Espacios. Vol. 37 (Nº 16) Año 2016. Pág. 9
Marcilene FEITOSA Araújo 1; Isabel Cristina DOS SANTOS 2; Raquel da Silva PEREIRA 3
Recibido: 18/02/16 • Aprobado: 21/03/2016
4. Resultado e Discussão Teórica
RESUMO: Este artigo analisa as mudanças adotadas no plantio do arroz irrigado no Estado de Roraima, identificando os fatores que o tornaram um produto nacionalmente aceito. Para tanto, utilizou-se pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, delineada por estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental em fontes primárias de dados e entrevista junto aos principais atores no setor e objeto investigado: a presidente da Associação de Plantadores de Arroz, de Roraima, que representa o interesse dos principais produtores e viabiliza a comercialização do produto; e o pesquisador de rizicultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Os dados foram analisados por conteúdo, resultando nas seguintes informações: a produção de arroz em Roraima até a década de 1980 era tipicamente de sequeiro (lavrado); a mudança para plantio irrigado visou eliminar os efeitos da estiagem no ciclo de produção no modelo anterior e para conter pragas e doenças que geravam perdas significativas na produção do arroz. Desde então, predomina o plantio irrigado em várzeas, com técnicas e tecnologias usadas pelos Estados produtores do sul do país. Roraima, que já foi o segundo maior produtor, atualmente é o terceiro no ranking. A perda de posição decorreu da demarcação de terras indígenas que reduziu as áreas de plantio do arroz e a produção. Observa-se que o setor está recuperando os níveis de produção com uso de tecnologias modernas em atendimento aos anseios socioeconômicos e ambientais, mecanização da lavoura, bombeamento da água de rio para a irrigação e uso da aviação agrícola para controle do plantio do arroz irrigado. |
ABSTRACT: This article analyzes the changes in the irrigated rice plantation in Roraima, identifying the factors that made this product nationally accepted, through an exploratory research, underlined by a case study. The research findings shows up that until 1980 rice plantation in Roraima was inserted in a non-irrigated land. The change for the irrigated system was due to lack of rainfall during the production, and aim to contain pests and diseases that call losses in rice plantation. Nowadays, the rice plantation is based on irrigated planting in floodplains areas. Roraima´s producers apply the same techniques and technologies used by the producers in the South region of Brazil. Roraima held the second highest productivity average of the country. Recently, Roraima dropped to the third rice producer position. The indigenous land demarcation affected the rice planting, reducing significantly the amount produced. Nowadays, the sector is recovering the production volumes with irrigated rice, with the use of new technologies that allows meeting social, economic and environmental demands, mainly in the mechanization of farming, pumping of river water for irrigation and agricultural aviation for planting control. |
A recuperação de áreas degradadas pelo uso intensivo dos solos decorrente das atividades socioprodutivas e culturais têm se revelado um negócio lucrativo. Com o robustecimento das campanhas e ações preservacionistas, com a crescente escassez de recursos naturais e exaustão da capacidade de autorrecuperação do meio ambiente, a expectativa de correção recai sobre o comportamento socioambientalmente correto dos indivíduos e empresas que exploram as riquezas da terra. Nessa perspectiva, o termo "desenvolvimento sustentável" ganhou evidência sendo reconhecido a partir do Relatório Brundtland, de 1987, como um processo de transformação capaz de oferecer, às futuras gerações, as condições ambientais atuais e, desejavelmente, melhor recuperadas (Barbosa, Veríssimo, Sousa, Melo & Pereira, 2012).
Por conta da corrente socioambiental preservacionista, a preocupação com as condições de vida no planeta tem levado à adoção de inúmeras iniciativas, com destaque para a gestão ambiental, sustentabilidade e inovação social que visam minimizar o impacto da ação do homem sobre o meio ambiente. Incluem-se, nessa pauta, as ações e a conduta dos produtores do agronegócio.
Um dos principais produtos agrícolas de Roraima, o arroz é considerado um dos alimentos mais cultivados e consumidos no mundo. O plantio do arroz está presente em mais de 100 países e atende as necessidades de consumo de, aproximadamente, dois terços da população mundial. Pela relevância do produto na dieta humana, é considerada como uma inovação social, a adoção de recursos tecnológicos que vise aumentar a produtividade e a segurança alimentar.
O setor de agronegócios, no Brasil, tem passado por uma expressiva modernização que abrange novas técnicas e uso de sofisticadas tecnologias para colheita e tratamento do produto, bem como a implantação de sistemas de irrigação e normalização do solo, aumentando a produtividade. E faz sentido que assim seja, uma vez que o setor tem participado de forma crescente na composição do Produto Interno Bruto (PIB), do país e das regiões produtoras, como é o caso de Roraima.
