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Espacios. Vol. 37 (Nº 11) Año 2016. Pág. 14

A tecnologia da informação e comunicação transformando e inovando a prática da pesquisa científica

The information technology and communication transforming and innovating the practice of scientific research

Cecilia SWIECH 1; Antonio Carlos de FRANCISCO 2; Siumara Aparecida de LIMA 3

Recibido: 19/12/15 • Aprobado: 30/01/2016

Contenido

1. Introdução

2. A pesquisa científica e a construção do conhecimento

3. Recursos tecnológicos de pesquisa

4. Recursos de busca de informações

5. Recursos de coleta de dados

6. Recursos de análise de dados

7. Inovação tecnológica

8. Considerações finais

Referências bibliográficas

1. Introdução

Ao realizar uma busca para elaborar um trabalho acadêmico ou uma pesquisa científica, os alunos recorriam às bibliotecas físicas, aos livros, a manuais tradicionais e outros documentos para fazer consultas e buscar informações.

Em decorrência da evolução da sociedade de outrora para uma sociedade tecnológica e que impulsiona o avanço das tecnologias de informação e comunicação, o ambiente virtual vem se tornando mais usual pelos acadêmicos por disponibilizar uma vasta quantidade de informações e conhecimentos sobre diversas áreas de saberes e assuntos, facilitando o acesso a conteúdos e pesquisas.

Buscam-se formas inovadoras de gerar conhecimentos aliados ao uso de recursos tecnológicos como facilitadores deste processo, não somente repassando informações, mas colaborando com o desenvolvimento de aptidões para pesquisa, avaliação crítica e compreensão do conteúdo apresentado, o qual deve ser exposto de forma interativa, mais atraente e motivador para que o usuário assimile melhor as orientações dadas. Dessa forma, a tecnologia contribui com a produção, a pesquisa, o progresso e a apreensão do conhecimento.

2. A pesquisa científica e a construção do conhecimento

Para iniciar esse estudo sobre pesquisa científica considerando uma inovação no método de ensino, faz-se necessária uma explanação a respeito do significado do termo pesquisa científica, partindo do princípio que a pesquisa é responsável pela construção e disseminação de novos conhecimentos junto ao ambiente acadêmico e comunidade científica.

A atividade de pesquisa é uma fonte primordial para aquisição e produção de novos conhecimentos, sendo um ato que vai além da simples procura de informações, onde o aluno tem a possibilidade de aprender por si só avaliando o que aprende e ainda buscando conhecimentos para desenvolver novas aptidões, enfim, tornando-se o sujeito do ensino e de um aprendizado reflexivo e bem sucedido.

Alguns autores compactuam desse pensamento e trazem seu conceito ao referido termo pesquisa. Para Reis (2014) a pesquisa é uma investigação de caráter científico, sendo uma atividade que colabora com a construção de conhecimentos para explicar o fenômeno educacional enquanto fator de mudança social, o qual considera como fim básico a formação do educando para um desempenho crítico e modificador, no qual estes carecem absorver idéias, conhecimentos, valores, costumes, entre outros, sendo reflexivos, críticos e ativos para colaborar e transformar o ambiente em que vivem.

Já Bagno (2005) colabora acrescentando seu conceito de pesquisa ao defender que, esta, ocorre com "a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso." Também argumenta que: "sem pesquisa não há ciência, muito menos tecnologia. Todas as grandes empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)". (Bagno, 2005, p.18-19).

Minayo (2007) também auxilia na conceituação desse termo exprimir sua definição:

Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula o pensamento e ação. Ou seja, nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática (Minayo, 2007, p. 16).

Corroborando essa mesma forma de pensar da autora, (Reis, 2014, p.2) afirma que "O mais importante é compreender a pesquisa como um processo de produção de conhecimentos para a compreensão de uma dada realidade, isto é, de conhecimentos que nos auxiliem na interpretação da realidade vivida".

