Espacios. Vol. 37 (Nº 22) Año 2016. Pág. 22

Apoio a decisão de negócio em assentamento rural utilizando uma metodologia multicriterial

Support to business decision in rural settlement using a methodology multicriterial

Alexandre Afonso MEYER 1; Mário Conill GOMES 2

Recibido: 03/04/16 • Aprobado: 12/05/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados e discussão

4. Considerações Finais

Referências bibliográficas


RESUMO:

O trabalho aponta um caminho para apoio a tomada de decisão de assentados rurais na escolha de atividades produtivas adequadas ao contexto no qual estão inseridos. As opções por atividades mercantis para o assentamento agrícola, foram moderadas através do método Multicriterial de Decisão Construtivista (MCDA-C). Os critérios foram construídos de acordo com a interpretação dos assentados para o problema de decisão da escolha das atividades. Concluiu-se que o modelo cumpriu a finalidade de demonstrar as várias faces da representação mental do problema da escolha da atividade e apoiar a tomada de decisão.
Palavras chave: Negócios, Produção, Renda Familiar.

ABSTRACT:

This study aims to point out a way to support the decision-making of rural settlers in terms of choosing productive activities that are appropriate to the context in which they are inserted. The options for market activities regarding the agricultural settlement were regulated through the Multi-criteria Decision Aid Methodology: (MCDA-C). The criteria were built according to the interpretation of the settlers concerning the problem of choosing productive activities. The conclusion was that the model served the purpose of demonstrating many aspects of the mental representation when choosing the activity as well as supporting the decision-making.
Keywords: Business, Production, Family Income.

1. Introdução

Dadas as limitações fundiárias, tecnológicas e de escolaridade da maioria dos assentados rurais no Brasil, somados a falta de assistência técnica, persistem resultados médios inferiores em termos de rendimentos monetários provenientes dos lotes para esta camada de trabalhadores com relação ao restante dos produtores rurais e urbanos (GUANZIROLI, BUAINAIN, e SABBATO, 2012; BERGAMASCO, 1997).

Normalmente, o apoio a decisão pela escolha de uma produção potencialmente mais adequada sob os aspectos sociais, ambientais e econômicos, guarda um conjunto complexo de elementos para qualquer produtor rural. Contudo, no caso de produtores rurais assentados, a decisão por novas atividades a serem desenvolvidas no assentamento, apresenta algumas dificuldades específicas, como o requisito da capacidade de mobilização para inovar nas atividades econômicas em trabalhos associativos (PERONDI, 2007).

Em qualquer processo de tomada de decisão pelo homem, sempre haverá o envolvimento de elementos objetivos e subjetivos, que são próprios da natureza dos tomadores de decisão e este sistema não apresenta divisão; pois é constituído de um só corpo (BANA & COSTA, 1993).

Diante destas considerações, percebendo os agricultores assentados como atores do seu desenvolvimento, configura-se um cenário de fortes demandas por assessoramento no  apoio `a decisão para a escolha de projetos adequados a estes grupos de futuros produtores rurais em assentamentos. Pois o sucesso destes empreendimentos, também dependem da escolha por determinadas atividades em detrimento de outras.

A construção de elementos de apoio `a tomada de decisão voltados para a escolha de um projeto de negócios, dentro de um assentamento rural, constitui o objetivo geral examinado neste artigo. A pesquisa centraliza-se no problema da escolha da atividade com maior potencial de sucesso dentro de um assentamento rural. E assim, procura apreciar questões fundamentais na construção da decisão pela atividade que, de acordo com os decisores (assentados), geraria maior chance de êxito para o grupo em termos de renda monetária.

Desta forma, a construção do apoio para uma solução adequada a fim de sinalizar o projeto mais conectado com os valores e com as necessidades destes produtores, buscando uma atividade rentável, que permita uma exploração dos potenciais naturais, remete  aos objetivos específicos da pesquisa que são:

  1. Ilustrar o entendimento do problema de escolha das atividades gerado pelos decisores;
  2. Classificar as atividades que, na interpretação dos assentados, são mais adequadas aos objetivos de renda monetária destes decisores.

O artigo presente foi desenvolvido como um estudo de caso em um assentamento no município de Rosário do Sul, no estado do Rio Grande do Sul. Segundo o IBGE (2013), o município de Rosário do Sul possui aproximadamente quarenta mil habitantes e está situado na mesorregião sudeste Rio-Grandense e microrregião da Campanha Central.