Conforme dados da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento de Roraima/SEPLAN, o PIB do Estado ficou em R$ 6,3 bilhões em 2010, sendo que o Setor Terciário respondeu por 82% desse total, seguido pelo Setor Secundário, com 13% e pelo Setor Primário com 5%, apresentando um crescimento real em volume de 9,6% naquele ano (Seplan, 2013). Destacada a atividade extrativa, o setor primário, a soma das riquezas geradas na agricultura e pecuária alcança 4% do valor do PIB do Estado (Seplan, 2013). Roraima participa em 0,17% do PIB nacional.
No caso particular da produção de arroz (plantio), a estimativa de crescimento da produção nacional, decorrente de maior produtividade é de 12.369 milhões de toneladas para aproximadamente 17 milhões, com redução de área de plantio que, "pelas projeções pode cair de 2,23 milhões de hectares em 2012/13 para 1,50 milhão de hectares em 2022/23" (Brasil, 2013).
Até recentemente, a competitividade no setor de agronegócios baseou-se em um modelo insustentável, com uso de produtos tóxicos que agrediam tanto a saúde do consumidor quanto meio ambiente. Assim, o agronegócio, sob a perspectiva de produção sustentável deve apoiar-se em novas técnicas e tecnologias que conciliem ganhos econômicos, sociais e ambientais.
A inovação, sob a perspectiva socioambiental; frente à abundância de recursos naturais do país, sugere a possibilidade de inserção produtiva para todos que vivem da terra e, a partir dela, agregação de novos valores (Oliveira & Silva, 2012). Diante do exposto, surgiu a motivação para a presente pesquisa, norteada pela seguinte pergunta: Quais são os principais obstáculos enfrentados pelos produtores de arroz irrigado em Roraima?
Os estudos sobre desenvolvimento de regiões estão em evidência desde 1950. Destacam-se os trabalhos de Alfred Marshall, na obra "Princípios de Economia", originalmente publicado em 1890 (Marshall, 1982). Na obra citada, a vantagem competitiva das regiões era sustentada por potencialidades locais. A visão de Marshall sobre a economia das regiões inspiraria outros autores a investigar a influência dos fatores de produção sobre a geração de riquezas como a Teoria do Valor e a Teoria Econômica Neoclássica, por exemplo. Outro estudo no entendimento do desenvolvimento regional refere-se à obra de Alfred Weber (1868-1958) acerca dos fatores da localidade, tema revisitado pela obra do economista Paul Krugman (1953 - atual).
Objeto de interesse de estudiosos da Microeconomia, o conceito de desenvolvimento regional enfatiza as oportunidades locais evidenciadas por meio de uma estreita relação entre agentes, podendo ser entendido como um processo endógeno que se utiliza da capacidade, oportunidade e potencialidade do local para obter resultados econômicos mais significativos, influenciando diretamente na qualidade de vida das pessoas (Buarque, 2006).
Assim, conforme sugerem Lima e Simões (2010), uma região "é representada por um conjunto de pontos do espaço que tenham maior integração entre si do que em relação ao resto do mundo", isto é, "um conjunto de centros urbanos dotados de um determinado grau de integração". E a integração, por outro lado, tem extrapolado os limites primitivos e geográficos da localidade, ensejando que o território seja uma constituição, sobretudo, formada por relacionamentos e trocas.
O desenvolvimento de regiões, segundo Oliveira Junior, Pereira e Bresciani (2011), trata dos conceitos atribuídos não somente os aspectos econômicos, mas que envolvam as questões sociais, ambientais e culturais que, de acordo com os autores, são consideradas dimensões indissociáveis.
Decorrente da crise social e ambiental deflagrada em meados do século XX, o termo "desenvolvimento sustentável" emergiu a partir dos estudos da Organização das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas. Tais estudos deram origem ao relatório que ficou conhecido como Our Common Future.
Veiga (2007) enfatiza que o crescimento econômico deve respeitar os limites da natureza e não destruir seus ecossistemas, preservando recursos naturais para as futuras gerações. Ao longo dos anos, a relação entre o homem e natureza foi ficando cada vez mais conflituosa e demonstrando sinais claros de exaustão. Os problemas ambientais apresentam-se como maiores desafios enfrentados pela humanidade, pois vem afetando as relações entre a sociedade e as condições de sobrevivência no planeta (Moscovici, 2007).
