Espacios. Vol. 36 (Nº 22) Año 2015. Pág. 9
Reinaldo Luan RODRIGUES 1; Nathalie Hamine PANZARINI 2; Antonio Carlos de FRANCISCO 3; Eloíza Aparecida de Ávila MATOS 4; Leila Mendes da LUZ 5
Recibido: 23/07/15 • Aprobado: 10/09/2015
RESUMO: Este artigo tem por objetivo avaliar a percepção sobre a inovação em uma indústria metalúrgica de pequeno porte da cidade de Ponta Grossa-PR. Adotou-se a abordagem de pesquisa quantitativa, que foi operacionalizada por meio de survey para a aquisição de informações com aplicação direta de questionários estruturados. Para verificar dados referentes à relevância e a realidade da inovação, 16 funcionários dos setores: financeiro, comercial, detalhamento técnico, produção, vendas e inclusive os proprietários da empresa responderam um questionário estruturado baseado nas teorias desenvolvidas pela Innoscience. A estratégia para realização da pesquisa descritiva consistiu em levantamento de dados e através das respostas obtidas pelo questionário estruturado. Constatou-se que a inovação é vista por todos os funcionários, como parte importante para o processo produtivo, apesar de não ter grandes investimentos para geração e implementação das inovações dentro da empresa. |
ABSTRACT: This article aims to assess the perception of innovation in a metallurgical small town of Ponta thick-PR. This is a quantitative and descriptive. To verify data relating to relevance and reality of innovation, 16 employees from all sectors of the company answered a structured questionnaire based on the theories developed by Innoscience. The strategy for carrying out descriptive research consisted of data collection and through the responses obtained by structured questionnaire, the data were organized into charts, for better quantification and visualization of results. It was found that innovation is seen by all employees, these various sectors, such as important part of the production process, despite not having great investments for generation and implementation of innovations within the company. |
A inovação em uma economia globalizada ganhou nos últimos anos, destaque como eixo estruturante da competividade, do crescimento e da rentabildade das empresas sendo um fator de sobrevivência das organizações no seu segmento de atuação (TRENTINI, 2012; ZANATTA, 2013).
Ulusoy (2003) destaca a importância da inovação, como sendo a inovação ligada à produtividade da empresa, melhora no processo, na solução de problemas, no desenvolvimento de produtos que auxiliarão na capacidade de desenvolver e executar ações com êxito.
Diante de um ambiente competitivo, com a existência de rápidas mudanças tecnológicas, diminuição do ciclo de vida dos produtos e maior exigência dos consumidores, verifica-se uma clara necessidade das empresas desenvolverem inovações tecnológicas em prazos curtos de tempo e a custos viáveis (DIAS et.al, 2013).
O papel desempenhado pelos líderes em uma organização é fundamental e é o melhor indicador da capacidade de inovação das empesas. Empresários e gestores de brasileiros de todos os tamanhos e setores de atividades estão buscando cada vez mais alcançar níveis elevados de competitividade. Estes, observam que suas transações comerciais conseguem ser competitivas, em relação a seus concorrentes, devido a contínuos investimentos em qualidade, produtividade e em inovações (PALADINO, 2010).
O presente trabalho tem por objetivo avaliar a percepção sobre a inovação em uma indústria metalúrgica de pequeno porte da cidade de Ponta Grossa-PR.
O objeto de estudo desta pesquisa justifica-se, pois, a indústria metalúrgica vem representando uma importância acentuada para a economia mundial nos últimos anos, proporcionando um aumento considerável nos negócios e na empregabilidade. Sabe-se também que, a indústria metalúrgica está passando por um processo de reestruturação, que visa reduzir os custos e melhorar a produtividade do trabalho. Tudo isso só está sendo possível graças à introdução da inovação no desenvolvimento de novas aplicações (MELLO, 2013).
Para o economista austríaco Schumpeter o que diferencia a inovação da invenção é o fato de a primeira estar vinculada a um ganho econômico. Para este economista, a inovação tem o papel fundamental de impulsionar o progresso econômico por meio do progresso técnico (SCHERER E CARLOMAGNO, 2009).
