Espacios. Vol. 37 (Nº 07) Año 2016. Pág. 9

Influências da produção de soja sobre a sustentabilidade dos Municípios do Estado de Mato Grosso – MT

The influences of soybean production to the sustainability of Mato Grosso Municipalities

Luís Otávio BAU MACEDO 1, Cássio Giovanni de Aguiar COSTA 2, José Vanderson Ferreira da SILVA 3, Gesinaldo Ataíde CÂNDIDO 4

Recibido: 23/10/15 • Aprobado: 27/11/15


Contenido

1. Introdução

2. Aportes teóricos sobre desenvolvimento sustentável e sistemas de indicadores de sustentabilidade

3. Procedimentos metodológicos

4. Apresentação e Análise dos Resultados

5. Considerações Finais

Referências


RESUMO:

O artigo visa verificar a influência que a produção de soja exerce aos níveis de desenvolvimento sustentável dos municípios do Estado do Mato Grosso – MT. Neste sentido, foi utilizado o Índice de Desenvolvimento Sustentável para Municípios (IDSM) e, de forma complementar, foi realizada uma análise de agrupamentos. Em relação ao IDSM, a pesquisa verificou que nenhum dos municípios do Estado apresentou nível ideal de sustentabilidade, 2,84% obteve classificação de aceitável, 96,45% apresentou nível de alerta e, apenas um município apresentou estado crítico. Em relação à cultura da soja, os resultados apontam que contribui à sustentabilidade dos municípios.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Indicadores. Desenvolvimento. Cultura da soja. Políticas públicas.

ABSTRACT:

The paper aims to assess the influence of soybean production to municipalities' sustainability development in the State of Mato Grosso. It was estimated the IDSM – Sustainability Development Index for Municipalities and it was performed a cluster analysis to the influence of soybean production over the sustainability of municipalities. The research found that no municipality obtained the ideal level of sustainability, 2,84% obtained the classification of acceptable, 96,45% received the alert classification, only one was found to be in the critical level. The empirical findings pointed out that soybean cultivars are a key determinant to higher levels of sustainability.
Key-words: Sustainability, Index. Development, Soybean, Public Policies.

1. Introdução

O desenvolvimento sustentável é relacionado a um processo transformativo no qual a gestão dos recursos escassos se harmoniza com a promoção do potencial de crescimento econômico, atendendo às aspirações humanas presentes, sem comprometer às necessidades das gerações futuras (CMMAD, 1998).

Neste sentido, verifica-se a tendência de convergência entre a comunidade científica e a sociedade civil a respeito da necessidade de se remodelar o processo de produção buscando novas vias sustentáveis de crescimento, não deixando ao segundo plano, aspectos sociais, econômicos e ambientais.

O tema da sustentabilidade está em evidência em virtude da necessidade da busca por novas formas de organização do processo produtivo que priorizem a manutenção da capacidade de suporte dos sistemas ambientais e, desta forma, o bem-estar das gerações presentes e futuras. O tema em questão tem proporcionado o surgimento de metodologias que buscam mensurar e avaliar a sustentabilidade e subsidiar as tomadas de decisão de organizações públicas e privadas, de maneira a gerirem eficientemente os recursos socialmente disponíveis.

Partindo desses pressupostos, adquire cada vez mais importância a realização de estudos que explorem as relações entre o surgimento, desenvolvimento e consolidação de atividades e setores econômicos em dado escopo geográfico e a partir disso, mostrar as implicações destas mudanças na geração do desenvolvimento sustentável.

No caso do estado do Mato Grosso, isto se torna mais relevante ainda, considerando toda a trajetória de crescimento do Estado de Mato Grosso de 2000 a 2013, especialmente centrado no dinamismo de sua produção agropecuária. O produto interno bruto do Estado de Mato Grosso de 2000 a 2012 cresceu 443%, já a variação percentual do crescimento da população no estado, considerando o período de 2000 a 2013, foi de 24,3% (IBGE, 2014). No decorrer desse período, a produção de grãos do Estado expandiu-se em 213,4%, desempenho bastante superior ao verificado com o incremento de 83,7% da produção nacional. A participação de Mato Grosso na safra nacional de grãos saltou de 13,8% para 23,5% no período considerado, posicionando-se como o maior produtor nacional de grãos (CONAB, 2013). Segundo dados do IBGE (2014), na safra de 2013, o estado de Mato Grosso colheu 23,4 milhões de toneladas de soja em grãos, resultado que culminou numa participação da produção nacional equivalente a 29%. Nessa perspectiva, é de se esperar que a produção de soja no Estado continue a crescer nos próximos anos (IMEA 2010).

