Espacios. Vol. 37 (Nº 06) Año 2016. Pág. 16
Marcela Marçal Alves PINTO 1; João Luiz KOVALESKI 2; Rui Tadashi YOSHINO 3
Recibido: 16/10/15 • Aprobado: 04/12/2015
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre Green Supply Chain Management (GSCM), a fim de identificar a evolução nesta área e as principais formas com que este tema vem sendo abordado. Foi possível observar a evolução da quantidade de artigos de GSCM ao longo dos anos, as metodologias mais utilizadas, as dimensões do desenvolvimento sustentável, os países e os setores onde as pesquisas foram realizadas, e os principais temas estudados pelos autores. Com isso, foi possível identificar as lacunas encontradas na área e oportunidade para estudos futuros. |
ABSTRACT: This paper aims to conduct a literature review on Green Supply Chain Management (GSCM) in order to identify developments in this area and the main ways in which this issue was addressed. It was possible to observe the evolution of the amount of GSCM articles over the years, the methodologies used, the dimensions of sustainable development, countries and sectors where research has been performed, and the main subject studied by the authors. Thus, it was possible to identify the gaps found in the area and opportunity for future studies. |
A importância da gestão da cadeia de suprimentos verde (Green Supply Chain Management - GSCM) é bem reconhecida por parte das empresas industriais e de seus parceiros da cadeia de suprimentos. Muitos danos são causados pelos fabricantes ao ambiente através da geração de resíduos, prejudicando o ecossistema e esgotando os recursos naturais.
O desenvolvimento industrial deve ser realizado tendo em mente a preocupação com o agravamento global do ambiente. Com as pressões para aumento de sustentabilidade ambiental, as indústrias precisam adotar estratégias para reduzir o impacto ambiental e melhorar os produtos, serviços e desempenho ambiental (Zhu et al., 2005). GSCM é um conceito notável para aumentar o desempenho ambiental e reduzir os impactos ambientais (Srivastava, 2007; Kannan et al, 2008).
O conceito de GSCM surgiu nos anos 90 e tem sido adotado pelas empresas com o objetivo de reduzir os riscos ambientais e aumentar a responsabilidade ecológica, o que por consequência aumentará os lucros da empresa e sua participação no mercado (XIE; BREEN, 2012).
Diversas são as definições de GSCM que encontra-se na literatura. Sarkis et al. (2011) afirmam que GSCM é a integração das preocupações ambientais nas práticas inter-organizacionais de Supply Chain Management, incluindo a logística reversa. Enquanto Srivastava (2007) inclui também nesta definição o design de produto, material de terceirização e seleção, processos de fabricação, a entrega dos produtos finais para os consumidores e gestão de fim de vida do produto após a sua vida útil, para que sejam realizados de uma maneira ecológica.
Diabat e Godivan (2011) definiram a cadeia de suprimentos verde como uma abordagem gerencial que busca minimizar os impactos ambientais e sociais de um produto. Para Walker et al. (2008), o conceito de cadeia de suprimento verde abrange todas as fases do ciclo de vida de um produto, desde a concepção, a extração de matérias-primas, a produção e as fases de distribuição, com a utilização do produto por parte dos consumidores e da sua alienação no final do ciclo de vida do produto.
Grandes empresas e profissionais esperam por oportunidades que podem criar novas soluções que prometem conciliar prosperidade com a proteção ambiental. O gerenciamento do ciclo de vida dos produtos pode ser parte da solução. É o processo de otimização de serviços, custo e desempenho ambiental de um produto durante o seu ciclo de vida completo. Com a implementação de uma cadeia de suprimentos com uma visão sustentável, as empresas podem gerar mais valores e lucros, além dos fatores ecológicos e econômicos (KUMAR; MALEGEANT, 2006).
Uma cadeia de suprimentos incorpora um fluxo de atividades relacionadas que transformam matérias-primas em bens de consumo ao usuário final, juntamente com o fluxo de informações. O principal objetivo de GSCM é, portanto, monitorar programas comuns de gestão ambiental para garantir a sua adesão à práticas verdes, incluindo reciclagem, regeneração, remanufatura e logística reversa (JABBOUR et al., 2014).
