Espacios. Vol. 37 (Nº 01) Año 2016. Pág. 18

A Extensão Rural Voltada à Agricultura Sustentável como Alternativa de Combate à Pobreza em Assentamentos Rurais no Município de Rosário Oeste-MT, Brasil

The Rural Extension Directed to Sustainable Agriculture as Poverty Fighting Alternative in Rural Settlement on Rosário Oeste in Mato Grosso State of Brazil

Fernanda Yukari KAWAI 1; Marcos Pereira ALVES 2; Sandro Ribeiro da COSTA 3; Paulo Augusto Ramalho de SOUZA 4; Elisandra Marisa ZAMBRA 5; Jacqueline Rodrigues ANDRADE 6

Recibido: 28/08/15 • Aprobado: 24/09/2015


Contenido

1. Introdução

2 Referencial Teórico

3 Metodologia

4 Resultado e discussões

5 Conclusões

Referências Bibliográficas


RESUMO:

A extensão rural configura-se como um processo educativo que influencia o desenvolvimento da produção, sustentabilidade, renda e qualidade de vida no campo. Assim, a pesquisa buscou identificar como as ações de extensão rural voltada à agricultura sustentável podem melhorar a qualidade de vida em comunidades rurais no Município de Rosário Oeste-MT. Para a pesquisa de campo foram aplicados questionários semiestruturados em quatro assentamentos rurais no mês de março e abril de 2014. Conclui-se, que para os assentamentos em questão as práticas da extensão rural podem se configurar relevante alternativa no processo de combate à pobreza de agricultores familiares.
Palavras-chave: extensão rural, sustentabilidade, agricultura familiar, políticas públicas.

ABSTRACT:

The extension is configured as an educational process that influences the development of production, sustainability, income and quality of life in the countryside. Thus, the research sought to identify how the rural extension programs focused on sustainable agriculture can improve the quality of life in rural communities in the Municipality of Rosario Oeste in Mato Grosso State. For field research semi-structured questionnaires were applied in four rural settlements in March and April 2015. It follows that for the settlements in question the practices of the extension can be configured relevant alternative in the process of fighting poverty of farmers relatives
Keywords: rural extension, sustainability, family farming, public policy

1. Introdução

O setor da agricultura familiar no Brasil configura-se em um cenário, notadamente, marcado pela disparidade no que diz respeito ao âmbito social e econômico, visto que sua estrutura evidencia acentuada desigualdade na distribuição da renda e carência de políticas de incentivo à inclusão social destes indivíduos.

Neste contexto a agricultura familiar por possuir uma característica de produção de diferentes culturas, é a responsável por grande parte dos alimentos que compõe o cardápio do País, o que gera, por outro lado, grande quantidade e variedade de resíduos, que não são aproveitados em sua totalidade, assim sendo em sua maioria descartados indiscriminadamente de forma incorreta trazendo malefícios para o meio ambiente. 

Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2010) e da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (PNAD, 2008), estima-se que 47,9% da população rural se concentre no Nordeste brasileiro, região que apresenta os maiores índices de pobreza do país. Em relação à renda domiciliar per capita, os dados apontam que a renda na área rural corresponda a apenas 46% da renda per capita dos domicílios urbanos. Outro índice relevante consiste na alta taxa de analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos no meio rural, representado por 23,5% da população do campo. Inviabilizando assim a formação técnica como possível estratégia de empoderamento de seus agentes.

Com isso as ações produtivas dos agricultores e pecuaristas ficaram dependentes simplesmente do conhecimento empírico oriundo de outras regiões do país, os quais, nem sempre são adequados às condições regionais. São poucas e relativamente recentes as iniciativas para alterar esta realidade estrutural da agricultura familiar brasileira (VALADÃO; SIENA, 2010).

Assim sendo, faz-se necessário considerar as dificuldades que enfrentam os agricultores rurais, como a pouca capitalização para a manutenção e investimento na produção, bem como a condição de baixo nível escolar no meio rural, visto que, a carência de qualificação profissional acarreta diversas dificuldades e restrições no que diz respeito à dinâmica produtiva e à coordenação das atividades.

Nessa perspectiva, a extensão rural se aplica no sentido de proporcionar, a estes indivíduos, auxílio ao uso de novos métodos e técnicas, constituindo assim um processo contínuo, que transmite informações úteis e assistência para uma população, ao qual adquire conhecimento específico para a utilização eficaz das técnicas e tecnologias. Com isso o objetivo do processo de extensão, geralmente, está relacionado com obtenção de melhorarias na qualidade de vida dessas pessoas, por meio da utilização desses conhecimentos, capacidades e informações (SWANSON; CLAAR, 1991).      