Considerando essa conjuntura, pode ser estabelecida a seguinte premissa para a pesquisa realizada, de que a concentração produtiva da agricultura intensiva da cultura da soja enseja dinamismo econômico aos municípios, o que garante a oportunidade de elevação dos níveis de sustentabilidade. Além disso, sabendo-se que o conceito de sustentabilidade requer uma abordagem sistêmica, o estudo foi elaborado de forma abrangente, considerando em seu âmbito aspectos sociais, demográficos, econômicos, políticos-institucionais, ambientais e culturais. Dessa forma, os resultados obtidos podem ser utilizados como meio de orientação de políticas públicas.

A partir destas considerações, o artigo tem como objetivo avaliar da influência da aglomeração produtiva da cultura da soja nos municípios do Estado de Mato Grosso. Os procedimentos metodológicos para a construção do IDSM são oriundos da coleta, tratamento e análise dos indicadores de sustentabilidade dos municípios do Estado de Mato Grosso, mediante o emprego da metodologia proposta por Martins e Cândido (2008). A construção do IDSM utiliza quarenta e seis variáveis distribuídas em seis dimensões: social, demográfica, econômica, político-institucional, ambiental e cultural. A partir da investigação dessas dimensões, os níveis de sustentabilidade são distribuídos em escalas de ideal, aceitável, alerta e crítico. O IDSM disponibiliza um conjunto de informações por meio de índices, que agregados por dimensões propiciam a avaliação dos níveis de sustentabilidade do espaço geográfico analisado.

Além deste conteúdo introdutório, o artigo está dividido em quatro seções, a primeira aborda a fundamentação teórica do conceito de sustentabilidade, a segunda refere-se à construção de índices de sustentabilidade, a terceira demonstra os procedimentos metodológicos de cálculo do Índice de Desenvolvimento Sustentável para Municípios, além da análise de agrupamento de cluster; em seguida a metodologia do IDSM é aplicada aos municípios de Mato Grosso juntamente com a análise de agrupamento de cluster e, por último, são apresentadas as considerações finais.

2.   Aportes teóricos sobre desenvolvimento sustentável e sistemas de indicadores de sustentabilidade

A necessidade de avaliar as ações que interferem diretamente na qualidade de vida local não deve ser apenas observada no curto prazo, mas também, necessita levar em conta as decisões de longo prazo que podem interferir não só no bem-estar das gerações atuais, mas também das gerações futuras (SACHS, 2001).

O impacto dessas decisões, portanto, evidencia a necessidade de os agentes estabelecerem prioridades em todas as esferas, sejam elas: econômica, social e ambiental. Buscando-se novas maneiras de definir ações prioritárias que visem à máxima eficiência na alocação dos recursos escassos. Entretanto isso deve ser realizado sem comprometer a sustentabilidade dos recursos que oferecem suporte à manutenção do bem-estar das gerações futuras. Nesse aspecto, a sociedade tem papel fundamental para a construção da sustentabilidade, de forma a executar ações de mobilização coletiva que possam ser oriundas da reflexão sobre os problemas socioambientais atuais de forma a aprimorar as gestões pública e privada (MACÊDO; CÂNDIDO, 2011).

O desenvolvimento sustentável local é uma maneira de se entender o desenvolvimento social sobre vários pontos de vista da formação do patrimônio humano (FRANCO, 2000). Sem embargo, este ainda pode ser entendido como um processo de desenvolvimento promovido pela escala local de decisão, por meio da participação ativa da população. Devem-se identificar ações prioritárias que através das relações recíprocas com os atores locais, possam buscar formas de garantir melhores resultados que possibilitem a melhoria na qualidade de vida da população (NICÁCIO, 2002).

Além disso, a garantia da sustentabilidade só é alcançada através da consideração de aspectos referentes às dimensões sociais, ecológicas e econômicas que ofereçam vantagens tanto no curto quanto no longo prazo, por meio de ações alternativas de desenvolvimento. A integridade ambiental, observada no relatório de Brundtland (1987), é um alerta para a comunidade internacional na busca de uma ação política cooperativa capaz de deter a degradação ambiental, resultante do modelo econômico vigente (BELLEN, 2005).

Neste sentido, o conceito de desenvolvimento sustentável deve ser inserido na dinâmica da relação entre o sistema econômico e o sistema ecológico que, por sua vez, apresenta adaptação lenta. Deste modo, essa relação para ser sustentável, deve assegurar a perpetuação indefinida da vida humana, em que os efeitos das atividades sociais permaneçam dentro de fronteiras adequadas, não promovendo a destruição da biodiversidade e a complexidade das funções do sistema ecológico de suporte à vida (CONSTANZA, 1991).

