Espacios. Vol. 37 (Nº 02) Año 2016. Pág. 11

Modelos Teóricos de Responsabilidade Social Corporativa e Performance Social Corporativa: uma análise desde a década de 1950 a 2000

Theoretical models of Corporate Social Responsibility and Corporate Social Performance: An Analysis from the decade 1950-2000

Fernanda Pereira SILVA 1; Lúcia Santana de FREITAS 2; Gesinaldo Ataíde CÂNDIDO 2; Dércio Braga SANTOS 3; Débora Aparecida da Silva SANTOS 1; Luis Otávio Bau MACEDO 3

Recibido: 02/09/15 • Aprobado: 13/09/2015


Contenido

1. Introdução

2. Panorama evolutivo dos modelos de responsabilidade social corporativa e performance social corporativa

3. Metodologia do trabalho

4. Resultados

5. Considerações finais

6. Referencias


RESUMO:

Para análise dos modelos de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e Performance Social Corporativa (PSC) avaliou-se os papéis nas décadas de 1950 a 2000, dos periódicos eletrônicos de caráter exploratório, fontes secundárias nacionais e internacionais. Assim, analisar os modelos de RSC e PSC, a partir das correntes teóricas dominantes de Garriga e Méle (2004) e as filosofias de RSC de Spicer (1978). Resultou-se nos parâmetros dos negócios corporativos e da sociedade com vistas às dimensões sociais, ambientais e econômicas. Os modelos pelas correntes dominantes e as filosofias caracterizaram-se, com foco dominante nas correntes integrativas e éticas e pela filosofia gerencial.
Palavras-chave: Performance Social Corporativa. Responsabilidade social

ABSTRACT:

For the analysis of Corporate Social Responsibility models (CSR) and Corporate Social Performance (CSP) we evaluated the roles in the 1950s to 2000, the electronic journals exploratory, national and international secondary sources. Thus, analyzing the models of CSR and PSC, from the dominant theoretical currents Garriga and Mele (2004) and Spicer CSR philosophies (1978). It resulted on the parameters of corporate business and society with a view to social, environmental and economic dimensions. Models by the dominant currents and philosophies were characterized with dominant focus on integrative and ethical currents and the management philosophy.
Keywords: Corporate Social Performance. Social responsability.

1. Introdução

O tema de responsabilidade social corporativa (RSC) e performance social corporativa (PSC) têm sido discutidos em nível global, devido aos grandes problemas corporativos que assolam a humanidade. Nesse sentido, a humanidade está demandando produtos de alta qualidade e valor agregado que sejam produzidos através de processos produtivos que ocasionem menos impactos negativos aos stakeholders e a humanidade. Mediante a isso, pretende-se analisar os modelos apresentados pela literatura de Responsabilidade Social Corporativo (RSC) e Performance Social Corporativa (PSC) desde a década de 1950 a 2000, bem como avaliá-los de acordo com as correntes teóricas dominantes de Garriga e Méle (2004) e as filosofias de RSC de Spicer (1978). 

Nesse contexto, os conceitos de RSC de Garriga e Melé (2004); Spicer (1978) e Wood (1986), são assim definidos. O primeiro conceito trata-se da definição das correntes teóricas dominantes conceituais de RSC caracterizadas por quatro teorias, são elas: teoria instrumental, política, integrativa e ética. Na teoria instrumental focaliza-se nos objetivos econômicos através das atividades sociais; na teoria política caracteriza-se pelo poder do negócio na arena política; a teoria integrativa define-se com as demandas de integração social. Por fim, a teoria ética focaliza-se nas ações de bem-estar da sociedade.

No que tange ao conceito de RSC de Spicer (1978) e Wood (1986) referem-se as três filosofias de responsabilidade, são elas: 1) a visão clássica; 2) a visão de ativista-limitador; e 3) a visão gerencial.  A visão clássica se caracteriza pela responsabilidade dos acionistas no retorno sobre o investimento corporativo. A visão ativista limitador sustenta a competência corporativa de poder socioeconômico de responsabilidade social igualmente ampla. A visão gerencial se caracteriza pela responsabilidade dos gestores corporativos para minimização do risco de oportunismo nos comportamentos individuais, baseando-se no moral de gestão e no dever corporativo para resolução dos problemas sociais. As duas últimas filosofias reconhecem os indivíduos como tomadores de decisão das corporações e o fator chave para a implementação de programas corporativos sobre responsabilidade social.

 Assim, esse trabalho está organizado, inicialmente, pela evolução dos modelos históricos de responsabilidade social corporativa e performance social corporativa; os pressupostos metodológicos que nortearam a pesquisa. Por fim, serão apresentados os resultados, as considerações finais e as referências.

2. Panorama evolutivo dos modelos de responsabilidade social corporativa e performance social corporativa

Figura 1: Modelos Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e Performance Social Corporativa (PSC)

Fonte: elaborado a partir das pesquisa, 2015.

 Na representatividade do modelo na figura 3, caracterizou-se pela evolução histórica dos modelos de RSC e PSC, que evoluíram para construção das práticas corporativas. Cada modelo elucida um tipo comportamental aplicável nas corporações, como descritos nas descrições dos modelos de RSC e PSC, a seguir:  

Os modelos de RSC e PSC publicados nas literaturas nacionais e internacionais, consiste em demonstram as variáveis para mensuração das práticas socialmente responsáveis nas corporações, no entanto, existem inúmeras divergências sobre o tema. Na visão de Peloza (2006), a RSC se caracteriza como uma reputação segura com papel de mediar a PSC, sobretudo, nos investimentos de RSC que sustentam a PSC. A reputação da RSC serve-se das relações sociais desiguais, pois privilegiam a relação formal da economia informal, industrial/urbano sobre emprego (MITRA, 2011). Na percepção de Wood (1991), a PSC caracteriza-se na organização dos negócios pela configuração dos princípios de responsabilidade social, processos de responsividade e políticas, programas e resultados observados com base no relacionamento da empresa e da sociedade.  Assim, a seguir serão analisados as características dos modelos de RSC e PSC:

 O Modelo dos Três Círculos Concêntricos (1971) desenvolvido pelo comitê Desenvolvimento Econômico (CED) e posteriormente aplicado, em 1982, por Davis e Cosier tratou-se das obrigações econômicas e não econômicas corporativas. Para isso, o modelo definiu-se na análise dos círculos interno, intermediário e externo, baseando-se nos círculos interno, intermediário e exterior. No círculo interno caracteriza-se pela dimensão econômica: produto, trabalho e crescimento. No círculo intermediário visa função econômica pelos valores sociais de conservação ambiental e na relação dos colaboradores. O círculo exterior refere-se às responsabilidades amorfas corporativas, como a pobreza, a exclusão social, a degradação urbana, entre outras. Suas contribuições refere-se aos comportamentos corporativos internas e externas das responsabilidades. Sua limitação concentra-se nas relações dos stakeholders; nos interesses equilibrados; na impermeabilidade entre os círculos; na equiparação da política econômica com a política social, como base crucial a existência da outra, geralmente tratando a questão social mais importante que a questão econômica (FREIRE, 2008).

 O Modelo de Três Estados para o comportamento Corporativo de Sethi (1975) classificou-se nas dimensões do comportamento corporativo acerca da estrutura para facilitar a análise das atividades sociais amplas e gerais no ambiente interno. Dessa maneira, o modelo, na primeira coluna se relaciona aos clientes, empregados, acionistas e credores orientados pelo mercado, quando surge algum problema social propôs as obrigações sociais no comportamento corporativo econômico e a força do mercado ou as restrições legais. Na segunda coluna alinham-se os valores e as normas prevalecendo às expectativas da sociedade, ultrapassando a obrigação social. Na terceira coluna considera-se a adaptação da RSC com o comportamento corporativo, às necessidades sociais e a proatividade organizacional.  Assim, suas contribuições referem-se às responsabilidades além das fronteiras corporativas, derivando-se das preocupações dos impactos corporativos à sociedade. Por fim o modelo se limita nas dimensões do comportamento corporativo não o englobado em sua arena.

O Modelo Responsabilidade Social Corporativa de Preston e Post (1975) baseia-se na RSC das corporações públicas propondo-se a dependência dos governos em relação à opinião pública, em âmbito externo, em face da dependência do voto eletivo, necessitando de estabelecer limites para que os relacionamentos aconteçam nas esferas primária e secundária entre a organização e a sociedade, à frente. Esse foi o primeiro modelo de RSC direcionado às corporações públicas, estruturado pelos relacionamentos à sociedade, dos valores dos stakeholders, das opiniões públicas e dos valores morais conduzidas pelas leis governamentais. A esfera primária relaciona-se aos clientes, empregados, acionistas e credores orientados pelo mercado, quando surge algum problema social. A esfera secundária centra-se nas leis e valores morais, que intermediarão resolução dos conflitos.

As críticas e limitações de Wood (2010) para esse modelo relacionou-se a RSC baseada na não separação e distinção, todavia constituída de sistemas que interpenetram mutuamente. Ainda, a função econômica é realizada sem preservar a sociedade, uma vez que o domínio das políticas públicas das leis e regulamentos mostra o universo dos problemas sociais das corporações, governo, educação e etc. Sua limitação se deve pela falta dos valores de reatividade social encorajando as condições de mudança de prioridade do governo, às necessidades, porque não sugeriu um modo eficaz de administrar os conflitos de valores (WOOD, 2010).

 O Modelo de Tridimensional de Archie Carroll (1979) foi o primeiro precursor de PSC, com a implantação da Pirâmide de Carroll, integrando os conceitos multidimensional de RSC ou cubo tridimensional, com princípios de gestão de RSC do desempenho social das sociais, ambientais e econômicas, para motivação e não mensuração. Na primeira dimensão tratou-se do desempenho operativo baseados em quatro domínios de RSC (econômicas, legais, éticas e discricionários). Na segunda dimensão referiu-se as questões sociais corporativas (consumismo, o meio ambiente, a discriminação, a segurança do produto, a segurança ocupacional e parceiros). Finalmente, a terceira dimensão filosófica de respostas (reativa, defensiva, acomodativa e proativa).

A construção do cubo de tridimensional de PSC contempla 96 células, podendo esse número aumentar ou diminuir dependendo do número de questões incluídas e interpretadas pelos comportamentos e respostas dos gestores e pelos tipos de respostas ou responsividade social: (a) Reativa: a questão social corporativa depois de ameaçar seus objetivos de funcionamento; (b) Defensiva: a empresa age para se proteger ou se defender de um desafio ou problema; (c) Acomodativa: a empresa alinha às exigências do governo ou da opinião pública; (d) Proativa: a empresa antecipa exigências que ainda não foram feitas (CARROLL, 1979).

As críticas desse modelo na visão de Wood (1991) tratam-se da dimensão filantrópica menos abrangente nas hierarquias monológicas, devido a atenção dos gestores mais nas responsabilidades econômicas, facilmente violadas pelos padrões éticos; o processo de sensibilidade social não reflete os modos de respostas e não há resultados nas variáveis e, por último, a categoria discricionária não apresenta como agente gerencial. A outra crítica ao modelo, na visão de Kang (1995) refere-se ao processo filantrópico ou discricionário que não legitima a responsabilidade dos negócios.

O Modelo de Modelo de Dalton e Cosier (1982) defendem as quatro faces da RSC, estruturada pela matriz 2X2, com combinadas por diversas matrizes entre a legalidade e a responsabilidade ampliados pelos aspectos legais e ilegais, de um lado e, do outro, os aspectos de irresponsáveis e responsáveis. Portanto, as combinações do modelo enquadram-se na estratégia adotada pela corporação e sua limitação retrata somente a corporação socialmente responsável, caso ela opere de forma legal e responsável e escolhendo dentre esses padrões legais.