A extensão rural, voltada para o campo, fundamenta-se em princípios educacionais, que tem como finalidade levar ao campo diversos ensinamentos relacionados à agricultura, pecuária, economia doméstica e sustentabilidade, visando à adequação de hábitos familiares no campo nos aspectos técnico, econômico e social. Freitas et al. (2014), apresentam a importância das discussões relacionadas com a sustentabilidade no Brasil no período de uma década, e evidenciam a necessidade de um maior aprofundamento do tema frente a diferentes abordagens. Neste contexto, a problemática central deste estudo está relacionada em como as ações de extensão rural podem auxiliar no fortalecimento das comunidades rurais no sentido de combater a pobreza e promover a sustentabilidade na agricultura familiar em comunidades rurais no Município de Rosário Oeste-MT?

Para tal, como objetivo geral desta pesquisa, busca-se identificar como as ações de extensão rural voltadas à agricultura sustentável podem se tornar alternativas para melhorar a qualidade de vida das em comunidades rurais no Município de Rosário Oeste-MT.

2. Referencial Teórico          

2.1 Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável

O termo propriedade familiar, de acordo com os princípios jurídicos de Gonçalves e Souza (2005), consta no inciso II do artigo 4º do Estatuto da Terra, estabelecido pela Lei nº 4.504 de 30 de novembro de 1964, com a seguinte redação: o imóvel que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico.

Segundo Bittencourt e Bianchini (1996) o agricultor familiar é todo aquele que além de sua principal fonte de renda prover da agricultura (mais de 80%), tem como base a força de trabalho desenvolvida por membros da família.

Carmo (1999) refere-se à agricultura familiar como forma de organização produtiva em que os critérios adotados para orientar as decisões relativas à exploração agrícola estejam intimamente ligados à força de trabalho familiar.

A Lei Federal nº 11.326 de 24 de julho de 2006 comunica que o Estado estabelece como empreendedor familiar rural e reconhece como agricultor familiar aqueles que praticam atividades no meio rural e simultaneamente possua área de terra inferir a quatro módulos fiscais sob título de proprietário meeiro, parceiro ou arrendatário, utilize de forma predominante a mão de obra familiar nas atividades econômicas desse estabelecimento/empreendimento, tenha renda familiar originada predominantemente de atividades vinculadas ao próprio estabelecimento e administrar e dirigir o estabelecimento com a própria família (BRASIL, 2006).

Estas definições apresentam similaridades, como a propriedade dos meios de produção e a força de trabalho familiar, isto é, a gestão e o trabalho dos empreendimentos agrícolas são em sua maioria de aspecto familiar. Estudos ligados à importância estratégica da agricultura familiar destacam que, além de seu fundamental papel social na mitigação do êxodo rural e da desigualdade social entre o campo as cidades, este setor deve ser encarado como um forte elemento de geração de riqueza, não apenas para o setor agropecuário, mas para a própria economia do País.

Nesse sentido, pode-se afirmar que tais definições relacionam-se ao processo histórico pela qual a agricultura familiar se desenvolveu no país, no qual afirma Rocha (2007), trata-se de desenvolvimento rural padronizado de forma bastante excludente e desigual. Fatos esses, que mostram claramente que, apesar de todas as mudanças, ainda se faz necessária a valorização do desenvolvimento rural na produção familiar, como possível alternativa para combate a pobreza e suporte essencial a um processo de redistribuição dinâmica da renda (BUAINAIN; ROMEIRO; GUANZIROLI, 2003).

É visível a importância da agricultura familiar no contexto agropecuário brasileiro, atribuindo-lhe papel fundamental na produção de alimentos e na geração de emprego e renda. A defesa da agricultura familiar faz parte da agenda política de várias organizações ligadas ao campo, como é o caso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.

A Agricultura Familiar brasileira vem assumindo um papel relevante na geração de emprego e renda, segurança alimentar, preservação ambiental e consequentemente no desenvolvimento socioeconômico do país. Ao analisar a evolução comparada da agricultura familiar entre 1996 e 2006, com base no resultado dos Censos agropecuários do IBGE desses respectivos anos Guanziroli et al. (2012) apresentam que em termos de emprego a agricultura familiar absorvia em 2006 13,04 milhões de pessoas – 78,75% da mão de obra no campo e sua importância econômica se revela no fato desse segmento conseguir crescer quase ao mesmo passo das mais destacadas cadeias produtivas agropecuárias do campo brasileiro.

A chamada agricultura familiar constituída por pequenos e médios produtores representa a imensa maioria de produtores rurais no Brasil. Em alguns produtos básicos da dieta dos brasileiros, os agricultores familiares são responsáveis por aproximadamente 40% do valor bruto da produção agropecuária, 80% das ocupações produtivas agropecuárias e parcela significativa dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, como o feijão (70%); a mandioca (84%); a carne de suínos (58%); de leite (54%); de milho (49%); e de aves e ovos (40%). Agricultura familiar produz 70% de alimentos do País, mas ainda enfrenta desafios na comercialização e organização de sua produção (GUANZIROLI et al., 2000).

