Espacios. Vol. 37 (Nº 17) Año 2016. Pág. 23

Risco ocupacional a poeiras em descarga e pendura de frangos em um abatedouro

Occupational hazard in the dust from discharge and chicken hanging in a slaughterhouse

Fabiano TAKEDA 1; Antônio Renato Pereira MORO 2

Recibido: 03/0416 • Aprobado: 15/04/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Material e Métodos

3. Resultados das Avaliações Quantitativas

4. Discussão dos Resultados

5. Considerações Finais

Referências


RESUMO:

O objetivo do estudo foi avaliar o risco gerado por poeiras na descarga e pendura de frangos para verificar se as atividades atendem as Normas Regulamentadoras. Foram realizadas avaliações quantitativas de poeira total e poeira respirável. Os resultados foram tratados utilizando matrizes adaptadas por Mulhausen e Damiano (1998) e o apêndice D da BS 8800 (BSI, 1996) para mensurar o grau do risco. Os resultados apontam que o risco poeira total na pendura de frangos deve ser monitorado periodicamente, que os trabalhadores devem receber informações referentes aos riscos e ações de prevenção devem ser implementadas para o controle do risco.
Palavras chaves: Poeiras Totais e Respiráveis, Avaliação de riscos, Normas Regulamentadoras.

ABSTRACT:

The aim of the study was to assess the threat posed by dust in the discharge and hanging from chickens to check the activities serve the Regulatory Norms. Quantitative evaluations of total dust and respirable dust were carried out. The results were treated using matrices adapted for Mulhausen and Damiano (1998) and Appendix D of BS 8800 (BSI, 1996) to measure the risk level. The results indicate that the risk of total dust hangs in chickens should be monitored periodically, that workers must receive information concerning the risks and preventive measures must be implemented to control risk.
Key words: Total and Breathable Dust, Risk Assessment, Regulatory Standards

1. Introdução

O controle do ambiente de trabalho, mesmo com a prevenção de doenças ocupacionais no contexto humano e social do país, é ainda incipiente e muitas vezes negligenciado, pois em muitas empresas os sistemas de prevenção buscam apenas atender normas e leis na teoria e acabam desprezando o trabalho na prática. Tornar mais saudável o ambiente do trabalho é considerado para as empresas uma maneira de prevenir perdas.

As providências para melhoria das condições ambientais ocupacionais devem ter objetivos mais amplos que apenas atender as legislações, pois é sabido que manter o ambiente de trabalho com valores de riscos dentro dos limites de tolerância não é o suficiente, se levarmos em conta o bem estar do trabalhador e a susceptibilidade do homem, a qual o leva a reagir de maneira diferente de outrem, em condições iguais.

No universo de fatores que influenciam na saúde e segurança do trabalhador, se estabelece a necessidade de avaliar a exposição aos riscos que os trabalhadores estão expostos, isto é possível com o auxilio da aplicação das Normas Regulamentadoras que tem como objetivo a preservação da saúde e segurança de trabalhadores. De acordo com Barbosa Filho (2001) é necessário que as normas de segurança e medicina do trabalho estejam implantadas em todas as etapas de trabalho nas empresas, pois em todas as atividades é possível que haja exposição de trabalhadores a riscos de acidentes e doenças ocupacionais.

Considerando esta necessidade de implantação dos requisitos das normas de segurança, é possível verificar que a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego NR-36 – norma especifica de segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes descreve no seu subitem 36.6.3 que na recepção e descarga de aves devem ser adotadas medidas de controle de poeiras de maneira a garantir que os níveis não sejam prejudiciais à saúde dos trabalhadores (Norma Regulamentadora NR-36, 2015). Nota-se que no subitem da norma não há uma distinção de qual o tipo de poeira deve ser avaliada, se total, torácica, respirável ou inalável e também não se estabelece qual referência de nível deve ser utilizada.

Contudo, ressalta-se que no Brasil a Norma Regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, no seu anexo 12 estabelecem limites de exposição apenas para poeiras minerais proveniente de asbesto, sílica livre cristalizada e manganês e seus compostos (Norma Regulamentadora NR-15, 2015). Esta Norma não estabelece limites para outros tipos de poeiras, o que faz avaliadores recorrerem a Norma Regulamentadora NR-09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no qual determina que na ausência de valores limites de exposição a agentes ambientais devem-se utilizar os valores adotados pela ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Higyenists (2013).

