Espacios. Vol. 37 (Nº 21) Año 2016. Pág. 20

Perfil e evolução do ENANPAD: Análise bibliométrica e sociométrica da área de ensino e pesquisa em administração e contabilidade de 2001 a 2014

ENANPAD's profile and evolution: Bibliometric and sociometric analysis for the education and research area in management and accounting from 2001 to 2014

Rodrigo Souza da COSTA 1; Danillo Prado NOGUEIRA 2

Recibido: 21/03/16 • Aprobado: 30/03/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Análise bibliométrica

3. Análise sociométrica

4. Procedimentos metodológicos

5. Análise e discussão dos resultados

6. Considerações finais

Referências


RESUMO:

Este estudo buscou descrever o perfil das pesquisas e a evolução da área de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EPQ) nos artigos publicados nos anais do EnANPAD no período de 2001-2014. O método bibliométrico e sociométrico permitiram a geração de índices e análises estatísticas, os quais possibilitam que sejam elaboradas avaliações da produção científica de um país, das instituições e dos cientistas. Os resultados demonstram que a grande maioria dos artigos investigados abordam temas relativos ao ensino e aprendizagem em Administração e Contabilidade, tendo forte tendência a trabalhar com os "Casos de Ensino". Também pode-se inferir que esta área ainda é marginal quando se comparada com outras áreas dentro do evento, quando deveria receber uma maior atenção, sendo assim, possível que os trabalhos empíricos pudessem ter melhores desenhos metodológicos.
Palavras-chave: Bibliometria; Sociometria; Pesquisa e Ensino; Análise Evolutiva.

ABSTRACT:

This study aimed to describe the profile of the research and the development for the area of Teaching and Research in Management and Accounting (EPQ) in articles published in Annals EnANPAD through 2001 to 2014. The bibliometric and sociometric method allowed the generation of indexes and statistical analysis, which enable the drawing up assessments of the scientific production, institutions and scientists of a country. The results show that the vast majority of the investigated articles address issues related to teaching and learning in Business Management and Accounting, with a strong tendency to work with "Teaching Cases". It can also be inferred that this area is still marginal when compared to other areas within the event, when it should receive greater attention; therefore, possible that the empirical work could have better methodological designs.
Keywords: Bibliometrics; Sociometry; Research and Education; Evolutionary analysis.

1. Introdução

A produção científica apresenta uma importância significativa para as atividade das universidades e de seu corpo docente. Além disso, também tem como objetivo essencial o desenvolvimento e a disseminação do conhecimento para além das fronteiras da universidade, aproximando-se à sociedade pela publicação em periódicos e anais de eventos e fóruns. O número de pesquisas no campo da Administração apresentou nos últimos anos uma crescente quantidade de pesquisas publicadas (ROSSONI et al, 2007). Devido a isto, os estudos que analisaram essa evolução também cresceram substancialmente na área. Dentre esses estudos, Machado-da-Silva, Cunha e Amboni (1990) destacaram em seus resultados uma deficiência metodológica na produção científica da área de Organizações, dessa forma chamando atenção dos pesquisadores para novas abordagens teóricas e metodológicas que poderiam auxiliar o desenvolvimento das pesquisas. O que ressalta a importância do mapeamento da produção científica e que este processo se inicia verificando as principais características da área analisada (HID et al, 2012).

Mesmo com o crescente número de trabalhos, ainda não são numerosos os trabalhos que fazem a análise da produção científica em Administração no contexto nacional (GALLON et al, 2008). Do mesmo modo, ainda é necessário se analisar algumas características que favorecem a qualidade das pesquisas na área de Administração, sobretudo quando os trabalhos tratam de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade, pois se trata de uma área de pesquisa que deve propiciar aos docentes e pesquisadores novos elementos para serem propostos, discutidos e aplicados. Logo, fica evidente a necessidade de uma reflexão sistemática sobre a construção do conhecimento produzido nos periódicos e eventos brasileiros, pois deve-se questionar quais são as discussões teóricas que ocorrem e quais métodos e teorias vem sendo aplicadas em nossas pesquisas, sobretudo para explicar como estão sendo desenvolvidos os estudos na área temática deste estudo.