Nesse cenário o Estado de Mato Grosso possui um potencial de produção que pode ser atingido se as barreiras, os problemas e os pontos fracos puderem ser devidamente equacionados. O desenvolvimento de novos sistemas de produção, passando pelo aproveitamento de resíduos em formas alternativas, tanto para fins comerciais que tem como matéria prima os resíduos orgânicos descartados pelo processo produtivo da agricultura, servindo de complemento para a renda familiar e também como suplemento ou substituinte de determinados insumos dentro da propriedade, originando um ciclo sustentável.

No entanto, mesmo com todo seu desenvolvimento e importância social, a agricultura familiar apresenta relevantes problemas quando relacionada com o meio ambiente, em virtude da incipiente organização da propriedade rural, frente as informações técnicas produtivas, como exemplo, a falta de gestão dos resíduos oriundos do processo produtivo.

2.2. Atividade Agrícola Familiar e Políticas Públicas

Conforme Barros; Henriques; Mendonça (2001) mencionam em seu trabalho que a tendência do Brasil nas últimas décadas são as grandes desigualdades na distribuição de renda e elevados níveis de pobreza. Conforme o autor, o Brasil é um país desigual submetido ao desafio histórico de combater uma herança de injustiça social, que se refletiu na exclusão de parte significativa da população do acesso a condições mínimas de dignidade e cidadania.

Para o mesmo autor, o tratamento "operacional" da pobreza constitui um esforço de traduzir em números essa realidade aparentemente acessível a uma observação imediata.

A dinâmica social que "produz" e "elimina" pobreza ainda carece de maiores estudos para ser mais bem compreendida. Uma das razões para isso talvez esteja na ausência de uma ponte entre essa abundante literatura estatística e os clássicos do pensamento econômico. Embora a pobreza seja tema central da pesquisa social da atualidade, não é simples revisitar os clássicos na perspectiva de estudá-la, em função da ausência de um marco teórico bem definido. Isso impõe uma releitura da pobreza em referenciais diversos, muitas vezes nas entrelinhas e deduzindo-se conclusões de forma indireta.

Conforme o estudo de Vieira e Grasel (2011), o objetivo de reduzir a desigualdade e a pobreza é maximizado quando: a coletividade alcança níveis de crescimento mais robustos e sustentáveis e esse crescimento passa a ser mais bem difundido social e territorialmente, o que requer uma estrutura econômica mais diversificada, uma estrutura social menos heterogênea e um ambiente macroeconômico e institucional favorável; Quando os aumentos de renda das famílias sejam provenientes principalmente do mercado de trabalho e, neste mercado, a renda dos pobres cresça acima da média da população, (condição importante para a redução sustentável da pobreza e da desigualdade, conforme o preceito da progressiva redução da dependência); O mercado de trabalho esteja progressivamente livre de práticas discriminatórias (sexo, idade, cor) e sejam mínimos os efeitos sobre o rendimento e a pobreza provenientes das diferenças ocupacionais e outras formas de segmentação (como setor e posição na ocupação, local de origem, etc.); As ações da autoridade pública (transferências de renda, bens públicos, tributação), não apenas beneficiem os mais pobres (cobertura, focalização, incidência), mas efetivamente corrijam as desigualdades de oportunidade que mais impactam nas desigualdades de renda.

Para Rocha (2007), "a pobreza existe quando um segmento da população é incapaz de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna. Estes recursos são água, saúde, educação, alimentação, moradia, renda e cidadania".

Rocha (2007) insere em seu debate sobre a pobreza, alguns importantes questionamentos, dentre eles: a pobreza é generalizada, atingindo a maior parte da população, ou, ao contrário, é geograficamente localizada? Quais são seus determinantes? É um fenômeno crônico ou está associado a mudanças econômicas ou tecnológicas? Quais são seus sintomas principais – subnutrição, baixa escolaridade, falta de acesso a serviços básicos, desemprego ou marginalidade? Quem são os pobres em termos de um conjunto de características básicas, em outras palavras, qual o perfil dos pobres?

As discussões teóricas ligadas ao combate à fome e à pobreza ganharam reforço com o surgimento do conceito de desenvolvimento local originado a partir dos anos 1970. No lugar da expressão desenvolvimento local, encontra-se também os seguintes sinônimos: desenvolvimento endógeno, desenvolvimento territorial, desenvolvimento "por baixo" ou ainda desenvolvimento comunitário (BENKO, 2001).