Na ACGIH (2013) a poeira recebe as seguintes denominações: a) poeira inalável como a fração em massa que realmente entra pelo nariz e pela boca durante a inalação e que pode depositar em qualquer parte do trato respiratório no qual é composta por partículas menores do que 100 µm (micrômetros); b) partículas torácicas, menores do que 25 µm que são capazes de penetrar além da laringe e; c) partículas respiráveis, menores do que 10 µm que são capazes de penetrar na região alveolar.

Usualmente utiliza-se além das três denominações elencadas, pela ACGIH (2013) a denominação de Poeira Total, que segundo Santos (2001) é composta por todo material particulado que está suspenso no ar, ou seja, é o resultado da soma da poeira inalável + poeira torácica + poeira respirável.

A definição da fração respirável para poeiras suspensas no ar foi originalmente recomendada pelo British Medical Research Council (BMRC) em 1952, e internacionalmente adotada em 1959 durante a "Johannesburg Pneumoconiosis Conference". A partir daí, dispositivos seletores, conhecidos como ciclones, foram desenvolvidos para separar as partículas menores que 10 μm (micrometros), consideradas como as causadoras das pneumoconises (SANTOS, 2001).

Já a poeira total, esse método varia de país para país, incluindo diferenças nas características dos dispositivos de coleta, tipos de filtros utilizados, fluxo ajustado para amostragem da poeira, técnicas de coleta adotadas, entre outras.

O processo produtivo do abatedouro de frangos objeto deste estudo consiste basicamente em três etapas, a inicial que é a chegada dos caminhões carregados de frangos a um galpão denominado como recepção, em seguida os caminhões são manobrados um a um para a descarga, local onde há o primeiro posto de trabalho de atividades com contato às poeiras das penas de frangos que ainda estão em gaiolas. Após as gaiolas com frangos serem retiradas do caminhão no posto de trabalho descarga, as gaiolas seguem por uma esteira até o setor de pendura de frangos. Os postos de trabalho estão representados no esquema da figura 01.

Figura 01. Descarga e pendura de frangos.
Fonte: Elaborado pelos autores (2015).

A figura 01 é uma ilustração dos postos de trabalho onde ocorre contato com frangos vivos nos qual há exposição de trabalhadores a poeiras de penas. No processo analisado dois trabalhadores retiram as gaiolas com frangos vivos que estão nos caminhões e em média 10 trabalhadores realizam a pendura dos frangos na esteira aérea denominada nórea para atender a demanda de produção do frigorifico em estudo.

A figura 02 ilustra o primeiro posto de trabalho, descarga de gaiolas onde ocorre a exposição de trabalhadores com poeiras provenientes dos frangos.

Figura 02. Descarga de frangos.
Fonte: Pesquisa de campo (2015).

Na atividade ilustrada na figura 02, os trabalhadores retiram as gaiolas com frangos vivos do caminhão e posicionam em uma esteira que transporta as gaiolas até o setor de pendura. A atividade é manual, os trabalhadores permanecem em pé em um elevador automático que é movimentado conforme a altura do empilhamento de gaiolas.

A figura 03 ilustra o posto de trabalho pendura de frangos onde ocorre o contanto de trabalhadores diretamente com frangos e com poeiras provenientes de suas penas.

Figura 03. Pendura de frangos.
Fonte: Pesquisa de campo (2015).

No segundo posto ilustrado na figura 03 os trabalhadores ficam lado a lado, conforme as gaiolas passam em uma esteira automática, eles fazem a retirada dos frangos pelos pés pendurando-os na esteira área que fica posicionada a frente dos trabalhadores, aproximada na altura dos seus olhos.

Neste local, devido à retirada do frango da gaiola e a sua posição para serem encaixados no equipamento, as aves debatem liberando penas no ambiente de trabalho. Gomide et. al. (2006) relata em sua pesquisa que na etapa de pendura de frangos sofrem uma grande tensão ocasionando quebra de ossos, fraturas nas asas e nas coxas devido ao manejo inadequado das aves, ocasionando maior movimentação dos frangos. Ainda de acordo com as autoras, devem ser adotadas medidas para evitar o bater de asas antes que elas entrem no próximo processo produtivo do abatedouro. Porém as medidas para evitar o bater de asas não foram relatadas pelas autoras.