Assim, baseado no economista austríaco, vários autores foram desenvolvendo, ampliando ou restringindo o conceito de inovação, conforme apresentados por Mello (2013) no quadro 1, a seguir:
Quadro 1: Conceitos de inovação
Fonte: Mello (2013)
O Manual de Oslo (OCDE 2004) traz como os principais objetivos da inovação:
Quanto aos tipos de inovação existem várias definições. Expõe-se a seguir as definições apresentadas pelo Manual de Oslo (2004), que abrangem várias atividades das empresas:
Apesar da existência de diferentes tipos de inovações, que exigem diferentes processos de transformação de ideias em resultados, o que há de comum é o universo que cerca a inovação. Esse universo precisa ser administrado para que a empresa seja mais eficaz no processo de inovação. O contexto da inovação apresenta um conjunto de extensões que devem ser configuradas para melhorar o potencial inovador. Essas dimensões precisam ser configuradas de acordo com a estratégia e cultura da empresa, bem como seus intuitos com a inovação (SCHERER e CARLOMAGNO, 2009).
A procura pela inovação está sujeita a riscos, pois o processo não garante sucesso automaticamente. A atividade de inovar é carregada de incertezas, com muitas variáveis, entre elas a tecnologia em si, a natureza da competição, o contexto do mercado onde será lançada e também o contexto político e social (GRIZENDI, 2011).
Identificar o grau de inovação auxilia as empresas em avaliar o que se deve fazer para estimular a inovação, resultando na construção de crescimento econômico, por isso a importância de empresas inovadoras em identificar sua capacidade de inovação (SARACENI, 2013; WEERAWARDENA, 2003; REJEB et al, 2008; NIDUMOLU et al, 2009; WONGLIMPIYARAT, 2010).
Para atingir o objetivo de avaliar a percepção sobre a inovação em uma indústria metalúrgica de pequeno porte da cidade de Ponta Grossa, PR, adotou-se a abordagem de pesquisa quantitativa, que foi operacionalizada por meio de survey para a aquisição de informações com aplicação direta de questionários estruturados. Convencionou-se denominar como survey um conjunto de ferramentas empregada nas ciências sociais, geralmente referindo-se a métodos utilizados na coleta dados de forma sistemática a partir de uma série de indivíduos, organizações ou outras unidades de interesse. Especialmente na Engenharia de Produção costuma-se entender por survey pesquisas que se munem de questionários e entrevistas (NAKANO, 2010; JULIEN, 2008; NARCIZO et. al. 2010).
Os pesquisadores aplicaram pessoalmente um questionário fechado em uma amostra aleatória de 16 participantes, dentro de uma população de 77 funcionários, o que segundo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) caracteriza a empresa como de pequeno porte, pois possui de 20 a 99 funcionários. Foram entrevistados funcionários que se disponibilizaram a participar da pesquisa e integram todos os setores da empresa sendo eles financeiro, comercial, detalhamento técnico, produção, vendas e inclusive os proprietários.
Utilizou-se um questionário elaborado com base nas teorias desenvolvidas pela Innoscience (2010), elaborado e previamente avaliado por especialistas na área para avaliar sua consistência e realizar os ajustes necessários. A estrutura final do questionário foi constituída de 10 questões fechadas com perguntas em ordem lógica e sequencial, de forma a padronizar a coleta de dados. As questões abordaram os seguintes temas:
Os resultados encontrados foram comparados com pesquisas realizadas pela Innoscience 2010 e 2011 constituída de uma amostra aleatória de 80 participantes, dentro de uma população de 1500 pessoas presentes ao evento. O objetivo foi definir um panorama da realidade da inovação no contexto empresarial brasileiro, além de identificar o nível de relevância do tema inovação nas empresas, as práticas e restrições à gestão da inovação identificadas e as perspectivas futuras quanto ao tema.