Ao falar de desenvolvimento local, Bandeira (1999) destaca que o desenvolvimento local consiste em um processo em que o caráter social se integra ao econômico. A estratégia de desenvolvimento endógeno ou desenvolvimento local se propõe a, além de desenvolver os aspectos produtivos, potencializar as dimensões sociais, culturais, ambientais e político-institucionais que constroem o bem-estar da sociedade.

Llorens (2001) enfatiza que o desenvolvimento local como expressão de crescimento sustentável, a partir da base e apoiado por instâncias superiores, é um dos conceitos com mais ampla aceitação nos últimos tempos, quando se fala de soluções para as comunidades que vivem na zona rural.

No setor primário da economia brasileira, a agricultura familiar exerce grande importância como instrumento gerador de alimentos, emprego e renda. Segundo Fernandes (2007), a agricultura familiar é um setor bastante antigo, que com o passar do tempo foi se rompendo os preconceitos, isto é, como uma prática atrasada tecnologicamente e rudimentar. Hoje, possui um novo conceito e se traça um perfil representando significativamente o desenvolvimento agrícola brasileiro.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário, em dados estatísticos de 2006, declarou que o Brasil possui cerca de 14 milhões de agricultores que produzem em empreendimentos familiares. Segundo Dias (2006) os quatro milhões de estabelecimentos familiares existentes respondem por cerca de 60% da produção dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Isso demonstra a grande importância da agricultura familiar brasileira, pois a mesma responde 77% da mão-de-obra atualmente ocupada em atividades agrícolas, enquanto que o agronegócio oferece apenas 23% das oportunidades de trabalho no campo.

Como incentivo aos produtores familiares, existem programas de apoio técnico-financeiro, como por exemplo, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, criado pelo Governo Federal através do Decreto no 1946, e caracteriza-se como um programa de apoio técnico-financeiro aos empreendimentos de agricultura familiar, visando otimizar os processos produtivos, a capacidade produtiva e a elevação do nível de renda do agricultor familiar (FERNANDES, 2007).

Segundo Prochmann e Tredezini (2004) a agricultura familiar é a principal geradora de postos de trabalho no meio rural brasileiro. Contando apenas com 30,5% da área total de empreendimentos agrícolas familiares, é responsável por 13.780.201 empregados nas atividades agrícolas, correspondendo a 76,9% todo total de pessoas ocupadas no meio rural.

2.3 Extensão Rural e Qualificação Profissional

A extensão rural, voltada para a agricultura familiar, impacta profundamente nas formas tradicionais de cultivo, antes utilizados de maneira única e soberana por estas famílias, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável das regiões. Nesse sentido, a agricultura familiar é definida por Carmo (1999) como uma organização produtiva em que os critérios adotados, relativos à exploração agrícola, não estão ligados somente à produção e rentabilidade econômica, mas levam em consideração também as necessidades e objetivos da família (SWANSON; CLAAR, 1991).      

Assim sendo, faz-se necessário considerar as inúmeras dificuldades que enfrentam os agricultores rurais, como a pouca capitalização para a manutenção e investimento na produção, bem como a condição de baixo nível escolar no meio rural, visto que, a carência de qualificação profissional acarreta diversas dificuldades e restrições no que diz respeito à dinâmica produtiva e à coordenação das atividades.

Nessa perspectiva, a extensão rural se aplica no sentido de proporcionar, a estes indivíduos, auxílio ao uso de novos métodos e técnicas, constituindo assim um processo contínuo, que transmite informações úteis e assistência para uma população, ao qual adquire conhecimento específico para a utilização eficaz das técnicas e tecnologias. O objetivo do processo de extensão, geralmente, é o de conferir melhorarias na qualidade de vida dessas pessoas, por meio da utilização desses conhecimentos, capacidades e informações (SWANSON; CLAAR, 1991).       A extensão rural, voltada para o campo, fundamenta-se em princípios educacionais, que têm como finalidade levar ao campo diversos ensinamentos relacionados à agricultura, pecuária, economia doméstica e sustentabilidade, visando à adequação de hábitos familiares no campo nos aspectos técnico, econômico e social. Porém, é nesse sentido que a baixa formação escolar dos responsáveis por estas famílias, pode-se revelar como um fator determinante para evolução no que diz respeito à implementação efetiva das técnicas sustentáveis nas propriedades (CARMO, 1999).

Em várias situações e contextos as unidades familiares subsistem com uma relativa autonomia em relação ao capital e vão se reproduzindo nessas condições. A sua permanência ao longo do tempo não é estática e vai depender de sua relação com as formas distintas e heterogêneas de estruturação social, cultural e econômica do capitalismo, em um certo espaço e contexto histórico (SCHNEIDER, 2006).