Os produtores rurais assentados, interlocutores na presente pesquisa, pertencem a um assentamento construído a partir de iniciativas da Prefeitura Municipal de Rosário do Sul que, no ano de 2000, efetuou a entrega dos lotes de terras para fins de assentamento rural em uma área anteriormente pertencente ao Exército Brasileiro. Nesta área de 400 hectares, estão assentadas sessenta famílias em lotes de 3,33 hectares por família em média. O assentamento conta com uma área de barragem de aproximadamente 80 hectares e uma área de uso comum de 120 hectares. O assentamento denominado Divisa, fica distante 5 Km do centro da cidade por via não pavimentada (DNIT, 2014).

Apesar do tempo de assentamento, ainda não existem atividades organizadas eficientemente pelo grupo de assentados, tampouco renda suficiente para os produtores de maneira geral. Fato que justifica a exploração sistematizada para apoiar estes produtores na escolha de negócios, através da iniciativa da pesquisa desenvolvida.

Os assentados rurais mostram algumas diferenças diante dos agricultores familiares; no entanto, assume-se neste trabalho que os grupos se aproximam por condições similares de produção; portanto de comportamento administrativo geral das atividades produtivas e dos valores presentes nas decisões.

As especificidades da racionalidade administrativa nas unidades de produção familiar se desenvolvem sob os seguintes aspectos: a) A principal força de trabalho da unidade é representada pela família. b) A inseparabilidade entre os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores da unidade. c) Inseparabilidade entre as atividades administrativas e executivas do trabalho. d) A participação de toda a família no funcionamento do conjunto da unidade familiar. e) O aspecto da informalidade das atividades, f) A estratégia geral está sempre voltada para garantir a segurança alimentar da família, minimizar riscos, aumentar a renda, e garantir o emprego da mão de obra familiar. g) Praticar investimentos para melhoria das condições de trabalho e produção, nem sempre voltados  `a remuneração do capital investido (LIMA, et al. 1995).

2. Metodologia

A pesquisa foi conduzida através do método organizado por Ensslin, Montibeller e Noronha (2001). Os autores ponderam que os métodos multicriteriais consideram mais de um elemento ligado ao problema estudado; e cada critério constitui, após sua devida construção, uma função matemática que avalia as ações potencias voltadas para a resolução do problema.

Steele et al. (2009), comentam que a metodologia multicriterial do tipo MCDA-C é empregada amplamente em tomadas de decisão dos mais variados contextos.

Frente a estas considerações, Ensslin, Montibeller e Noronha (2001), concordam com Bana e Costa (1993), quando interpõem as avaliações multicritério como incorporadoras de aspectos objetivos e subjetivos, quantificados na construção de soluções, partindo do princípio de que os envolvidos na decisão, devem participar da construção de uma solução adequada, dentro do contexto no qual estão inseridos os atores envolvidos. No que se lê a respeito, a metodologia MCDA-C é definida como uma forma adequada de se construir a tomada de decisão; pois também está atrelada nesta integração, o processo de aprendizagem durante a construção do modelo.

Diante destas afirmações, a metodologia multicriterial foi considerada adequada para desenvolver o exame desta pesquisa, pois a complexidade envolvendo o tema no qual o trabalho coletivo em pequenas unidades rurais operadas por produtores familiares assentados, representa o contexto principal do problema.

A estruturação do modelo multicriterial foi obtida sob o paradigma científico construtivista, onde o modelo é construído e aceito como ótimo pelos principais interessados (decisores). A abordagem proposta construiu então, um axioma de Critério Único de Síntese, no qual cada critério é transformado em uma função de utilidade ou de valor fornecido para o decisor, com relação ao aspecto que está sendo medido. Consequentemente, a avaliação das ações são examinadas de acordo com a equação genérica de Agregação aditiva abaixo (01).

Para fins de identificação do contexto decisório e validação do problema (escolha da atividade) a ser tratado, foi elaborado um questionário semiestruturado com  questões enumeradas, objetivas e ausentes de identificação do respondente. O questionário foi aplicado em 54 representantes, de um total de sessenta, dentro do assentamento. Assim, 90% das famílias foram representadas no preenchimento do questionário, que transcorreu  entre as datas de 20 de julho de 2013 a 9 de outubro do mesmo ano.