Três são as abordagens existentes para GSCM: ambiente, estratégia e logística. Além disso, o conceito de produtividade verde mostra que, para que qualquer estratégia de desenvolvimento seja sustentável, precisa estar focada no meio ambiente, na qualidade e na rentabilidade, formando assim o foco triplo da produtividade verde. GSCM é um esforço conjunto de toda a empresa e é mais do que simplesmente colocar algumas práticas verdes no lugar, mas sim uma melhoria consistente e holística do desempenho ambiental de todos os níveis de gestão e no chão de fábrica (Davies; Hochman, 2007).
Um bom desempenho econômico será satisfatório apenas quando se fizer presente a responsabilidade social, ética e ambiental. Esta ideia refere-se ao conceito do three bottom line, que deve ser observada na gestão das empresas (SEHNEMA, 2013).
A quantidade de trabalhos presentes na área de GSCM cresceu de maneira significante nos últimos anos, em diversos países. Diante desse contexto, identificou-se o seguinte problema: Como o assunto de GSCM vem se apresentando nos últimos anos e qual a melhor maneira de prosseguir em estudos futuros nessa temática? O presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo bibliométrico dos últimos 15 anos, a fim de identificar a evolução nesta área e as principais formas com que este tema vem sendo abordado.
Com o intuito de realizar uma revisão de literatura, a base de dados escolhida para a referida pesquisa foi a Web of Knowledge (Web of Science), utilizando como palavra-chave "Green Supply Chain Management". Esta base de dados foi escolhida pelo fato de ser amplamente suportada por ferramentas de software que permitem recuperar maior variedade de dados de interesse da pesquisa, além de possuir uma maior variedade de bases indexadas a ela. Objetivando analisar a evolução dos estudos de GSCM, foi delimitado um período de 15 anos para a busca dos trabalhos. O ano 2001 foi selecionado como o ano inicial para as buscas pois a partir desse ano que apresentou-se uma quantidade significativa de trabalhos que poderiam ser estudados. Foram encontrados 392 artigos na base pesquisada, que foram exportados para o software EndNote X7, o qual tem por finalidade armazenar os dados dos artigos, a fim de facilitar na análise dos mesmos. Dentre esses, foram excluídos todos os trabalhos que pertenciam a congressos, simpósios, encontros, etc., deixando apenas os artigos pertencentes aos periódicos, o que totalizou 326 artigos.
Para selecionar os artigos, foi feito o Índice Ordinatio (InOrdinatio) de cada artigo, proposto na metotodologia Methodi Ordinatio de Pagani, Kovaleski e Resende (2015). Este método tem como objetivo selecionar os artigos de acordo com sua relevância científica, tendo em consideração os principais fatores a serem considerados em um artigo científico: o fator de impacto do periódico no qual o documento foi publicado, o número de citações e o ano de publicação, conforme Equação 01.
InOrdinato = (IF/1000) + α * [10 – (Research Year – Publish Year)] + (ΣCi) (equação 01)
onde:
IF = Fator de impacto;
α = grau de importância para o critério ano;
Reseaarch Year = ano no qual a pesquisa está sendo desenvolvida;
Publish Year = ano no qual o artigo foi publicado;
Ci = Número de citações do artigo.
Para o grau de importância do critério ano, foi atribuído o valor 6, por ser um critério importante, porém não primordial. Foram excluídos do portfólio os artigos em que o InOrdinato se apresentou negativo, o que totalizou 289 artigos positivos. Posteriormente todos esses trabalhos foram analisados através de seus títulos e resumos para ver sua relevância com a presente pesquisa, para finalmente esses artigos serem estudados.
Um total de 242 artigos foram selecionados para serem analisados e utilizados como "matéria-prima" na referida pesquisa.
Como este trabalho apresentará a evolução dos estudos de GSCM, adotou-se que os artigos serão analisados de três em três anos: 2001-2003; 2004-2006; 2007-2009; 2010-2012; 2013-2015. A figura 1 apresenta um gráfico do número de artigos encontrados para cada ano pesquisado. A busca foi feita até agosto de 2015.