 O Modelo de Responsabilidade Social de Carroll e Hoy (1984) propõe-sea integração das políticas sociais e gestão estratégica para formulação de estratégia de RS como elementos da política organizacional corporativa global, focada nas ações de tomada de decisão dos gestores. Essas ações abrangem os elementos associados à natureza da competição, recursos, competências, ameaças e oportunidades do mercado, baseados nos valores e aspirações dos gestores e o reconhecimento das expectativas da sociedade relacionando-se ao modo de agir, através das dimensões representadas pelas visões corporativa ambiental micro e macro, sendo: na primeira, a política social dos gestores quanto as questões sociais, como estratégia societal da corporação e dos negócios; na segunda trata-se da formulação organizacional para implementação das estratégias de respostas às demandas sociais das micropolíticas e estão sujeitas as avaliações e mudanças. Esse modelo limita-se às condições sociais, os resultados e os esforços, faltando a visão macro organizacional.

 O Modelo de Responsabilidade Social Corporativa de Wartick e Cochran (1985), a RSC caracterizou-se a partir do modelo de Carroll (1979) ampliando o conceito de PSC, por meio dos aspectos lógicos sintetizados por três tipos de RSC, sendo:

responsabilidades econômica, pública e social, incorporando-as três segmentos: princípios, processos e políticas. Esse modelo representa as orientações filosóficas, institucionais e organizacionais, respectivamente, refletindo-se nas categorias específicas dos processos de varredura ambiental, da gestão de stakeholders e das questões de gestão. Cada componente dimensional possui suas próprias características para orientação e direção, dos conceitos integrados do envolvimento social das corporações, caracterizados pelos princípios, os processos e as políticas direcionam-se a função principal dos negócios refletindo como agente moral no contrato social corporativo. Nesse modelo, constata-se a origem das dimensões da RSC, pelos princípios que reflete à orientação filosófica, identificando-se as causas e os problemas sociais, que implicam no sentido lógico e racional. Os processos de respostas sociais corporativas constituem-se de orientação institucional, com conhecimento do ambiente e das necessidades em seu entorno para consecução das respostas. O gerenciamento das políticas sociais reflete-se na orientação organizacional e na administração dos recursos sociais em âmbito corporativo. Assim, a contribuição propicia-se na análise ambiental dos princípios, processos e resultados corporativos, através dos contratos sociais vivenciados por suas práticas.

O Modelo de Responsabilidade Corporativa de Carroll (1991) subdivide-se na responsabilidade corporativa, a partir de quatro dimensões. A dimensão econômica se caracteriza na lucratividade empresarial. Na dimensão legal se fundamenta na obediência às leis existentes; na dimensão ética se relaciona com que é certo e ético; na dimensão discricionária: envolve-se no perfil de bom cidadão. Mediante disso, o modelo se concentra nas corporações e seus stakeholders, contribuindo para a análise ambiental e a projeção futura, a partir dos valores éticos do que se deve aplicar. Por isso, o modelo difere-se do modelo Carroll (1979), em face nível de abrangência corporativa institucional ligada à imagem de boa cidadã perante a sociedade.

 Suas limitações referem-se à hierarquização das dimensões que não apresentam sobreposição das dimensões de RSC, bem como, relativo às categorias filantrópicas ou discricionárias, entendidas de maneira desnecessária e até mesmo inexatas, devido à sua natureza voluntária.

 O Modelo Corporativo Revisado por Wood (1991) surgiu a partir de Carroll (1979) e Wartick e Cochran (1985), propondo as revisões nos processos de capacidade de resposta social, que vão além da articulação de Carroll (1979) e nas categorias de capacidade de resposta corporativa (reativa, defensiva, acomodativa, proativa), aprimorando as categorias sociais e reorganizando-as sob novos temas, preocupações e resultados dos comportamentos. Ademais, propõe-se a aplicação das variáveis existentes nos modelos anteriores, esboçando as ações sociais corporativas adaptadas pela avaliação dos processos ambientais, gestão dos stakeholders e as questões de gestão. Para isso, a autora enquadrou-se os três princípios para construção da PSC, levando a RSC a quatro domínios: econômico, jurídico, ético e discricionário, para identificação e relacionamento dos princípios de responsabilidade social de legitimidade social (nível institucional), a responsabilidade pública (organização em nível macro) e o critério gerencial (nível individual). Desse modo, o modelo de Wood (1991).

 A contribuição do modelo consiste na representatividade dos administradores, como atores morais para exercer a prudência no direcionamento voluntário dos resultados socialmente responsáveis, ampliando as decisões morais para amparar a corporação com os valores éticos. Quanto à aplicação do princípio dos stakeholders, é caracterizada pelo processo de avaliação de desempenho social, acerca dos impactos e resultados, bem como responsáveis por conduzir os processos, políticas e programas corporativos. Assim, o modelo de PSC, de Wood (1991). Ademais, o modelo remete-se ás ações com diferentes tipos de responsabilidades como princípios motivacionais do comportamento responsável, os processos de capacidade de resposta e os resultados de desempenho. Para isso, os resultados são determinados pelas ligações gerais e específicas.

 As críticas ao modelo de Wood (1991), apesar do seu mérito, a autora Siltaoja (2013) ratifica que existem quatro vieses de conceituações inadequadas, são eles: (i) falta do componente de ação, (ii) a capacidade de resposta social não é um processo, mas um conjunto de processos, (iii) não há confiança nas políticas, que não garantem resultados responsáveis​​, e (iv) cada corporação pode ser avaliada com base na performance social nas conceituações tradicionais corporativas responsáveis​​/irresponsáveis, que não se encaixam bem no pensamento de PSC (WOOD, 1991). Então, estendeu os modelos anteriores do PSC focado na estrutura (não filosóficas), princípios de responsabilidade, insumos significados, e os processos de sensibilidade social (capacidades).