Para fazer da formação uma estratégia para melhoria da agricultura, cursos técnicos em agropecuária, ou similares, promovidos pelo poder público ou instituições privadas, tem inicialmente buscado profissionalizar as ações no campo, subsidiando jovens na busca de competências para compreender e relacionar as ações rurais com o avanço tecnológico, aliado a preservação do meio ambiente (VALADÃO; SIENA, 2010).

A formação técnica por muito tempo esteve ausente deste cenário. As ações produtivas dos agricultores e pecuaristas ficaram dependentes da assistência técnica de órgãos governamentais ou simplesmente do conhecimento empírico trazido de outras regiões do país, nem sempre adequado às condições regionais. São poucas e relativamente recentes as iniciativas para alterar esta realidade (VALADÃO; SIENA, 2010).

3. Metodologia

A estrutura metodológica do presente artigo tem por finalidade dar suporte ao estudo dos fenômenos de sustentabilidade e geração de renda em quatro assentamentos rurais do município de Rosário Oeste, no Estado de Mato Grosso. O município localiza-se a 120 Km da de Cuiabá (capital), segundo os dados do último anuário registrou em 2010 uma população total de 17.682 habitantes, cujo total da população urbana era de 10.656 habitantes e a população rural 7.026 habitantes (SEPLAN, 2011).

Segundo o Ranking do IDH 2010, o mesmo se encontrava na 89º posição entre os demais municípios do estado, apresentando o IDH médio de 0,715. Em vista disso, bem como a inexistência de instituições de fomento ao desenvolvimento regional, pesquisa, extensão e o seu baixo Índice de Desenvolvimento Humano optou-se pela escolha do município de Rosário Oeste para o desenvolvimento desta pesquisa.

Para atingir o objetivo da pesquisa: identificar como as ações de extensão rural voltadas à agricultura sustentável podem se tornar alternativas para melhorar a qualidade de vida em comunidades rurais no Município de Rosário Oeste-MT, utilizou-se a pesquisa de natureza exploratória, visto que há pouca familiaridade com o objeto de estudo e o número de pesquisas acadêmicas relacionadas à prática da extensão rural na região da Baixada Cuiabana, é insipiente. Para Vergara (2009, p. 42) "na investigação exploratória as hipóteses poderão surgir durante ou ao final da pesquisa".

Quanto aos procedimentos adotados na coleta de dados trata-se de pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica teve a finalidade de ampliar o conhecimento na área e posteriormente utilizá-lo como modelo teórico, para dar sustentação a outros problemas de pesquisa e para descrever e sistematizar as variáveis que serão abordadas dentro do trabalho (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007; GIL, 2002; VERGARA, 2009).

Na pesquisa documental, utilizou-se base de dados secundários por meio de documentos que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, como relatórios de empresas, censos, tabelas (GIL, 2008). Em função da natureza dos documentos – qualitativos ou quantitativos – o planejamento, a execução e a interpretação dos dados seguem caminhos diferentes, respeitando as particularidades de cada abordagem (VERGARA, 2009; ZANELLA, 2009).

De acordo com Gil (2002) essa abordagem tem o intuito de promover um aprofundamento mais amplo frente ao tema da pesquisa, com vistas a torná-lo mais técnico, explícito e acadêmico. Na pesquisa de campo foram aplicados, no mês de março de 2014, 53 questionários semi-estruturados em quatro assentamentos rurais (Passagem do Chiqueiro, Santa Helena, Raizama e Cedral Grande). A análise desses dados foi realizada por meio da técnica de estatística básica e da técnica de análise de conteúdo e, que com base nas características dos dados, tem por finalidade categorizar, por meio de procedimentos sistemáticos, a percepção dos atores frente ao objeto de estudo (VERGARA, 2009).

Outra relevante técnica foi utilizada para o entendimento da dinâmica dos assentamentos, a técnica de observação direta. A observação é uma técnica científica que utiliza o sentido visual para obter informações da realidade. Como diz Triviños (1987), não é simplesmente olhar, mas destacar em um conjunto objetos, pessoas, animais, algo específico, prestando atenção em suas características, como cor, aroma e tamanho, entre outras. Esta é a única técnica utilizada na pesquisa social que capta diretamente o fenômeno sem a intermediação de um documento ou de um interlocutor (ZANELLA, 2009). Com base em Gil (2002), este método foi aplicado na interação pesquisador comunidade, com o propósito de descrever as características da atividade rural cotidiana.

O último passo desenvolvido no estudo foi o processo de análise e interpretação dos resultados. A análise e a interpretação são dois processos da pesquisa que estão estreitamente relacionados, o que dificulta precisar onde termina a etapa da análise e começa a da interpretação. A interpretação dos dados na pesquisa social refere-se à relação entre os dados empíricos e a teoria (GIL, 2002). Nesse aspecto, o artigo apresenta uma análise do perfil nos moradores das comunidades rurais delimitadas para a pesquisa, nos quatro assentamentos, quanto às suas características econômicas, sociais e ambientais.