O mesmo questionário foi aplicado por Pizyblski et. al. (2012) com amostra de 20 participnates, onde seu objetivo foi obter dados referentes à relevância e à realidade da inovação em indústrias das cidades de Ponta Grossa, Carambeí e Piraí do Sul ambas cituadas no estado do Paraná.
Utilizou-se a pesquisa de Mello (2013), cujo objetivo foi objetivo diagnosticar a gestão da inovação em uma empresa de pequeno porte no segmento metalúrgico na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, e de Fahad (2009) cque teve por objetivo objetivo analisar as estratégias de inovação utilizadas pelas micro e pequenas empresas metalúrgicas que atuam no setor agroindústria sucroalcooleiro. Para discussão de resultados.
3.1 Relevância e restrições à inovação
A inovação começa na estratégia de cada empresa. Para que as empresas sejam inovadoras, é preciso primeiramente que elas tenham feito esta escolha. Este é um processo consciente, onde as estratégias estão definidas e alinhadas para a inovação (PADOVANI; ROTONDARO, 2010).
Conforme o Gráfico 1 observa-se que a inovação está entre as 3 maiores prioridades com 44% dos entrevistados. Resultado semelhante ao encontrado na pesquisa de Pizyblski et. al. (2012) onde 45% afirmaram que a inovação encontra-se também entre as 3 maiores prioridades de suas empresas.
Gráfico 1: Relevância da inovação
Fonte: Autoria própria
Sejam diretamente ou indiretamente, diversas variáveis podem afetar os resultados esperados relacionado ao processo inovação de uma empresa. Podendo ser de ordem econômica, cultural, corporativista e legal. Essas variáveis podem fazer com que a empresa não atinja o ponto de iniciar a etapa de inovação. Ou, caso consiga iniciar, não tenha "forças" para dar sequência ao processo num todo, ou ainda, obtenha um resultado negativo sobre os resultados esperados (MELLO, 2013).
Segundo Hadjimanolis (2003), existem fatores que dificultam a inovação: barreiras à inovação. O estudo das barreiras à inovação incide sobre os problemas que podem ocorrer ao longo do complexo e delicado processo de inovação. Para A maioria dos autores a sua categorização reparte-se em barreiras internas e externas (HADJIMANOLIS, 2003; MADRID-GUIJARRO et al., 2009; STANISLAWSKY & OLCZAK, 2010). Consideram-se internas as barreiras que nascem na empresa e externas as barreiras que surgem a partir da envolvente da empresa.
Ao serem questinados sobre as maiores restrições ou barreiras à inovação dentro da empresa utilizando uma escala de 1-5, sendo 1 (menores barreiras) e 5 (maiores barreiras) obteve-se como resposta:
Gráfico 2: Principais restrições/ barreiras à inovação
Fonte: Autoria própria
Nas palavras do Manual de Oslo (2006), essas barreiras podem estar relacionadas a um tipo específico de inovação ou a todos os tipos. Por exemplo, as barreiras relacionadas ao custo, podem interferir nas inovações de produto, processo, organizacional e marketing. Já as barreiras de ordem de mercado, podem afetar somente as inovações de produtos e marketing.
Além dessas barreiras, que já foram mencionadas, o poder decisório da empresa, a sua história e cultura e o ambiente externo, também são barreiras, que podem impedir a empresa de se obter resultados positivos em inovação.
Mussi e Spuldaro (2008) apresentam as seguintes barreiras à inovação: o risco associado à especialização excessiva dos recursos humanos; a super valorização dos processos de produção ou prestação de serviços por parte dos seus praticantes; a limitação na dotação de recursos financeiros e humanos e ainda, a limitação no acesso ao mercado.
Todas essas barreiras devem ser levadas em consideração quando do planejamento da gestão da inovação em âmbito empresarial (CORAL e GEISLER, 2008; MELLO, 2013).