Em nome do desenvolvimento, durante séculos, a sociedade praticou um modelo focado nos índices econômicos. E comportava-se como se as fontes de matérias-primas fossem inesgotáveis e que o planeta assimilaria os resíduos indefinidamente (Santos & Cândido, 2013). Assim, o meio ambiente foi sendo violentamente degradado, atingindo níveis de esgotamento de seus recursos naturais. A crise ambiental e social da década de 1970, que repercutiu mundialmente, forçou o debate a respeito do uso consciente dos recursos naturais.
Na visão de Santos e Cândido (2013) para o alcance do desenvolvimento sustentável é necessário um modelo de sociedade que almeje a minimização de tais problemas, pensando não somente em crescer economicamente, mas também em se desenvolver sustentavelmente, em resposta à crise ambiental global.
A sociedade vê o desenvolvimento sustentável como um processo de transformação, sugerem Barbosa et al (2012), assim, a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais devem se harmonizar, reforçando a potencialidade de se atender as necessidades e aspirações humanas, tanto no presente como no futuro. O desenvolvimento sustentável consiste na integração de três dimensões da sustentabilidade: ambiental, econômico e social, como sintetiza a Figura 1.
Figura 1: Tríade da Sustentabilidade
Fonte: Adaptado de Barbosa et al (2012).
Considerado eficiente e de fácil aceitação, o conceito de desenvolvimento sustentável compreende uma visão sistêmica de difícil aplicação prática, pois envolve a combinação de diversos fatores ambientais, tecnológicos, econômicos, culturais e políticos. Cada um deles, por si só, é de natureza complexa. Ainda, o desenvolvimento sustentável requer um conjunto de mudanças, na forma de pensar e agir dos agentes públicos e privados, e também na forma de consumir da sociedade (Cândido, 2004; Barbosa et al, 2012; Santos & Cândido, 2013). E essa mudança, para ser significativa, impõe uma maior interação entre as empresas, o governo, as universidades e as organizações sociais.
O modelo de articulação desenvolvido por Etzkowitz e Leydesdorff, em 1999, participavam o governo, universidades e empresas, teve como objeto central a interação para promover transferência de recurso (governo); de conhecimentos avançados (universidades) para fomentar a inovação na produção industrial, e adicionar valor à competitividade do país (empresas). Para Faccin, Weiler e Bonilha (2012) reconhecem que nesse modelo de articulação, denominado de hélice tríplice, situa-se a dinâmica da inovação, em que, segundo os autores, as relações se estabelecem entre as três esferas institucionais. Essas relações são derivadas de transformações internas em cada parte da hélice, gerando um efeito cascata nas demais instituições, e em toda sociedade.
A abordagem da tríplice hélice destaca que a interação entre os atores é a chave para melhorar as condições para inovação. Observa-se que a abordagem, embora frequentemente utilizada para representar interações baseadas em novos conhecimentos, pode também explicar as relações sociais e interorganizacionais em ambientes socioprodutivos menos sofisticados, sendo fundamental para compreender os processos de desenvolvimento regional e suas implicações no meio ambiente (Azeredo; Paula Jr., Santos, Silva & Toscano, 2010)
Orientando os modelos de articulação mais recentes, Etzkowitz e Zhou (2006, apud Paganotti, 2014) introduziram dois fatores críticos: o ambiente e a sociedade. Sob essa ótica, os autores ampliaram o modelo, considerando dois grupos de "hélices gêmeas", uma representando a estrutura tradicional e a outra considerando a tríade Universidade, Governo e a Sociedade, como descreve a Figura 2.
Figura 2: Hélice Tríplice Gêmea
Fonte: Adaptado de Etzkowitz e Zhou (2006)
No modelo convencional, as interações são guiadas pela inovação e baseadas na geração de benefícios mútuos (Etzkowitz & Leydesdorff, 1999; Etzkowitz & Melo, 2004). Ao adicionar o termo "sociedade", os autores destacam a necessidade de conciliar o desenvolvimento socioeconômico à preservação do ambiente natural para as futuras gerações e para garantir a qualidade e condições de vida da sociedade.
Dadas as assimetrias e diferentes vocações econômicas regionais, muitas vezes descortinadas pela constância de determinadas características, como a seca histórica no semiárido (Lira & Oliveira, 2012), a aplicação do conceito de inovação deve ser adequadamente contextualizada. No caso estudado, a inovação tecnológica, trazida ao contexto das oportunidades e necessidades regionais, foi também recortada pelo conceito da inovação social.
A inovação social refere-se à geração de mudanças sociais, visando à melhoria nas condições de vida. Assim, como postulam Oliveira e Silva (2012), ela surge do apelo das necessidades e dos desejos não satisfeitos pelo Estado, ou pelo mercado, e, nos países em desenvolvimento, visa mitigar a degradação da vida humana e do ambiente socialmente constituído. Para André e Abreu (2006, p. 125),
A diferença entre inovação tecnológica e social nem sempre é clara. Numa primeira fase, entre os anos de 1960 e 1980 do século XX, a inovação social esteve meio confinada aos domínios da aprendizagem (ensino e formação) e do emprego (organização do trabalho). Mais tarde, a partir dos anos 80, mas ainda na mesma linha, a inovação social surge também ligada ao campo das políticas sociais e do ordenamento do território.