A caracterização, feita através de questionário, mostrou que um percentual significativo (44%) dos representantes das famílias não possui o primeiro grau completo. No quesito idade e número de moradores por família, se levantou que 26,5% dos moradores possui até dezoito anos, e 9,6% de moradores possui mais de sessenta anos de idade. Na média, o assentamento possui 3,5 moradores em cada habitação. Com relação `a atividade anterior ao assentamento rural, 59,2% (32 pessoas) dos representantes de familiares declararam que a atividade exercida anteriormente ao assentamento, era voltada para o setor de serviços urbanos ou industriais, enquanto 40,8% (22 pessoas) dos representantes das famílias que responderam ao questionário, exerciam atividades rurais. A despeito do destino da produção atual, 79,6% dos entrevistados via questionário, responderam que a sua produção estava voltada para consumo e para venda, enquanto 20,4% (11 representantes) declararam produzir somente para o consumo próprio. Ao relatar sobre as rendas oriundas de fora dos lotes do assentamento, 83,3% dos assentados (45 pessoas) revelaram que um ou mais moradores da casa possuíam renda proveniente de atividades externas ao assentamento, remetendo a um dado importante na disponibilidade de mão de obra. O problema de escolher a atividade mais adequada ao assentamento ficou validado, quando se contabilizou que todos os representantes das famílias concordaram com a dificuldade da escolha da atividade mais atrativa ao grupo nas respostas positivas ao questionário escrito. No que se refere `as ações potenciais sugeridas pelos assentados, as atividades foram as seguintes: cultivo de hortaliças, apicultura, piscicultura e criação de aves de postura. Desta maneira, ficou caracterizado o contexto decisório e ficou validado o problema da escolha da atividade para o grupo, assim como as ações potenciais foram explicitadas.

No contexto Multicriterial, ações potenciais são representadas pelos decisores como alternativas, cuja implementação pode ser razoavelmente prevista e que serão analisadas no modelo a ser construído (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001).

Portanto, as atividades sugeridas no questionário, corresponderam `as ações alternativas avaliadas no modelo construído para apoiar a decisão da escolha da atividade mais atrativa ao grupo do assentamento Divisa de Rosário do Sul. Estas alternativas, foram ponderadas em critério único de síntese, na forma de uma equação que mede o grau de alinhamento de cada alternativa de atividade com os pontos de vista fundamentais dos decisores, com relação ao problema.

Os dados obtidos na construção do mapa cognitivo e posteriormente na geração do modelo multicriterial, foram coletados por meio de entrevistas abertas. As entrevistas foram conduzidas pelos facilitadores e por dois representantes do assentamento Divisa (decisores). Os representantes foram escolhidos pela liderança nas organizações formais e informais presentes no assentamento e pelo papel que desempenham como produtores dentro das principais atividades remuneradas provenientes da produção do assentamento.

Os intervenientes da pesquisa são os assentados com suas famílias, cujo interesse enseja decidir qual atividade o assentamento deve fomentar aos seus membros dentre as ações propostas. O grupo de agidos foi representado pelos futuros clientes consumidores dos produtos do assentamento e também pelos munícipes, assim como o representante do estado na figura da Prefeitura Municipal de Rosário do sul. Os facilitadores foram os autores do trabalho.

Como rótulo do problema a ser discutido, se escolheu: "Avaliar a atividade mais atrativa para o grupo de assentados".

Posteriormente, procedeu-se a identificação dos Elementos Primários de Avaliação (EPAs).

EPAs segundo Ensslin et al. (2010), podem ser definidos como as características julgadas pelos decisores como importantes no contexto dos seus valores, as dificuldades atuais e a percepção do problema.

Desta forma, as bases para construção dos Elementos Primários de Avaliação foram questões  referentes aos objetivos, `as metas,  aos valores, aos aspectos desejáveis e `as dificuldades com relação ao problema na avaliação dos decisores. O passo posterior da construção do mapa cognitivo foi a identificação destes EPAS nas entrevistas com os decisores conforme está identificado abaixo (Quadro 01).

Quadro 01 – Elementos Primários de Avaliação (EPAs).

EPAs

Descrição

1

Procura pelos produtos.

2

Mão de obra do assentamento.

3

Renda mínima mensal.

4

Insumos do assentamento.

5

Assistência técnica.

6

A iniciativa.

7

Administração deve ser compatível.

8

Sobreviver da produção.

9

Motivar a todos.

Partindo dos EPAs, foram construídos os conceitos orientados para a ação que estes sugerem para os decisores, assim como a definição do pólo oposto de cada conceito para os decisores, como mostrado no Quadro 02.

Segundo Ensslin, Montibeller e Noronha (2001), podem ocorrer erros de interpretação pelo facilitador, caso não seja obedecido este procedimento de transformação dos EPAs em conceitos com seus devidos pólos. E, ao mesmo tempo, esta abordagem levará o decisor a compreender melhor o problema, num processo de aprendizagem sobre os componentes que influenciam o modelo a ser construído.  

Quadro 02 – Conceitos construídos e seus pólos opostos.

Conceito

Descrição

C1

Perceber procura pelos produtos... Não perceber busca pelo(s) produtos.

C2

Utilizar somente mão de obra do assentamento... Utilizar parcialmente a mão de obra do assentamento.

C3

Obter renda mínima mensal constantemente... Não obter nenhuma renda em alguns meses do ano.

C4

Utilizar o máximo possível de insumos do assentamento... Não utilizar insumos do assentamento.

C5

Ter assistência técnica contínua....Não ter assistência contínua.