Figura 1: Quantidade de artigos encontrados em cada ano
Após a seleção dos 242 artigos, os mesmos foram classificados nos seguintes critérios:
Uma análise criteriosa dos artigos classificados foi o último passo para a verificação da evolução das pesquisas já realizadas na área de GSCM. A análise também forneceu uma capacidade de identificar oportunidades de pesquisa na literatura existente, os gaps existentes e os temas mais emergentes na área.
Assim como no trabalho de Seuring e Muller (2008), os artigos estudados foram classificados em cinco metodologias: estudos teóricos e conceituais, estudos de caso, surveys, modelagens e revisões de literatura. Alguns trabalhos apresentaram mais do que uma metodologia; estes, foram classificados com a principal metodologia utilizada para o seu desenvolvimento.
Em relação à abordagem dos estudos, as pesquisas quantitativas prevaleceram com um total de 49,59%. Já os estudos qualitativos apresentaram um percentual de 35,29% e os estudos quantitativos e qualitativos foram 16,11%.
A figura 2 apresenta a quantidade das metodologias apresentadas nos artigos, separadas em cinco triênios.
Figura 2: Metodologias dos artigos presentes em cada triênio
Analisando as metodologias utilizadas nos trabalhos, percebe-se que nos três primeiros triênios as que se destacam são: os estudos teóricos e conceituais e as revisões de literatura. Porém, no terceiro triênio a quantidade presente de cada metodologia já está mais homogênea. No quarto e quinto triênio, destacam-se os estudos de caso, modelagens e surveys.
Levando em consideração o primeiro e o quinto triênio, respectivamente, para uma comparação efetiva, obtêm-se os seguintes percentuais para cada metodologia: estudo de caso (20%; 22,2%), modelagem (0%; 35,78%), revisão de literatura (40%; 17,43%), survey (0%; 15,6%), estudos teóricos e conceituais (40%; 9,17%). Esta diferença significativa dos percentuais está presente pelo fato do assunto de GSCM ser relativamente novo. Nos primeiros estudos eram possíveis ser realizados apenas a apresentação dos novos conceitos referentes ao assunto e uma revisão dos trabalhos já existentes para um melhor entendimento. Nos anos posteriores, as empresas começaram a adotar essa prática cada vez mais, sendo possível realizar estudos de caso e surveys. A quantidade de estudos teóricos e conceituais diminuiu drasticamente por esse motivo também.
As dimensões do desenvolvimento sustentável em uma cadeia de suprimentos estão baseadas em três pilares: abordagem ambiental, econômica e social. Essas três abordagens são as que chamamos de three bottom line. A integração estratégica do three bottom line de uma organização na coordenação sistêmica dos processos de negócios inter-organizacionais, melhoram o desempenho econômico de longo prazo da empresa individual e suas cadeias de suprimentos. (Carter e Rogers, 2008)
Evidenciando as questões verdes, destacam-se os aspectos econômicos e ambientais. Porém, muitos autores citam os aspectos sociais e afirmam que seu trabalho se trata de questões verdes. GSCM deve abranger preocupações com o meio ambiente na cadeia de suprimentos, já SSCM engloba as preocupações ambientais e sociais. Sendo assim, percebe-se que GSCM é uma parte de SSCM. É equivocado dizer que uma cadeia de suprimentos é sustentável se a questão social não estiver presente juntamente com a questão ambiental e econômica. (SOUZA; CATTINI JUNIOR; BARBIERI, 2014)
Com relação ao foco sobre as dimensões do desenvolvimento sustentável, quando apenas uma dimensão é apresentada chama-se de foco único. Quando duas dimensões estão presentes é foco integrado, e três chama-se de foco hostílico. (Knemeyer, 2013) Analisando essa questão nos trabalhos estudados, a figura 3 apresenta um gráfico onde é possível analisar que o foco único se sobrepõe dos demais. Na tabela 1 consta o número de artigos que apresentam as dimensões do desenvolvimento sustentável separadamente, sendo analisados novamente nos cinco triênios.
