela radiação solar direta, e ocorre o inverso para reter este calor (BERTONCELLI et al., 2013).

Ao avaliarmos as atividades em número de ocorrências dentro de cada período observamos diferenças significativas (P<0,05) para as atividades ruminando em pé, no período das 6 às 10h e comendo no período das 10 às 14h, entre os diferentes tratamentos. Já quando avaliamos as atividades entre os diferentes períodos foram observadas diferenças significativas (P<0,05) para as atividades comendo, bebendo, andando, ruminando em pé, ruminando deitado, em pé e deitado (Tabela 3).

Tabela 3. Médias em número de ocorrências das atividades comportamentais dos animais em pastejo,
sem e com disponibilidade de sombreamento artificial, nos diferentes períodos do dia.

 

 

                                         Comportamentos

 

Tratamentos

Com

Beb

And

RumEmPe

RumDeit

EmPe

Deit

Período 1

Sol

158,88aA

16,62aA

13,50aA

23,87aA

24,50aA

92,75aA

48,12aA

6 – 10 h

Sombra

158,75aA

15,73aA

12,75aA

17,00bA

27,63aA

95,87aA

56,75aA

 

MÉDIA

158,81

16,00

13,13

20,4375

26,0625

94,31

52,44

 

Prob. F

0,9895

0,5922

0,7409

0,0250

0,5899

0,6004

0,2456

Período 2

Sol

128,38aB

14,37aAC

12,12aA

5,26aB

54,87aB

36,25aB

120,00aB

10 – 14 h

Sombra

106,00bB

12,75aAC

15,25aA

5,75aB

62,25aB

45,00aB

132,00aB

 

MÉDIA

117,19

13,56

13,69

5,69

58,56

45,62

126,00

 

Prob. F

0,0250

0,4870

0,1750

0,9660

0,2087

0,1491

0,1101

Período 3

Sol

146,00aC

10,50aBC

20,25aB

8,37aB

62,12aB

71,87aC

75,00aC

14 – 18 h

Sombra

145,25aC

12,12aBC

19,00aB

6,87aB

68,50aB

61,75aC

85,50aC

 

MÉDIA

145,625

11,31

19,62

7,62

65,31

66,81

80,25

 

Prob. F

0,9373

0,4870

0,5822

0,6093

0,2754

0,0971

0,1599

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prob. F 1-2

 

<.0001

0,1420

0,7452

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

Prob. F 1-3

 

0,0057

0,0071

0,0007

<.0001

<.0001

<.0001

<.0001

Prob. F 2-3

 

<.0001

0,1740

0,0017

0,2878

0,0616

<.0001

<.0001

RumEmPe - ruminando em pé, RumDeit - ruminando deitado, EmPé - em pé, Deit - deitado. Médias dentro do período seguidas de letras iguais minúsculas na coluna não diferem (P>0,05) pelo teste de Tukey entre os tratamentos. Médias entre diferentes períodos seguidas de letras iguais maiúsculas na coluna não diferem (P>0,05) pelo teste de Tukey. Prob. F 1-2 probabilidade de F entre os períodos 1 e 2, Prob. F 1-3 probabilidade de F entre os períodos 1 e 3, Prob. F 2-3 probabilidade de F entre os períodos 2 e 3.

Foi verificado efeito significativo (P<0,05) para o comportamento ruminando em pé entre os tratamentos avaliados no horário das 6 às 10h, onde os animais no tratamento ao sol exerceram com maior frequência essa atividade quando comparados com os animais com disponibilidade de sombra. Isso se deve ao fato de que a postura em pé proporciona maior superfície de contato com o ar aumentando a perda de calor por convecção. Os fatores ambientais, segundo PIRES et al. (2008), alteram a atividade de ruminação, além disso, essa é uma atividade que gera grande quantidade de calor endógeno, nas horas mais quentes do dia os animais tendem a diminuir essa atividade a fim de reduzir a produção de calor metabólico (CONCEIÇÃO, 2008).

Ao analisarmos o período entre 10 e 14h, os animais ao sol exerceram com mais frequência o consumo de alimento quando comparados aos do tratamento com disponibilidade de sombra (P<0,05). Quando analisamos o decorrer do dia verificamos diferença significativa nas atividades comportamentais dos animais entre os períodos estudados (P<0,05). O período das 10 às 14h foi o que apresentou a menor frequência de consumo de alimento, provavelmente devido condições de temperatura ambiente alta (CONCEIÇÃO, 2008; PIRES et al., 2008). Estes resultados estão de acordo com BEEDE e COLLIER, 1986 citado por ROSSAROLA, 2007, onde relatam que o padrão diário de consumo dos bovinos é bem característico, com dois momentos principais: início da manhã e final da tarde. Esse comportamento é fortemente afetado pelo clima.