Por outro lado, quando a atividade produtiva extrapola a capacidade do ecossistema, a qualidade de vida da sociedade é afetada, pois sua liberdade de escolha e seu estilo de vida são determinados pela capacidade de suporte do sistema ambiental. Ou seja, as relações que se estabelecem entre a sustentabilidade e a qualidade de vida são determinantes ao grau de satisfação e realização que os indivíduos alcançam ao longo de suas vidas (FRANCO, 2000).

Em resumo, destaca-se que o ponto comum entre as diferentes correntes que formam a base conceitual da sustentabilidade é a busca por um sistema que garanta a capacidade de suporte do sistema ambiental, respeitando a integridade cultural da comunidade e a garantia de sua reprodução social. Neste sentido, além da descrição da base conceitual, a literatura sobre a temática centra o foco na relevância da aplicação de instrumental metodológico de avaliação e medição da sustentabilidade. Neste aspecto, o desenvolvimento dos indicadores de sustentabilidade tem importância crucial. 

3. Procedimentos metodológicos

A pesquisa foi desenvolvida mediante duas etapas: (i) cálculo do IDSM dos municípios mato-grossenses e (ii) utilização da técnica estatística de análise de agrupamento com o objetivo de reunir os municípios de acordo com suas performances em termos das dimensões do IDSM. Desta feita serão apresentados na presente seção os procedimentos de cálculo de ambas as técnicas.

3.1    Índice de Desenvolvimento Sustentável para Municípios

A metodologia desenvolvida por Martins e Cândido (2008) teve como ponto de partida outras técnicas de cálculo e mensuração já consolidadas. Primeiro, a metodologia criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE utilizada para cálculo do IDS - Índice de Desenvolvimento Sustentável (2004) que avalia a sustentabilidade do Brasil, Segundo, a metodologia criada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA para a avaliação de territórios rurais (WAQUIL et al., 2006). Como resultado desenvolveu-se, assim, um modelo caracterizado pela construção de 46 indicadores, sendo estes agrupados em seis dimensões de sustentabilidade apresentadas no Quadro 1.

DIMENSÃO

VARIÁVEIS

DIMENSÃO SOCIAL

Esperança de vida ao nascer/ Mortalidade Infantil/ Prevalência da desnutrição total/ Imunização contra doenças infecciosas infantis/ Oferta de Serviços básicos de saúde/ Escolarização/ Alfabetização/ Escolaridade/ Analfabetismo funcional/ Famílias atendidas com programas sociais/ Adequação de moradia nos domicílios/ Mortalidade por homicídio/ Mortalidade por acidente de transporte.

DIMENSÃO DEMOGRÁFICA

Crescimento da população/ Razão entre a população urbana e rural/ Densidade demográfica/ Razão entre a população masculina e feminina/ Distribuição da população por faixa etária.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Produto Interno Bruto per capita/ Participação da indústria no PIB/ Saldo da balança comercial/ Renda Familiar per capita em salários mínimos/ Renda per capita/ Rendimentos provenientes do trabalho/ Índice de Gini de distribuição do rendimento.

DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL

Despesas por função: com assistência social, educação, cultura, urbanismo, habitação urbana, gestão ambiental, ciência e tecnologia, desporto e lazer, saneamento urbano, saúde/ Acesso a serviço de telefonia fixa/ Participação nas eleições/ Número de conselhos municipais/ Número de acessos à justiça/ Transferências intergovernamentais da União

DIMENSÃO AMBIENTAL

Qualidade das águas: aferição de cloro residual, de turbidez, de coliformes totais/ Tratamento das águas: tratada em ETAs e por desinfecção/ Consumo médio per capita de água/ Acesso ao sistema de abastecimento de água/ Tipo de esgotamento sanitário por domicílio/ Acesso a coleta de lixo urbano e rural.

DIMENSÃO CULTURAL

Quantidade de: bibliotecas, museus, ginásios de esportes e estádios, cinemas, Unidades de Ensino Superior, teatros ou salas de espetáculos, centros cultural.

Quadro 1: Dimensão e variáveis da sustentabilidade.
Fonte: MARTINS e CÂNDIDO (2008).

Pelo fato de as variáveis individualmente apresentarem distintas unidades de medida, é necessário que todas sejam transformadas em índices de acordo com suas respectivas escalas, possibilitando assim uma estimação pelo Índice de Desenvolvimento Sustentável para Municípios (IDSM). As equações que evidenciam esse comportamento dos índices tanto pela relação positiva quanto pela relação negativa estão representadas da seguinte forma, a seguir:

Com a relação sendo positiva, temos:

             (01)

Com a relação sendo negativa, temos:

             (02)

As variáveis são representadas da seguinte forma:

I = índice calculado referente a cada variável, para cada município analisado;

x = valor observado de cada variável em cada município analisado;

m = valor mínimo considerado;

M = valor máximo considerado;