Castor (2007, p. 77) define que a "uma inovação social poderia analogicamente ser entendida como a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de arranjos sociais alternativos para produzir algo". No caso deste estudo, o arroz irrigado.
A busca dos arranjos sociais geralmente ocorre de fora para dentro das organizações. André e Abreu (2006) consideram que a busca é o resultado de uma mobilização em torno de um objetivo protagonizado por um movimento social. Assim, infere-se, a inovação social, como um produto dessa mobilização.
Ainda, a inovação social pode ser entendida como uma nova solução para os diversos problemas sociais existentes, uma vez que ela responde de forma mais eficaz, eficiente e sustentável que as demais abordagens de inovação já existentes (Phills JR., Deiglmeier & Miller, 2008).
Resumidamente, os benefícios da inovação social são estendidos a todos, criando valor, por meio de ganhos coletivos que minimizam as desigualdades sociais. Assim, na perspectiva de gerar mudança social, a abordagem da inovação social focaliza os processos inovadores visando atender as necessidades sociais, difundindo a ideia dos propósitos sociais (Mulgan, Tucker, Ali & Sanders, 2006; André & Abreu, 2006; Phills JR., Deiglmeier & Miller, 2008).
Conforme sugerem André e Abreu (2006, p. 5) "as inovações sociais diferenciam-se das tecnológicas na medida em que estas apresentam uma natureza não mercantil, um caráter coletivo e uma intenção que não só gera, mas também visa às transformações das relações sociais".
O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo, sendo cultivado em mais de 100 países. Em torno de dois terços da população mundial tem o arroz como componente da dieta alimentar (Cordeiro, Shuhre, Medeiros e Vilarinho, 2010). A Ásia é o maior produtor e, também, maior consumidor produto.
O Brasil, avaliam Cordeiro et al. (2010), ocupa a nona posição no ranking dos principais países produtores. Na safra de 2007-2008, a área de cultivada no país era de 2,9 milhões de hectares, com uma produção de 11,94 milhões de toneladas, das quais 67% de produção em áreas de várzeas (irrigado). Os outros 33% referem-se à produção do arroz de sequeiro, que é plantado nas terras altas da região de plantio.
No país, o maior produtor de arroz irrigado é o Estado do Rio Grande do Sul (59%, ou 7,1 milhões de toneladas), seguido por Mato Grosso, com 6,3 mil toneladas do produto (CONAB, 2008; CORDEIRO et al., 2010).
Cordeiro et al. (2010) destacam que o agronegócio do arroz em Roraima é uma das poucas cadeias produtivas efetivamente estabilizadas no Estado. Até ano de 2008, a área semeada do produto apontava potencial de crescimento. Até 2010, Roraima dispunha de 160.211 hectares (ha) de solos de várzeas. Destes, 124.888 ha apresentavam aptidão agrícola para cultivo do arroz irrigado (CORDEIRO et al., 2010). Porém, a homologação das terras indígenas modificou essa realidade.
Suhre, Cordeiro e Medeiros (2008) e Cordeiro et al. (2010) destacam que os principais sistemas de cultivo de arroz em várzea utilizados no Estado. O principal é a irrigação por inundação contínua com semeadura a lanço, ou linhas; e o de várzeas úmidas, utilizado somente no período chuvoso.
O cultivo do arroz pode ocorrer por qualquer método de irrigação existente. No entanto, em Roraima, o sistema por inundação contínua é o mais utilizado por ser mais prático na execução e, com isso, gera maior produtividade e melhora a qualidade industrial dos grãos (Suhre et al.,2008; Cordeiro et al., 2010).
A presente pesquisa caracteriza-se como qualitativa (Godoy; Bandeira-De-Melo & Silva, 2006), do tipo descritivo, pois visa descrever as características de uma população ou fenômeno, neste caso, os produtores de arroz, observando e analisando os dados, sem nenhuma interferência do pesquisador.
Quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa classifica-se como documental e ex-post facto, por tratar-se de uma investigação que busca compreender, explicar e descrever fatos passados (Gil, 1994). No campo, recorreu-se a entrevistas semiestruturadas, junto à presidente da Associação de Arrozeiros e com o pesquisador da Embrapa- Roraima, especialista no cultivo de arroz.