As críticas ao modelo de Wood (1991) de acordo com Swanson (1995) retratam-se os conceitos sociológicos e não gerenciais, econômicos ou filosóficos. Desse modo, os conceitos basearam-se nas suposições do sistema abertos orgânicos, não mecânico com visualizações de sistemas fechados, dentre eles, são: 1) os princípios devem manter o controle social dos padrões normativos; 2) incorporar o dever positivo em todas as suas instâncias institucionais, organizacionais e individuais e 3) necessidade de abordar a motivação moral que suporta expressões dos deveres negativos e positivos.

Outra crítica do modelo de Wood (1991) na visão de Siltoaja (2013) trata quatro vieses conceituais inadequados, são eles: (a) falta um componente de ação, (b) a capacidade de resposta social não é um processo, mas um conjunto de processos; (c) inexistência de muita confiança nas políticas, que não garantem resultados responsáveis​​, e (d) cada corporação deve avaliar com base na performance social e nos conceitos tradicionais corporativas responsáveis​​/irresponsáveis, ​​que não se encaixam bem na PSC.

 O Modelo de Performance Corporativo de Wood (1994) adaptou-se a partir de Wood (1991), estendeu-se abrangentemente pelos princípios (não filosóficos), de responsabilidade como insumos, de processos de RS como demanda e saídas como os resultados de produtos. Sua distinção em relação ao modelo de Wood (1991) enquadra-se nos princípios de legalidade devido aos abusos de poder corporativo da responsabilidade pública e no princípio discricionário ampliam-se as ações socialmente responsáveis. Nos processos, diferem-se na varredura ambiental, em virtude das dimensões políticas, éticas, legais e ambientais, estendendo-se nas relações com os stakeholders e a gestão das relações públicas analisadas como função social e questões políticas.  Assim, a responsabilidade social (RS) e a responsabilidade corporativa (RC) produzem a necessidade de identificar, mensurar e reportar os impactos para o desenvolvimento e os acontecimentos sociais, devendo satisfazer as necessidades corporativas e dos stakeholders.

 Ainda, acordo com Siltaoja (2013) as críticas do modelo de Wood (1991) permaneceram no modelo de Wood (1994) retratadas pelas realizações e aos resultados da PSC de modo genérico e não detalhado. Outra crítica compreende-se na percepção de Wood (2010) baseou-se nas dimensões sociológica e não gerencial, econômica ou filosófica como sistema aberto de pressupostos orgânicos, não mecanicistas.

 O Modelo Reorientado de Swanson (1995 e 1999) derivou-se do modelo de Wood (1991), com intuito de orientar os pontos críticos de análise corporativa modificando o caráter normativo do autor, devido à falta do cumprimento dos deveres e obrigações de RSC e aferidos nos lucros e nos comportamentos morais. Por sua vez, esse modelo baseou-se nos princípios, processos e resultados em quatro grupos: nos princípios de RSC macro e micro nas tomadas de decisões dos executivos em relação aos aspectos econômicos e ecológicos; nos valores sociais legítimo e ilegítimo; nas tomadas de decisões da cultura corporativa e nas respostas sociais sustentadas no meio externo e os impactos sociais nas ações e nos valores econômicas, ecológicas e de poder e além disso, em cada categoria de  PSC, teve como base mais as dimensões normativas mais amplos que em relação a outros conceitos.

No trabalho, Swanson (1999) analisou a PSC baseando-se nas ações socialmente responsáveis, com perspectivas socioambientais e econômicas, ampliadas pelas dificuldades de integração descritiva (do que é) e normativa (o que deveria ser) para alcançar a PSC e ao invés de se preocupar com os ganhos e perdas ou nas perspectivas econômicas de RSC. Esses fatores contribuem-se para o desempenho social dos parceiros corporativos no ambiente social e nas decisões dos gestores, com inovação e sintonia nos valores e a integração. Ainda, a autora aponta que esses valores condicionam o perfil do indivíduo e mantém a cultura organizacional por decisões de valores corporativos e códigos de condutas baseados nos princípios éticos e sociais.

 O Modelo de Indicadores analíticos de RSC de Hopkins (1997) aproximaram-se do modelo de Wood (1991) para avaliação do perfil da RSC, a partir dos nove elementos genéricos agrupadas em três níveis e extraídos do número de indicações de RSC e o relacionamento socialmente responsável corporativo. Os níveis de RSC são agrupados pela legitimidade e a responsabilidade pública (Nível I); pelo processo de capacidade de resposta social envolvem os atributos (Nível II) e pelos resultados de ações de responsabilidade social (Nível III).

Estes níveis são influenciados de acordo com a percepção do ambiente, o gerenciamento dos stakeholders, a administração sociais e aos resultados das ações da RS incorporados aos stakeholders internos e externos. Os indicadores são mensurados pelas informações de auditorias sociais corporativas analisadas institucionalmente pelas questões sociais, ambientais, os stakeholders, em especial, os valores dos fornecedores, consumidores e o meio ambiente. As questões sociais ampliam-se a análise legal a partir das auditorias e os relatórios de prestações de contas éticas.  Por fim, a diferenciação do modelo apresenta-se na visão social amparada pelas questões ambientais, legais, éticas e de gestão focadas nas ações dos stakeholders.

O Modelo de Performance Social Corporativa de Bauman (1997) baseou-se nas ações dos stakeholders, por meio de quatro dimensões de interação entre as organizações e suas diversas entidades do macro ambiente. Esse modelo conceituou-se na visão de Walker e Marr (2001) através dos quatro portões para o comprometimento entre os atores sociais: ciência, conhecimento, admiração e ação. Esses portões consolidam a gestão de PSC dependente dos stakeholders envolvidos, devido as decisões das políticas e programas corporativos movidos por suas tendências. Ademais, o modelo conduz aos comportamentos dos stakeholders envolvidos interna e externamente em nível global através das tendências ambientais, as estratégicas, as capacidades e os processos.