Dado o fato de os indicadores apresentarem diferentes unidades de medida, faz-se necessário a transformação destes em índices, para que sejam ajustados, de acordo com suas respectivas dimensões estabelecidas. Após a conclusão desse procedimento é possível efetuar a agregação dos índices por cada dimensão. Esse procedimento é realizado a partir da média aritmética de cada variável e, mediante o somatório dos índices agregados, são obtidos os indicadores das seguintes dimensões: IDSM social, IDSM demográfico, IDSM econômico, IDSM político-institucional, IDSM ambiental e IDSM cultural. Por último, o IDSM final é obtido através da média aritmética das dimensões. Os valores em determinado ponto na escala entre zero a um, são interpretados da seguinte forma:

Entre 0,0000 e 0,2500 – refere-se a um estado crítico de sustentabilidade.

Entre 0,2501 e 0,5000 – indica uma situação ou estado de alerta de sustentabilidade.

Entre 0,5001 e 0,7000 – representa uma situação ou estado aceitável de sustentabilidade.

Entre 0,7501 e 1,0000 – descreve uma situação ou estado ideal de sustentabilidade.

Dessa forma, através desses dados, é possível que os atores locais definam suas estratégias de ação, de acordo com os paradigmas de desenvolvimento sustentável, buscando a máxima eficiência dos recursos e o bem-estar da sociedade em geral. A seguir será apresentada a metodologia da análise de agrupamento de cluster com o objetivo de identificar a existência de agrupamentos dos municípios em termos do desempenho mensurado pelo cálculo do IDSM.

3.2    Análise de Agrupamento de Clusters

A análise de agrupamento é uma técnica utilizada para agrupar dados estatísticos mediante o grau de similaridade ou dissimilaridade (distância) verificada entre os dados, não sendo efetuada nenhuma suposição a respeito da quantidade de grupos ou as suas estruturas. Nesse sentido, a análise de agrupamento busca estabelecer uma estrutura classificatória que visa reconhecer a existência de grupos homogêneos que tenham uma elevada heterogeneidade entre si (EVERITT et al., 2011).

A técnica de agrupamento esbarra em um problema fundamental, quanto ao critério utilizado para medir a distância entre os dados e quantificar o quanto eles são homogêneos. Para se solucionar esse problema, utilizam-se medidas estatísticas de similaridade e dissimilaridade. Neste trabalho será utilizada a técnica de dissimilaridade que, por sua vez, tem como método estatístico, a distância euclidiana (HAIR Jr et al., 2009). A fórmula para o cálculo da distância euclidiana é representado da seguinte forma:

As variáveis do modelo são representadas a partir de uma matriz X (n x p), na qual  representa o valor da j-ésima variável referente ao i-ésimo item, de forma que i = 1, 2, ..., n e j = 1,2, ..., p. Dessa forma, na matriz, cada vetor linha i representa uma unidade amostral e cada vetor coluna j representa uma variável.

No método hierárquico de agrupamento, os dados são reunidos em grupos, sendo essa reunião realizada em diferentes etapas até formar um dendograma, ou árvore de diagrama e de classificação. Os métodos de agrupamento podem ser divididos em dois tipos, sendo eles: métodos aglomerativos e métodos divisivos. Neste trabalho, optou-se pelo aglomerativo, mediante o método de Ward que é utilizado para a identificação de grupos através da maximização da homogeneidade dentro dos grupos. Em cada etapa do procedimento são formados grupos de tal modo que o valor resultante tenha a menor soma dos quadrados dentro dos grupos. Nesse sentido, para um dado grupo i, em que  representa a soma dos quadrados dos desvios de todos os dados em relação à média do grupo, se existir k grupos, pode-se definir a soma dos quadrados dos desvios como:  =++...+.

As uniões de todos os possíveis pares de grupos são consideradas em cada etapa do processo do algoritmo e os dois grupos cuja combinação resulta em um menor valor de  (mínima perda de informação) são agrupados. Cada grupo é formado por um único conjunto de dados e, se existem n itens, , para i=1, 2, . . ., n,  =0. Já na outra extremidade, quando todos os grupos forem combinados por um único grupo formado por n itens, o valor de  é calculado por:

Em que  representa o vetor multivariado de medidas associado com o j-ésimo item e  representa a média de todos os itens. Dessa forma, os valores de  podem ser apresentados no eixo vertical de um dendograma, de acordo com o resultado elaborado pelo método Ward. Após a discussão sobre os métodos quantitativos empregados no estudo, na próxima seção serão apresentados os resultados de sua aplicação à amostra de dados referentes aos municípios mato-grossenses.   