Após analisar estudos que envolvem atividades similares, verificou-se que os dados referentes ao risco de poeiras em recepção, descarga e pendura de frangos na maioria são dados qualitativos, há poucas pesquisas que quantificam e avaliam a exposição de trabalhadores a poeiras geradas pelas penas dos frangos. Porém em atividades similares pode-se citar a pesquisa de Naas et. al. (1998) que mediu a concentração de poeira em aviários de frangos e obteve resultado que neste local apresenta uma das maiores médias comparadas às condições de produção de outras espécies, sendo de 3.83 mg/m3 a 10.4 mg/m3 para poeiras inaláveis e de 0.42 mg/m3 a 1.14 mg/m3 para poeiras respiráveis. O estudo de Naas et. al., (1998) foi comparado a outras duas pesquisas, de Takai et. al., (1993) e Donham (1999) realizadas em galpões de produção de aves no qual obtiveram valores de poeiras de penas acima dos limites de tolerância para respiração humana. Citam-se as pesquisas de avaliação de concentração de poeiras nos aviários devido à similaridade de atividades, na qual trabalhadores ficam em contato direto com as aves para realizar a apanha e colocação de frangos em gaiolas (DONHAM, 1999; TAKAI, et. al., 1993).

Partindo destes conceitos expostos o objetivo deste estudo é avaliar o risco ocupacional gerado por poeiras na descarga e pendura de frangos e verificar se as condições analisadas atendem aos requisitos das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil em especial as normas NR-09, NR-15 e NR-36.

2. Material e Métodos

O trabalho consiste de um estudo de campo realizado em um abatedouro de frangos localizado na região de Santa Catarina. A pesquisa foi realizada no setor denominado plataforma, foi limitada apenas nas atividades em que há contato de trabalhadores com penas de frangos, ou seja, nas atividades de descarga e pendura de frangos.

A pesquisa em questão é segundo Vergara (2009), descritiva, empregando-se investigações explicativas, observações e medições "in loco".

Adotando os critérios propostos por Vergara (2009), o universo da pesquisa de campo foi os setores com trabalhadores em exposição às penas de frangos vivos.

Quanto à seleção dos sujeitos, que segundo Lakatos e Marconi (2007) são as pessoas que contribuíram com os dados necessários à pesquisa, os sujeitos da pesquisa foram 05 trabalhadores no qual foram instalados os equipamentos de medição de poeiras. Não houve qualquer influência do trabalhador nos resultados da pesquisa. Em todas as avaliações os trabalhadores permanecem continuamente nos postos de trabalho realizando suas atividades de rotina diária. Os equipamentos foram instalados, monitorados e retirados pelos pesquisadores.

A coleta de dados foi realizada no mês de Novembro de 2015 e foram utilizados os seguintes equipamentos:

  1. Duas bombas gravimétricas marca Gilian modelo Gilair 5;
  2. Sistema filtrante (filtros, porta-filtros e suportes);
  3. Sistema separador de tamanho de aerodispersóide (ciclone);
  4. Um calibrador padrão marca Gilian modelo Gilibrator 2;
  5. Um equipamento termo-higro-anemômetro marca: Homis.

Quanto ao sistema de coleta, os dispositivos foram posicionados na altura da zona respiratória conforme metodologia da Fundacentro (2009) - Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho.

Todos os equipamentos foram calibrados e possuem certificado de calibração válido. Os coletores específicos utilizados para amostragem seguiram a metodologia recomendada pelo laboratório do Centro de Tecnologia SENAI-RJ Ambiental.

Na tabela 01 são apresentados os dados das avaliações das três amostras realizadas de poeiras totais e as duas amostras de poeiras respiráveis.

 

Amostras

H. Inicial

H. Final

T (min)

Q (L/min)

V (L)

T (C)

UR(%)

P.T.

13h40min

14h55min

75

1.7

127.5

29.5

49.2

P.T.

15h28min

16h10min

42

1.7

71.4

29.2

49.8

P.T.

12h10min

13h21min

71

1.7

120.7

26.2

58.2

P.R.

11h15min

13h25min

130

1.7

221.0

26.7

56.1

P.R.