 O Modelo de Responsabilidade Social de Enderle e Tavis (1998) integra-se pela relevância social das corporações em detrimento a RSC pelas funções econômica, social e ambiental, considerando os três níveis de desafios éticos. Na analisar dos três níveis de desafios éticos propõem-se o equilíbrio entre os níveis das dimensões econômicas, sociais e ambientais, uma vez que nenhuma deve-se sobrepor à outra dimensão. Nessa condição, as dimensões apresentam-se como ativos corporativos responsáveis pela sobrevivência em constantes mudanças e a RS, ainda dependerá do comprometimento corporativo para a aplicação dos recursos das ações responsáveis.

O modelo de Quazi e O‟Brien (2000) pressupõe-se do relacionamento da RS e o desenvolvimento sustentável (DS) ás preocupações sociais e ambientais na gestão dos negócios caracterizadas por duas dimensões: na dimensão ampla englobam as responsabilidades clássicas e econômicas das visões modernas e filantrópicas dos benefícios corporativos à longo prazo das ações sociais sem a perspectiva de compensação do custo incorrido. Na dimensão restrita abrange a visão socioeconômica dos benefícios para maximizar os lucros dos acionistas e garantir a solvência da corporação por ações sociais para geração valor corporativo, contrariamente, à visão clássica que nega a obtenção.  Sua limitação, na visão de Wezel et al. (2008), refere-se a questão filantrópica somente nos interesses próprios com revestimento de altruísmo e não abordam os aspectos negativos de RS para resolução dos conflitos corporativos.

O Modelo Responsabilidade Social Corporativa de MikkilÌa (2003) trata-se do visão global de RSC no ambiente dos negócios e do ambiente operacional da PSC, caracterizadas pelos níveis de problemas dos critérios múltiplos envolvendo os stakeholders. Na análise da PSC consideram o negócio jurídico e o comportamento ético e a não institucionalização dos códigos das sociedades. Suas contribuições referem-se ao direcionamento das operações que incluem as normas de boa cidadania do ambiente operacional, nos níveis local, nacional e internacional; nos stakeholders externos; nas práticas das funções e dos processos das unidades de produção, nos aspectos técnicos, econômico-financeiro, ambiental, sociocultural e político. A fim de concretizar aceitabilidade das práticas sociais, ambientais e econômicas, que descrevem os problemas de análise dos critérios múltiplos dos stakeholders. A crítica ao modelo MikkilÌa (2003) na visão de Frederick (2008) e Siltaoja (2013) pressupõem-se da política de PSC, abrangendo somente o princípio de responsabilidade de cidadania.

 O modelo de VBA (Value, Balance, Accountability) de Schwartz e Carroll (2007) baseou-se nas atividades integradas pelo diagrama de cinco temas reconhecidos, complementares e interdependentes dos construtos de RSC, assim considerados: ética corporativa, administração dos stakeholders, sustentabilidade e cidadania corporativa. Estes construtos são justapostos por três conceitos centrais: o valor, o equilíbrio e a responsabilidade. O modelo vincula-se às obrigações e os benefícios da sociedade, com equilíbrio dos processos dos stakeholders e ligado no ambiente natural com ética e equidade. O processo dos stakeholders consiste na prestação de contas à sociedade através valores sustentáveis com equilíbrio na responsabilidade normativa. Suas limitações referem-se à incorporação de outros temas de negócios e sociedade, devido aos valores da rede social, incertezas e equilíbrio e interesses dos padrões morais sobre quem são, de fato, os stakeholders e quais os interesses prioritários.

O Modelo de Performance Social Corporativa de Jamali e Mirshak (2007) interrelaciona-se aos conceitos de PSC de Carroll (1979) e Wood (1991) examinando as práticas corporativas pelos gestores e responsáves, considerando as questões filantrópicas, de forma abrangente e consistente. Para monitorar os relacionamentos dos grupos propõem-se aos gestores, o monitoramento das novas realidades, de modo a gerenciar relacionamentos dos grupos específicos dos stakeholders para desenvolver estratégias emergentes em cada domínio de responsabilidade, respectivamente. Para isso, reitera-se que as corporações devem controlar suas políticas, programas e saídas, em todos os domínios de responsabilidade, sendo: os comportamentos dos impactos sociais corporativos visíveis nos quatro domínios da responsabilidade sejam: na prestação de postos de trabalho, nos bens e serviços (econômico), no pagamento de impostos (legais), nos pagamentos de taxas para os burocratas e para os políticos (éticos) ou contribuições sociais de caridade (discricionária). Além disso, controla-se a natureza dos programas selecionando-os para investimento em vários domínios de integração social, dentro do corpo de política e no alinhamento com os princípios, processos e resultados, em cada domínio respectivo, sendo o grande desafio, a integração eficaz nos quatro domínios alimentados e aperfeiçoados ao longo do tempo.

 Os processos de responsividade social corporativa, segundo os autores Jamali e Mirshak (2007) atribuem-se aos resultados produzidos, monitorados, avaliados, compensados ​​e retificados (ou não), através dos princípios em três níveis de análise: institucional, organizacional e individual. Logo, os processos delineiam-se na motivação às respostas e no gerenciamento dos stakeholders, alinhando-se a motivação de RSC decorrem-se do princípio de legitimidade (nível institucional), a partir de manter a credibilidade, a legitimidade dos atores no ambiente socialmente responsável e nos resultados do corporativo das áreas primárias e secundárias. Em decorrência disso, estende-se o modelo de PSC focando na estrutura (não filosóficas) dos princípios de responsabilidade, insumos, significados e nos processos de sensibilidade social (throughput).

O Modelo de Ética nos Negócios de Goran e Wood (2008) relacionam-se a ética a em consonância com os três componentes, sendo: nas expectativas da sociedade, nas percepções corporativas e nas avaliações sociais. Nele, predomina-se um ambiente altamente dinâmico e seu resultado é dependente da evolução no tempo e no contexto que encontra-se inserido, de modo a fornecer referência ao comportamento e às percepções das pessoas. Nesses elementos, cada componente verifica as expectativas às leis governamentais, responsabilidades institucionais, estímulo à educação, associações e parcerias profissionais e a integridade das transações internacionais, entre outros. A percepção corporativa inclui o relacionamento dos gestores com o pessoal de apoio e os stakeholders, fornecedores, clientes e concorrentes.