Pela análise comportamental nas atividades de postura, deitado ou em pé, no período das 6 às 10h, os animais permaneceram com maior frequência na posição em pé comparada a posição deitado, e em maior proporção nos animais com disponibilidade de sombra. Nos períodos das 10 às 14h e das 14 às 18h, a maior frequência de posição das novilhas foi deitada em relação à posição em pé, e em maior proporção nos animais com disponibilidade de sombra.

Esses resultados são contrários aos encontrados por KENDALL et al. (2006) em estudos com vacas leiteiras, e por LEME et al. (2005), que trabalhando com vacas mestiças Holandesa x Zebu verificaram que quando na posição em pé os animais deram preferência pela sombra, observando que essa preferência provavelmente possa estar relacionada à qualidade da forragem (Brachiaria decumbens), que sob as árvores mantinha aspecto vegetativo com boa quantidade de folhas verdes ao longo do ano, tornando um atrativo para permanência dos animais.

CONCEIÇÃO (2008), trabalhando com sombreamento artificial para novilhas leiteiras à pasto, observou maior frequência de animais em pé quando à sombra. Contrariamente ALMEIDA et al. (2008) e MELLACE (2009), observaram que os animais com disponibilidade de sombra permaneceram mais tempo deitados do que em pé. Segundo MELLACE (2009), um fator que possa ter influenciar esse comportamento é o fato de que na sombra, geralmente, a temperatura do solo é menor, o que propicia ao animal a trocar calor por condução, deitando-se. Entretanto, quando os animais estão expostos ao sol, a probabilidade de estarem na posição em pé é maior, devido à necessidade de trocas de calor convectivas, o que é explicável pela posição de maior área de contato com o meio.

Dentre os padrões de comportamento, deitar-se é de suma importância para proporcionar períodos de descanso, que, para vacas leiteiras, está em torno de 8 à 14h (MATARAZZO 2004). DAMASCENO et al. (1999) verificaram uma preferência dos animais em ruminar deitados, principalmente nos períodos mais frescos do dia.

Para posição em pé, verificamos diferença significativa (P<005) entre todos os períodos, nos quais os animais permaneceram mais tempo em pé, nos horários entre às 6 e 10h.

Para atividade ruminando em pé, verificamos efeito significativo (P<0,05) entre o período das 6 às 10h e o período das 10 às 14h. Também houve efeito significativo (P<0,05) entre o período das 6 às 10h com o período das 14 às 18h, sendo observada maior frequência no período das 6 às 10h, provavelmente por ser o horário de menor temperatura ambiente. Os animais preferem executar essa atividade nos períodos mais frescos, pois é uma atividade que produz calor interno, onde há um incremento calórico, resultados também observados por CONCEIÇÃO (2008).

Para atividade ruminando deitado, verificamos efeito significativo (P<0,05) entre o período das 6 às 10h com o período das 10 às 14h. Também houve efeito significativo (P<0,05) entre o período das 6 às 10h com o período das 14 às 18h, onde maior frequência para os animais ruminarem deitados foi verificada no período das 14 às 18h.

Pereira et. al. (1998) observaram que, animais da raça Limousin mantidos em locais não sombreados, apresentaram uma diminuição no tempo dedicado a ruminação nos horários mais quentes do dia.

Quando se avalia o tempo que os animais despenderam ruminando, estes o fizeram por maior tempo deitados do que em pé. Ortêncio Filho et al. (2001) afirmam que, o comportamento ingestivo dos bovinos é realizado predominantemente durante o dia, passando a maior parte do período noturno em atividades relacionadas com a ruminação e ócio. No que se refere aos tempos em repouso (ócio), os animais permaneceram mais tempo parados deitados do que em pé.

