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Espacios. Vol. 37 (Nº 34) Año 2016. Pág. 18

Planejamento estratégico como diferencial competitivo em uma pequena transportadora da cidade de Palmas - TO

Planificación estratégica como un diferencial competitivo en una compañía pequeña con sede en la ciudad de Palmas-TO

Paulo Pereira de SOUZA 1; William de Sousa DIAS 2

Recibido: 21/06/16 • Aprobado: 12/08/2016

Conteúdo

1. Introdução

2. Fundamentação Teórica

3. Metodologia

4. Resultados e Discussão

5. Conclusão

Bibliografia

1. Introdução

De forma conceitual, estratégia é definida pelo Oliveira (2007, pg. 5), como um caminho, ou maneira, ou ação estabelecida e adequada para alcançar os resultados da empresa, representados por seus objetivos, desafios e metas.

Outro conceito que se faz pertinente para a compreensão do tema é o do autor Mintzberg (2007, p. 79), que diz que a estratégia é o conjunto de objetos, finalidades, metas, diretrizes fundamentais e os planos para atingir esses objetivos, postulados de forma a definir em que atividades se encontram a empresa, que tipo de empresa ela deseja ser.

Esses conceitos refletem bem a nova realidade das empresas. Antigamente para alguns estudiosos, acreditava-se que bastavam apenas algumas boas idéias para garantir o sucesso e a sobrevivência de uma organização. De forma utópica, acreditava-se que os donos/proprietários tinham todo o conhecimento necessário para uma boa condução da sua empresa.

Em certo ponto, essa afirmativa é verdadeira, por que bons negócios surgem de boas ideias, mais somente isso não basta nos dias atuais, é preciso que se tenha um planejamento e organização dessas ideias, e saber onde a empresa pretende chegar.

De forma geral e resumida, estratégia pode ser definida como um “plano” ou algo equivalente. Levando em consideração essa definição, este trabalho tem por objetivo, elaborar uma identidade organizacional para a empresa, realizando um diagnóstico estratégico e um plano de ação com o uso das ferramentas 5w2h e Matriz SWOT, que deverá ser adotado como direcionador para aumentar a competitividade da empresa.

Este artigo está dividido da seguinte forma: na 2ª seção apresenta-se o referencial teórico, onde são abordados assuntos técnicos como planejamento estratégico, cenário econômico do setor de transportes e outras informações sobre a empresa objeto de estudo desse artigo. Na 3ª seção, apresentou-se a metodologia aplicada, na 4ª seção as discussões e resultados, e por fim, na 5ª seção, as conclusões obtidas.

2. Fundamentação Teórica

Apesar de ser um assunto muito discutido entre as grandes e médias organizações, o planejamento estratégico ainda é pouco difundido em pequenos negócios, onde na maioria das vezes a administração é realizada de forma familiar e baseado apenas no conhecimento empírico.

Com isso, se torna de essencial importância o estudo e aplicação do planejamento estratégico nas pequenas organizações que de forma pratica, pode ser visto como uma oportunidade construir, verificar e analisar a sistemática da empresa de forma critica e objetiva para que se possa definir de forma clara onde a empresa pretende chegar.

E para que a empresa possa pensar em implantar e adotar o planejamento estratégico como direcionador dos seus negócios é preciso que ela siga algumas etapas, e segundo o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), para colocar em pratica é preciso:

1. Definir o negócio: dar um significado único para as suas atividades da empresa, a fim de evitar que ela seja percebida de maneira imprecisa;
2. Definir a visão de futuro, com o propósito de criar a imagem da empresa em um estado futuro ambicioso e desejável, relacionado essa imagem com a máxima satisfação dos clientes;
3. Definir a missão. Missão tem como origem o vocábulo “mitere”, que significa, a que foi enviado. É a razão de ser da empresa;
4. Definir os valores ou princípios filosóficos que regem as ações e decisões da empresa, segundo os quais ela age.
5. Essas definições servirão para avaliar e compreender fatores internos e externos ao ambiente organizacional, e também, identificar os pontos fortes e pontos fracos, avaliando a empresa de forma sistêmica e definindo a ações a serem tomadas.