C6

Iniciativa deve Integrar todos nos processos produtivos… Não integrar todos nos processos.

C7

Produzir de acordo com as competências do Grupo… Não ter competência para a produção.

C8

Sobreviver somente da produção do assentamento... Não sobreviver somente da produção do lote de assentamento.

C9

O trabalho em grupo deve motivar a todos... Grupo desmotivado pelo trabalho em grupo.

Os conceitos coletados com os decisores foram organizados hierarquicamente para estruturar a construção do mapa cognitivo. Nesta organização, ficou demonstrado  que o conceito mais elevado na busca de resolver o problema da tomada de decisão caminhou na direção da atividade que permitisse aos assentados viver somente da produção do assentamento (Conceito C8 do Quadro 02). Sendo assim, esse conceito: " Sobreviver somente da produção do assentamento", representa o objetivo mais estratégico dos decisores no contexto apresentado.

O mapa cognitivo (Figura 01) relacionou os principais elementos ligados ao problema da escolha das atividades mais apropriadas ao grupo, segundo seus valores e percepções, partindo dos conceitos derivados dos EPAs. Os conceitos estão sublinhados no Mapa Cognitivo (Figura 01), conforme o quadro acima (Quadro 02), pelo seu respectivo número. Cada um dos conceitos foi submetido aos decisores pelo questionamento a respeito dos seus meios, ou seja, como poderiam ser obtidos tais elementos. Logo após, os mesmos conceitos foram colocados aos decisores sob a ótica da  importância, ou seja, por que cada conceito era importante. E assim, foram estabelecidas as relações de causa e efeito.

Ensslin, Montibeller e Noronha (2001), afirmam que a estrutura do mapa cognitivo é formada a partir da distribuição de conceitos chamados "conceitos meios" e "conceitos fins", interligados por suas relações de influência.

Figura 01 – Mapa Cognitivo.

O próximo passo na montagem do modelo incorporou os aspectos mais importantes do mapa cognitivo no sentido de agrupar aspectos.

Na transição do mapa cognitivo para um modelo multicriterial são utilizadas ferramentas para definir quais são os aspectos essenciais para a avaliação das ações. E esses aspectos, também chamados de eixos de avaliação, devem ser debatidos pelas considerações dos decisores (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001). O agrupamento de conceitos, cuja argumentação reflete os mesmos eixos de preocupação do decisor podem ser destacados em mapas menores dentro do Mapa Cognitivo (Figura 01),  e são chamados Clusters (Figura 02).

Os clusters constituem uma das fases da transição para o Modelo Multicriterial.  O nome aos Clusters, é atribuído de acordo com o foco dos decisores, referente `a  expressão dos ramos que compõem estes mapas menores (Clusters) dentro do mapa cognitivo (ENSSLIN et al, 2010).

No Mapa Cognitivo do presente trabalho, foram encontrados dois Clusters: o Cluster  Renda e o Cluster Risco, conforme demonstrado na Figura 02.

Figura 02 – Clusters do Mapa Cognitivo.

Na segunda fase da transição do Mapa Cognitivo para um Modelo Multicriterial decorre a decomposição dos Clusters e a identificação dos eixos de avaliação, onde foi realizado o enquadramento de cada eixo, para identificar ações potenciais que os representam. Esta decomposição foi feita em cada eixo de avaliação separadamente. Foram isolados os conceitos que, potencialmente representam ações e que traduzem este eixo por inteiro; portanto, delimitam ações. Estes conceitos são chamados de Pontos de Vista Fundamentais (PVFs).

Cada Ponto de Vista Fundamental (PVF) deve apresentar as características de essencialidade, controlabilidade, mensurabilidade, isolabilidade, compreensibilidade, operacionalidade; os PVFs devem representar os aspectos fundamentais para os decisores, o mesmo aspecto deve ser considerado apenas uma vez; e o número de aspectos no conjunto dos PVFs deve ser o mínimo necessário para representar a visão dos decisores (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001).

Ao conjunto de Pontos de Vista Fundamentais unidos ao Rótulo do Problema, dá-se o nome de Estrutura Hierárquica de Valor (Figura 03), (ENSSLIN et al, 2010).

Figura 03 – Estrutura Hierárquica de Valor.

Após a definição dos Pontos de Vista Fundamentais, foram construídos os critérios para avaliar as ações.

Os critérios, segundo Ensslin, Montibeller  e Noronha (2001), são compostos por um descritor e uma função de valor associada. Os descritores facilitam a interpretação dos decisores, pois fornecem uma dimensão clara de desempenho. Os descritores são os níveis de impacto das potenciais ações derivadas dos PVFs.  Já a função de valor  de cada ação diferencia a atratividade do descritor em níveis de impacto mais ou menos atraentes para os decisores de acordo com escalas construídas em um processo interativo com os decisores.