Devido à reorganização do plantio de arroz no Estado, devido a realocação dos produtores em novas áreas, os dados oficiais disponíveis vão apenas até 2010. Assim, as informações referentes anos de 2011 a 2015 foram coletadas de fontes secundárias e de artigos publicados.
O cultivo do arroz irrigado em Roraima teve início na década de 1980, (Santos & Araújo, s/p.). O cultivo era feito somente em áreas de savana, ou arroz de sequeiro que, ao longo do tempo, deixou de ser cultivado em grande escala.
O Quadro 1 aponta os valores de área cultivada e a produtividade, nos períodos históricos da cultura do arroz irrigado em Roraima. Esses períodos equivalem à evolução dos estágios de implantação, estabelecimento e expansão da produção de arroz de 1981 até 2006 (Cordeiro et al., 2008).
Quadro 1: Produtividade da cultura do arroz irrigado em Roraima
Fonte: Cordeiro et al., 2008
As cultivares usadas no plantio possuíam grãos com qualidade inferior ao dos outros estados produtores, muito susceptíveis às doenças que afetavam diretamente a produção (Braga et al (2009). Além disso, os produtores de arroz sequeiro ressentiam-se da falta de mercado. Para superar a baixa competitividade e a baixa qualidade do plantio, alguns produtores introduziram o plantio para as margens dos rios, iniciando o cultivo do arroz irrigado de Roraima, visto na Figura 3.
Figura 3: Sistema de produção de arroz em várzeas de Roraima
Fonte: Embrapa (2010, p.1).
Até 2010, o sistema de produção do arroz irrigado no Estado era adotado por cerca de 25 produtores, com média de 600 hectares/ano/produtor (Cordeiro et al, 2010). Contudo, com a homologação das reservas indígenas apenas sete produtores continuam na atividade. E, apesar dos conflitos, os autores salientam que a rizicultura é uma das poucas cadeias produtivas agrícolas efetivamente estabilizadas no Estado. A Tabela 1 exibe a produção de arroz, de 1981 a 2010.
Tabela 1: Arroz (em casca) irrigado em várzeas no período de 1981 a 2010.
Fonte: Produção de arroz em várzeas de Roraima (Embrapa, 2010, p.8)
Na safra de 2007 e 2008 foram colhidas 152.400 toneladas de arroz em casca, em cerca de 24.000 hectares, com produtividade média de 6.350 kg/hectare, como mostra a Tabela 5 (Cordeiro e Medeiros, 2010).
Na safra de 2009/2010, no auge do conflito entre os produtores e os índios, a área de plantio reduziu de 24.000 hectares para 11.500 de hectares, gerando colheita de e 73.025 toneladas de arroz. Até 2010, a indústria local de arroz era composta por 13 agroindústrias que comercializam 27 marcas (Cordeiro e Medeiros, 2010). E, nos últimos anos, a produção variou pouco. A área de plantio ocupa entre 11 a 12 mil hectares que produz aproximadamente 75 mil toneladas de arroz em casca. 75% dessa produção é destinada ao estado do Amazonas, os demais 25% abastece o mercado local (Cordeiro et al, 2007; Braga et al, 2009).
Na Tabela 5 é possível observar que as safras de 2007/2008 e 2008/2009 apresentaram maior área plantada no Estado, alcançando índices de produtividade significativos. Tais resultados podem ser, segundo Cordeiro et al. (2010), decorrentes de ajustes tecnológicos implantados pelo setor, principalmente por meio da aquisição de tecnologia de ponta e técnicas mais sofisticadas.
Os atuais sistemas de produção têm trazido benefícios como a redução de custo na produção, menor impacto ambiental e melhor qualidade do produto. Sob esta ótica, o qualificativo da sustentabilidade, conforme sugere Ramos (2001), indica o desejo de um novo paradigma tecnológico que não agrida o meio ambiente.
As tecnologias usadas no plantio e beneficiamento têm proporcionado aos produtores e beneficiadores maior quantidade e qualidade na produção, considerando o desejo destes de alcançar níveis competitivos mais significativos. No que se refere às tecnologias usadas para a produção no campo, a presidente da associação dos arrozeiros do Estado, produtora e sócio proprietária da Itikawa indústria e comércio Ltda., destaca:
A tecnologia usada aqui por nós no Estado é uma tecnologia que não deixa a desejar ao maior produtor do Brasil que é o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e a outros que estão à frente de Roraima em termos de quantidade de produção por hectare. Aqui são aplicadas tecnologias iguais ou similares a outros mercados que vem produzindo arroz a nível nacional e até internacional.