Tendo em vista o exposto e a necessidade de constantemente se rever alguns conceitos dentro do campo de conhecimento, o objetivo deste trabalho é descrever o perfil das pesquisas e a evolução da área de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EPQ) nos artigos publicados nos anais do Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (EnANPAD) no período de 2001-2014. Para atender este objetivo, dentro dos temas de interesse da área, foram analisados perfil das pesquisas e evolução do tema nos artigos publicados selecionados para publicação durante o período. Além disso, será exposto a participação que cada uma das diversas áreas de interesse do tema representa, o crescimento e declínio de alguns tipos de estudos e, consequentemente, quais as maiores preocupações dos autores que publicam no evento.

Optou-se aqui pelo estudo bibliométrico, pois esta técnica de pesquisa, permite a geração de índices e análises estatísticas, possibilita que seja elaborada uma avaliação da produção científica de um país, das instituições e dos cientistas (MACIAS-CHAPULA, 1998). A bibliometria consiste em um conjunto de leis intrinsecamente relacionadas à Ciência da Informação, que se desenvolveu tendo como base a Teoria da Informação, entretanto apresenta um arcabouço teórico próprio (BRAGA, 1973). Este tipo de pesquisa se diferencia principalmente no que se refere ao seu objeto de estudo (VANTI, 2002) pois os estudos bibliométricos voltam-se para análise de livros, documentos e periódicos, gerando variáveis observáveis e abordagens diferenciadas para a análise do tema em questão (TEIXEIRA et al, 2013). Este trabalho está organizado da seguinte forma: primeiramente, tem-se a introdução e na sequência será constituído o referencial teórico tratando dos conceitos essenciais da bibliometria e os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. Por fim, serão expostos, analisados e discutidos os resultados com as considerações derivadas das interpretações e sua corroboração tendo como base as referências discutidas.

2. Análise bibliométrica    

Pode-se considerar, de forma geral, que a bibliometria está relacionada às áreas de biblioteconomia e ciência da informação, e se utiliza da aplicação de métodos estatísticos e matemáticos para analisar e construir indicadores sobre a evolução da informação científica de determinadas áreas (FONSECA, 1986).  O significado de bibliometria abrange todos aqueles estudos que buscam quantificar os processos de comunicação escrita. Em relação a sua abrangência, os estudos bibliométricos são interdisciplinares ou multidisciplinares e podem ser aplicados em todas as áreas do conhecimento. Além disso, apresenta relações com as áreas de cientometria, informetria, webometria, patentometria, dentre outros (PRITCHARD, 1969).

As pesquisas bibliométricas tratam de estudos específicos para a mensuração dos índices de produção acadêmica. O método de pesquisa surgiu com as análises de medição da produtividade científicas, tendo como fundamento a lei de dispersão do conhecimento científico, distribuição e frequência das palavras (LOTKA, 1926; BRADFORD, 1934; ZIPF, 1949). Partindo dessas premissas, pode-se inferir que as pesquisas bibliométricas baseiam-se em três leis clássicas, conforme segue:

  1. Lei de Lotka: desenvolvida com a mensuração da produção científica do Chemical Abstracts, que se trata de um grupo de pesquisas químicas nos Estados Unidos, entre 1909 a 1916. De acordo com esta lei, a maior parte das pesquisas científicas é produzida por um número pequeno de autores, enquanto a maior parte dos autores representam uma parcela pequena de toda a produção científica.
  2. Lei de Bradford: divide os periódicos de uma área em três partes, cada uma representando um terço do total. A primeira parte é considerada como o núcleo que seria formado por poucos periódicos. Já a a zona intermediária seria formada por um volume um pouco maior de periódicos, enquanto a terceira parte é formada pela grande massa restante. A Lei de Bradford foi desenvolvida por uma pesquisa em cerca de trezentos periódicos da área de geofísica, e descobriu que em apenas nove deles estavam concentrados cerca de quatrocentos e vinte artigos. Enquanto isso, outros cinquenta e oito publicaram apenas quatrocentos e quatro artigos. Mesmo com uma limitação de análise estatística, esta lei deve ser considerada e utilizada como guia em pesquisas deste tipo.
  3. Lei de Zipf: esta lei apresenta a correlação entre o número de palavras de um texto determinado com a frequência destas mesmas palavras. Zipf (1949) verificou uma forte relação entre o número de palavras diferentes e a frequência com que ela é utilizada, por meio da pesquisa.