Tabela 1 – Dimensões do desenvolvimento sustentável
PERÍODO |
Ambiental |
Econômico |
Social |
Ambiental / Econômico |
Ambiental / Social |
Econômico/ Social |
Ambiental / Econômico / Social |
2001-2003 |
1 |
2 |
0 |
2 |
0 |
0 |
0 |
2004-2006 |
5 |
2 |
0 |
5 |
0 |
0 |
1 |
2007-2009 |
13 |
8 |
2 |
12 |
2 |
0 |
5 |
2010-2012 |
20 |
13 |
3 |
21 |
5 |
2 |
9 |
2013-2015 |
35 |
17 |
0 |
27 |
11 |
0 |
19 |
TOTAL |
74 |
42 |
5 |
67 |
18 |
2 |
34 |
---
Figura 3: Foco do desenvolvimento sustentável
A maioria dos artigos analisados concentram-se na dimensão ambiental em vez de sustentabilidade como um conceito hostílico. Destaca-se também a abordagem integrada, na qual evidencia-se os aspectos ambientais e econômicos. Esta classificação vai ao encontro da definição de questões verdes, onde o aspecto social não está presente.
Porém, percebe-se que a quantidade de artigos tratando das três dimensões cresceu significativamente no último triênio. Pode-se dizer que a tendência está em cada vez mais tratar dos aspectos sociais também, levando a uma questão de sustentabilidade como um todo.
Dentre os artigos selecionados constatou-se também em quais países houve maior incidência de desenvolvimento de pesquisas relacionadas à GSCM. Esta análise também foi feita de maneira trienal, a fim de ser possível verificar a evolução das pesquisas. A tabela 2 apresenta a quantidade de artigos encontrados para cada país, a cada triênio.
Tabela 2 – Países onde os estudos foram realizados
PAÍS |
2001-2003 |
2004-2006 |
2007-2009 |
2010-2012 |
2013-2015 |
TOTAL |
FREQUÊNCIA RELATIVA (%) |
Estados Unidos |
3 |
5 |
10 |
21 |
11 |
50 |
20,66 |
China |
1 |
1 |
8 |
12 |
9 |
32 |
13,22 |
Reino Unido |
- |
- |
4 |
11 |
13 |
28 |
11,57 |
Taiwan |
- |
1 |
2 |
5 |
12 |
20 |
8,26 |
Alemanha |
- |
1 |
1 |
1 |
11 |
14 |
5,78 |
Canadá |
- |
- |
3 |
6 |
4 |
14 |
5,78 |
França |
- |
1 |
1 |
3 |
5 |
10 |
4,13 |
Espanha |
1 |
1 |
1 |
3 |
2 |
9 |
3,72 |
Itália |
- |
- |
- |
2 |
6 |
8 |
3,31 |
Brasil |
- |
- |
1 |
- |
6 |
7 |
2,89 |
Índia |
- |
- |
3 |
1 |
3 |
7 |
2,89 |
Holanda |
- |
- |
1 |
2 |
3 |
6 |
2,48 |
Austrália |
- |
1 |
3 |
1 |
1 |
6 |
2,48 |
Dinamarca |
- |
- |
- |
- |
5 |
5 |
2,07 |
Suíça |
- |
- |
1 |
2 |
2 |
5 |
2,07 |
Portugal |
- |
- |
2 |
1 |
2 |
5 |
2,07 |
OUTROS |
- |
2 |
1 |
2 |
14 |
16 |
6,61 |
Ficou evidente a diferença significativa dos países que encontraram-se nas três primeiras posições. Os Estados Unidos além de ser o país onde mais desenvolveram pesquisas na área de GSCM, foi o pioneiro na área, onde no primeiro triênio 60% das pesquisas pertencem a ele. Ainda houveram 4 casos onde em mais de um país a pesquisa aconteceu, casos estes englobados nos "outros".
Os setores de onde as pesquisas foram realizadas também foram analisados, presentes na tabela 3.