Dada à influência que a pesquisa apresenta transformando a realidade do pesquisador, (Demo, 1998) traz sua contribuição nesse sentido dizendo que a pesquisa precisa ser abordada como princípio científico e educativo, tendo em vista inovar os conhecimentos já existentes, aprender a aprender, internalizar a aprendizagem nem mecânica nem passivamente, e sim, poder reconstruir de forma crítica o que aprendeu. Para que isso aconteça o autor orienta ser necessário saber buscar e criticar, portanto:

O aluno será motivado a tomar iniciativa, apreciar leitura e biblioteca, buscar dados e encontrar fontes, manejar conhecimento disponível e mesmo o senso comum. Exercita sobre todo este material o questionamento sistemático, cultivando sempre o mais vivo espírito crítico. Aprende a duvidar, a perguntar, e querer saber sempre mais e melhor. A partir daí, surge o desafio da elaboração própria, através da qual o sujeito que desperta começa a ganhar forma, expressão, contorno, perfil. Deixa-se para trás a condição de objeto. (DEMO, 1998, p. 28-29).

A pesquisa é uma função à qual se vincula às universidades e centros de pesquisa, pois contribuem com o avanço científico e tecnológico tendo como consequência a inovação do país, repercutindo nas políticas educacionais, políticas de trânsito, na saúde e demais segmentos da sociedade.

Como o objetivo da pesquisa científica é agregar novos conhecimentos e que contribuam com a inovação, esta, tomou novo caráter e maior abrangência, ultrapassando o âmbito da simples modificação de conhecimento em valor econômico para proporcionar soluções de problemas na economia, sociedade, política, visando ganhos econômicos privados na ideia e resultados no fornecimento de serviços públicos (Neves, Neves, 2011).

Tendo em vista que todos os autores citados concordam que a pesquisa possui como objetivo e finalidade principal construir novos conhecimentos os quais contribuem com a formação do aluno e transformam sua realidade, impactando na sociedade como um todo, deve-se considerar a importância da pesquisa científica no contexto educacional.

O enfoque atual da Educação sugere a pesquisa científica como um fator que contribui com o método para gerar novos conhecimentos os quais estão baseados em quatro pilares quer sejam: aprender a conhecer; aprender a fazer, aprender a ser, aprender a conviver (Delors, 2010).

No momento em que os sistemas educacionais formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento das outras formas de aprendizagem, é mister conceber a educação como um todo. Essa perspectiva deve no futuro inspirar e orientar as reformas educacionais, seja na elaboração dos programas ou na definição de novas políticas pedagógicas. (DELORS,  2010, p. 31-32).

Decorre dessa necessidade apontada por Delors, que o processo de aprendizagem deva ser inovado, que a educação possa acompanhar o desenvolvimento científico e tecnológico para que contribua efetivamente com a construção de conhecimentos que auxiliem o progresso do país.

3. Recursos tecnológicos de pesquisa

Com a difusão e vasta utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação através dos serviços ofertadas pela rede web 2.0, World Wide Web (www) conhecida como internet, dispõem-se de várias ferramentas que contribuem desde a busca por informações para compor o referencial teórico, a coleta, estruturação e a análise de dados, como também a apresentação dos resultados através de gráficos, tabelas, frequência, percentuais entre outros. Assim, a utilização das ferramentas fornecidas pela tecnologia presente na internet acelera e otimiza o processo de pesquisa.

(Fachinetto, 2007) em sua obra defende que:

[...] esse tipo de relação com o computador e com a internet pode favorecer a pesquisa, o interesse pela leitura e a construção de novos conhecimentos. A instantaneidade torna-se contrária ao que ocorre com o material impresso. Uma curiosidade que surge durante a leitura em papel pode ser abandonada devido à indisponibilidade de outro material de referência ou mesmo pela falta de tempo. (Fachinetto, 2007, p.67).

Percebe-se assim a necessidade de inovar a prática pedagógica pois conforme apontada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), verifica-se que um de seus objetivos gerais é que os alunos sejam capazes de "saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos" (BRASIL, 1998, p. 56).

Dessa forma, verifica-se uma grande inovação na maneira de realizar a pesquisa científica utilizando-se de ferramentas e recursos que vêm a facilitar esse trabalho, ao diminuir o tempo que se despendia anteriormente dispondo ainda de uma vasta fonte de informações proporcionadas pelo ambiente virtual da rede de comunicação. Bortolini e Souza fortalecem essa nova forma de realizar pesquisa cientifica ao informar que:

Os recursos da informática constituem auxiliares de suma importância para tornar o ensino interessante, promover o desenvolvimento da argumentação, estimulando a imaginação pela possibilidade de associar a imagem à escrita e à palavra oral. (Bortolini; Souza, 2003 p.153).