4. Apresentação e Análise dos Resultados

4.1   Descrição da agricultura da soja no estado de Mato Grosso – MT

A colonização do Mato Grosso iniciou no século XVIII. No século XX, o governo adotou uma série de planos e estratégias de ocupação da região. Entretanto, conforme aponta Berchieli e Marta (2011), só nas décadas de 70 e 80, é que o processo de incorporação do território intensificou-se, devido ao surgimento de obras de infraestrutura e de atividades agropecuárias promovidas por políticas de crédito e de garantia de preços mínimos de produtos agrícolas. Além disso, pesquisas relacionadas ao plantio de cultivares no cerrado brasileiro tornou o Estado de Mato Grosso reconhecido pelo seu alto grau de mecanização na produção, e pela sua produção em larga escala. De acordo com Silva (2014), alguns dos fatores que contribuíram para o processo de expansão da produção de soja no Mato Grosso foram: as adaptações de cultivares ao cerrado, técnicas aplicadas ao melhoramento do solo, incentivos fiscais, preço baixo das terras, melhoria no sistema de transporte para o escoamento da produção, políticas de colonização, dentre outros fatores.

A abertura do Mato Grosso para agricultura de soja e a venda de terras a preços muito baixos, despertaram o interesse dos empresários em investir na região. Por outro lado, o processo de colonização sofreu um impasse: os conflitos referentes à posse de terras  culminou no fracasso da colonização. No entanto, a construção de Brasília juntamente com a abertura da BR-364 iniciada no governo de Juscelino Kubitschek, reacendeu a perspectiva de continuidade da colonização que, em 1964 com os governos militares foi reforçada mediante a elaboração de diversos projetos e programas, tais como: a criação de instituições financeiras e órgãos que, mediante políticas de crédito, incentivos fiscais e concessão de subsídios, visavam atrair empresários tanto para a Região Centro-Oeste, quanto para a Região Amazônica (BERCHIELI; MARTA, 2011).

Segundo os dados divulgados pelo Ipea e Conab (2013), somente a partir da década de 90, é que a produção de soja no Mato Grosso ganhou relevância  (efeito ocasionado principalmente pelo aumento significativo da área plantada), passando de 1,9 milhão de hectares em 1995 para 5,8 milhões em 2008, chegando em 2013 na faixa dos 8,6 milhões de hectares. Já em relação à produtividade de grão, foi observado um aumento de 41 sacas/há em 1995 para 51,4 sacas/há em 2008, esta última permaneceu até o ano de 2013. Neste contexto favorável, Mato Grosso tornou-se o maior produtor de grãos do Brasil desde a safra de 1999/00 até os dias atuais.

Segundo os dados do IBGE (2010), o Estado possui uma área de 903.378 Km² com uma população de 3,2 milhões de habitantes, distribuídos em 141 municípios. Na Tabela 1 abaixo, estão os dados referentes ao da área geográfica, população, densidade demográfica, produção de soja, participação na produção em relação à produção total do Estado de Mato Grosso e a concentração da produção dos dez municípios que foram os maiores produtores de soja em 2013, segundos os dados do IBGE (2013).

 

Área (km²)

População (2010)

Densidade demográfica (hab/km²)

Produção de soja (em grãos)

Part.

Mato Grosso

903.378,29

3.035.122

3,36

23.416.774,00

100%

Sorriso

9.329,60

66.521

7,13

1.926.930,00

8%

Nova Mutum

9.562,66

31.649

3,31

1.156.866,00

5%

Campo Novo do Parecis

9.434,42

27.577

2,92

1.125.720,00

5%

Sapezal

13.624,37

18.094

1,33

1.088.340,00

5%

Nova Ubiratã

12.706,75

9.218

0,73

928.020,00

4%

Diamantino

8.230,10

20.341

2,47

849.600,00

4%

Querência

17.786,20

13.033

0,73

840.000,00

4%

Primavera do Leste

5.471,64

52.066

9,52

753.940,00

3%

Lucas do Rio Verde

3.663,99

45.556

12,43

699.434,00

3%

10°   

Itiquira

8.722,84

11.478

1,32

630.000,00

3%

Total

98.532,57

295.533,00

41,89

9.998.850,00

44%

Tabela 1: Classificação dos municípios e representação das características geográficas, sociais e econômicas.
Fonte: IBGE (2010, 2013).

Os fatores que contribuem para que o Estado de Mato Grosso alcance esse patamar de produção são oriundas do clima favorável ao cultivo de soja, com chuvas regulares, além de sua superfície ser plana, o que facilita a mecanização da produção de grãos Além disso, o desenvolvimento tecnológico para a agricultura proporcionou o surgimento de equipamentos modernos que facilitaram tanto o plantio quanto a colheita de soja, além de novos tratamentos de pragas e doenças que promoveram o aumento da produtividade no Estado (SILVA, 2014).