No que diz respeito às tecnologias usadas na indústria, ela complementa:
Aqui na indústria nós estamos sempre sendo visitados por empresas como Zaccaria, Kepler Weber, Paje. Já na área de empacotamento recebemos visitas de empresas como Indumak e Selgron que estão sempre aqui em Roraima, visitando as empresas, as usinas de beneficiamento para mostrar o que eles têm de diferencial e a gente dentro do possível né, tem adquirido estes equipamentos para colocarmos nosso produto no mercado da melhor forma possível no que diz respeito à qualidade. Hoje, o arroz produzido em Roraima é de excelente qualidade e compete com qualquer arroz produzido a nível nacional.
Para a empresária, não existe diferença entre a tecnologia e as técnicas utilizadas na produção do arroz no Estado e nos demais Estados produtores do país. Ela salienta que o Estado do Rio Grande do Sul vem retirando uma quantidade maior por hectare em algumas lavouras pontuais, mas isso não deve estar diretamente associado a questões tecnológicas e sim a questão de tradição e atitude, uma vez que os produtores daquela região são bastante organizados e se articulam para buscar soluções junto ao governo daquele Estado.
A entrevistada afirma que os produtores de Roraima, por meio da associação dos arrozeiros, têm buscado realizar uma semana de comemoração da colheita anual do arroz. A associação tem trazido técnicos de ponta do Instituto Rio Grandense do Arroz – IRGA, que visitam as lavouras e apresentam as novas técnicas de plantio e irrigação, visando uma maior produção por hectare.
No que tange a contribuição da produção do arroz irrigado para o desenvolvimento do Estado, a presidente da associação salienta a geração de emprego como a maior contribuição. Segundo ela, a atividade tem participação significativa na geração de aproximadamente 8.000 empregos diretos e indiretos.
Outro ponto importante, segundo a empresária, é a construção de divisas, pois a venda do produto para outros mercados traz benéficos para o Estado e para a economia regional, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico do estado e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Quanto ao desenvolvimento sustentável, vale salientar que em nome do crescimento econômico, o meio ambiente foi violentamente degradado, atingindo elevados níveis de esgotamento de seus recursos naturais (Santos e Cândido, 2013). O grande desafio atual é conciliar o crescimento econômico respeitando os limites da natureza. Neste sentido, a produção de arroz irrigado busca, por meio de tecnologia de ponta, minimizar o impacto da atividade no meio ambiente. Se comparada com a produção de arroz sequeiro a produção de arroz irrigado é mais sustentável, uma vez que seu impacto no meio ambiente é menor (Veiga, 2007).
Considerado um processo de transformação, o desenvolvimento sustentável consiste na integração de três vetores da sustentabilidade. No negócio do arroz irrigado de Roraima, esses três vetores são atendidos por produtores e agroindústrias que buscam respeitar o meio ambiente, aplicando técnicas e tecnologias ambientalmente seguras, que aumentem a produtividade e permitam gerar desenvolvimento econômico e social. Um exemplo é o reaproveitamento da palha do arroz, que antes era jogada nos lixões e hoje é utilizada pela maioria das empresas para secagem do arroz. Outro exemplo, embora simples, é a não utilização de copos descartáveis nas agroindústrias da região.
Quanto às técnicas de plantio, o método de irrigação demanda menos agrotóxico, aproveitando os recursos naturais como a água que não degrada o meio ambiente e nem a qualidade do produto. A água usada no plantio retorna à natureza com qualidade melhor, o que é considerada uma prática sustentável.
Outro ponto importante é o uso consciente de energia. Antes, as indústrias ligavam as máquinas no mesmo momento. Atualmente, com a ajuda de profissionais do SENAI, os empresários passaram a ligar uma máquina por vez, isto é, esperar que uma esteja totalmente aquecida para ligar outra. Tal técnica tem trazido para as empresas redução significativa no uso e nos gastos com energia.
No que se refere ao desenvolvimento econômico, a rizicultura tem contribuído por meio da geração de emprego e renda, movimentando a economia regional. Em relação à responsabilidade social, as agroindústrias principalmente, conforme declaração da presidente da Associação dos Arrozeiros do Estado, tem buscado praticar ações como, por exemplo, o Programa Mesa Brasil, do SESC. Esse programa utiliza uma rede nacional de bancos de alimentos contra a fome e o desperdício, seu objetivo é contribuir para a promoção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de pobreza, em uma perspectiva de inclusão social (SESC, 2014).
Assim, segundo a associação dos arrozeiros, algumas empresas como, por exemplo, a empresa Itikwa, realiza doações para creches e outras instituições, cumprindo seu papel social, confirmando a observação de Oliveira Junior, Pereira e Bresciani (2011), que destacam que o desenvolvimento de regiões trata dos conceitos atribuídos ao desenvolvimento não somente focado nos aspectos econômicos, mas que envolvam atualmente questões sociais, ambientais e culturais.