Mas para que o planejamento estratégico produza efeitos positivos dentro da organização, é preciso que se obedeça alguns princípios, e segundo Rebouças (2009, p.6)

1. O princípio da contribuição aos objetivos, que visa os objetivos máximos da empresa. No processo de planejamento devem-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a interligação entre eles.
2. O princípio da precedência do planejamento é uma função administrativa, organização, direção e controle.
3. O princípio das maiores influências e abrangência, pois o planejamento pode provocar uma série de modificações nas características e atividades da empresa. As modificações acontecem nas pessoas, com necessidades de treinamento, substituição, funções, avaliação; na tecnologia as modificações podem ser pela evolução do conhecimento, pelas novas maneiras de fazer os trabalhos; e nos sistemas podem ocorrer alterações nas responsabilidades estabelecidas, na comunicação, procedimentos e instruções.
4. O princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade, o planejamento procura maximizar os resultados e minimizar as deficiências apresentadas pelas empresas.

A observância desses princípios é de extrema importância, pois, é através deles que a empresa poderá elaborar seus planos e ações para alcançar seus objetivos.

Alem disso, é preciso que se entenda como funciona a ferramenta 5w2h, que é uma técnica prática que permite, a qualquer momento, identificar dados e rotinas mais importantes de um projeto ou de uma unidade de produção (SEBRAE, 2008). Esse método é constituído de sete perguntas conforme imagem abaixo:

Fonte: Atacadão RS (2016)

Com as respostas dessas perguntas em mãos, os gestores poderão tomar decisões baseados em uma lista de ações que auxiliará a executar de forma mais clara e objetiva os projetos de melhorias.

Em geral, quando a implementação da ferramenta 5w2h é bem estruturada, e aplicada de forma correta, ela poderá acabar com duvidas, que podem gerar tomadas de decisões imprecisas e os projetos poderão ser mais bem compreendidos pelos funcionários, que saberão exatamente o que deverão fazer para melhor eficiência e eficácia dos processos.

2.1 Cenário econômico do setor de transportes

O transporte é fundamental importância para qualquer empresa, independentemente do seu porte. E quando se tem uma frota própria de equipamentos para ser operada deve se atentar para: os contratos para prestação de serviços custos operacionais fixam e variáveis, tendo em vista que o Estado do Tocantins tem uma malha rodoviária de péssima qualidade o que acarreta o valor a ser cobrado para efetuar o serviço elevado em frente a outros estados da região sul e sudeste.

Dentro de um sistema logístico, três fatores são essenciais para um bom desempenho dos transportes: o custo, a velocidade e a consistência.

O custo contempla o pagamento por embarque entre duas localizações geográficas, os gastos relacionados com conservação das mercadorias em transito, o ideal neste caso é que o sistema logístico utilize um tipo de transporte que minimize o custo total da operação.

A velocidade é o tempo exigido para completar um movimento especifico neste caso duas variáveis entra em cena, custo versus velocidade, pois quanto mais rápido é o tipo de transporte O modal rodoviário é o tipo de transporte mais utilizado no Estado tocantinense, mesmo assim, à falta de infraestrutura neste modal de transporte ainda é precária, apesar dos investimentos realizados no estado nos últimos anos em rodovias.

Os principais eixos rodoviários tocantinenses são constituídos pelas rodovias BR -153 (Belém-Brasília) e TO-050 (Coluna Prestes), que estão totalmente asfaltados e atravessam o Estado na direção Norte-Sul, servindo de artéria principal para todo o sistema viário estadual.

Assim como vem acontecendo a nível nacional, a movimentação de bens e pessoas no Estado do Tocantins é feita quase que exclusivamente por rodovias a com a navegação comercial em larga escala.