Outras categorias estabelecem somente uma contagem como no caso da procedência geográfica e institucional e do levantamento da literatura mais influente de uma área, idade média da literatura utilizada e obsolescência da literatura. Essas categorias e outras do mesmo tipo, podem se prestar a uma utilidade para a qual não foram criadas e para a qual não são destinadas, com base na perspectiva da Ciência da Informação (TEIXEIRA et al, 2013).

No que se refere à área da Administração, o trabalho realizado por Bertero, Caldas e Wood Jr (1999) analisaram a produção científica no campo das Ciências Administrativas no Brasil. Os autores demonstraram que houve um significativo crescimento em número de artigos publicados em periódicos e eventos nacionais. Entretanto, no mesmo estudo, os autores colocam que isso não refletiu em uma melhora na qualidade da pesquisa nessa área do conhecimento. Analisando a pesquisa científica em Administração no país, os autores encontraram evidências de que os estudos no campo apresentavam graves falhas epistemológicas, além de metodologias inadequadas, reflexões pouco originais e baixa aplicação prática. (BERTERO; CALDAS; WOOD JR. 1999).

3. Análise sociométrica

A análise de redes sociais pode ser tratada como um pacote teoria/método (MACIEL; AUGUSTO, 2013). As redes sociais tratam de grupos de "nós" (ties) que se apresentam como socialmente relevantes e estão, de alguma forma, conectados por uma ou mais relações. Os membros das redes sociais (nós) são as unidades as quais estão conectadas pelas relações que são estudadas (MARIN; WELLMAN, 2011). Esse conjunto de nós corresponde à atores, que podem ser pessoas ou organizações, que estão relacionados ligados por laços de tipos específicos (WASSERMAN; FAUST, 1994). A análise de redes sociais aborda as relações sociais entre atores objetivando a descrição de estruturas (KIRSCHBAUM, 2012). A análise sociométrica tem sua origem na década de 30, no entanto o interesse na técnica só aumentou a partir da recente sofisticação das ferramentas técnicas disponíveis (CARRINGTON; SCOTT; WASSERMAN, 2005). Dessa forma, teve-se condições de desenvolver a amplitude de conceitos e técnicas que dão suporte à visualização e representação das relações entre atores sociais para poder representa-las e interpretá-las estruturalmente sob a perspectiva das redes (WELLMAN, 1988).

As redes possuem unidades topológicas que são estruturas duráveis que seguem determinações do sistema do qual fazem parte (KNOKE; KUKLINSKY, 1982; SCOTT, 2000; FARIAS; FARIAS; GUIMARÃES, 2010). Vale frisar aqui, os conceitos elementares que fazem parte da análise sociométrica e servem de base para compreensão dos dados obtidos neste estudo. Além disso, pode-se propiciar um melhor entendimento quanto à configuração das redes sociais como um todo (FARIAS; FARIAS; GUIMARÃES, 2010).

  1. Centralidade: trata da posição de um indivíduo em relação aos outros, considerando-se como medida a quantidade de elos que se colocam entre eles. (SCOTT; 2000).
  2. Centralidade de grau (in-degree e out-degree): se trata da quantidade de laços que um ator possui com outros atores em uma rede (WASSERMAN; FAUST, 1994).
  3. Centralidade de proximidade (closeness): mede a proximidade entre os atores e é obtida pela soma das distâncias geodésicas entre todos os atores (FARIAS; FARIAS; GUIMARÃES, 2010).
  4. Distância geodésica entre um par de 'nós': número de laços ou ligações que existe no caminho mais curto entre eles (WASSERMAN; FAUST, 1994).
  5. Centralidade de intermediação (betwenness): considera um ator como meio para alcançar outros, pois o mesmo está nos caminhos geodésicos entre outros pares (HANNEMAN, 2001).
  6. Densidade: número de conexões existentes, dividido pelo número de conexões possíveis (GUIMARÃES; MELO, 2005; FARIAS; FARIAS; GUIMARÃES, 2010).

Quando se aborda o relacionamento entre autores e instituições, que é o escopo desta pesquisa, o entendimento de dinâmicas locais e globais entre pesquisadores possibilita uma maior compreensão da construção do conhecimento científico (ROSSONI; MACHADO-DA-SILVA, 2007; BACH; DOMINGUES; WALTER, 2013). A justificativa para utilização de tal técnica se dá devido ao nível de análise sociocêntrica, que contempla as características da rede como um todo e diádicas, que representam características de pares dentro da mesma rede (REINERT; MACIEL, 2012). A análise de redes sociais permite soluções flexíveis não apenas para a compreensão de fatores que influenciam as conexões, mas fornecem estimativas mais confiáveis e persistentes da sociedade em face dos limites dos dados (FLETCHER JR, 2011). A técnica é pouco usada nas ciências sociais, mas pode trazer novas perspectivas, pois a técnica ultrapassa o limite de análise no nível do indivíduo para o nível diádico (REINERT; MACIEL, 2012).

4. Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos são detalhados aqui a partir dos principais elementos que constituem o delineamento da pesquisa. O delineamento contempla: estratégia de pesquisa, definições, população e amostra, coleta e tratamento dos dados (BABBIE, 1998; KERLINGER, 1996). Este estudo foi desenvolvido utilizando abordagem quantitativa e qualitativas, sendo caracterizado como exploratório-descritivo, com abordagens qualitativas no intuito de proporcionar melhor compreensão da problemática proposta e uma obter maiores informações e inferências acerca do tema estudado (CRESWELL, 2010).

Em um primeiro instante, os dados serão tratados a partir do método de pesquisa bibliométrico, que tem como intuito analisar a produção acadêmica sobre um determinado tema. A pesquisa foi classificada quanto ao seu objetivo como descritiva, pois pretende-se observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los (CERVO; BERVIAN, 2002). O método empregado na pesquisa utiliza técnicas de análise bibliométrica (NASCIMENTO ET AL, 2010; BALESTRIN; VERSCHOORE; REYES, 2010) que se destinam a quantificar e analisar a produção científica dos temas.

O desenvolvimento de uma pesquisa bibliométrica é composto por quatro etapas a serem desenvolvidas adicionalmente à etapa de elaboração do problema de pesquisa. Primeiramente, deve-se escolher qual o foco da literatura que será analisada. Após isso, deve-se avaliar os dados coletados para depois proceder a análise e interpretação dos dados coletados. Por fim procede-se a apresentação e discussão dos resultados (COOPER; LINDSAY, 1998). De forma geral, infere-se que a pesquisa bibliométrica tem como finalidade mensurar de forma quantitativa publicações científicas em periódicos (PRITCHARD, 1998), além de auxiliar no entendimento das relações entre os pesquisadores de uma determinada área (GUARIDO FILHO; MACHADO-DA-SILVA; GONÇALVES, 2010).

De acordo com Singleton e Straits (1999), a escolha da literatura que será analisada é um dos elementos essenciais nesse tipo de pesquisa, pois define qual será o escopo do estudo e pode impactar sua validade. Dessa forma, esta pesquisa foi desenvolvida pela consulta aos anais do Encontro Anual da ANPAD (EnANPAD). A área abordada como objeto de estudo se deu por coincidir com o interesse desta pesquisa com a descrição da área temática do evento.

Para selecionar os artigos foi feita uma consulta aos anais do EnANPAD dentro da área de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade desde 1997. Porém, a área estudada aparece somente a partir do ano de 2001. Os artigos que foram objeto da presente análise foram obtidos por meio de um recorte longitudinal em um período de 14 anos, o que resultou em um total de 881 trabalhos que constam na amostra deste trabalho tendo como critério de escolha os artigos apresentados na divisão acadêmica.

O tratamento dos dados foi elaborado de forma que possibilitasse a criação das listas de frequência e as matrizes de relacionamentos. Para a análise dos dados, foram observados a data de publicação dos estudos no evento, os temas de interesse do evento e a evolução ao longo dos anos de realização do evento. Para melhor demonstrar a evolução da área e seus subtemas, optou-se por analisar os resultados em forma de percentuais, comparando os percentuais dos que apresentam maior relevância com o total de artigos no mesmo ano. Para efeito de facilitar a visualização dos dados, os temas de interesse estão abaixo listados e na discussão dos dados foi utilizada somente a numeração do tema:

Quadro 1 – Temas de Interesse da Área de EPQ do EnANPAD

Tema 1

Epistemologia

Tema 2

Estratégias e Métodos de Pesquisa

Tema 3

Conduta Ética e Responsável no Ensino e na Pesquisa

Tema 4

Formação do Professor e do Pesquisador

Tema 5

Aprendizagem e Formação Acadêmica

Tema 6

Ação Docente e Ambiente de Aprendizagem

Tema 7

Planejamento e Organização de Cursos e Programas

Tema 8

O Contexto Institucional do Ensino e da Pesquisa

Tema 9

 Estudos Históricos, Reflexivos ou Críticos

Tema 10

Casos para Ensino

Tema 11

Educação para a Sustentabilidade

Fonte: ANPAD (2016)

A catalogação dos trabalhos apresentados foi elaborada, primeiramente utilizando o software Mendeley Desktop com o intuito de organizar os arquivos constantes nos anais do evento. Após essa etapa, utilizou-se o software Microsoft Excel, para tabulação e criação das tabelas e gráficos que constam na análise do trabalho. Também, foi utilizada a estatística descritiva para poder subsidiar a análise dos dados.