Quando um Ponto de Vista Fundamental não pode ser representado diretamente por um descritor, por possuir demasiada abrangência para ser mensurado, é necessária uma nova intervenção, criando subcritérios ligados aos Pontos de Vista Fundamentais, denominados de Pontos de Vista Elementares (PVEs), (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001). 

Na estrutura hierárquica do presente modelo, foram incorporados dois PVEs ao Ponto de vista Fundamental, Custos (PVF I) e dois PVEs ao Ponto de vista Fundamental  Receitas (PVF V) antes de proceder a construção dos descritores do modelo, conforme figura (04) abaixo.

Figura 04 – Estrutura Hierárquica de Valor, PVEs e Descritores.

Com o intuito de apresentar com maior clareza os níveis de desempenho das ações demonstradas pelos decisores e apresentar como se sucedeu a construção desta etapa do trabalho, está explicado sucintamente a seguir, a confecção dos descritores. Os descritores 1 e 2 são do tipo Construídos e foram derivados dos Pontos de Vista Elementares Isoláveis PVE I.1 e PVE I.2.

De acordo com Ensslin, Montibeller e Noronha (2001), deve-se construir para cada PVE um descritor único que permita avaliar os impactos nas possíveis ações.

Descritor 1. Este descritor foi estruturado com base na estimativa de  investimento, para medir a opção de ação que contribui com o menor valor no tangente aos investimentos, sem comprometer a obtenção de uma renda mínima de R$ 1.000,00 ao mês para cada família. E desta forma, o descritor avalia o impacto das prováveis ações de acordo com o mínimo estabelecido pelos decisores como aceitável em renda, considerando o investimento inicial. Assim, os investimentos atendem a módulos estabelecidos por família, dentro das alternativas de negócios (possíveis ações) propostos pelos assentados para gerar tal renda mínima. A renda mínima estabelecida nas entrevistas como aceitável pelos assentados foi de R$ 1.000,00 ao mês para cada família, durante os 12 meses do ano. As escalas dão conta do julgamento das ações se tornarem mais atrativas `a medida que mantêm a renda mínima (R$ 1.000,00/mês) com o menor investimento possível. Os módulos propostos para o julgamento das condições dos investimentos em cada ação estão descritos resumidamente a seguir:

Módulo 1; Horta – Três estufas para cada família: com 350 metros quadrados cada uma, ficando o investimento total deste nível em R$ 9.000,00/família para gerar um resultado de R$ 1.000,00 ao mês.

Módulo 2; Apicultura – Oitenta colméias para cada família. O resultado obtido neste nível de impacto foi de R$ 16.000,00 em investimentos necessários para uma família obter renda mínima com a exploração de apicultura, tratando-se da comercialização exclusivamente de mel.

Módulo 3; Ovos – Seiscentas aves poedeiras para cada família. O investimento deste nível foi de R$ 80.000,00, para gerar a renda mínima estabelecida (R$ 1.000,00 ao mês).

Módulo 4: Piscicultura – Quinze tanques rede para cada família. O investimento neste nível de impacto foi de R$ 30.000,00, para cada família atingir renda mínima.

Os módulos descritos acima, formaram os níveis de impacto do investimento de cada atividade avaliada. Ou seja, cada atividade gerou um nível de impacto no valor do investimento estimado, para que este gerasse uma renda bruta de R$ 12.000,00 reais para uma família ao ano. Portanto, estes módulos provêm da margem bruta aceita como sustentável para manter-se em uma atividade, de acordo com os decisores.

Descritor 2 – Despesas/família para margem de R$ 1.000,00 ao mês. Este descritor foi construído respeitando os moldes dos módulos estabelecidos no descritor 1 (investimentos), estabelecendo assim o grau de impacto representado por  atividade, no que tange `as despesas necessárias para realizar a receita bruta mínima esperada pelas famílias de  R$ 1.000,00 em média ao mês. Desta forma, os Descritores 1 e 2 foram construídos fixando as escalas de produção, através da margem mínima, entendida como suficiente pelos decisores para cumprir o objetivo principal de uma atividade dentro do assentamento, que corresponde ao conceito mais elevado do mapa cognitivo do problema discutido (viver somente da produção do assentamento). Portanto, a construção dos níveis de impacto deste descritor foi norteada pelas despesas com insumos e manutenção de equipamentos de cada atividade proposta nas escalas estabelecidas no descritor 1. Neste descritor os níveis mais apropriados são representados pelas ações potenciais (atividades) com menor despesa mensal estimada.