Já Teixeira (2011), verifica que o avanço ocorrido na forma tradicional de se buscar informações e a proporção que o uso da internet ocasionou para o setor da educação, gerou inovação que agrega facilidade na obtenção de informações quando o objetivo é realizar pesquisas:

Além do ensino à distância, a internet influenciou outros setores da educação como a pesquisa escolar. Se antes tínhamos que percorrer as bibliotecas (isso quando a cidade possuía uma biblioteca ou mais), hoje podemos navegar por bibliotecas sem sair de casa. Se antes tínhamos que folhear catálogos para localizarmos o arquivo desejado, hoje basta acessarmos um site de busca na internet como o Google, o Yahoo!, digitar palavras-chave que aparecerão, na maioria das vezes, diversos resultados que poderão ser consultados de acordo com nossas escolhas e com a disponibilidade da informação. Ou seja, o acesso à informação ficou mais fácil e rápido. (Teixeira, 2011, p. 25).

Moraes (2007) confirma essa ideia ao mencionar que: "A Internet, ao conectar computadores em escala mundial, provê acesso imediato a uma quantidade gigantesca de informações científicas, educacionais, culturais e de lazer, em tempo real e de forma direta". (Moraes, 2007, p. 52), dado que a internet trabalha a forma hipertextual (texto eletrônico) para realizar as buscas solicitadas pelo internauta.

Levy (1993) colabora com a idéia de praticidade oferecida pela internet trazendo o conceito de hipertexto, necessário, para se estabelecer uma analogia entre pesquisa e hipertexto.

[...] tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. Os itens de informação não são ligados linearmente, como uma corda com nós, mas cada um deles, ou a maioria, estende suas conexões em estrela, de modo reticular. (Levy, 1993, p. 33).

Tendo em vista as possibilidades oferecidas pela internet através do emprego das TICs como forma de viabilizar, facilitando o processo de produção de pesquisa, cientifica através de seus recursos e ferramentas, procurou-se nesse estudo apresentar ao leitor a inovação presente na forma de realizar pesquisa científica, ou seja, os recursos tecnológicos facilitadores e indispensáveis, hoje, nesse processo.

4. Recursos de busca de informações

Como principais fontes de busca de informação pode-se apontar a busca online em periódicos eletrônicos; e-books; plataformas e ambientes virtuais de aprendizagem (moodle, eureca, rooda); bibliotecas virtuais de universidades; bases de dados( google acadêmico, Portal de periódicos Capes, Scielo), ferramentas de busca de recursos informacionais em páginas html hospedadas na Web (google, yahoo, Microsoft, ask, bing, etc), e ainda os bancos de teses e dissertações que têm por finalidade disseminar conhecimentos científicos produzidos pelas instituições de ensino superior.

Verifica-se ainda outra fonte de informações, os blogues, os quais tem por objetivo partilhar informações e conhecimentos sobre os mais variados temas, permitindo ainda a interação com os usuários. Uma definição bastante apropriada e atualizada sobre blogue é apresentada por Alvim:

O blogue é uma página na Web, com um endereço atribuído, suportado por um software de acesso livre e que pode ser gratuito ou não, com ou sem fins lucrativos, em que o seu criador/autor (individual, grupo de pessoas ou uma instituição) coloca entradas individuais, escreve um post, com freqüência variada, sobre um tema do seu interesse, de forma livre e independente. O blogue, como ferramenta da Web, permite uma facilidade de utilização, desde a sua criação, gestão e manutenção, até à facilidade de o aceder através de qualquer computador com ligação à rede. Possui ferramentas de publicação que permitem entradas freqüentes, não só de texto, mas de vídeo, de fotografias, de áudio, de Webcomics, etc. (Alvim, 2007, p.1).

Mesmo tendo um caráter informativo e interativo, sendo um meio ágil e facilitador da difusão de conhecimentos e ideias, o conteúdo dos blogues precisa ser analisado, verificando-se a credibilidade das informações por ele apresentadas.