13h30min

15h36min

126

1.7

214.2

28.6

53.2

Siglas: H: Hora; T(mim): Tempo em minutos; Q: Vazão em litros/minutos; V: Volume me litros;
T(C): Temperatura em Celsius; UR (%): Umidade Relativa; P.T.: Poeira Total; P.R.: Poeira Respirável.
Tabela 01. Dados das avaliações ambientais
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Todas as avaliações seguiram os critérios de medições das Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro (2009), das NHO´s e da norma NIOSH 0500/0600 – National Institute for Occupational Safety and Health, no qual determinam que a vazão para avaliação de poeiras totais pode variar em litros por minutos no valor de 1 L/min a 2 L/min com volume mínimo de 7 L e volume máximo de 133 L. Para poeira respirável determina vazão entre 1 L/min e 2 L/min com volume mínimo de 20 L e volume máximo de 400 L. Portanto foi determinado para calibração das bombas gravimétricas a vazão de 1.7 L/min para todas as amostras seguindo os procedimentos técnicos. Em seguida foram determinados os tempos de coleta atendendo os volumes mínimos e máximos de avaliação.

Conforme descrito na norma da Fundacentro (2009) a coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação específica para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável. Partindo deste conceito foram realizadas as coletas de poeiras totais, pois não há indicação específica e as coletas de poeiras respiráveis foram avaliadas em função de a poeira possuir os tamanhos menores de partículas.

O setor de descarga de frangos consiste em um ambiente aberto, sem paredes, pé direito aproximado de 7 metros, cobertura de zinco, ventilação natural e forçada por ventiladores e iluminação natural.

O setor de pendura de frangos consiste em um ambiente fechado por paredes de cimento e isopainel, pé direito aproximado de 6 metros, cobertura de zinco, forro de isopainel, ventilação forçada por ventiladores e exaustores e iluminação artificial.

Considerando que o termo risco abrange diversas definições, umas delas que se enquadra na pesquisa é definida por Rabechini Junior e Carvalho (2013) que define risco como a caracterização por uma situação cuja decisão é tomada sob condições de probabilidades conhecidas.

Para mensurar o risco de exposição dos trabalhadores às poeiras, as avaliações foram realizadas tomando-se por base a combinação de duas variáveis: probabilidade de ocorrência do dano e gravidade do dano. De acordo com Mulhausen e Damiano (1998) a categoria ou importância de um risco é determinada pela expressão: Risco = Probabilidade de ocorrência do dano x Gravidade do dano.

Com base nessa expressão foi possível estimar o risco a partir da combinação da gradação da probabilidade de que o dano venha a se efetivar (ao longo da vida profissional dos expostos) e da gradação da gravidade desse dano, utilizando-se uma matriz de risco elaborada a partir da combinação das matrizes elaboradoras por Mulhausen e Damiano (1998) e pelo apêndice D da BS 8800 (BSI, 1996).

A primeira matriz utilizada é apresentada no quadro 01 para avaliar a probabilidade de ocorrência do dano.

 

(P)
Índice de probabilidade

CRITÉRIO UTILIZADO

Perfil de exposição qualitativo

Perfil de exposição quantitativo

Fator de proteção

1

Possível, mas altamente improvável

Exposição baixa: contato não frequente com o agente ou frequente a baixíssimas concentrações / intensidades

Exposição inferior a 10% do Limite de Exposição Ocupacional. E<10% LEO Percentil 95<0,1 x LEO

As medidas de controle existentes são adequadas, eficientes e há garantias de que sejam mantidas em longo prazo

2

 Improvável

Exposição moderada: contato frequente com o agente a baixas concentrações / intensidades ou contato não frequente a altas concentrações/intensidades

Exposição estimada entre 10% e 50% do Limite de Exposição Ocupacional. 10%<E<=50% LEO Percentil 95 entre 0,1 x LEO e 0,5 x LEO

As medidas de controle existentes são adequadas e eficientes, mas não há garantias de que sejam mantidas em longo prazo

3

Pouco provável

Exposição significativa ou importante: contato frequente com o agente a altas concentrações/intensidades

Exposição estimada entre 50% e 100% do Limite de Exposição Ocupacional. 50%<E<=100% LEO Percentil 95 entre 0,5 x LEO 1,0 x LEO

As medidas de controle existentes são adequadas mas apresentando desvios ou problemas significativos. A eficiência é duvidosa e não há garantias de manutenção adequada

4

Provável ou quase certo.