Ao serem questionados sobre o tipo de inovação que tem prioridade dentro da empresa, destacaram-se a inovação em produto e serviço com 50% e inovação em processo com 38%. A inovação de mercado e os que não souberam responder somaram 12%, sendo descartadas as inovações de modelo de negócio e canais de distribuição. Resultado semelhante com a pesquisa realizada pela Innoscience (2011) que apresentou maior porcentagem de inovação em produtos ou serviços. Já na pesquisa de Pizyblski et. al. (2012) as empresas pesquisadas dão ênfase para inovação em "processos" com 55% dos entrevistados, seguido da inovação em "produtos ou serviços" com 45%.
Comparando ao estudo de Fahad (2009) onde perguntou- se aos entrevistados se as inovações nas micro e pequenas empresas metalúrgicas ocorrem mais em processos produtivos do que em produtos, no intuito de verificar a veracidade da proposição. As respostas das questões mostram que 100% dos respondentes concordaram com a afirmação de que as inovações nas micro e pequenas empresas metalúrgicas se dão em processos de produção, e, 96% concordam com a afirmação de que as inovações nas micro e pequenas empresas metalúrgicas se dão em produtos.
Gráfico 3: Nível de satisfação com o retorno através das iniciativas inovadoras.
Fonte: autoria própria
O Gráfico 3 apresenta o nível de satisfação da empresa com o retorno através das iniciativas inovadoras de 56% de satisfação.
Outra das perspectivas de elevada relevância na inovação é a abordagem às suas fontes de ideias onde a mesma é positivamente influenciada pelos fluxos externos de conhecimento. A transmissão de conhecimento tem vindo a assumir maior importância no crescimento econômico (CORDEIRO, 2011; CRESPI et. al, 2008; DIAZ et.al, 2006; LUEGO,2012).
Independentemente do nível de novidade da inovação, se radical ou incremental, as ideias passaram a existir em função basicamente de dois motivos: problemas, necessidades e oportunidades relacionadas com a produção e comercialização de bens e serviços; e oportunidades vislumbradas com a ampliação dos conhecimentos que ocorrem tanto na própria empresa quanto no seu ambiente geral (BARBIERI et.al., 2009).
Segundo o mesmo auotr as ideias sobre produtos, processos e negócios, novos ou transformados, decorrem das mais distintas fontes, por exemplo, vendedores, consumidores, fornecedores, administradores e funcionários, consultores, pessoal de Pesqusa e Desenvolvimento, literatura técnica, catálogos comerciais, feiras e exposições, entre muitas outras.
Gráfico 4: Principal fonte de ideias inovadoras
Fonte: Autoria própria
Conforme a Gráfico 4 pode-se perceber que 56% das respostas marcaram clientes/consumidores os como fonte de ideia mais significativa, seguido de funcionários com 44%. Resultado que se distingue da pesquisa realizada pela Inoscicience (2010), onde os resultados enocontrados apresentaram como principal fonte de ideias inovadoras funcionários com 49%, seguido de 26% de cliente/consumidores.
Segundo Reis (2011), dependendo das suas necessidades, cada empresa pode encontrar a sua melhor opção na busca de inovações. A procura por institutos privados ou públicos de pesquisa e principalmente por universidades, para o desenvolvimento de pesquisas encomendadas aumenta a cada dia tornando-se um processo irreversivel. A busca incessante de conhecimentos, tendencia que é natural de ambital de ambientes univestitarios é o propursor maior ade invençoes e quebra de paradigmas.
Com base no modelo da cadeia de valor da inovação desenvolvido pela Innoscience e também utilizado do estudo de Pizyblski et. al. (2012) buscou-se identificar as fases do processo de inovação com maior dificuldade nas empresas. Os entrevistados identificaram, dentre as fases do processo, onde suas empresas encontram maior dificuldade e as classificaram numa escala entre 1 (menor dificuldade) a 5 (maior dificuldade).