Após as análises descritivas foi empregada a análise de redes sociais, pois essa técnica se justifica pelos argumentos teóricos utilizados até aqui e também devido ao nível de análise sociocêntrico que contemplam características da rede como um todo e diádicas, que representam características de pares dentro da mesma rede (REINERT; MACIEL, 2012). Para análise das redes sociais, optou-se pela exploração das redes de coautoria, o que representa uma vertente de análise de redes sociais (LIU ET AL, 2005; BACH; DOMINGUES; WALTER, 2013), com a utilização do software UCINET® 6 para cálculo das medidas sociométricas e o software PAJEK© 3 para desenvolvimento do sociograma. Por fim, a contagem de laços por autores foi considerada cada associação como um laço.

5. Análise e discussão dos resultados

Do total de 881 artigos publicados que foram analisados, apresentados no Gráfico 1, mostram que dentro da área de EPQ teve um aumento substancial na quantidade de trabalhos apresentados nos últimos 15 eventos. Vale ressaltar que, de forma proporcional, os trabalhos da área apresentam pouca representatividade no total do evento, tendo em vista que a grande maioria dos trabalhos apresentados no evento estão na área de Estudos Organizacionais (EOR) e Estratégias Organizacionais (ESO) que concentram a grande maioria dos trabalhos.

Gráfico 1 – Evolução das Publicações na Área de EPQ do EnANPAD entre 2001 a 2014

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

No gráfico 1 está demonstrado a evolução quantitativa dos trabalhos publicados na área de EPQ. Percebe-se que há uma forte tendência de crescimento da quantidade de trabalhos apresentados sobretudo entre os anos de 2001 e 2008 onde houve um salto de 24 para 100 trabalhos. Entretanto, é importante frisar que os anos de 2007 e 2008 foram atípicos, pois apresentam uma elevação acentuada da curva de crescimento de trabalhos apresentados (por motivos, até então, desconhecidos). Nos anos subsequentes (2009 a 2014) ocorreu uma estabilização perto da média de trabalhos da área que é de, aproximadamente, 62 trabalhos/ano. Vale ressaltar que ao se fazer o levantamento dos artigos, não se considerou a viabilidade do tema nem algo relacionado com sua escolha ou dos métodos adotados, pois o foco do estudo consiste em analisar somente a evolução dos estudos na área de EPQ.

Gráfico 2 – Média de autores por artigo da EnANPAD entre 2001 a 2014

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Tabela 1 – Número de artigos e autores da EnANPAD entre 2001 a 2014

Ano

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

# Artigos

24

28

37

48

49

62

92

100

72

74

64

73

91

67

# Autores

45

48

73

111

115

155

255

267

197

194

182

197

218

176

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

O número médio de artigos aumentou ao longo do período, mesmo assim, a quantidade média de autores por artigo permaneceu aumentando simultaneamente, conforme mostram o gráfico 2 e a tabela 1. Este aumento na colaboração entre autores entra em conformidade com o que tem acontecido na literatura dentro dos diversos campos científicos (MARTINS et al., 2010; FRANCISCO, 2011). A média de autores por artigo de todo o período analisado é de 2,43. Dentre os artigos apresentados no EnANPAD no período de 2001 a 2014, 188 são de apenas um autor, 281 são de coautoria de 2 autores, e 242 de 3 autores, 116 de 4 autores, e 54 de 5 autores ou mais, como apresenta o Gráfico 3.

Gráfico 3 – Número de autores por artigo da EnANPAD entre 2001 a 2014
Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

No que se refere aos temas de interesse específicos da área, analisou-se também qual foi a evolução individual de cada um dos 11 temas propostos pelo evento. É importante esse tipo de análise, pois analisando cada uma dessas temáticas pode-se encontrar fatores que podem ser determinantes para continuidade das pesquisas e continuidade do tema no escopo da área de EPQ. Isso pode proporcionar um direcionamento para pesquisadores, principalmente, para aqueles que são iniciantes, influenciando o crescimento e a disseminação de futuras pesquisas (SOUZA; RIBEIRO, 2013).