Descritor 3 - Acesso  `a assistência técnica. O descritor criado para avaliar níveis de desempenho da assistência técnica, analisa a presença do técnico dentro do município, fato que facilitaria o pronto atendimento a problemas na produção. Também foi ponderado o vínculo público ou privado do técnico em questão, diminuindo o valor dos níveis na medida em que se tem um técnico fora do município;  e de carater privado, o que dificultaria o atendimento pela distância e pelo valor da assistência técnica.

 Descritor 4 - Percentual de decisores com experiência na atividade. O descritor de experiência prévia procura mostrar o desempenho das ações potenciais de acordo com a capacidade de flexibilização da mão de obra dentro do assentamento, de acordo com PVF III. A construção deste descritor foi baseada nas entrevistas com os assentados, questionando-os se possuíam alguma experiência nas atividades propostas. `A medida que aumenta o percentual de pessoas com experiência na atividade, aumenta-se, também, a preferência dos decisores dentro dos níveis de impacto do descritor.

Descritor 5 - Nº De produtos comercializáveis. O número de produtos comercializáveis expressa os possíveis produtos gerados pelos módulos de produção de cada atividade sugerida (possíveis ações). Seus níveis de impacto estão diretamente relacionados com os produtos comercializáveis pelos assentados e derivam do PVF IV.

Descritor 6 – Sazonalidade na produção. Este descritor mede as ações quanto `a demonstração da necessidade de uma atividade que ofereça constância nas receitas para os assentados. Assim, as ações foram arbitradas sob a condição da possibilidade de produção durante o ano inteiro e assim sendo, promover constância nas receitas através de uma oferta continuada de produtos. O mínimo na escala dos níveis de impacto deste descritor, foi representado por uma atividade cuja produção ocorre durante dois meses ao ano, e o máximo nível na escala deste descritor foi representado pela atividade (ação potencial) que apresenta produção  de doze meses ou nenhuma sazonalidade. Desta forma, os níveis de preferência encontram-se mais elevados em atividades com menor sazonalidade.

Descritor 7 – Déficit na produção municipal. Juntamente com o descritor sazonalidade (descritor 6), o descritor Déficit na Produção do Município foi eleito pelos decisores para representar o PVF V, Receitas. Este descritor parte de dados de consumo médio e de produção do município para se aproximar da quantidade de produto final comprada de outras regiões. Os níveis de impacto deste descritor foram aceitos como preferenciais, na medida em que aumentam os déficits de produto no município de Rosário do Sul, neste descritor, o nível inferior de aceitação, corresponde a zero por cento de déficit, significando que todo o consumo do município já está sendo produzido "internamente". O descritor 7 vai na direção de uma ação potencial que dê provimento a receitas constantes. Portanto, este descritor  se direciona para o enfoque da demanda potencial de produto, com base no déficit de produção local. Os dados de produção foram coletados segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2013).

Descritor 8 - Canais de comercialização.

Respeitando a propriedade da transitividade entre escolhas,  a construção do descritor 8 utilizou uma Matriz de Ordenação das combinações, conforme mostrado em Ensslin, Montibeller e Noronha, (2001) para hierarquizar os níveis de escolha das combinações dos canais de comercialização.

Os canais de comercialização avaliados de acordo com as preferências dos decisores, estão descritos abaixo (Tabela 01), e mostram os graus de impacto nas possibilidades de comercialização de produtos de acordo com seu canal de mercado. Esta escala de preferências foi estabelecida pela representação das preferências dos decisores.

Tabela 01 – Matriz de hierarquização do Descritor 8.

Onde:
VM – Varejo com ponto móvel de vendas; VF – Varejo com ponto fixo de vendas; A – Atacado; VM, VF – Combinação de varejo com ponto móvel e ponto fixo de vendas; VM, A – Combinação de varejo com ponto móvel de vendas, e atacado; VF, A – Combinação de varejo com ponto fixo de vendas, e atacado.

Pelo resultado da matriz acima, sempre que  uma atividade oferecer a opção ou a possibilidade de combinar uma venda no varejo com ponto móvel, a uma venda no atacado, ela será preferida a uma atividade com opções de comercialização diferentes. As preferências dos decisores para com o tipo de comercialização podem ser visualizadas `a esquerda da tabela 01,  através da escala ordinal mostrada.

Nas escalas dos descritores, os decisores devem identificar níveis de referência denominados de Nível Bom, representando o nível acima do qual os decisores julgam a performance excelente e Nível Neutro, identificando que abaixo deste nível os decisores julgam a performance do critério como insuficiente (ENSSLIN et al, 2010).

Definidos os Descritores dos Pontos de Vista, foram elaborados os termos que quantificam as performances de cada Descritor, segundo os valores dos decisores, ou seja, é a forma numérica de expressar as preferencias. Estas formas são chamadas de Funções de Valor (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA , 2001).