4. Resultado e discussões

Com base nas características das dinâmicas sociais e econômicas dos quatro assentamentos pesquisados no município de Rosário Oeste, a análise das observações e dos resultados obtidos neste estudo possibilitou inferir o perfil dos assentamentos rurais conforme as particularidades de suas respectivas propriedades. Nesse sentido é importante ressaltar que, apesar da proximidade territorial, cada assentamento apresenta um traço de característica singular, como se discorre a seguir.

O assentamento Passagem do Chiqueiro é constituído por aproximadamente 30 famílias, em sua grande maioria, por moradores que nasceram em Rosário Oeste, herdaram o oficio dos pais e permanecem residindo neste assentamento, próximo aos seus outros familiares. Neste assentamento existe uma escola em funcionamento, voltada para a educação de jovens e adultos (CEJA), frequentada por moradores deste e de outros assentamentos vizinhos. Devido à organização estrutural ao qual se estabelece, o assentamento Passagem do Chiqueiro, diferentemente dos outros assentamentos, apresenta um maior grau de socialização entre os seus moradores, visto que os mesmos afirmaram haver e participarem de reuniões periódicas nas missas da paróquia presente dentro do assentamento, bem como, de festas de celebração religiosa, bingos e quermesses.

Entretanto, em relação ao seu caráter econômico, constatou-se que, dentre as famílias residentes na Passagem do Chiqueiro, não há uma produção agrícola voltada à comercialização, apenas para a subsistência. A pesca constitui uma atividade econômica bastante expressiva para estes moradores, devido à proximidade do assentamento com o Rio. 

Em contrapartida, nos outros três assentamentos: Santa Helena, Raizama e Cedral Grande, averiguou-se um maior número de famílias que produzem em escala de comercialização. Em todos os assentamentos estudados verificou-se o cultivo da mandioca por parte dos agricultores familiares com a finalidade comercial.

A mandioca pode ser considerada como uma cultura de fácil manuseio, na qual as técnicas produtivas, em sua maioria, provêm de conhecimentos tradicionais familiares. Historicamente, sabe-se que o cultivo da mandioca já era uma atividade exercida pelos indígenas, mesmo antes da chegada dos Europeus no Brasil (OLIVEIRA, et al., 2009).

De acordo com os dados do IBGE (2009), o município de Rosário Oeste ocupa o segundo lugar no ranking de produção de mandioca do Estado de Mato Grosso, com uma produção de 50.000 toneladas aproximadamente, atrás apenas do município de Confresa, que produz cerca de 54.000 toneladas, o que demonstra grande importância estratégica desta cultura, proveniente da agricultura familiar, para a economia do país.

Dentre os assentamentos, o Cedral Grande destaca-se no cultivo da mandioca, sendo a principal atividade econômica desenvolvida por seus moradores. Neste assentamento há a presença de uma farinheira central, que por meio de uma associação, é utilizada por grande parte dos seus assentados de forma comunitária. Apesar de existir uma parcela de moradores que produz apenas para subsistência, no Cedral Grande, há uma grande quantidade de moradores que cultiva a mandioca em larga escala. As entrevistas demonstraram que a média de produção entre os assentados, do Cedral Grande, foi de 60 sacos de farinha por mês.

Dessa forma, a farinheira central possui grande importância para a geração de renda e para a socialização das famílias deste assentamento, uma vez que o uso desta farinheira não favorece apenas os produtores de mandioca, mas contribui, também, para que as famílias que não produzem obtenham alguma renda trabalhando na fabricação da farinha. Assim, percebe-se a relevância tanto econômica quanto social desta atividade conjunta para o assentamento e para o Município.

Logo, inúmeras são as variáveis relacionadas ao processo produtivo das famílias rurais, conforme afirmam Buainain et al. (2003, p.339) estas condicionantes vão "desde a disponibilidade de recursos, a inserção socioeconômica, a localização geográfica, as oportunidades e a conjuntura econômica, as instituições e valores culturais da família, do grupo social e até mesmo do país". Todos esses fatores contribuem para que a agricultura familiar se desenvolva em um menor ou maior grau de potencialidade produtiva.

Assim sendo, faz-se necessário considerar as inúmeras dificuldades que enfrentam os agricultores rurais de Rosário Oeste, como a pouca capitalização para a manutenção e investimento na produção, bem como a condição de baixo nível escolar no meio rural, visto que, a carência de conhecimentos técnicos acarreta em diversas dificuldades e restrições no que diz respeito à dinâmica sustentável, produtiva e à coordenação das atividades no campo.