No que se refere à interação entre os produtores e as agroindústrias, e os demais agentes - governos e universidades - a maior interação vem do governo federal. Neste sentido, a presidente da Associação dos Arrozeiros destaca que a maior contribuição do governo é feita pela Embrapa, que desenvolve pesquisas sobre a resistência das sementes ao clima tropical da região; e sementes precoces para o retorno mais rápido na colheita, bem como acerca da variedade de sementes.
Entrevistada para a presente pesquisa, a presidente destacou que: "a Embrapa tem sido uma parceira fantástica para o melhoramento na condição da área da rizicultura no Estado em todos os aspectos". No que tange a interação com a universidade, a empresária salienta:
Eu gostaria muito de, neste momento, estar colocando a universidade federal ao lado da Embrapa, mais infelizmente a universidade federal nunca fez nenhum trabalho voltado à área da rizicultura, melhoramentos, e é isso que a gente precisa, variedade de sementes que melhor se adaptam, ou ainda pesquisas voltadas para pragas, bruzones e outras situações emblemáticas que envolvem a produção no campo na área da rizicultura.
Sobre a interação entre os atores, Azeredo, Paula Jr., Santos, Silva, Toscano. (2010) destacam que esta é a chave para melhorar as condições para inovação nos diversos setores. É na interação entre as empresas, o governo e as universidades que se situa a dinâmica da inovação. Neste sentido, é na abordagem da Hélice Tríplice, conforme sugerem Faccin, Weiler e Bonilha (2012) que as transformações internas são geradas, iniciando pela interação entre os atores em cada hélice. Tal interação, segundos os autores, pode influenciar as ações de outras instituições, bem como da sociedade como um todo.
Para o professor e pesquisador da Embrapa, Dr. Antônio Carlos Cordeiro, a Universidade Federal de Roraima tem contribuído, de forma discreta, por meio de pesquisa conduzida no Mestrado em Agronomia. Porém, segundo ele, quase que 100% dos resultados de pesquisas na área são realizadas pela Embrapa.
Em relação à interação entre os atores, o que se observa, é que a relação entre a universidade e os produtores e beneficiadores de arroz irrigado do Estado ainda é incipiente. Por outro lado, a relação destes com o governo, principalmente, o governo federal por meio da Embrapa, SENAI e SEBRAE é mais intensa. A Embrapa por meio das diversas pesquisas realizadas tem contribuído, segundo o entrevistado, de forma significativa para a qualidade do arroz produzido na região.
Em relação à interação entre os empresários do setor e o governo do Estado, segundo a presidente da Associação dos Arrozeiros, ela é quase inexistente, isso porque não existe interesse manifesto pelo governo em contribuir para a solução de problemas relacionados à atividade. Assim, até mesmo as estradas que servem para o escoamento da produção de arroz foram construídas pelos próprios produtores, que assumiram para si a responsabilidade que caberia ao governo.
Ao contrário do que enfatiza a presidente da Associação dos Arrozeiros, o pesquisador Cordeiro destaca que existe interação dos empresários com o governo. Essa, segundo ele, ocorre por meio da construção de estradas para o escoamento da produção de arroz. Neste sentido, ele cita a famosa Estrada do Arroz, no município de Normandia, que foi construída especialmente para atender as necessidades dos produtores de arroz.
Para o pesquisador, os produtores e empresários do setor são beneficiados pela Lei Estadual Nº 215/1998, que isenta o produtor rural participantes do Projeto Integrado de Exploração Agropecuária e Agroindustrial do Estado. da obrigatoriedade de recolhimento de tributos estaduais, atendendo o agronegócio como um todo. Tal lei isenta os produtores e beneficiadores de tributos, como Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços e do e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, na aquisição de máquinas agrícolas e veículos do tipo camionete. Considerando a importância da atividade do arroz irrigado para o desenvolvimento do Estado, acredita-se que uma maior interação entre os atores traria benefícios para as instituições envolvidas, incluindo a sociedade e, por extensão, para a região como um todo.
Este trabalho analisou as mudanças adotadas no plantio de arroz em Roraima. Uma das limitações da pesquisa, compensada pela representatividade dos sujeitos entrevistados, foi o baixo quórum de participantes. Das cinco agroindústrias do Estado, apenas a diretora da empresa Itikwa participou da pesquisa, respondendo tanto corporativamente, por presidir a Associação dos Arrozeiros, quanto como empresária do setor. Contou-se, ainda, com a participação do professor e pesquisador da Embrapa no estado, Dr. Antônio Carlos Cordeiro.