Exposição excessiva: contato frequente com o agente a concentrações/intensidades elevadíssimas

Exposição estimada acima do Limite de Exposição Ocupacional. E>100% LEO Percentil 96>1,0 x LEO

Medidas de controle inexistentes ou as medidas existentes são reconhecidamente inadequadas

Siglas: E: Exposição; LEO: Limite de exposição ocupacional.
Quadro 01. Matriz de índice de probabilidade
Fonte: Quadro adaptado de Mulhausen e Damiano (1998) e Apêndice D da BS 8800 (BSI, 1996).

Considerando que no estudo foram realizadas avaliações quantitativas, o critério utilizado foi o perfil de exposição quantitativo. Analisando os resultados de LEO – Limite de Exposição Ocupacional de cada amostra foi possível interpretar qual o Índice de probabilidade (P).

Na gradação da gravidade do dano, Mulhausen e Damiano (1998) definem que também podem utilizar várias abordagens ou critérios conforme quadro 02, cada caso vai depender das informações disponíveis pelo avaliador.

(G)

Índice de gravidade

do dano

CRITÉRIO UTILIZADO

Potencial carcinogênico, mutagênico ou teratogênico

(Agentes químicos e físicos)

Potencial de danos locais por contato com olhos e pele (Agentes químicos)

TLVs (ACGIH) – Contaminantes atmosféricos

Grupos de Risco de Biossegurança

(microrganismos patogênicos)

Gás ou Vapor

Particulado

1

Reversível leve

Agentes sob suspeita de ser carcinogênico, mutagênico ou teratogênico, mas os dados existentes são insuficientes para classificar.(Grupo A4 da ACGIH)

Agente classificado como irritante leve para a pele, olhos e mucosas

> 500 ppm

>= 10

mg/m3

Agentes do Grupo de Risco 1: risco individual e para a comunidade ausente ou muito baixo

2

Reversível Severo

Agente carcinogênico, teratogênico ou mutagênico confirmado para animais.

(Grupo A3 da ACGIH)

Agente classificado como irritante para mucosas, olhos, pele e sistema respiratório superior

101 a 500 ppm

> 1 e <10 mg/m3

Agentes do Grupo de Risco 2: risco individual moderado, baixo risco para a comunidade

3

Irreversível Severo

Agente carcinogênico, teratogênico ou mutagênico suspeito para seres humanos.

(Grupo A2 da ACGIH)

Agente altamente irritante ou corrosivo para mucosas, pele, sistema respiratório e digestivo, resultando em lesões irreversíveis limitantes da capacidade funcional

11 a 100 ppm

0,1 e <= 1 mg/m3

Agentes do Grupo de Risco 3: alto risco individual, baixo risco para a comunidade

4

Fatal ou Incapacitante

Agente carcinogênico, teratogênico ou mutagênico confirmado para seres humanos.

(Grupo A1 da ACGIH)

Agente com efeito cáustico ou corrosivo severo sobre a pele, mucosa e olhos (ameaça causar perda da visão), podendo resultar em morte ou lesões incapacitantes

<= 10 ppm

<= 0,1

mg/m3

Agentes do Grupo de Risco 3: alto risco individual, alto risco para a comunidade

Siglas: TLV: Thershold Limit Value; ACGIH: American Conference of Governmental Industrial Hygienists;
ppm: Partes por millhão; mg/m3 miligrama por metro cúbico.
Quadro 02. Matriz de índice de gravidade do dano
Fonte: Quadro adaptado de Mulhausen e Damiano (1998) e Apêndice D da BS 8800 (BSI, 1996).

No estudo foi utilizado para avaliar a gravidade do dano o critério TLVs-Threshold Limit Value (ACGIH)–contaminantes atmosféricos para particulados (ACGIH 2013).  Analisando os resultados TLVs de cada amostra foi possível interpretar o Índice de gravidade do dano (G).

Com a combinação dos valores atribuídos nas análises anteriores os Índices (P) e (G) foram analisados na matriz de Probabilidade X Gravidade conforme quadro 03.

PROBABILIDADE

(4)

Provável

RISCO

MÉDIO

RISCO

ALTO

RISCO

ALTO

RISCO

CRÍTICO

(3) Pouco provável

RISCO

BAIXO

RISCO

MÉDIO

RISCO

ALTO

RISCO

ALTO

(2)

Improvável

RISCO

BAIXO

RISCO

BAIXO

RISCO

MÉDIO

RISCO

ALTO

  • Altamente improvável

RISCO

IRRELEVANTE

RISCO

BAIXO

RISCO

BAIXO

RISCO

MÉDIO

(1)

Reversível, leve

(2)

Reversível severo

(3)

Irreversível, severo

(4)

Fatal ou incapacitante

GRAVIDADE

Quadro 03. Matriz de gradação do risco
Fonte: Quadro adaptado de Mulhausen e Damiano (1998) e Apêndice D da BS 8800 (BSI, 1996).