É necessário frisar que dos 141 municípios que fazem parte do Estado de Mato Grosso, 110 são produtores de soja. De acordo com o IBGE (2013) somente os dez municípios em questão concentraram 44% da produção total de soja do Estado de Mato Grosso no ano de 2013.  De acordo com sua distribuição geográfica, os maiores produtores de soja do Mato Grosso concentram-se em sua grande maioria no Médio-Norte do Estado, os maiores produtores são os municípios de Sorriso, Nova Mutum, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Nova Ubiratã, Diamantino, Querência, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde e Itiquira, que concentraram 44% da produção total do Estado. Desta forma, verifica-se a concentração regional da produção desse grão em um grupo de municípios líderes.

4.2   Aplicação da metodologia do IDSM aos municípios de Mato Grosso

As diversas características de sustentabilidade implicam na necessidade de se estabelecerem parâmetros para o desenvolvimento do estudo em questão. Partindo desses pressupostos é que a metodologia para o cálculo do IDSM foi construída e, no presente caso, a mesma foi utilizada para avaliar o nível de sustentabilidade dos municípios do Estado de Mato Grosso. Para a obtenção dos níveis de sustentabilidade de todos os municípios foi empregada a média aritmética de cada indicador, sendo representada pelos níveis: ideal, aceitável, alerta e crítico. Na Tabela 2 abaixo, pode-se observar os resultados obtidos.

Tabela 2: Representação percentual dos níveis de sustentabilidade dos municípios de Mato Grosso.

Nível

Percentual dos municípios do Estado de Mato Grosso por dimensão (%)

De

Sustentabilidade

Social

Demográfica

Econômica

Político-Institucional

Ambiental

Cultural

Ideal

0,71

0

0

0

2,13

0,71

Aceitável

84,4

34,04

7,09

1,42

64,54

0

Alerta

14,89

65,96

73,76

78,72

32,62

1,42

Crítico

0

0

19,15

19,86

0,71

97,87

Total

100

100

100

100

100

100

Fonte: Dados da Pesquisa (2010)

No âmbito da dimensão social, conforme é possível observar na Tabela 2, apenas o município de Cuiabá foi classificado com nível ideal de sustentabilidade (0,71%). Em seguida, pode-se verificar que 84,40% dos municípios se encontram com classificação aceitável de sustentabilidade, indicando que o Estado de Mato Grosso possui potencial de convergência para estágio ideal de sustentabilidade no âmbito social, dado que apenas 14,89% dos municípios apresentaram estado de alerta e nenhum apresentou nível crítico. Mas para que esse processo de convergência possa tornar-se realidade, é necessário que as gestões públicas busquem o aprimoramento da oferta de serviços básicos de saúde e educação, promovendo as garantias e direitos básicos da população.

Em relação à dimensão demográfica, nota-se que nenhum município mato-grossense apresentou nível ideal de sustentabilidade, 34,04% enquadraram-se como aceitáveis; 65,96% indicaram estar em nível de alerta e nenhum em estado crítico de sustentabilidade. O nível de alerta demonstra a distribuição desigual populacional do Estado de Mato Grosso, dado a maior concentração do contingente de habitantes nas zonas geográficas mais produtivas.

O resultado da dimensão econômico evidencia que nenhum município apresentou resultado ideal, apenas 7,09% enquadraram-se no nível aceitável de sustentabilidade, 78,72% encontra-se em estado de alerta e 19,15% em estado crítico. Os dados econômicos investigados mostram que, apesar do propalado dinamismo econômico do Estado, os municípios apresentam disparidades em seu desempenho econômico. Evidencia-se que apenas dez municípios que concentram polos produtores do agronegócio revelam situação aceitável em termos econômicos.

Na dimensão político-institucional, nenhum município apresentou estado ideal, apenas 1,42% revelou estado aceitável, sendo estes, o município de Ponte Branca e Acorizal, 78,72% dos municípios apresentaram estado de alerta e 19,86% revelou estado crítico. Esse resultado demonstra a precariedade das instituições dos municípios mato-grossenses, em especial, no que concerne a distribuição de despesas com investimentos, a baixa participação política da população e a falta de concessão dos meios necessários para o exercício da cidadania e da justiça social.

Em relação à variável ambiental, os municípios de Barra dos Garças, Guiratinga e Primavera do Leste formam os 2,13% dos municípios que o grupo que apresentou nível ideal de sustentabilidade ambiental, 64,54% obtiveram classificação aceitável, 32,62% de alerta e 0,71% apresentaram nível crítico. Isso implica que o Estado de Mato Grosso, apesar de algumas deficiências regionais, tem uma performance de conservação do meio ambiente aceitável na faixa dos 64,54%.