Um ponto que precisa ser visualizado é a quantidade de autores por temática, o que pode ser visto na tabela 2. A temática de "Aprendizagem e Formação Acadêmica" (Temática 5) e "Casos para Ensino" (Tema 10) são as responsáveis pela maior quantidade de autores dentre todas as temáticas analisadas, totalizando 471 e 396 autores, respectivamente, dentre o total de 881 trabalhos. Isto está em congruência também com a quantidade de trabalhos apresentados nesta temática, posto que o tema 5 e 10 totalizam aproximadamente 40% de todos os trabalhos apresentados (Gráfico 4). Esse predomínio pode ser exercido devido ao Tema 5 ser foco de debates e pesquisas no meio acadêmico, buscando entender como ocorrem os fenômenos na área de Administração. Além disso, o Tema 10 se refere diretamente a uma ferramenta de ensino-aprendizagem que despertou o interesse dos docentes na área, sobretudo, a partir de meados da primeira década dos anos 2000.

Tabela 2 – Quantidade de autores por temática

Temáticas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

1 Autor

22

25

4

7

33

9

14

9

22

28

1

2 Autores

40

86

20

32

114

46

64

34

38

84

4

3 Autores

57

66

30

33

144

45

81

69

48

150

3

4 Autores

16

20

40

24

112

56

72

20

20

80

4

5 Autores

5

10

15

5

20

25

25

10

10

35

-

6 Autores

-

-

6

-

48

12

30

6

12

12

-

7 Autores

-

-

-

-

-

-

-

-

-

7

-

Total

140

207

115

101

471

193

286

148

150

396

12

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

Ao se analisar o Gráfico 4, um índice que chama a atenção é em relação ao Tema 11 "Educação para Sustentabilidade" apresenta o menor índice de trabalhos apresentados ao longo dos anos (0,57% ou 5 de 881). Isso pode ocorrer por três motivos: 1) desinteresse dos pesquisadores da área; 2) baixa qualidade dos trabalhos submetidos e, consequentemente, pouquíssimas aprovações para apresentação; 3) por se tratar de uma temática contemporânea e devido a outras áreas do evento abrange os trabalhos são submetidos em outras áreas.

Gráfico 4 – Participação das Temáticas na Área de EPQ do EnANPAD

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Os dados a seguir mostram a evolução em valores percentuais dos trabalhos publicados em cada área temática entre os anos de 2001 e 2014. Na Tabela 2 estão descritos como cada área temática evoluiu percentualmente em relação ao total dos 881 artigos apresentados:

Tabela 3 – Percentual de Artigos Publicados de cada Área Temática Por Ano

Temática

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Tema 1

0,00%

7,14%

8,11%

6,25%

8,16%

8,06%

4,35%

4,00%

11,11%

18,92%

12,50%

6,85%

6,59%

0,00%

Tema 2

20,83%

7,14%

16,22%

8,33%

10,20%

17,74%

9,78%

12,00%

8,33%

12,16%

12,50%

6,85%

10,99%

7,46%

Tema 3

4,17%

7,14%

2,70%

4,17%

4,08%

4,84%

6,52%

6,00%

4,17%

2,70%

7,81%

0,00%

2,20%

4,48%

Tema 4

4,17%

7,14%

5,41%

12,50%

6,12%

6,45%

1,09%

4,00%

2,78%

6,76%

4,69%

4,11%

0,00%

7,46%

Tema 5

33,33%

35,71%

40,54%

25,00%

24,49%

20,97%

17,39%

11,00%

18,06%

13,51%

15,63%

28,77%

19,78%

22,39%

Tema 6

12,50%

3,57%

8,11%

8,33%

8,16%

12,90%

4,35%

14,00%

1,39%

5,41%

4,69%

0,00%

23,08%

8,96%

Tema 7

4,17%

3,57%

8,11%

18,75%

18,37%

12,90%

14,13%

10,00%

18,06%

4,05%

15,63%

8,22%

10,99%

7,46%

Tema 8

0,00%

0,00%

0,00%

4,17%

0,00%

9,68%

3,26%

5,00%

18,06%

12,16%

6,25%

10,96%

4,40%

4,48%

Tema 9

16,67%

17,86%

8,11%

4,17%

16,33%

3,23%

8,70%

14,00%

1,39%

1,35%

7,81%

5,48%

4,40%

7,46%

Tema 10

0,00%

10,71%

2,70%

6,25%

4,08%

1,61%

30,43%

19,00%

15,28%

22,97%

12,50%

28,77%

17,58%

29,85%

Tema 11

4,17%

0,00%

0,00%

2,08%

0,00%

1,61%

0,00%

1,00%

1,39%

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

TOTAL

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

No Gráfico 5 percebe-se algumas questões interessantes. Primeiramente, em relação ao Tema 5 "Aprendizagem e Formação Acadêmica", apesar do número absoluto de trabalhos não ter grande variação, nota-se que sua participação no volume trabalhos caiu acintosamente depois de 2003. Muito disso se deve ao crescimento de trabalhos apresentados no Tema 7 "Planejamento e Organização de Cursos e Programas" que teve um crescimento de 2002 para 2003 o que contribuiu para o início do declínio de participação do tema 5.

Entretanto, o tema que apresenta uma tendência de crescimento ao longo dos eventos é o Tema 10 "Casos para Ensino". Esse crescimento pode ser justificado levando em consideração o aumento do interesse por parte de docentes e discentes de cursos de Administração por técnicas alternativas de ensino. Dessa forma, leva a uma preocupação dos pesquisadores por desenvolverem casos de estudo para serem utilizados em sala de aula e enviá-los para o evento no intuito de, com o debate e discussão, desenvolver o trabalho para viabilizar material para utilização em sala de aula.

Gráfico 5 – Evolução das Temáticas na Área de EPQ do EnANPAD

Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

O que chama a atenção nos dados de evolução dos trabalhos apresentados é a tendência estagnada em participação percentual e números absolutos de trabalhos no Tema 1 "Epistemologia". Tendo em vista a preocupação latente na área de Administração com a qualidade dos trabalhos que são produzidos e também a questões relativas à coerência nas pesquisas da área, pode causar estranhamento o fato de que discussões epistemológicas gerais na área não tenham destaque. Muitos defendem que a Administração seria um ramo da ciência que não possui seus próprios métodos e técnicas de investigação e se utiliza de metodologias de outras ciências (BUNGE, 1980), nesse sentido, as discussões sobre a cientificidade da área deveriam ter mais espaço no maior evento nacional da área.

Para a criação da rede (1-mode) de coautoria foram considerados todos os 881 artigos. A formação da rede se desenvolveu de forma orgânica, dado que boa parte dos autores possui grande quantidade de ligações (nós). No entanto, houve casos de nós isolados, os quais são autores que não estabeleceram ligações com nenhum outro autor durante o período analisado, para estes casos, todos foram excluídos da rede gerando a figura 1. A figura representa a rede de coautoria dos artigos selecionados. A rede de coautoria é responsável por demonstrar as ligações dos autores entre todos os artigos analisados. Representado na figura, os nós maiores demonstram os autores da rede com maiores quantidade de artigos e as ligações que os cercam. Além disso, é possível observar que os maiores colaboradores de artigos para o evento acabam possuindo mais ligações, por consequência, uma maior concentração de coautorias, fazendo com isso surgir uma maior densidade na rede. Esse tipo de configuração da rede, seria estrutural, utilizando uma medida de brokerage, pois revela o quanto cada ator da rede tem capacidade de controle do fluxo de recursos por estar em uma posição de mediação entre outros atores (WASSERMAN; FAUST, 1999).

Figura 1 – Rede de relações de coautoria entre autores da EnANPAD de 2001 a 2014

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

A tabela 4 demonstra os autores com maior número de artigos, os quais foram responsáveis pela densidade maior para a rede. Uma rede coesa, mais densa, se caracteriza por apresentar baixa distâncias entre os nós e alto coeficiente de agrupamento, o que para o campo científico contribui para a transferência e para o fluxo de informação (ROSSONI et al., 2007).

Tabela 4 –  Autores com maior número de trabalhos
apresentados no EnANPAD entre 2001 a 2014.