As funções de valor dos descritores 1, 2, 4, 5, 6, 7 e 8 deste trabalho foram construídas pelos métodos de Pontuação Direta. buscando a expressão dos decisores nas escolhas de preferência frente os diferentes níveis. Já a função de valor do descritor 3 foi construída pelo Método da Bissecção.

Os descritores 1 e 2 demonstrados na Figura 05, sofreram Transformação de Escala de Intervalo para que fossem submetidos ao mesmo nível de preferência entre os descritores. Estas transformações foram executadas utilizando uma transformação linear positiva, cuja equação está demonstrada abaixo (02), de acordo com Ensslin, Montibeller e Noronha (2001).

 

Figura 05 – Descritores com seus níveis de escala e funções de valor.

Para que o modelo pudesse ser avaliado sob um aspecto global, foram concebidas as taxas de substituição de cada critério (Figura 06). De acordo com Ensslin, Montibeller e Noronha (2001), as taxas de substituição servem para agregar as diversas dimensões da avaliação de um modelo, pois uma ação potencial raramente apresenta-se superior a outras em todos os critérios avaliados.

As taxas de substituição ou trade-offs do modelo foram determinadas segundo o método Swing Weights (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001).

Figura 06 – Descritores e Taxas de Substituição 

3. Resultados e discussão.

Após realizar os trade-offs do modelo multicriterial, foi concebida a avaliação do modelo, através da fórmula de Agregação Aditiva mostrada na equação genérica (01). Desta maneira, para cada ação proposta foi gerada uma pontuação final. O Perfil de Impacto das Ações pode ser visualizado na figura 07, onde são observados os pontos de encontro e de afastamento em cada critério, dentro das avaliações das ações, resultando na Ilustração do entendimento do problema de escolha das atividades, cumprindo com o primeiro dos objetivos da pesquisa.

As formas de agregação de performances das Taxas de Substituição, mostraram que os julgamentos compensatórios dos critérios dos descritores 1 e 2 (renda) foram parecidos com os critérios dos decisores 6 e 7 (risco). No entanto, a representação gráfica demonstrou que as quatro ações que apresentaram maior diferença, foram as ações representadas nos critérios 1, 2, 8 e 5, em contrapartida da relação dos critérios 3, 4, 6 e 7, que denotaram menor diferença entre os seus níveis nos descritores. O critério do descritor 5 (Número de Produtos Comercializáveis) mostrou-se fortemente diferenciado dos outros critérios em favor da produção de hortaliças pela possibilidade de produzir maior número de produtos nesta atividade. Neste caso, não foram computadas as possibilidades de industrialização de produtos como o mel e a carne de peixe, pela inexistência de estruturas adequadas para tanto, dentro do assentamento.

 Payés e Silveira (1997), apontam na direção da predileção pela possibilidade de venda de múltiplos produtos enfatizada pelos assentados na pesquisa; pois os autores acentuam que o produtor familiar usa uma lógica capitalista com ressalva de assegurar o bem estar da família, reduzir o risco e manter a produção de autoconsumo, procurando inserção no mercado através de diferentes portfólios de produtos e uma redução na penosidade do trabalho.

As atividades de produção de ovos e apicultura tiveram um resultado final muito próximos na escala de valores; no entanto, as maiores diferenças entre as duas explorações foram decorrentes principalmente dos descritores referentes aos critérios 1 e 2; e também, na avaliação dos possíveis canais de comercialização do descritor número 8, que busca maior poder de barganha, através de maiores possibilidades nas formas de comercialização. Formas estas que, na apicultura, foram inferiores a produção de ovos. O restante dos descritores apresentam um nível pequeno de variação em relação aos três primeiros no que se refere `as ações potenciais representadas pela apicultura e produção de ovos.

Em menor pontuação dentro do modelo, ficou a atividade de piscicultura, obtendo baixos níveis de atratividade, principalmente em despesas mensais, investimentos, experiência na atividade e número de produtos comercializáveis.

A atividade cultivo de hortaliças obteve pontuação inferior a outras ações (atividades) somente nos critérios dos descritores 3 e 4, Acesso `a Assistência Técnica e Experiência Anterior dos Assentados respectivamente.  

Figura 07 – Perfil de Impacto das Ações Propostas.

O uso do potencial humano e dos recursos disponíveis no assentamento, ficaram marcados nos descritores, quando se avaliaram os investimentos necessários e as despesas mensais de manutenção das atividades em estudo, para gerar renda mínima, impactando fortemente nos resultados expressados no modelo.

Para Lima et al (1995), a utilização racional de recursos corresponde `a sua adequação mais econômica de maneira a conduzir aos fins determinados, e esta racionalidade acontece em todas as organizações e em qualquer processo administrativo.