Tabela 3 – Setores onde os estudos foram realizados
SETOR |
2001-2003 |
2004-2006 |
2007-2009 |
2010-2012 |
2013-2015 |
TOTAL |
Elétrico/Eletrônico |
- |
3 |
8 |
13 |
22 |
46 |
Automotivo |
1 |
- |
6 |
17 |
15 |
39 |
Metalúrgico |
- |
- |
7 |
10 |
11 |
28 |
Transporte |
- |
1 |
4 |
6 |
5 |
16 |
Químico |
- |
1 |
3 |
4 |
7 |
15 |
Alimentício |
- |
1 |
1 |
5 |
5 |
12 |
Mecânico |
- |
- |
3 |
2 |
6 |
11 |
Têxtil |
- |
1 |
1 |
3 |
4 |
9 |
Bebida |
- |
1 |
1 |
3 |
3 |
8 |
Embalagem |
- |
- |
2 |
2 |
4 |
8 |
Geração de Energia |
- |
2 |
2 |
3 |
1 |
8 |
Petróleo / Offshore |
- |
- |
1 |
- |
6 |
7 |
Tecnologia da Informação |
- |
- |
1 |
1 |
4 |
6 |
Papeleiro |
- |
- |
2 |
2 |
1 |
5 |
Móveis |
- |
- |
- |
2 |
3 |
5 |
Construção civil |
- |
- |
- |
- |
5 |
5 |
OUTROS |
- |
5 |
8 |
7 |
12 |
32 |
Destacam-se os setores elétrico/eletrônicos e automotivos, pelo fato de terem uma cadeia de suprimentos extensa e complexa, além de produzirem muitos resíduos. Grande parte dos trabalhos estudados apresentou mais de um setor em sua pesquisa, enquanto outros (61) não apresentaram nenhum setor. Alguns trabalhos não foram classificados em nenhum setor. Alguns porque eram de revisão de literatura e outros não especificaram o setor necessariamente, somente apontaram algumas características da empresa pesquisada. Como por exemplo, pequenas e médias empresas, empresas com certificação ISO 14000, entre outros.
Dentre todos os temas abordados pelos autores, alguns se destacam pela grande quantidade que aparecem no portfólio. Os principais assuntos podem ser sistematizados no quadro 1, juntamente com os autores que apresentam os respectivos temas:
Tópicos |
Autores |
Logística Reversa |
SRIVASTAVA; SRIVASTAVA (2006); BERNON; ROSSI; CULLEN (2011); HAZEN; HALL; HANNA (2011); EROL (2010); LAU; WANG (2009); VAHDANI (2012); CHENG; LEE (2010); LEE; LAM (2012); DOWLATSHAHI (2000); CARDOSO; BARBOSA-PÓVOA; RELVAS (2013); ZENG (2013); JONRINALDI; ZHANG (2013); LAI; WONG (2012); SRIVASTAVA (2008); RODRIGUE; NOTTEBOOM (2010); NIKOLAOU; EVANGELINOS; ALLAN (2013); COLICCHIA et al. (2013); GOVINDAN; POPIUC (2014); BAI; SARKIS (2013); RAMANATHAN; BENTLEY; PANG (2014). |
Redução na emissão de gás carbônico |
JENSEN (2012); EDWARDS, MCKINNON, CULLINANE (2011); HITCHCOCK (2012); TITTMANN et al. (2010); O'DONNELL et al., (2009); ELHEDHLI; MERRICK, (2012); RIETBERGEN; BLOK, (2013); LEE, (2011); BOCKEN; ALLWOOD, (2012); FAHIMNIA, (2013); WELLINGTON; GUIFFRIDA; LEWIS,(2014); ABSI et al.,(2012); THEIßEN; SPINLER, (2013); HOEN et al., (2014). |
Barreiras e facilitadores na adoção de GSCM |
LEE (2008); SARKIS (2012); ABBASI; NILSSON (2012); KAPETANOPOULOU; TAGARAS (2011); ZAILANI et al. (2012); FORSLUND; JONSSON (2009); ZHU; GENG (2013); MATHIYAZHAGAN et al., (2013); MUDULI et al. (2013); TESTA; IRALDO (2010); DIABAT; KANNAN; MATHIYAZHAGAN (2014); SHAHARUDIN; ZAILANI; TAN (2014). |