Como auxiliares no processo da construção do conhecimento através da pesquisa científica, apresenta-se ainda como importante ferramenta, softwares que identificam o plágio numa produção científica. Para tratar da ocorrência do plágio em pesquisas científicas, faz-se necessário apresentar seu conceito, o qual é apresentado por (Diniz, Munhoz, 2011):

O plágio é uma apropriação indevida de criação literária, que viola o direito de reconhecimento do autor e a expectativa de ineditismo do leitor. Como regra, o plágio é uma infração ética que desrespeita a norma de atribuição de autoria na comunicação científica. (Green, 2002; Posner, 2007, apud Diniz, Munhoz, 2011, p. 14).

Assim, constitui-se em plágio uma obra de natureza qualquer onde a mesma apresenta na íntegra ou partes que cabem a outrem sem atribuir o devido crédito ao criador original. Com essa atitude, quem se apoderou indevidamente do produto intelectual alheio, passa a avocar para si a propriedade da referida obra.

Como exemplos de softwares que possibilitam a identificação do plágio em textos científicos, podem-se citar alguns como: Farejador de plágio, Copyspider, Doc cop., Ephorus, entre outros tantos disponíveis na web.

5. Recursos de coleta de dados

Como inovação ocorrida para se proceder à pesquisa científica tem-se ainda os recursos tecnológicos para fazer a coleta dos dados sendo os mais popularizados o Google drive, e-mail, as redes sociais, entre outros.

Em relação ao uso da ferramenta Google Drive (Souza et. al. 2013, p.15) informam que:

[...] possibilita ao pesquisador realizar coletas de dados de forma ágil, eficiente e fácil, quebrando assim, paradigmas de tempo, espaço geográfico, mão de obra e reduzindo ao mínimo taxa de erros ao se tratar de Pesquisa Quantitativa. Cabe ao pesquisador elaborar um questionário com perguntas fechadas e de bom entendimento para o pesquisado.

Dentre os benefícios na utilização dos recursos tecnológicos na coleta de dados pode se citar: menor tempo despendido no processo, ao evitar a manipulação de grandes quantidades de papéis, além de permitir a coleta estruturada dos dados, propiciando maior confiabilidade na análise das informações.

6. Recursos de análise de dados

Para auxiliar na análise de dados, hoje, existem diversos softwares específicos e da mais alta complexidade, tal como os Maxdata, statistic for Windows, tem-se ainda os softwares desenvolvidos em android, e os softwares tipo CAQDAS utilizados para analise em pesquisas qualitativas.

Os softwares utilizados para o tratamento dos dados apresentam-se como ferramentas indispensáveis pela facilidade de armazenamento, administração e manipulação dos dados, admitindo trabalhar com grandes volumes de dados, situação esta, quase que inviável caso fosse tratada manualmente. Lage e Godoy confirmam a importância desses recursos ao apontar sua contribuição para o trabalho do pesquisador: "também entende que esses softwares liberam tempo e facilitam o trabalho de análise, em razão das funcionalidades que aproximam o pesquisador dos dados codificados e originais simultaneamente". (Johnston, 2006, apud Lage, Godoy, 2008, p.81).

A otimização que os softwares proporcionam nas etapas de análise dos resultados pode ser confirmada por meio da elucidação de (Lage, Godoy, 2008):

A capacidade dos softwares para acessar o dado analisado em seu contexto original, ao mesmo tempo que permite comparar todos os dados abstraídos e gerar novas categorias de informação de forma transparente, propicia maior rigor na demonstração dos resultados obtidos (e da forma como foram obtidos). A facilidade para registrar todos os passos da análise e resultados intermediários abre a possibilidade de verificação do processo executado, a qualquer momento (Dolan, Ayland, 2001 apud Lage, Godoy, 2008, p.79-80).

Assim, esses programas possibilitam que, de maneira rápida e precisa, o pesquisador possa acessar os dados, manipular e cruzar informações, evitando perder tempo com grande quantidade de papéis e tabelas utilizados paralelamente como se fazia anteriormente em processos manuais, tendo ainda a vantagem de que, ao se utilizar o computador, consegue estabelecer uma interação permanente com os dados coletados e analisados em seu estudo.