Com a relação dos Índices (P) Probabilidade e (G) Gravidade atribuídos na matriz acima, foram possíveis estimar os graus dos riscos e quais as ações necessárias para controlar o risco avaliado.

Ressalta-se que a pesquisa foi permitida pela empresa e o protocolo da pesquisa foi submetido e aprovado por uma Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina atendendo a todas as recomendações legais.

3. Resultados das Avaliações Quantitativas

A partir das avaliações realizadas "in loco", os coletores foram enviados ao Centro de Tecnologia SENAI-RJ Ambiental, e após as análises os resultados foram divididos para análise separadamente conforme cada classificação de poeira. Na tabela 02 estão os resultados de poeira total de cada amostra realizada.

Local

Parâmetro

Massa

Resultados

LEO

Pendura de frangos

Poeira Total

0.48 mg

6.40 mg/m3

10.0 mg/m3

Pendura de frangos

Poeira Total

0.33 mg

7.86 mg/m3

10.0 mg/m3

Descarga de gaiolas

Poeira Total

N.D.

N.D.

10.0 mg/m3

Siglas: mg/m3: miligrama por metro cúbico; LEO: Limite de exposição ocupacional; N.D.: Não detectado.
Tabela 02. Resultados das avaliações de poeira total
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Analisando os resultados obtidos nas avaliações, nota-se que em ambos os casos da pendura de frangos os valores de poeira total não ultrapassaram os limites de tolerância estipulados pela ACGIH (2013) de 10.0 mg/m3 para poeira total. Os resultados apontam que foi possível detectar índices de poeira total apenas nas medições de um posto de trabalho. Na descarga o resultado foi N.D. (Não Detectado – para valores inferiores ao limite de quantificação). Na tabela 03 são apresentados os resultados das avaliações de poeira respirável em ambos os postos de trabalho avaliados.

 

Local

Parâmetro

Massa

Resultados

LEO

Pendura de frangos

Poeira Respirável

0.15 mg

0.68 mg/m3

3.0 mg/m3

Descarga de gaiolas

Poeira Respirável

0.13 mg

0.61 mg/m3

3.0 mg/m3

Siglas: mg/m3: miligrama por metro cúbico; LEO: Limite de exposição ocupacional;
Tabela 03. Resultados das avaliações de poeira respirável
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

O LEO - Limite de Exposição Ocupacional ou TLV - Threshold Limit Value é a concentração máxima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao produto, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral em condição de 8 horas de exposição diária.

Nota-se nos resultados das avaliações de poeira respirável que não foram ultrapassados os limites de tolerância estipulados pela ACGIH (2013) em ambos os postos de trabalho. Outro ponto a ser destacado é que as avaliações em ambos os postos de trabalho demonstram valores próximos.

Através das avaliações quantitativas confirmou-se a existência de poeiras totais e respiráveis na pendura e poeira respirável na descarga de gaiolas.

Deve-se ressaltar que os limites de tolerância da ACGIH (2013) em nenhuma das avaliações foi ultrapassado, porém considerando o objetivo desta pesquisa que é avaliar o risco, determinar seu grau e o atendimento das Normas Regulamentadoras, verifica-se a necessidade de avaliar os riscos considerando as Normas Regulamentadoras NR-09, NR-15 e NR-36.

Considerando que na Norma Regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações Insalubres e na Norma Regulamentadora NR-36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados não fixam valores para exposição a poeiras que possam ser considerados como parâmetros de avaliação de risco a saúde dos trabalhadores e como já analisado que não foram ultrapassados os limites de tolerância da norma utilizada como parâmetro, a ACGIH (2013), cabe destacar que a Norma Regulamentadora NR-09, em seu texto cita que deverá ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, e que para os agentes químicos o nível de ação é a metade do limite de exposição ocupacional estabelecido pela norma utilizada como parâmetro de análise. Ou seja, a poeira total em ambas as amostras na pendura de frangos o nível de ação é de 5 mg/m3, o qual foi ultrapassado nas duas amostras.