Fornecedores verdes |
SIMPSON; POWER (2005); CHIOU et al. (2011); SIMPSON; POWER; SAMSON (2007); CANNING; HANMER-LLOYD (2007); HARTLEY, J. L.; GREER; PARK (2002); VERDECHO et al. (2012); NG; LAM (2014); KANNAN e al. (2013); LEPPELT et al. (2013); HSU et al. (2013); KANNAN; JABBOUR; JABBOUR (2014). |
Práticas de GSCM |
TAGARAS (2011); PEROTTI et al. (2012); BJÖRKLUND; MARTINSEN; ABRAHAMSSON (2012); GREEN JR et al. (2012); AZEVEDO; CARVALHO; CRUZ MACHADO (2011); ZHU; SARKIS; GENG (2005); ZHU (2008); TSENG et al. (2013); LIN (2013); GOVINDAN et al. (2014); HAJMOHAMMAD et al. (2013); JABBOUR et al. (2014). |
Gestão de custos em GSCM |
COPACINO et al. (2013); CHOUINARD; ELLISON; RIDGEWAY (2011); WALKER; JONES (2012); LINTON; KLASSEN; JAYARAMAN (2007); DE FIGUEIREDO; MAYERLE (2008); SHEU (2011); CHEN; SHEU (2009); GOVINDAN; KHODAVERDI; JAFARIAN (2013); MARTÍNEZ-JURADO; MOYANO-FUENTES (2013); LUKAS; WELLING (2014); YANG et al. (2013). |
Impacto ambiental na cadeia de suprimentos |
COPACINO et al. (2013); WALKER; JONES (2012); LINTON; KLASSEN; JAYARAMAN (2007); GOVINDAN; KHODAVERDI; JAFARIAN (2013); MARTÍNEZ-JURADO; MOYANO-FUENTES (2013); YANG et al. (2013); HENKOW; NORRMAN (2011); PAKSOY; BEKTAŞ; ÖZCEYLAN (2011); CHAN et al. (2012); CHEN; MONAHAN (2010); WU (2013). |
Produtos verdes |
SRIVASTAVA (2008); CHEN et al. (2012); MOSGAARD; RIISGAARD; HUULGAARD (2013); LIN; TAN; GENG (2013); DE MEDEIROS; RIBEIRO; CORTIMIGLIA (2014); TOFFEL (2004). |
Certificação ISO 14001 |
PAULRAJ; JONG (2011); GOMEZ; RODRIGUEZ (2011); JABBOUR (2013); HERAS-SAIZARBITORIA; LANDÍN; MOLINA-AZORÍN (2011). |
GSCM em pequenas e médias indústrias |
LEE (2008); VAN HOOF, THIELL (2014); VAN HOOF; LYON (2013). |
Avaliação do ciclo de vida em GSCM |
GEYER; VAN WASSENHOVE; ATASU (2007); PAHL; Voß (2014); FACCIO (2014). |
Quadro 1: Principais tópicos presentes no portfólio
Foi possível verificar uma evolução significativa das produções de GSCM. Até 2004 o número de artigos encontrados na área foi muito baixo, a partir de 2005 é que começaram a aparecer mais trabalhos. Mas o ápice foi o ano de 2011, onde a quantidade de trabalhos aumentou de uma maneira muito intensa, e a partir daí, só cresceu.
Quanto a metodologia, os trabalhos teóricos e conceituais diminuíram de maneira drástica, e ainda, poucas são as construções teóricas desenvolvidas e testadas até o momento. A quantidade de trabalhos que adotaram a metodologia survey também não apareceram muito, não se destacando em nenhum dos triênios apresentados. Nos últimos anos a metodologia que mais apareceu foram as modelagens, onde muitas vezes apresentam como objetivo minimizar o custo e resíduos e maximizar o lucro. Sugere-se para estudos futuros propor novos conceitos de GSCM, e aplicá-los, podendo desenvolver assim novos modelos também.