Por último, na dimensão cultural, Cuiabá foi o único município a retratar um estado ideal de sustentabilidade. Nenhum município apresentou situação aceitável, 1,42% apresentou situação de alerta e 97,87% situação crítica. Esse resultado aponta a premência de políticas direcionadas ao desenvolvimento cultural da população mato-grossense, refletido pela falta de bibliotecas públicas, de estabelecimentos para atividades esportivas, de centros culturais e de instituições de ensino para atender as necessidades da população. Isso por sua vez, acarreta em consequências negativas ao longo prazo, pois uma sociedade sem aparato cultural pode estar sujeita a desigualdades regionais, refletidas em miséria, violência, baixo nível educacional, dentre outros aspectos.

Da mesma forma que foram calculados os resultados dos municípios, de acordo com o nível de sustentabilidade por dimensão, estimou-se também em percentual, os níveis de sustentabilidade dos municípios com base no IDSM final. Ou seja, aplicou-se a média aritmética das dimensões e calculou-se o percentual dos municípios com base correspondente ao IDSM final. Assim, os resultados estão explicitados na Tabela 3 a seguir:

Tabela 3: Representação dos níveis de sustentabilidade final para os municípios de Mato Grosso

Representação do nível de sustentabilidade

Percentual de municípios (%)

Ideal

0,00

Aceitável

2,84

Alerta

96,45

Crítico

0,71

Total

100

Fonte: Dados da pesquisa (2010)

Os resultados investigados mostram que, de acordo com a média aritmética das dimensões, nenhum município de Mato Grosso apresentou nível ideal de sustentabilidade, apenas 2,84% apresentaram resultado aceitável, 96,45% evidenciaram estado de alerta e em apenas 0,71% constatou-se estado crítico. Os municípios que apresentaram nível aceitável de sustentabilidade foram: Cuiabá (IDSM Final = 0,6396), Rondonópolis (IDSM Final = 0,5114), Primavera do Leste (IDSM Final = 0,5098) e Sinop (IDSM Final = 0,5007). Por outro lado, o único município que apresentou nível crítico foi o município de Rondolândia (IDSM Final = 0,2456) que fica ao norte do Estado. É importante observar que o município de Rondolândia apresentou nível crítico em quatro das seis dimensões avaliadas, nas dimensões social e demográfica, o município em questão revelou estado de alerta. Os resultados revelam que a grande quantidade de municípios do Estado de Mato Grosso que estão em situação de alerta, sendo que apenas 4 (quatro) dos 141 (cento e quarenta e um) municípios do Estado apresentaram nível aceitável de sustentabilidade. Na próxima seção será feita a aplicação da Análise de Agrupamento de Cluster ao IDSM das dimensões dos municípios.

4.3 Aplicação da análise de agrupamento de cluster

Na Figura 1 abaixo, está representado o dendograma resultado da Análise de agrupamento de cluster elaborada para os municípios de Mato Grosso, mediante a utilização do resultado das dimensões Social, Demográfica, Econômica, Político-Institucional, Ambiental e Cultural identificados pela metodologia do IDSM.

No primeiro cluster do dendograma (da direita para a esquerda), estão situados os municípios que possuem os melhores resultados nas dimensões e maiores similaridades, sendo eles, Cuiabá, Ipiranga do Norte, Campos de Júlio, Santa Rita do Trivelato, Sapezal, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Alto Araguaia, Diamantino, Campo Verde, Tapurah, Nova Mutum, Alto Taquari, Campo Novo do Parecis, Sinop, Primavera do Leste, Rondonópolis, Tangará da Serra, Várzea Grande, Barra do Garças e Cáceres. No segundo cluster do dendograma, estão os municípios que obtiveram um resultado intermediário nos IDSM das dimensões e, no terceiro cluster do dendograma, estão localizados os municípios que obtiveram os resultados mais baixos nos IDSM das dimensões.

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Figura 1: Análise de agrupamento de cluster aplicada ao IDSM das dimensões dos municípios.
Fonte: Elaborado pelos autores.

Os municípios que estão agrupados no primeiro cluster do dendograma, ou seja, os municípios que apresentaram uma melhor performance nas dimensões do IDSM são todos municípios produtores de soja, exceto os municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Ambos apesar de não serem produtores de soja são municípios que possuem indústrias e serviços de apoio que oferecem maquinários, combustíveis, transporte, dentre outros meios produtivos para o apoio à produção de soja no Mato Grosso.

Os municípios de Sinop, Tangará da Serra, Rondonópolis, Alto Taquari, Alto Araguaia, também se enquadram na mesma abordagem adotada para Cuiabá e Várzea Grande. O município de Sinop não se situa entre os maiores produtores de soja, porém destaca-se na pecuária e no setor madeireiro que são suas principais atividades econômicas.