Os animais expostos ao tratamento com disponibilidade de sombra apresentaram menor frequência de consumo de alimento do que os animais expostos ao sol, corroborando os estudos de MELLACE et. al. (2009). Os animais alteram o comportamento de alimentação para os horários em que as condições ambientais (temperatura do ar e umidade relativa) se encontram nos limites de conforto térmico. A diminuição dessa atividade é uma alteração comportamental para diminuir o ganho de calor pela digestão e atividade muscular (GLASER, 2003). Verificamos diferença significativa (P<0,05) entre todos os períodos, com maior frequência de consumo alimentar no período das 6 às 10h, outro fator que provavelmente influenciou o aumento na atividade observada nesse período foi o fornecimento de ração diária se dar por volta das 8h.

De acordo com Fraser e Broom (1997), os animais nas horas mais quentes do dia procuram por sombra em resposta ao estresse térmico pelo calor deixando de exercer outras atividades importantes como o pastejo. Tal fato pode explicar o menor tempo de consumo observado para os animais no piquete com disponibilidade de sombra, concordando também com as observações de LEME et al. (2005). Os animais exercem uma espécie de plasticidade comportamental, desenvolvendo muitas vezes um próprio modelo circadiano de comportamento, adaptando-se ao ambiente em questão.

Farinatti et al. (2004), ao estudarem o comportamento de pastejo de vacas da raça Holandesa no terço final da lactação em pastagem natural do Rio Grande do Sul, observaram que o tempo de pastejo variou entre 8,28 e 9,83h, de ruminação entre 5,23 e 9,88h, de ócio entre 3,76 e 6,86h, e taxa de bocado entre 38 e 43 bocados por minuto, de acordo com a disponibilidade de forragem.

Quanto à ingestão de água, não houve diferença significativa entre os tratamentos dentro de cada período, porém, verificou-se diferença (P<0,05) entre os horários das 6 às 10h e das 14 às 18h onde, no período da manhã os animais foram com maior frequência ao bebedouro. A forma de avaliação da ingestão de água por meio da frequência de animais no bebedouro, não se medindo o volume de água ingerido em cada ida ao bebedouro, não permite inferir que, talvez o volume ingerido em cada momento fosse o suficiente para diminuir a frequência de ida ao bebedouro (MELLACE, et. al., 2009).

A atividade de andar não diferiu significativamente entre tratamentos (P>0,05). Porém, ao analisarmos entre os períodos, houve diferença significativa (P<0,05) entre os horários das 6 às 10h e das 14 às 18h, e deste último com o período das 10 às 14h. Onde os animais andaram com mais frequência no final da tarde. Esta atividade foi a de menor ocorrência entre os comportamentos, juntamente com a frequência de ida ao bebedouro, resultados que corroboram os encontrados por CONCEIÇÃO (2008).

As atividades comportamentais observadas durante todo período experimental de menor ocorrência foram andar (3,99% e 4,02%), ingestão de água (3,6% e 3,45%) e ruminar em pé (3,3% e 2,54%); as de maior ocorrência foram consumo de alimento (37,6% e 35,18%), ócio: em pé (17,47% e 17,35%) e deitado (21,15% e 23,48%) e ruminar deitado (12,3% e 13,56%) para os tratamentos sol e com disponibilidade de sombra, respectivamente.

4. Conclusões

O uso do sombreamento artificial promoveu melhores condições de conforto térmico aos animais manejados a pasto, em virtude da menor carga térmica de radiação solar.

A presença do sombreamento artificial exerce influência no comportamento de ingestão de alimentos e ruminação em pé, de forma que a atividade de pastejo foi mais intensa nas horas mais amenas do dia, pela manhã e ao final da tarde.

O sombreamento artificial na pastagem não influenciou as atividades de andar, ruminar deitado, manter-se em pé ou deitado e ingestão de água.

O comportamento animal segue padrões definidos em relação aos horários do dia, podendo as variáveis ambientais interferir na frequência das diferentes atividades.

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1. Médica Veterinária, Doutora em Zootecnia; UEG - Universidade Estadual de Goiás, Câmpus de Ciências Exatas e Tecnológicas – Henrique Santillo, Anápolis-Goiás. Email: rpassini@ueg.br
2. Zootecnista, Mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Goiás. Email: eline_juca@hotmail.com
3. Engenheira Agrícola; UEG - Universidade Estadual de Goiás. Mestranda em Ciência Animal, UFG – Universidade Federal de Goiás. Email: wanessa.m.godoi@hotmail.com

4. Zootecnista; UEG - Universidade Estadual de Goiás, Mestranda em Engenharia Agrícola UEG - Câmpus de Ciências Exatas e Tecnológicas – Henrique Santillo, Anápolis-Goiás. Email: jessicazootecnista@bol.com.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 36) Año 2016

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