Enquanto continua a haver grande valor em se concentrar em dimensões específicas de sustentabilidade para desenvolver profundidade de conhecimento sobre um tema, há também valor para aumentar a compreensão de como as dimensões e elementos apoiam uns aos outros na busca de uma cadeia de suprimentos economicamente viável e sustentável (Knemeyer, 2013). Comparando-se com a dimensão ambiental, um enfoque econômico aprofundado das questões relacionadas com a sustentabilidade recebeu pouca atenção nos trabalhos estudados, assim como o enfoque social, que apareceu muito pouco. Os trabalhos apresentados foram em grande maioria com um foco único, deixando os focos integrados e hostílicos um pouco de lado. Nos últimos anos já foi possível perceber um aumentos dos trabalhos que abordaram as três dimensões. Por esse motivo, a tendência dos trabalhos de GSCM é apresentar uma questão mais sustentável também, ao invés de somente a questão verde. Isto sugere oportunidades para a tomada de uma abordagem mais hostílica para a investigação de SCM sustentável, destacando as consequências econômicas mais específicas nesses esforços.
Outro ponto foram os países onde as pesquisas foram realizadas. Percebe-se que os nove primeiros colocados, com exceção da China e Taiwan, são países desenvolvidos. A China e o Taiwan mesmo sendo países emergentes apresentaram uma grande quantidade de estudos na área, equiparando-se com grandes potências.
O Brasil apresentou apenas um trabalho no ano de 2008, e posteriormente seis só em 2013 e em 2014. Evidencia-se que esses trabalhos apresentados em 2013 e 2014 foram realizados pelos mesmos autores. Ou seja, a quantidade de pesquisadores que estudam sobre GSCM no Brasil, assim como o número de trabalhos, é extremamente pequena.
Destacam-se também os setores onde as pesquisas foram realizadas, onde os setores elétricos/eletrônicos e automotivos prevalecem, pelo fato de terem uma cadeia de suprimentos extensa e complexa, além de produzirem muitos resíduos.
Dentre os temas mais apresentados destacam-se os que foram apresentados na seção 3.4. Identificaram-se gaps nas temáticas apresentadas, onde houveram apenas 2 artigos tratando da inovação em GSCM. Houveram muitos poucos artigos também que abordaram a questão multidisciplinar, ou seja, apresentar GSCM juntamente com outro tema emergente. Estudos futuros poderiam apresentar a inovação verde, ou inovação em GSCM, assim como essa questão de multidisciplinaridade. Outra oportunidade para estudos futuros é identificar o por quê de o Brasil apresentar uma quantidade pequena de estudos com relação aos outros países. Também recomenda-se que futuras pesquisas analisem a evolução apresentada nesse estudo, a fim de identificar pontos estratégicos para a elaboração de novos estudos na área.
Investir na cadeia de suprimentos verde traz benefícios ao meio ambiente, à sociedade e à empresa. A economia de uma indústria está diretamente ligada aos aspectos ambientais, e isso deve ser de conhecimento de todos os gestores, pois nem todos tem uma preocupação com o meio ambiente, mas com certeza todos querem lucros para as suas empresas. Esta mentalidade deve ser mudada, e a colaboração de todos é essencial para uma mudança significativa em nossa sociedade.
O presente trabalho permite visualizar a evolução dos estudos de GSCM, sendo um tema relativamente novo e com a tendência de expandir cada vez mais. Como tal, é de suma importância para os pesquisadores acessarem periodicamente onde as pesquisas foram realizadas, de que maneira foram feitas, e onde existem oportunidades adicionais. Assim como as empresas se deparam com pressões para abordar proativamente o tema da sustentabilidade em suas cadeias de suprimentos, é importante que os pesquisadores continuem a procurar formas de apoiar estes esforços através de trabalhos.
ABBASI, M.; NILSSON, F. (2012); Themes and challenges in making supply chains environmentally sustainable. Supply Chain Management: An International Journal,17 (5), 517-530.
ABSI, N. et al. (2012); Lot sizing with carbon emission constraints. European Journal Of Operational Research, 227, 55-61.
AZEVEDO, S. G.; CARVALHO, H.; CRUZ MACHADO, V. (2011); The influence of green practices on supply chain performance: A case study approach. Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review, 47 (6), 850-871.
BAI, C.; SARKIS, J. (2013); Flexibility in reverse logistics: a framework and evaluation approach. Journal of Cleaner Production, 47, 306-318.
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