No município de Tangará da Serra, a produção de soja é um fator importante para a atividade econômica do município, porém no plantio de cana-de-açúcar destaca-se como o maior produtor do Estado. No caso da produção de soja, a representação alcança os 20%, resultado englobando também à participação dos municípios em seu entorno, tais como Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo do Parecis (IBGE, 2015).

Em relação ao município de Alto Taquari, verifica-se que do período de 1999 a 2012, o setor de serviços atingiu um nível de produção correspondente a 53% do PIB do município, enquanto a agropecuária obteve uma participação de 27% e a indústria 5%. Já o município de Alto Araguaia, ao longo do período de 1999 a 2012, atingiu um percentual de 40% do PIB em relação à produção de serviços, 14% do setor agropecuário e 34% da indústria (IBGE, 2015). A performance desses municípios resultam principalmente das instalações de terminais da ferrovia da ALL (América Latina Logística) que impulsionaram o crescimento de ambos.

O município de Rondonópolis, também não faz parte do grupo de grandes produtores de soja, porém, possui uma indústria de apoio para o fomento da agricultura da soja, além de dispor de um dinamismo econômico relacionado às atividades de comércio e serviços voltados ao agronegócio. O município de Barra do Garças, por outro lado, tem sua economia voltada para o turismo, em virtude de suas belezas naturais que despertam o interesse dos turistas, que promove a atração de renda para o mesmo. Já o município de Cáceres tem na pecuária sua principal atividade econômica, sendo que o município possui um dos maiores rebanhos de gado bovino do Brasil (IBGE, 2015).

Nesse sentido, é plausível considerar que o fato de que municípios que não são grandes produtores de soja encontram-se agrupados no cluster dos que obtiveram maiores avaliações do IDSM, seja decorrente de duas razões: (i) possuírem atividades produtivas que oferecem suporte à cultura da soja; (ii) são municípios que possuem outras atividades econômicas que não estão relacionadas à cultura da soja, mas que promovem a geração de renda. Esses fatores fazem com que esses municípios desenvolvam uma estrutura econômica e social mais desenvolvida do que aqueles municípios que não são produtores de soja e também não possuem atividades econômicas que proporcionem dinamismo econômico.

Evidencia-se que dos dez maiores municípios produtores de soja, cinco deles também ocupam uma das dez maiores posições do IDSM (Sorriso, Nova Mutum, Sapezal, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde). Dois municípios que não são produtores do grão, contudo, concentram infraestrutura produtiva de apoio à sojicultura (Cuiabá e Várzea Grande). Um único município é produtor, porém sem destaque, mas da mesma forma como os dois anteriores, concentra atividades industrial e de serviços voltadas ao apoio à produção de soja (Rondonópolis). Por fim, apenas dois municípios apresentam economias centradas em atividades distintas à soja que são Sinop (madeira e pecuária) e Barra do Garças (turismo). Deve ser ressaltado que as medidas de sustentabilidade avaliadas pelo IDSM não abarcam variáveis relacionadas aos efeitos da produção agrícola sobre os sistemas ambientais, tais como desflorestamento, contaminação do solo e dos lençóis freáticos, redução da diversidade da fauna e flora, entre outros. Neste aspecto, os resultados encontrados sinalizam que os efeitos do dinamismo econômico da sojicultura contribuem para a sustentabilidade dos municípios analisados.

5. Considerações Finais

O presente estudo verificou, mediante a mensuração do IDSM, que dos dez municípios mato-grossenses com maior pontuação, cinco deles também ocupam posições elevadas como produtores de soja (Sorriso, Nova Mutum, Sapezal, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde). Três municípios apresentam estruturas produtivas voltadas à oferta de serviços e ao processamento da produção primária (Cuiabá, Varzea Grande e Rondonópolis). Observa-se, portanto, que apenas dois municípios apresentam economias que não são centradas no agronegócio da soja que são Sinop (madeira) e Barra do Garças (turismo). Evidencia-se, portanto, que a produção da cultura da soja exerce influência positiva e determinante para a sustentabilidade dos municípios mato-grossenses avaliados pelo IDSM. Ressalte-se, contudo, que esse resultado não exime a necessidade da busca de práticas produtivas que busquem minimizar os impactos ambientais da atividade agrícola sobre a capacidade de suporte dos sistemas ambientais.

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1.Universidade Federal de Mato Grosso. E-mail: luis_otavio@ufmt.br
2. Universidade Federal de Mato Grosso E-mail: cassioufmt@gmail.com
3. Universidade Federal de Mato Grosso E-mail: vanderso,ferreira10@gmail.com
4. Universidade Federal de Campina Grande E-mail: gacandido@uol.com.br



Vol. 37 (Nº 07) Año 2016

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