 As avaliações sociais desse modelo derivam dos resultados econômicos e dos comportamentos legitimados, das práticas de cidadania corporativa, do recolhimento de taxas e impostos, das relações amigáveis com o meio ambiente, da contratação de empregados e serviços e da aceitação dos produtos. Esses componentes são interconectados por cinco subcomponentes, como: expectativa da sociedade; valores organizacionais, normas e crenças; resultados; avaliações da sociedade; e reconexão ou retroalimentação. Desse modo, o modelo esboça-se na necessidade de orientar, explorar e interpretar do que é, e como, o fenômeno é conhecido no contexto da ética corporativa. Assim, a limitação desse modelo refere-se à dificuldade de avaliar e medir as questões subjetivas.

  O Modelo Performance Social Corporativa de Siltaoja (2013) baseia-se no modelo de Wood (1991), não somente pela informação convertida em conhecimento, mas ao detalhar contribuições para o alcance dos resultados de responsabilidade. Acerca disso, Siltaoja (2013) enfoca-se nos três processos de sensibilidade social, chamado de "varredura ambiental", das informações corporativas nas mudanças no ambiente circundante.

3. Metodologia do trabalho

A metodologia, conforme Richardson (1999) são procedimentos e regras à fim de atingir um determinado objetivo. Acerca disso, o estudo caracterizou-se pelo caráter exploratório dos modelos de RSC e PSC, das décadas de 1950 a 2000. Segundo Gil (2002), esse estudo propicia maior familiaridade explicita do problema, desmembrando as hipóteses e aprimoramento as ideias ou descobertas intuitivas. Na aplicada da revisão de literatura, na visão de Hair Jr. et al. (2005) apud Freire (2008) obtém-se vantagens para o entendimento e o aprimoramento do assunto e variáveis para futuras pesquisas. 

As abordagens da pesquisa compreenderam-se na abordagem qualitativa pela varredura nas citações dos modelos de RSC e PSC, com técnica de pesquisa bibliográfica e informações secundárias (GIL, 2002). Esses materiais são publicações de grandes autores das áreas (COOPER E SCHINDLER, 2003) constituídos de periódicos científicos disponibilizados nas bases de dados da Plataforma Capes do Sistema Qualis de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 

4. Resultados

 Na análise dos modelos de RSC e PSC explanado, no quadro 1, detalham as características dos modelos teóricos, conforme descrito:

Figura 2: Modelos RSC e PSC das décadas de 1950 a 2000.

Fonte: elaborado a partir das pesquisa, 2015

 Os modelos de RSC e PSC, das décadas de 1950 a 2000, no quadro 1, serão características e interpretados a partir dos conceitos de Garriga e Melé (2004) e as filosofias de Spicer (1978), assim descritas.

Quadro 1: Síntese dos modelos de RSC e PSC desde as décadas de 1950 a 2000.

Modelo

Dimensões

Corr.

Dominantes

Visão Conceitual

Contribuições

Limitações

Círculo Concêntrico da OCD (1971)

Ambiental e Econômica: Produto, trabalho e crescimento) e social: pobreza, exclusão social e degradação urbana.

Instrumental

Clássica

Responsabilidade de lucros econômicos e não econômicos.

Faltam: valores de reatividade social como prioridade do governo e a gestão de conflitos.

Três Estados  comportam. corporativo de Sethi (1975)

Social: Obrigações/pressões sociais e expectativa da sociedade: Econômico: força de mercado. Legais: valores/ normas.

Integrativa

Ativista

Responsabilidades além das fronteiras, com a preocupação dos impactos corporativos à sociedade.

Comportamento corporativo não engloba toda a arena comportamental.

RSC de Preston Prest (1975)

Social: Stakeholders, valores morais, problemas sociais; Legal: obrigações legais.

Ética

Geren

cial

Respeito a política dos stakeholders:  ético e as questões legais e sociais.

Faltam: valores de reatividade social e resolução dos conflitos.

RSC de Carrol (1979)

Responsabilidades discricionária, legal, ética e econômica.

Integrativa

Gerencial

Cumprimento das obrigações sociais, delineadas pelas diretrizes éticas e legais dos recursos corporativos.

Ausência: da identificação dos problemas sociais e a PSC funcionalista

RSC de Dalton e Cosier (1982)

Responsabilidade legal ilegal: pobreza, degradação urbana e exclusão.

Política

Clássica

Aspectos legais e ilegais, de um lado e a outro os aspectos de irresponsáveis e de responsáveis.

Corporação social, responsável opera somente na forma legal.

RSC de Carroll e Hoy (1984)

Elementos: Competição, recursos, competências, ameças e oportunidades do mercado; Valores e aspirações dos gestores e o reconhecimento da sociedade.

Política

Gerencial

Integração das políticas sociais, gestão estratégica através da formulação de estratégia incompleta focada na decisão de gestão para as questões global.

Corporação com objetivos sociais, sem a visão macro organizacional, os resultados e esforços serão limitados.

RSC de Wartick e Cochran (1985).

Social: governamental, política dos stakeholders e ética. Legal, ambiental, questão de gestão econômica.

Integrativa

Gerencial

PSC com os aspectos logísticos: três tipos de RSC econômica, pública e social por princípios, processos e políticas.

-

RSC de Carroll (1991)

Ético, legal, econômico e discricionário.

Ética

Gerencial

Análise ambiental da projeção futura através dos valores éticos e da varredura nos stakeholders para aplicar.

Falta: hierarquização das dimensões, não há sobreposição confundida como voluntarismo.