7. Inovação tecnológica

Pode-se entender que inovação implica melhorias sociais e de mercado resultantes de pesquisa científica e tecnológica em razão da inovação ser uma informação implantada no método de representação dos sistemas sociais, assim, almeja-se que os efeitos sejam educativos, tecnológicos e científicos, convergindo em inovações para a sociedade e para o mercado. Na inovação para a sociedade o resultado da pesquisa científica e tecnológica, acrescenta valor social repercutindo mudanças para o avanço do sistema escolar; sistema de trânsito e na saúde. Uma inovação é social na medida em que é transmitida e é aceita e difundida amplamente. (Neves, Neves, 2011).

A inovação gerada pela pesquisa científica também objetiva o valor econômico e que é imprescindível existir o intercâmbio entre universidade e iniciativa privada:

A inovação para o mercado, a partir dos resultados de pesquisa científica, tem por finalidade a transformação do conhecimento em valor econômico. Aqui, é fundamental que ocorra uma maior interação entre as universidades, as instituições de pesquisa e as empresas, através de pesquisa, desenvolvimento e transferência de conhecimento e tecnologia. (Neves, Neves, 2011, p. 483).

Diante desse contexto é de extrema importância se repensar no desenvolvimento das metodologias de ensino e se faz necessária devido aos efeitos das novas tecnologias que abrangem todas as esferas da vida social. (Neves, Neves, 2011) julgam ser necessário a renovação nas práticas de ensino, atribuindo à universidade promover a inovação, focando na pesquisa científica para construir ciência e novos conhecimentos:

Nesse cenário de mudanças constantes e drásticas, a sociedade tem ressaltado, cada vez mais, a importância de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para a promoção do desenvolvimento. Isso está explícito na comunicação dos mais distintos sistemas sociais, como a economia, a política e a educação, ao ressaltarem que tais elementos pautam seus processos, como o da competição econômica entre países, da política científica, tecnológica e da inovação e das formas assumidas pela universidade para a promoção da inovação. (Neves, Neves, 2011, p.481).

Com o avanço tecnológico sentido pela sociedade em geral sendo esta influenciada   e dependente das tecnologias da informação e comunicação, cabe tratar a inovação tecnológica como um processo que afeta a tudo e a todos, e a escola não poderia ser excluída desse contexto, necessitando assim utilizar os recursos tecnológicos visando assimilar as transformações do mundo moderno e se adaptar às cobranças da realidade que se apresenta para formação de sujeitos críticos, autônomos e criativos no seu aprendizado passando a sujeitos ativos e transformadores do meio em que vivem.

8. Considerações finais

Diante do exposto, pode-se concluir que a inovação no ensino pode ocorrer de diversas formas, atividades e em diferentes níveis. Nessa pesquisa em particular, focou-se a produção de conhecimento através de pesquisa científica como forma de inovação, considerando que a mesma abrange desde a busca de informações, coleta, análise de dados e apresentação dos resultados

Dessa maneira, este estudo cumpriu o seu objetivo principal ao constatar, por meio do seu referencial teórico, que o uso da tecnologia contribui com o processo de realização de pesquisa científica. Além de tudo, a otimização na captura da informação colabora com um aprendizado significativo, com o conhecimento intelectual e também coopera com o avanço tecnológico.

Depreende-se deste estudo que, em consequência do uso das tecnologias de informação e comunicação, a maneira de produzir conhecimentos e fazer pesquisa científica sofreu transformações e foi inovada em decorrência dos recursos tecnológicos disponibilizados pela informática.

Além disso, este trabalho elencou os principais benefícios que o uso dos recursos tecnológicos trouxe para a área de pesquisa. Assim, a utilização das ferramentas fornecidas pela tecnologia presentes na internet acelera e otimiza o processo de pesquisa, aspecto de grande importância que vem a contribuir e facilitar o trabalho do pesquisador.

Dessa forma, como conclusão, pode-se verificar que os recursos proporcionados pela tecnologia da informação e comunicação, possibilitam realizar as fases da pesquisa científica de modo rápido, eficiente e simples ao reduzir obstáculos em relação ao tempo, espaço geográfico, redução da taxa de erros e facilitar o trabalho do pesquisador.

9. Referências bibliográficas

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1. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná -  Brasil - e-mail: cecilia@utfpr.edu.br
2. Prof. Dr. Do Programa Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná -  Brasil -  e-mail: acfrancisco@utfpr.edu.br

3. Prof. Dr. Do Programa Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná -  Brasil -  e-mail: siumara@utfpr.edu.br