Gráfico 5: Fase do processeo com maior dificuldade
Fonte: Autoria própria
Segundo o Gráfico 5 percebe-se que as fases de Experimentação e Implementação com 62% e 39% respectivamente se apresentam como as com maiores dificuldades dentro da empresa. Resultado parecido com o da pesquisa de Pizyblski et. al. (2012) onde fases de Idealização e Conceituação encontram-se como as de menor dificuldade, porém com porcentagem maiores como 70% e 40% respectivamente, a fase de experimentação foi assinalada por 50% dos entrevistados com o número 3 encontrando-se num nível intermediário de dificuldade, já a fase de Implementação foi assinalada como a que apresenta maior dificuldade na gestão de projetos inovadores com 25%. Na presente pesquisa 13% não souberam responder.
Em relação aos investimentos previstos para o ano de 2014, 31% acreditam que os investimentos serão maiores, 50% permanecerão iguais, 13% menores e 6% significativamente menores aos niveis de 2013.
O desenvolvimento de inovações tecnologicacs é desafiador principalmente para as micros, pequenas e médias empresas (MPMEs) que devido a fatores como, dificuldades de acesso aos meios de financiamento, carências de recursos em engenharia e P&D e menor escala produtiva, normalmente, possuem maiores dificuldades em relação às grandes empresas para obterem níveis satisfatórios de desempenho e competitividade (DIAS et.al, 2013).
Os dados apresentados no Gráfico 6 apontam que a empresa tem consciência de que é necessário inovar e investir em pesquisas e desenvolvimento. Porém, por se tratar de um aempresa de pequeno porte a maioria acredita que a empresa não investirá nesse setor. Não existe um tempo nem um setor destinado especificamente para o planejamento da gestão da inovação na empresa.
Gráfico 6: Investimentos para o próximo ano
Fonte: Autoria própria
Pizyblski et. al. (2012) aponta como resultado que 45% acreditam que os investimentos serão maiores para o próximo ano e 15% acreditam que os níveis se manterão iguais aos de 2012. Já na pesquisa realizada pela Innoscience (2010), 55% dos entrevistados assinalaram que os investimentos para o ano seguinte seriam maiores, 25% dos participantes responderam que suas empresas permaneceriam iguais no ano seguinte, e apenas 1% assinalaram que haveria redução de tais recursos.
Em seu estudo Mello (2013) os dados mostram que, a empresa tem consciência de que para inovar, a mesma precisa investir em pesquisa e em desenvolvimento. Porém, como se tratade uma empresa de pequeno porte, esta empresa investe 5% da receita líquida em projetos de pesquisa e desenvolvimento que visam retorno imediato. Já para os projetos de inovação, cujoretorno é a médio e longo prazo, a empresa recorre a financiamentos em instituições financeiras, em empresas parceiras e novos sócios. Para selecionar os projetos de inovação que serão desenvolvidos, a empresa leva em consideração os riscos e as incertezas existentes, mediante reuniões semanais, onde as novas ideias são discutidas, sob o foco da demanda de produção e satisfação do cliente. A empresa está investindo 15 % de sua receita líquida em infraestrutura.
O presente artigo teve como objetivo avaliar a percepção sobre a inovação em uma indústria metalúrgica de pequeno porte da cidade de Ponta grossa-PR. Para isso, obteve-se dados para a discussão através da realização da aplicação de questionários em diversos setores da empresa, a fim de se elaborar análises do ambiente estudado.
Conforme apresentado, concluiu-se que a empresa estudada tem clareza da importância da inovação para um bom posicionamento no mercado atual, assim a inovação está entre as 3 maiores prioridades da empresa, apesar de apresentar como principais barreiras a limitação de recursos financeiros e a falta de mecanismos de incentivos e reconhecimento. O nível de satisfação da empresa com o retorno através das iniciativas inovadoras apresentou-se alto, e os entrevistados indicaram clientes/consumidores como a fonte de ideia mais significativa. Para o próximo ano os investimentos permanecerão iguais segundo a pesquisa.
Em um segundo momento, percebeu-se que a inovação é vista por todos os funcionários de diversos setores, como parte primordial para o processo produtivo. Apesar de não ter grandes investimentos para geração e implementação das inovações dentro da empresa, esta busca em seus clientes e fornecedores a fonte para novas ideias para inovação no processo e em seus produtos.
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