Weidmann (2001) e Cardozo et al (2008) concordam que as necessidades de organização e coordenação de pequenos produtores rurais advêm da dependência de fornecedores e de compradores. Este produtor tem dificuldades extras de permanecer isolado em uma atividade pelo pequeno poder de barganha, força política e recursos financeiros que possui. Assim, estes atores isolados não conseguem competir com baixa tecnologia em mercados de preços decrescentes ao longo do tempo. Trabalhar associativamente, facilita a coordenação operacional, o estabelecimento de estratégias de comercialização, permite ganhos de escala e de escopo, além de favorecer a aquisição e a incorporação de tecnologias.

De acordo com o modelo multicriterial, as ações foram classificadas cumprindo o objetivo de avaliar as atividades que, na interpretação dos assentados, são mais adequadas aos objetivos de renda monetária destes decisores. Desta forma, foi estabelecida uma ordem de preferência, de acordo com os resultados obtidos no modelo e de acordo com os valores dos decisores. Consequentemente, foi concebida uma avaliação global das ações potenciais. Em ordem decrescente de preferência, a classificação foi a seguinte: exploração de hortaliças com 94,5 pontos, seguida da apicultura com 48,4 pontos, produção de ovos com 45,9 pontos, e em quarta colocação a piscicultura com 18,9 pontos, na avaliação final do modelo multicriterial construído. De acordo com o exposto, recomenda-se a atividade de Horticultura como a atividade potencialmente mais indicada a ser desenvolvida no assentamento, respondendo assim ao segundo objetivo da pesquisa.

Com relação ao contraste entre o objetivo mais elevado, mostrado no mapa cognitivo "Viver somente da produção do assentamento", e o percentual de pessoas realizando atividades externas aos lotes, aponta-se para uma forma de adaptação destes grupos de pessoas, conforme foi colocado por Sacco do Anjos (2003).

Este mesmo contraste reforça a necessidade de geração de renda dentro do assentamento, como apoio ao projeto de vida dos assentados, que apontaram para uma preferência em viver somente da produção obtida dentro do assentamento, em detrimento de atividades externas como mostra a realidade de grande parte dos assentados participantes da pesquisa em Rosário do Sul.

Cardozo et al. (2008), afirmam que a racionalidade, ou a lógica de um produtor familiar é distinta da lógica de um empresário da agropecuária. Os autores destacam um comportamento próprio da lógica racional interna desses grupos, no referente a administração das atividades produtivas e entre estas características encontram-se: a tendência de utilizar recursos internos minimizando gastos diretos, a maior preocupação com o ingresso de valores em detrimento da rentabilidade, a tendência do envolvimento da comunidade nas atividades, o uso de uma fração da produção  para o autoconsumo (que não anula a orientação para o mercado), a tendência a diversificação e uma fraca ligação com as cadeias agroindustriais.

No sentido da lógica administrativa, descrita por Lima et al (1995) e Cardozo et al (2008), as interpretações do problema coincidiram fortemente com os interesses demonstrados pelos assentados no decorrer do trabalho. Ainda, corroborando com os autores, podem ser colocadas as condições de risco, nas quais os produtores familiares preferem alternativas de atividades onde estes já possuem experiência  e também no alinhamento da assistência técnica para atender aos produtores.

4. Considerações Finais

A metodologia multicriterial, na vertente do construtivismo, promoveu uma discussão profunda das faces do problema no enfoque dos protagonistas, colaborando decisivamente para cumprir o objetivo de indicar a atividade mais adequada ao grupo. A forma multicriterial tornou os pontos de vista mais claros e a discussão mais abrangente, de maneira que, ao ser comparada com a maneira usual de resolver mentalmente um problema, mostrou um aprofundamento dos pontos importantes para os decisores, gerando uma decisão mais fundamentada e capaz de comprometer o grupo na direção da atividade escolhida.

Os protagonistas do processo, os assentados, tiveram participação direta em todas as etapas da pesquisa, tornando o modelo mais próximo das representações mentais sobre o problema descrito, trazendo `a luz os elementos de análise referidos no modelo.

A metodologia se mostrou eficiente no caso apresentado, apontando um caminho para o apoio a decisões no gerenciamento de escolhas de negócios em assentamentos rurais.  

O uso de ferramentas de simulação, também podem ser associados posteriormente `as principais escolhas geradas pelos modelos multicriteriais, para aprofundar os conhecimentos nas atividades e determinar maior segurança a projetos em assentamentos.

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1. Médico Veterinário; Mestre em agronomia pelo PPGSPAF, bolsista CNPq. Universidade Federal de Pelotas – UFPEL. Email: alexandre.a.meyer@gmail.com
2. Engenheiro Agrônomo, Doutor em engenharia de produção, Professor da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL; Email: mconill@gmail.com


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 22) Año 2016

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