No estado se verifica a deterioração da malha rodoviária, pela falta de manutenção adequada, o crescimento do trafego de veículos e ainda falta o controle adequado de peso por eixo, o que acarreta um aumento no custo operacional do transporte de mercadorias por caminhões os custos variáveis que são os custos gastos por km no estado compõe cerca de 84% dos custos operacionais para efetuar uma viagem.

No entanto o gerenciamento adequado dos custos é a melhor forma de efetuar este tipo de atividade e ao mesmo tempo ter um retorno financeiro que garanta um bom posicionamento da empresa.

Em média o km fica acima de outras regiões devido a fatores da malha rodoviária. Impostos muito altos; despesas fixas; volatilidade do preço de insumos, principalmente petróleo (diesel/gasolina), pneus, oficina e peças; elevada carga tributária; Dificuldades para realização do serviço: trânsito, burocracia de documentação e intervenção do governo.

3. Metodologia

O planejamento estratégico, assim como qualquer outro tipo de planejamento dentro de uma empresa, necessita de uma estrutura metodológica para seu desenvolvimento e implementação. Diante desta afirmativa, será apresentado em seguida a metodologia que foi aplicada para obtenção das informações deste trabalho.

Para a obtenção dos dados, foi utilizado dois tipos de pesquisa: a bibliográfica e o estudo de caso.

O primeiro tipo de pesquisa que foi utilizado é a pesquisa bibliográfica que pode ser definida como “a pesquisa desenvolvida a partir de materiais publicadas em livros, artigos, dissertações e teses. Ela pode ser realizada independentemente ou pode constituir parte de uma pesquisa descritiva ou experimental.” Segundo definição dos autores Cervo, Bervian e da Silva (2007).

Em sua maioria, a pesquisa bibliográfica foi realizada em artigos relacionados com planejamento estratégico, matriz SWOT e 5W2H. No total, foram analisados 08 artigos publicados em revistas.

Sucessivamente, segundo Araújo (2008) o “estudo de caso trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos fatores”.

Essa pesquisa foi realizada na empresa Freitas Transporte e Logística que se localiza na cidade de Palmas – TO, no período de abril de 2016 a junho de 2016. A empresa foi fundada no ano de 2008, sempre atuando na área de Transportes de Grãos e Insumos Agrícolas.

Para coleta dos dados que foram envolvidos na elaboração das discussões e resultado a metodologia utilizada foi a analise SWOT, sigla em inglês que significa, respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

Através da aplicação dessa ferramenta, pode-se efetuar uma analise do ambiente interno e externo da empresa através da identificação e verificando os pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades e ameaças às quais ela esta exposta.

Essas informações foram obtidas através da coleta de dados por meio de entrevistas e observações dos processos envolvidos, e também, através de analise documental. E a analise foi realizada pelo método qualitativo, tem como definição segundo Duarte (2016):

A pesquisa qualitativa é traduzida por aquilo que não pode ser mensurável, pois a realidade e o sujeito são elementos indissociáveis. Assim sendo, quando se trata do sujeito, levam-se em consideração seus traços subjetivos e suas particularidades. Tais pormenores não podem ser traduzidos em números quantificáveis.

Essa definição representa claramente o que foi realizado durante a analise dos dados, onde precisou-se analisar informações subjetivas para que obtivesse informações para montar o mapa estratégico, e o plano de ação da empresa.

4. Resultados e Discussão

Para se fazer um levantamento de determinados procedimentos para identificar possiveis gargalos é nescessario que se faça um diagnostico, buscando identificar os sitomas de forma geral e suas consequencias.

O levantamento que foi execultado, está baseado nos três elementos que constituem os pilares da qualidade que são os processos as pessoas e a tecnologia.

Fonte: Ricardo Bozzena (2014)     

Esses pilares devem estar totalmente alinhados, pois qualquer variação ou interferência que não esteja planejada neste trinômio podem gerar riscos a empresa, seja no andamento normal das atividades ou na diminuição da eficiência empresarial. Segundo Bozzeda:

Na implantação de sistemas de garantia de qualidade, a tecnologia, as pessoas e os processos são complementares e interdependentes, e estão presentes em todas as fases do desenvolvimento de um produto ou serviço. Entretanto nenhuma tecnologia vai ajudar se mal implementada e aplicada. A maioria das ferramentas será inútil sem o devido suporte e se utilizada de forma incorreta. Afinal, qualquer um pode usar uma ferramenta, mas apenas aqueles com habilidade, experiência e conhecimento podem maximizar seus benefícios.