A aplicação dos questionários possibilitou constatar o baixo grau de escolaridade entre os habitantes responsáveis pelas famílias destas comunidades rurais.  A pesquisa revelou que a grande maioria dos responsáveis pelas famílias (18) cursou apenas o ensino básico (até a 4ª série). Das 40 pessoas entrevistadas, apenas três concluíram o ensino médio, das quais pertencem aos assentamentos Cedral Grande, Passagem do Chiqueiro e Raizama.

Locais

Sem Estudo Formal

1 a 4 Série

5 a 8 Série

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio completo

Cedral grande

1

3

3

2

1

Passagem do Chiqueiro

1

6

1

1

1

Raizama

2

4

3

0

1

Santa Helena

0

5

4

1

0

Total

4

18

11

4

3

Tabela 1 – Grau de escolaridade dos moradores dos assentamentos
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa de campo.

Uma comparação entre os dados obtidos em cada assentamento demonstra que, o assentamento com nível de escolaridade mais baixo é o assentamento Passagem do Chiqueiro, ao qual apresenta, também, menor nível de renda mensal entre os demais assentamentos em questão, com a maior renda média mensal classificada em até dois salários mínimos apenas. Deste modo, faz-se pertinente destacar uma observação relevante acerca deste assentamento, que se refere à fonte da qual provêm a renda da maioria destas famílias, visto que sete dos dez entrevistados afirmam receber o benefício do Bolsa Família, enquanto o restante, ou até mesmo eles, sobrevivem com o dinheiro recebido pela aposentadoria ou outros benefícios, como o auxílio doença ou auxilio pescador. Assim, constata-se que neste assentamento, diferente dos demais, os moradores não desenvolvem uma atividade agrícola voltada para a comercialização com o intuito de buscar algum complemento para a renda familiar.

Contudo, o assentamento Cedral Grande é o que melhor se posiciona na escala de nível escolar, visto que três entrevistados afirmaram ter concluído ou estar cursando o ensino médio, enquanto seis se dividem entre a primeira a oitava série e apenas uma pessoa revela não ter estudado. O Cedral Grande exibe também bons resultados em relação à renda média mensal dos seus moradores, porém o assentamento Raizama, dentre os quatro analisados, foi o que apresentou melhores índices de renda média por família, ao qual apenas uma pessoa revelou possuir renda de até um salário mínimo, enquanto as demais possuem salários que vão de um a até dez salários mínimos.

Uma particularidade do assentamento Raizama levantada por meio dos questionários, consiste na grande diversidade ao que se refere à naturalidade destes agricultores rurais, já que apenas dois nasceram em Mato Grosso. Em contrapartida, três destes moradores vieram do Estado de São Paulo, um de Pernambuco, um do Mato Grosso do Sul, dois do Paraná e um do Estado do Rio Grande do Sul.

Em relação à participação das famílias abordadas em atividade de extensão rural, os resultados demonstram que pode haver carência desta prática voltada para estes moradores, uma vez que dos 40 entrevistados, apenas nove afirmaram já ter participado de algum curso de extensão voltada à agricultura, sendo realizado dentro dos assentamentos ou na cidade de Rosário Oeste.

LOCAIS

SIM

NÃO

Cedral Grande

4

6

Passagem Chiqueiro

0

10

Raizama

2

8

Santa Helena

3

7

Total

9

31

Tabela 2 – Já participou de algum curso de extensão rural
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa de campo.

Percebe-se neste quesito, que o Cedral Grande, assentamento com melhores índices de escolaridade, também apresenta o maior número de pessoas que vieram a participar de alguma capacitação por meio da extensão rural oferecidos neste Município. Enquanto na comunidade da Passagem do Chiqueiro, nenhum dos 10 entrevistados participou de alguma extensão rural.

De acordo com os dados levantados pela pesquisa, estes cursos de extensão rural realizados pelos moradores dos assentamentos se referem a cursos de melhoria de técnicas agrícolas, criação de frango, criação de adubo orgânico e até mesmo técnicas de reaproveitamento da casca da mandioca (uma pessoa participou – Cedral Grande). 

A falta de informações dentro dos quatro assentamentos era visível, ao serem indagados a respeito de questões de sustentabilidade, foi possível observar dificuldades nas justificativas. Quando questionados sobre a importância em conservar o meio-ambiente, a grande maioria (37) respondeu sim, no entanto 20 entrevistados não apresentavam argumentos para responder quais são os benefícios.

LOCAL

SIM

NÃO

CITARAM BENEFÍCIOS

Cedral Grande

9

1

5

Passagem do Chiqueiro

9

1

3

Raizama

10

0

5

Santa Helena

9

1

5

Total

37

3

17

Tabela 3 - Acredita em benefícios futuros ao preservar o meio ambiente?
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa de campo.