 Autores

Artigos

Martins, Gilberto de Andrade

11

Neto, Octavio Ribeiro de Mendonça

11

Lima, Manolita Correia

9

Freitas, Angilberto Sabino de

8

Borba, José Alonso

8

Figueiredo, Kleber Fossati

8

Antunes, Maria Thereza Pompa

8

Nunes, Simone Costa

8

Almeida, Victor Manoel Cunha de

8

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Com maior profundidade, a figura 2 demonstra como os 9 autores com a maior quantidade de trabalhos apresentados no EnANPAD entre 2001 a 2014. É possível visualizar a densidade entre 7 dos 9 autores e as suas respectivas ligações. Isto demonstra que a distância estrutural dos nós na rede possibilita um maior fluxo de informações entre eles, dado que em pequenos acessos a rede de outros autores eles poderão trocar informações. Por exemplo, mesmo estando distantes estruturalmente na rede, há um contato entre os maiores contribuidores através dos autores Maria Thereza Antunes e José Alonso Borba por meio das suas ligações. O contato direto entre algumas ligações, os menores nós, os quais não tiveram tantos trabalhos apresentados, o acesso com outros contribuidores possibilita outros trabalhos.

Figura 2 – Rede de relações de coautoria entre autores da EnANPAD de 2001 a 2014

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

6. Considerações finais

Este estudo teve por objetivo descrever o perfil das pesquisas e a evolução da área de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EPQ) nos artigos publicados nos anais do Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (EnANPAD) no período de 2001-2014 Os temas que se destacaram nesta análise foram o de "Casos para Ensino" e "Aprendizagem e Formação Acadêmica" que representam a maior parcela percentual dos trabalhos publicados na área. Entretanto, os resultados apontam que a área ainda não atingiu maturidade em suas publicações e que precisa percorrer um longo caminho para sua consolidação, mesmo que o número de artigos mostre uma tendência de crescimento e apresentando algumas características que favorecem a qualidade da pesquisa, dentro do contexto do Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (EnANPAD) ainda falta muito para atingir o volume de trabalhos de outras áreas como Estudos Organizacionais (EOR) e Estratégias Organizacionais (ESO).

Constatou-se que a grande maioria dos artigos investigados abordam temas relativos ao ensino e aprendizagem em Administração e Contabilidade, tendo forte tendência a trabalhar com os "Casos de Ensino" que vem ganhando importância e espaço dentro do ambiente universitário, o que mostra uma tendência de crescimento desta abordagem. Além disso, os trabalhos que tratam da "Aprendizagem e Formação Acadêmica", se mantêm constante no que se refere à sua participação em trabalhos apresentados no evento e se apresentam como uma constante dentro da área. Academicamente, os dados evidenciam que esta área ainda é marginal quando se comparada com outras áreas dentro do evento, quando deveria receber uma maior atenção a estudos mais consistentes no que se refere aos caminhos epistemológicos e metodológicos que são utilizados nas pesquisas organizacionais. Dessa forma, seria possível que os trabalhos empíricos pudessem ter melhores desenhos metodológicos, possibilitando caminhar em direção a construção de conhecimento científico mais consistente. Evidentemente, não se pode considerar a Administração uma ciência básica, pois parece óbvio que a Administração se utiliza de técnicas metodológicas e epistemologias de outras ciências, tais como Economia, Sociologia, Psicologia, dentre outras. Entretanto, vale a ressalva que a multidisciplinaridade é uma atividade essencial para o desenvolvimento científico, ou seja, não se deve pensar em atividade de pesquisa científica sem levar essa premissa em consideração.

Como limitação do estudo, vale ressaltar que a amostra de trabalhos ficou restrita aos anais do evento e que publicações em periódicos nacionais e internacionais, bem como teses e dissertações não foram levadas em consideração. Sugere-se então que estudos futuros foquem na análise dos conteúdos utilizados na fundamentação teórica, bem como a análise de trabalhos oriundos de outras fontes e o estudo das redes de pesquisadores e instituições. Além disso, vale um estudo mais aprofundado dos trabalhos que tratam da temática analisada em periódicos. Na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo, de acordo com Souza e Ribeiro (2013) tem-se 837 periódicos classificados pela Qualis (Capes, 2011) como sendo de A1 a C, tanto nacionais, quanto internacionais. Dessa forma, seria importante uma análise mais profunda nos principais periódicos constantes no Qualis da área de Administração.

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1. Doutorando pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR – Brasil – email: rodrigo.costa@pucpr.br
2. Mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR – Brasil – email: danillo.nogueira@pucpr.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 21) Año 2016

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