Segundo o item 9.3.6.1 da Norma Regulamentadora NR-09 (2015) – PPRA, "considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição".

Para a avaliação da probabilidade do risco foi utilizado as matrizes propostas por Mulhausen e Damiano (1998). Para o estudo foi utilizado a tabela 1 que possibilita três tipos de critérios a serem utilizados. Conforme já definido o Critério utilizado foi o Perfil de exposição quantitativo e os resultados são apresentados na tabela 04.

 

Local

Parâmetro

Resultados

LEO

Perfil de exposição quantitativo

Probabilidade (P)

Pendura de frangos

Poeira Total

6.40 mg/m3

10.0 mg/m3

50%<E<=100%LEO

3

Pendura de frangos

Poeira Total

7.86 mg/m3

10.0 mg/m3

50%<E<=100%LEO

3

Descarga de gaiolas

Poeira Total

N.D.

10.0 mg/m3

E<10%LEO

1

Pendura de frangos

Poeira Respirável

0.68 mg/m3

3.0 mg/m3

10%<E<=50%LEO

2

Descarga de gaiolas

Poeira Respirável

0.61 mg/m3

3.0 mg/m3

10%<E<=50%LEO

2

Siglas: mg/m3: miligrama por metro cúbico; LEO: Limite de exposição ocupacional; E: Exposição; N.D.: Não detectado.
Tabela 04. Probabilidade do risco
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Na análise da probabilidade deve-se usar abordagem ou critério mais adequado e a seguinte pergunta guia pode ser utilizada para definir a probabilidade do risco: "qual a chance (probabilidade) que o trabalhador exposto tem de vir a sofrer um dano se as condições de trabalho permanecer iguais ao presente momento"?

A partir da combinação dos resultados quantitativos com o perfil de exposição quantitativo foi possível analisar qual a probabilidade do risco conforme resultados acima variando nas amostras com P=1 a P=3.

Seguindo os mesmos critérios da probabilidade, porém na segunda matriz proposta por Mulhausen e Damiano (1998), foi classificada a gravidade de cada risco. O critério utilizado para avaliação foi o TLV (ACGIH) para contaminantes atmosféricos particulados. Os resultados encontram-se na tabela 05.

 

Local

Parâmetro

Resultados

LEO

TLVs (ACGIH) Particulados

Gravidade (G)

Pendura de frangos

Poeira Total

6.40 mg/m3

10.0 mg/m3

>=10mg/m3

1

Pendura de frangos

Poeira Total

7.86 mg/m3

10.0 mg/m3

>=10mg/m3

1

Descarga de gaiolas

Poeira Total

N.D.

10.0 mg/m3

>=10mg/m3

1

Pendura de frangos

Poeira Respirável

0.68 mg/m3

3.0 mg/m3

>1 e <10mg/m3

2

Descarga de gaiolas

Poeira Respirável

0.61 mg/m3

3.0 mg/m3

>1 e <10mg/m3

2

Siglas: mg/m3: miligrama por metro cúbico; LEO: Limite de exposição ocupacional; E: Exposição; N.D.: Não detectado.
Tabela 05. Gravidade do risco
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Com a combinação dos resultados de LEO – Limite de Exposição Ocupacional relacionados com os TLVs (ACGIH) de contaminantes atmosféricos particulados foi possível analisar qual a gravidade do risco no qual os resultados foram G=1 e G=2. A partir da combinação dos valores atribuídos para probabilidade (P) e gravidade (G) do dano conforme os critérios utilizados na avaliação o próximo passo foi analisar utilizando a matriz de risco para obter a categoria do risco resultante. Os resultados estão apresentados na tabela 06.

 

Local

Resultado

Probabilidade (P)

Gravidade (G)

Grau de risco

Ações

Pendura de frangos

6.40 mg/m3

3

1

Baixo

Monitorar anualmente

Pendura de frangos

7.86 mg/m3

3

1

Baixo

Monitorar anualmente

Descarga de gaiolas

N.D.