Essa afirmativa demonstra a importancia de se buscar o alinhamento de todos os elementos que compoem os processos dentro da empresa, buscando sempre a uniformidade e o melhor desempenho levando em consideração as limitações de cada um dos componentes.

Por isso, para que o plano de ações possam ser implantado na empresa, buscou-se indentificar todos os gargalos e inconsistencias nos processos básicos que envolvem a gestão das principais araeas da empresa, com o objetivo de estiguir ou minimizá-los.

4.1 Matriz SWOT

A matriz SWOT é uma ferramenta que é utilizada para que se façam análises da empresa nos ambientes internos e externos, com o objetivo de formular as estratégias da empresa. Ao se realizar essa análise, podemos identificar as Forças e Fraquezas da empresa, extrapolando então Oportunidades e Ameaças internas para a mesma.

Quadro 1 – Análise do processo do transporte rodoviário de cargas

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

4.3 Organograma

O organograma que foi utilizado para demonstrar a estrutura da empresa foi o tradicional, como o próprio nome diz, está relacionada com empresas que possuem uma hierarquia mais rígida, essa característica a melhor observada em empresas familiares, como é o caso, conforme diagrama abaixo:

Fonte: Elaborado pelo autor (2016) 

4.4 Estratégia

Mapa Estratégico pode ser considerado como uma ferramenta institucional, que tem por objetivo tornar visível, a representação das relações entre causa e efeito, além de, fornecer reais estratégias da empresa para que as ideias contraditórias sejam equilibradas, com base nas proposições diferentes dos valores de cada cliente.

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

4.5 Ações

Os planos de ação foram elaborados de acordo com a ferramenta 5w2h, que tem por objetivo dar apoio no mapeamento das atividades, possibilitando uma consulta rápida aos dados levantados, como por exemplo: o que será realizado, quem executará o quê, em qual período de tempo, em qual setor da empresa, além disso, demonstrar uma relação de justificativas que deverão motivar a execução dessas atividades.

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

5. Conclusão

A proposta inicial deste trabalho foi utilizar o planejamento estratégico como mecanismo diferenciador em uma empresa transportadora de Palmas – TO, para aumento de sua competitividade.

Ao se verificar todos os fatores externos e internos e analisar os pontos fortes e fracos com auxilio da ferramenta matriz SWOT da empresa, foi possível identificar vários gargalos que não eram notados, devido à falta de um planejamento e mecanismo que pudesse produzir informações analisáveis.

Alem disso, de forma simplista e direta podemos identificar os benefícios que foram alcançados e os que poderão ser, com a utilização do planejamento estratégico, um deles que no momento de crise poderá trazer impactos imediatos é a redução de custos que foi atingido com a redução no tempo de entrega e com a diminuição dos custos diretos e indiretos, devido o planejamento mais adequando.

E por fim, a empresa se torna mais profissional e bem vista tanto pelos clientes quanto pelos colaboradores que demonstram quem é a empresa hoje e a onde querem chegar, isso é importante, pois gera confiança em futuros investimentos e fidelização de clientes internos e externos.

Esse trabalho que foi realizado utilizou apenas parte das ferramentas de gestão e de planejamento estratégico que podem ser aplicadas em uma empresa, por isso, fica como sugestão para futuros trabalhos a aplicação das ferramentas: Análise 360° de oportunidades de negócio e a Matriz BCG.

Bibliografia

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MITZBERG, H; AHLSTRAND, B; LAMPEL J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2007.

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Elaboracao%20do%20Mapa%20Estrategico%20.pdf >

1.  (FACTO). Email: pauloperso@hotmail.com
2. (FACTO). Email: william.dias@catolica-to.edu.br