Roraima já teve a segunda maior produtividade média no plantio de arroz do país. Atualmente, é o terceiro no ranking nacional Com a redução das áreas de plantio, de 24.000/ha para 11.500/ha, decorrente da homologação de terras indígenas de forma contínua, a distribuição do produto é feita somente no estado do Amazonas, fato que cria uma condição vulnerabilidade comercial.
No que se refere ao uso de técnicas e tecnologias, tanto na produção de arroz irrigado como no beneficiamento dessa produção, nota-se, conforme dados da Embrapa e relatos dos entrevistados, que tais técnicas e tecnologias são as mesmas utilizadas pelas maiores regiões produtoras. Assim, as diferenças entre os volumes produzidos nas regiões e Roraima justificam-se mais em razão da tradição econômica local e de estrutura física para plantio do arroz, uma vez que as melhores terras estão localizadas nas áreas atualmente definidas reservas indígenas.
Outra explicação para o declínio da produção do arroz irrigado no Estado é que a realocação dos produtores em novas áreas obrigou a preparação das novas áreas de cultivo do arroz, acarretando forte investimento no solo. As antigas áreas tinham recebido os investimentos para a implantação de soluções tecnológicas. A perda desse investimento pela mudança de área constitui a maior queixa dos produtores, segundo informou a presidente da Associação dos Arrozeiros do Estado.
Segundo a Embrapa, o quantitativo de terras aptas para o plantio do arroz - áreas irrigadas dentro de áreas indígenas - é maior do que as disponíveis fora delas. As poucas terras aptas para o plantio do arroz fora das áreas indígenas já ocupadas, muitas vezes com atividades que não são compatíveis com a rizicultura. Por essa razão, tem produtores que, migrando para países vizinhos, principalmente, Guiana Inglesa, como é o caso da marca Itikwa que atualmente, devido à indisponibilidade de áreas vem mantendo plantação de arroz irrigado naquele país.
Os índices de produção foram especialmente positivos entre 2006 e 2008, traduzindo o esforço de interação dos empresários e produtores locais com o governo federal, por meio de interlocução da Embrapa, que pesquisa o aumento de resistência de sementes, com o SENAI responsável pela profissionalização de trabalhadores na agroindústria arrozeira e com o SEBRAE por meio de orientação aos empresários do setor.
A articulação com o Governo Estadual ocorre por meio de incentivos fiscais concedidos ao setor produtivo. De forma geral, o governo atua na fonte de relações que garantem interações, e externalidades, positivas, além de prover infraestrutura, como a construção de estradas, benefícios fiscais e outros. A universidade, por sua vez, atua como fonte de novos conhecimentos e tecnologias resultantes de pesquisas realizadas.
A sustentabilidade da atividade está alicerçada em questões como gestão ambiental, por meio do uso adequado do solo, menor utilização de produtos químicos no plantio, reaproveitamento da água, bombeamento da água dos rios para as lavouras, uso de aviação agrícola, reaproveitamento da palha do arroz na indústria, uso consciente de energia na indústria.
Em relação à contribuição da atividade no desenvolvimento econômico e social da região, nota-se que o agronegócio do arroz irrigado de Roraima gera em torno de 8.000 mil empregos diretos e indiretos, movimentando a economia regional e melhorando a qualidade de vida de muitas famílias da região. Outro ponto importante são as ações sociais desenvolvidas por empresários do setor como a doação de arroz para creches, o Programa Mesa Brasil, além de outros.
No que tange a interação dos empresários com a universidade federal e a estadual, as mais importantes do Estado, nota-se que a interação ainda é incipiente. As únicas pesquisas foram feitas por alunos do mestrado em agronomia da Universidade Federal de Roraima, cuja contribuição pode ser considerada discreta. A Universidade Estadual, não foi citada nem nos documentos oficiais sobre a produção do arroz irrigado ou por qualquer um dos entrevistados. Concluindo-se pela não interação, com os empresários.
Assim, ainda que de forma discreta, pode-se se haver interações entre os diferentes agentes. Senão na inovação, mas ao menos, na introdução de melhorias que passam também pelo aporte tecnológico e pelo conhecimento cientifico da Embrapa que tem grande influência no aumento da produtividade do cultivo do arroz em Roraima.
Como contribuição para o ambiente empresarial entende-se que os resultados encontrados indicam a necessidade de uma maior interação entre os empresários do setor, o governo e as universidades, na tentativa de encontrarem alternativa para a sobrevivência da atividade da rizicultura irrigada no Estado, considerando que esta contribui significativamente para o desenvolvimento econômico e social da região. Como sugestão, a comparação dos resultados desta pesquisa com prática em outros estados complementaria uma análise a visão das mudanças no setor.
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