PSC de Wood (1991)

Princípios, processos e resultados nas categorias de capacidade de resposta (reativa, defensiva, acomodativa, proativa), dos stakeholders e análise ambiental.

Integrativa

Gerencial

Busca dos resultados a partir dos comportamentos socialmente responsáveis.

Faltam: capacidade resposta social; a confiança nas políticas. A PSC corporativa avaliada tradicional (estrutura (não filosófica).

PSC de Wood (1994)

Processos, programas e resultados aplicados pela varredura ambiental, as ações dos stakeholders e as relações públicas e a econômica.

Integrativa

Gerencial

Princípios de legalidade priorizando a sociedade, com ações socialmente responsáveis, ampliada pelas relações dos stakeholders e a gestão pública.

Críticas domodelo de Wood (1991), continuaram no modelo de (1994).

PSC de Swanson (1995)

Ações econômicas, ecológicas e de poder.

Instrumental

Ativista

Decisão de gestão em relação aos aspectos econômicos e ecológicos, da cultura/ impactos sociais.

--

PSC de Swanson (1999)

Stakeholders a partir da inovação econômica e social

Integrativa

Gerencial

Stakeholders e a inovação na perspectiva econômica e social.

--

Indicadores de RSC de Hopkins (1997)

Responsabilidade Pública: ambiente; gerenciamento dos stakeholders, ética e meio ambiente.

Ética

Gerencial

Nove elementos corporativos: compreensão e o relacionamento socialmente responsável

--

PSC de Bauman (1997)

Stakeholders envolvendo as tendências ambientais

Ética

Gerencial

Quatro dimensões corporativas: entidades do macro ambiente e os stakeholders globais.

--

Bidimensional de Quazi e O´Brien (2000)

Social e econômico.

Instrumental

Ativista

RS/desenvolvimento sustentável: preocupações sociais (filantrópicas) e a gestão/negócio.

--

RSC de MikkilÌa (2003)

Social, legal, gestão da produção (econômico-financeira, ambiental, cultural e político).

Política

Gerencial

Os problemas globais, jurídicos, éticos e os códigos da sociedade como cidadania.

 

 PSC de Global Reporting Iniciative - GRI (2006)

Voluntarismo, stakeholders e padronização de informações de natureza sociais corporativas.

Integrativa

Gerencial

Metodologia revolucionária de relatórios de sustentabilidade para análise da PSC das corporações e de caráter voluntário

--

VBA (Value, Balance, Accountability de Schwartz e Carroll (2007)

Ética corporativa/Gestão dos stakeholders/sustentabilidade/ cidadania (valor, equilíbrio e responsabilidade).

Instrumental

Gerencial

Paradigma integrado nos cinco temas: complementares e interdependentes.

--

PSC de Jamali e Mirshak (2007)

Social, econômico, legal, políticos, éticos e discricionários.

Ética

Gerencial

Gerenciar os relacionamentos dos grupos específicos, dos stakeholders, no desenvolvimento de estratégias emergentes nos domínios de responsabilidade.

--

Ética nos Negócios de Svenson e Wood (2008)

Avaliações sociais, resultados econômicos, comportamento legitimado, práticas de cidadania corporativa: relações amigáveis, meio ambiente, contratação de empregados e aceitação produtos e serviços.

Ética

Gerencial

Ambiente dinâmico e resultado dependente, do tempo, do contexto, de modo a fornecer referência para o comportamento e as percepções das pessoas.

--

PSC de Siltaoja (2013)

Dimensões cidadania, gestão dos stakeholders e aprendizagem ambiental e social das pessoas, na organização dos ambientes/sistema institucional.

Integrativa

Gerencial

Responsabilidade por meio de três processos de sensibilidade social (varredura ambiental) para reunir informações para as mudanças no ambiente circundante.

--

Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

Ao analisar os modelos de RSC e PSC nesse trabalho, percebeu-se a interrelação das dimensões sociais, ambientais e econômicas, como parâmetro nas práticas corporativas. Com base nisso, ao analisar as premissas desses modelos compreendeu-se, na maioria, nas correntes integrativas e éticas com a visão gerencial.

5. Considerações finais

Os modelos de RSC e PSC caracterizaram-se por diversas dimensões e variáveis, de mensuração aplicadas em corporações públicas e privadas.  Nas aplicações das dimensões abrangeram-se os aspectos sociais (éticos), ambientais e econômicos. Na dimensão ética derivou-se dos comportamentos éticos à todos os stakeholders. Na dimensão ambiental, representou-se na minimização dos impactos aos stakeholders e o meio ambiente. Na dimensão econômica compreendeu-se ás questões financeiras que subsidiam as ações sociais e ambientais. Dessa forma, na visão de Chan (2012) as corporações sustentáveis de sucesso devem cuidam de seus impactos ambientais a partir do desempenho corporativo, relacionando-os ao moral concebido como valor estratégico e orientado para o meio ambiente.

Na análise dos modelos de RSC e PSC em consonância com as correntes dominantes de Garriga e Melé (2004) e as filosofias de Spicer (1978) compreenderam-se na primeira, com foco dominante a partir das correntes integrativas e éticas e na segunda nas filosofias gerenciais.

Referencias

CARROLL, A. B. (2007); "Managing ethically with global stakeholders: a present and future challenge". Academy of Management Executive, 18(2), 114–20.

CARROLL, A.B. (1979); "A three-dimensional conceptual model of corporate performance". Academy of Management Review, 4(4), 497-505.

CARROLL, A.B. (1999); "Corporate Social Responsibility": evolution of a definitional construct". Business & Society, 38(3), 268–295.

CARROLL, A.B. (1991); "The pyramid of corporate social responsibility: toward the moral management of organizational stakeholders". Business Horizons, 34(4), 39-48.

CARROLL, A.B.; HOY, F.. (1984); "Integrating corporate social policy into strategic management". Journal of Business Strategy, 4(3), 48-57.