É possível verificar na tabela 3 que apenas 17 mencionaram benefícios, e que na comunidade Passagem do Chiqueiro somente três os citaram. O mesmo assentamento possui o maior índice de pessoas com estudo de primeira à quarta série. A educação pode influenciar diretamente tanto nos conhecimentos sobre sustentabilidade, quanto nas práticas sustentáveis. Os moradores entrevistados na Passagem do Chiqueiro alegaram também que nunca houve nenhum tipo de curso, ou capacitação dentro ou nas proximidades da comunidade que se referiu a pratica de agricultura sustentável, ou preservação do meio ambiente. 

Já o assentamento Raizama foi a única comunidade em que todos os entrevistados responderam que acreditam em benefícios futuros, porém como nos outros, a dificuldade em encontrar justificativa dos mesmos foi alta, e somente a metade mencionou. A escolaridade existente no assentamento também não é alta, no assentamento apresentou-se que dois dos dez entrevistados nunca frequentaram as aulas. Nesta comunidade existe uma escola, a qual acolhe grande parte das crianças da região, ela é julgada pelos moradores como de boa qualidade. 

Foi analisado nos assentamentos que as forma de descartes de resíduos visitados nem sempre são realizados de forma correta, os restos da produção podem ser reaproveitados. Formas sustentáveis de produção não foram encontradas com frequência, isso é alarmante, pois grande parte dos recursos naturais não é recuperável ou demoram a ser recuperados. Por este motivo é necessário usufruir da sustentabilidade é imediata, para que com o tempo a exaustão não venha resultar em êxodo rural.

Em tempos passados, para diversos produtores a única forma de não ter que precisar das atividades do campo era estudando, hoje estudar é o complemento para obter uma agricultura de qualidade. É difícil admitir que as propostas de agricultura sustentável permaneçam minoritárias quando a sustentabilidade vem sendo priorizada em na maioria das atividades.

A partir do momento em que as comunidades possuírem informações e conhecimentos necessários na área de sustentabilidade, pode ser possível à mudança de comportamento. Técnicas que trazem benefícios para a comunidade e para o meio ambiente podem ser adotadas pelos moradores, possibilitando assim reformas culturais que ao serem passados de geração para geração implicara em mudanças futuras como a qualidade do ar, redução de insetos próximos às residências, qualidade da água e melhor aproveitamento da produção.

5. Conclusões

Portanto, conclui-se que a prática da extensão rural voltada à agricultura familiar sustentável pode ser uma relevante alternativa no processo de combate à pobreza de agricultores familiares, além de favorecer o desenvolvimento sustentável das propriedades, uma vez que a extensão rural busca prover melhor qualidade de vida aos moradores, visando principalmente à geração de renda e a disseminação de conhecimentos.

Nesse contexto, a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) diz que a Extensão Rural tem como o objetivo também, contribuir para a promoção do desenvolvimento rural sustentável mediante a utilização de vários métodos participativos e de um paradigma tecnológico baseado na Agroecologia. Por conseguinte, sua aplicação objetiva proporcionar às famílias informações para que possam aprimorar as atividades dentro dos assentamentos, possibilitando novas formas de produção e a resolução de dúvidas que futuramente possam impactar diretamente na melhoria da qualidade de vida destes moradores que dispõem da terra a sua fonte de trabalho e sustento.

Por meio da pesquisa evidenciou-se que os atores locais dos assentamentos, em sua maioria, entendem a importância de um efetivo relacionamento entre homem/meio ambiente. Entretanto, a não existência de instituições locais que fomentem a transferência de conhecimento sobre processos de produção sustentáveis é um complicador para o meio local.

A extensão rural pode possibilitar aos moradores dos quatro assentamentos pesquisados a obtenção de novos conhecimentos, e com isso apresentar novas opções para que eles deem início ao desenvolvimento de técnicas produtivas que podem trazer benefícios ao meio ambiente com isso melhora na qualidade de vida. Entretanto essas atuais alternativas sustentáveis não são multiplicáveis com facilidade. É necessário que os produtores optem pela busca por conhecimento agroecológico, pois é fundamental para colocar os novos métodos em prática e não se limitem apenas a obtenção de informações pelo método de extensão.

Agradecimentos

Agradecemos ao Ministério da Educação (MEC), que por meio do Edital Proext/2013 financiou o desenvolvimento desta pesquisa.

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1. Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT . Email: fernandayuka@hotmail.com

2. Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Email: mp.alves@ymail.com

3. Universidade de Cuiabá- UNIC. EMail: sandrorcr@gmail.com

4. M.Sc.Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. EMail: pauloramalho@ufmt.br

5. M.Sc. Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. EMail: elisandrazambra@gmail.com

6. Esp.Universidade Aberto do Brasil- UAB. EMail: jandrade.adm@gmail.com


 

Vol. 37 (Nº 01) Año 2016

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