1

1

Irrelevante

Monitoramento periódico não necessário

Pendura de frangos

0.68 mg/m3

2

2

Baixo

Monitoramento periódico não necessário

Descarga de gaiolas

0.61 mg/m3

2

2

Baixo

Monitoramento periódico não necessário

Siglas: mg/m3: miligrama por metro cúbico; N.D.: Não detectado.
Tabela 06. Grau de risco e ações a serem implementadas
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Atribuindo os valores de (P) x (G) de cada amostra nas matrizes utilizadas, obtiveram-se os resultados do grau de risco para cada avaliação realizada nos postos de trabalho, no qual se obteve resultados de risco Baixo e risco Irrelevante. De acordo com Mulhausen e Damiano (1998) para cada grau de risco há uma ação a ser realizada, e para o estudo os resultados foram de necessidade de monitoramento periódico, monitoramento anual e não necessário monitorar periodicamente o risco.

4. Discussão dos Resultados

Os resultados das avaliações realizadas nos postos de trabalho apontam que inicialmente em nenhuma das avaliações ultrapassou o Limite de Exposição Ocupacional, porem ao avaliar o grau de cada risco, entre as cinco avaliações obteve-se quatro resultados com grau de risco baixo no quais dois necessitam de ações de monitoramento.

Analisando a Norma Regulamentadora NR-09 (2015) que considera nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas, pode-se confirmar que nos resultados das avaliações o posto de pendura de frangos necessita de monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e controle médico de todos os colaboradores expostos ao risco poeira total desta atividade.

Com relação ao item 36.6.3 da Norma Regulamentadora NR-36 (2015) que cita em seu texto "na recepção e descarga de aves devem ser adotadas medidas de controle de poeiras de maneira a garantir que os níveis não sejam prejudiciais à saúde dos trabalhadores".

Considerando as condições do ambiente de trabalho e a Norma Regulamentadora NR-09 (2015), verifica-se que o posto recepção e descarga nas condições apresentadas das avaliações atendem ao item 36.6.3 da Norma Regulamentadora NR-36 (2015).

Porém no setor pendura de aves nas condições apresentadas das avaliações, os níveis de poeira encontrados são prejudiciais à saúde e segurança dos trabalhadores, no qual as poeiras totais nas duas avaliações necessitam de monitoramento anual conforme avaliação de risco, proposta por Mulhausen e Damiano (1998) e necessitam conforme Norma Regulamentadora NR-09 (2015) de monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e controle médico de todos os expostos ao risco poeira total desta atividade.

5. Considerações Finais

Com o estudo quantitativo foi possível avaliar o risco por poeiras na descarga e pendura de frangos e verificar se estes níveis avaliados com matrizes de probabilidade x gravidade apresentam riscos significativos nas atividades.

De acordo com os limites de tolerância da ACGIH (2013) os riscos gerados pela poeira total na pendura de frangos apresentam necessidade de ações anuais para garantir o controle do risco. Considerando a Norma Regulamentadora NR-09 (2015) estes riscos devem ser monitorados periodicamente, os trabalhadores devem receber informações referentes aos riscos e ações de prevenção a serem tomadas em relação ao risco, sendo necessário manter o controle médico de todos trabalhadores.

Com relação à Norma Regulamentadora NR-15 (2015), não há limites de tolerância destes agentes químicos para enquadra-los na condição insalubre e com necessidade de pagamento de adicional de insalubridade.

Quanto ao atendimento da Norma Regulamentadora NR-36 (2015), os resultados apontam que o setor de descarga de frangos atente com níveis baixos sem necessidade de monitoramento periódico. Por outro lado o setor de pendura de frangos não evidenciado de forma clara nos itens da Norma Regulamentadora NR-36, não garantem medidas de controle de poeiras totais de maneira que garanta que os níveis não sejam prejudiciais à saúde dos trabalhadores. Ressalta-se outro ponto importante descrito nesta pesquisa que conforme estudos em galpões de produção de aves, estes obtiveram valores acima dos limites de tolerância para respiração humana.

Por fim, para atender a Norma Regulamentadora NR-36 (2015) quanto à garantia de níveis que não sejam prejudiciais à saúde dos trabalhadores, estes ambientes de trabalho devem ser projetados e reavaliados com o intuito de reduzir os índices de poeira nestes locais. Também sugere-se que sejam realizadas avaliações de poeiras inaláveis que é a fração em massa que realmente entra pelo nariz e pela boca durante a inalação e que pode depositar em qualquer parte do trato respiratório e as poeiras torácicas que são capazes de penetrar além da laringe.

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1. Doutorando em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Email: takeda.f@bol.com.br
2. Professor Doutor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Email: renato.moro@ufsc.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 17) Año 2016

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