CHAN, R.Y.K; HONGWEI, H.; CHAN, H.K.; WANG, W.Y.C. (2012); "Environmental orientation and corporate performance: the mediation mechanism of green supply chain management and moderating effect of competitive intensity". Industrial Marketing Management, 41(4), 621-630.

DALTON, D.R.; COSIER, R.A. (1982); "The four faces of social responsibility". Business Horizons, 25(3), 19-27.

DAVIS, K. (1960); "Can business afford to ignore social responsabilities?" Califórnia Managements Review, 2(3), 70-76.

DAVIS, Keith. (1973); "Trends in Organizational Design".  Academy of Management Proceedings, 1-6 p.  Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/producao_agricola/levantamento_sistematico_da_producao_agricola_[mensal]/comentarios/lspa_201411comentarios.pdf>. Acesso em 28 de junho de 2015.

ENDERLE, G.; TAVARES. (1998); "A balance concepto f firm mensurament of its long term planning and Performance". Journal of Business Ethics, 17(11), 1129-1144.

EPSTEIN, E.M. (1987); "The corporate social policy process: beyond business ethics, corporate social responsibility, and corporate social responsiveness". California Management Review, 29(3), 99-114.

FREIRE, R.; SANTOS, S.; SOUZA, M.; ROSSETTO, C. R. (2008); "Responsabilidade Social Corporativa: evolução da produção científica". In: CNEG IV. Anais, Niterói – RJ.

FRIEDMAN, M. (1962); Capitalism and Freedom.  Chicago, University of Chicago.  Press.

GARRIGA, E.; MELÉ, D. (2004); "Corporate Social Responsibility Theories: mapping the territory". Journal of Business Ethics, 53(1), 51-71.

GIL, A.C.(2002); Como Elaborar Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas.

 GLOBAL REPORTING INITIATIVE. What is GRI? Disponível em: <https://www.globalreporting.org/information/about-gri/what-is-GRI/Pages/default.aspx>. Acesso em: 22 de fevereiro de 2015.

HOPKINS, M. (1997); "Defining indicators to assess socially responsible enterprise". Future UK, 29(7), 581-603.

HUTCHINS, M.J., SUTHERLAND, J.W. (2008); "An exploration of measures of social sustainability and their application to supply chain decisions". Journal of Cleaner Production, 16(15), 1688-1698.

INICIATE GLOBAL REPORTING. Manual de Implementação das Diretrizes para relato de sustentabilidade – G4. (2013). Disponível em: <https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Brazilian-Portuguese-G4-Part-Two.pdf>. Acesso em: 15 de julho de 2015.

JACOBI, P.; JUNIOR, R.M.A. (orgs.). (2007); "Consumo e sustentabilidade". In: Desafios do consumo. Petrópolis, RJ: Vozes,.

JAMALI, D.; MIRSHAK, R. (2007); "Corporate social responsibility (CSR): theory and practice in a developing country context". Journal of Business Ethics, 72(3), 243–262.

KANG, Y. (1995); Before-profit CSR: Stakeholder capitalism and just enterprise system. PhD thesis. University of Pittsburgh.

MITRA, R. (2011); "Framing  the  corporate  responsibility-reputation  linkage: the  case  of  data  motors  in  India". Public Relations Review, 37(4), 392–398.

PELOZA, J. (2006); "Using corporate social responsibility as insurance for financial performance". California Management Review, 4852–72.

PRESTON, L.E.; POST, J.E. (1975); "Private Management and Public Policy". Californi. Management Review, 23(3), 56-63.

QUAZI, A. (2000); O‟BRIEN, D. "An empirical tests of a cross-national model of corporate social responsibility". Journal of Business Ethics, 25(1), 33-51.

SCHWARTZ, M.; CARROLL, A. B. (2007); "Integration and unifying competing and complementary frameworks: the search for a common core in the business and society field". Business Society, 20(10), 1-39.

SETHI, S.; PRAKASH, H. (1975); "Dimensions of corporate social performance: analytical framework". Califórnia Management Review, 17(3), 58.

SILTAOJA, M.E (2013); "Revising the model corporate social performance: towards knowledge creation for sustainable development". Business Strategy and the Environment, 23(5), 289-302.

SPICER, B.H. (1978); "Accounting for Corporate Social Performance:  some Problems and issues".  Journal of Contemporary Business, 3(7), 151-170. 

SWANSON, D.L. (1995); "Addressing a theoretical problem by reorienting the corporate social performance model". Academy of Management Review, 20(1), 43–64.

SWANSON, D.L. (1999); "Toward na integrative theory of business and society: a reserch strategy for corporate social performance". Academy of Management Review, 24(3), 506-521.

WARTICK, S. L.; COCHRAN, P.L. (1985); "The evolution of the corporate social performance model". Academy of Management Review, 10(4), 758-769.

WOOD, Van  R; CHONKO, Lawrence  B.;  HUNT, Shelby  D. (1986); "Social  Responsibility  and  Personal  Success" : J.  Business Research, 14(1), 193-212.

WOOD, D. J. (1991); "Corporate social performance revisited". Academy of Management, 16(4), 691-718.

WOOD, D.J. (1994); Business and Society. 2.ed. New York: Harper Collins.

WOOD, D. J.; JONES, R. E. (1995) "Stakeholder mismatching: a problem in empirical research on CSP". International Journal of Organizational Analysis, 3(3), 229-267.

WOOD, D.J. (2010); "Measuring corporate social performance: a review". International Journal of Management Reviews, 12(1), 50-84.

YIN, Robert K. (2010); Estudo de caso: planejamento e métodos. 4 ed. Porto Alegre. Bookman.


1. Doutoranda do Programa em Recursos Naturais PPGRN da Universidade Federal de Campina Grande e docente Ms. da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Rondonópolis. Email: admfernandas@yahoo.com.br

2. Docente, Drª da Universidade Federal de Campina Grande e docente do Programa em Recursos Naturais do PPGRN

3. Docente, Drº da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Rondonópolis.


Vol. 37 (Nº 02) Año 2016

[Índice]

[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]