Espacios. Vol. 36 (Nº 13) Año 2015. Pág. 7
Olavo Emilio FANK 1; Ariel Orlei MICHALOSKI 2
Recibido: 27/05/15 • Aprobado: 05/06/2015
6. Roadmap do sistema de gestão
RESUMO: |
ABSTRACT: |
Pesquisas têm demonstrado que a implementação de um SGSST - Sistema de Gestão em Segurança e Saúde no trabalho é uma realidade que pode contribuir para aumentar o nível de competitividade das empresas. Assim, a partir deste entendimento é possível que o SGSST possa ser utilizado como valioso recurso estratégico para as empresas de construção civil, impactando diretamente no aumento do potencial interno das mesmas (LIMA et al, 2005, BILLIG, BENITE, 2004).
No Brasil o mercado da construção civil vem evoluindo de forma gradativa devido ao aumento da competitividade, da oferta de bens e serviços que impõe a necessidade da contínua adequação às novas regras do mercado. Constrói-se cada vez mais e as tecnologias construtivas evoluíram no sentido de apresentar bons resultados e aspectos visuais com o menor custo possível. Obras com novos conceitos gerenciais, ambientais e de segurança e saúde do trabalho mudaram a utilização de matérias primas e processos construtivos. Assim, uma questão vem sendo muito discutida, como alternativa para preparar as empresas para as novas exigências do mercado. Isso pode ser justificado porque fatores ambientais, organizacionais e de segurança e saúde no trabalho estão criando um cenário altamente competitivo em que os clientes são o foco principal. E, portanto, as empresas que estão se sobressaindo foram desenhadas sobre uma infraestrutura de informação. Assim, a partir deste entendimento é possível que o SGSST possa ser utilizado como valioso recurso estratégico para as empresas, impactando diretamente no aumento do potencial interno das mesmas (HOMAID, 2002, GARNETT, 2000).
O sistema de gestão em segurança e saúde do trabalho tem enorme potencial de aplicação dentro dos canteiros de obras, podendo contribuir para o aumento da produtividade, aumento da eficiência, aumento da qualidade, redução de custos, redução de acidentes, entre outras variáveis. Entretanto, existem também outros problemas na implantação do SGSST que estão além da técnica construtiva e residem em outro nível:
Além disso, muitas empresas parecem se aproximar da gestão de segurança do trabalho de forma desestruturada. Sabe-se que a segurança do trabalho tem seu início desde a avaliação do projeto, passando pela implementação de um canteiro de obras seguro, a utilização de práticas seguras durante a construção, chegando a um produto satisfatório para cliente e para produtor.
Segundo Saurin e Formoso, (2000), indicam que o planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento do layout e logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistemas de armazenamento e movimentação de materiais. Iniciando o contexto de segurança a ser planejado antes da fase de execução, planejando o canteiro de obras, que será o principal objeto de estudo deste trabalho.
Por sua vez, Saurin, 2004 salienta que na integração dos requisitos de segurança à etapa de desenvolvimento de um produto parece ser uma das alternativas com maior potencial de benefícios, uma vez que pode eliminar ou reduzir os riscos nas suas origens. Além disso, considerações com relação ao projeto de um empreendimento, podem aumentar a segurança de uma obra, apenas utilizando medidas de prevenção de riscos e acidentes.
A justificativa da construção de uma proposta de gestão de segurança do trabalho para aplicação em canteiros de obras reside na necessidade de se ter um parâmetro que busque mensurar a maturidade dos atores do processo com o intuito de melhorar o seu desempenho.
Muitas organizações, em especial, as empresas construtoras têm em sua gestão da segurança e saúde do trabalho pautada em ações voltadas para o atendimento aos requisitos legais mínimos, atuando de forma reativa e sem apresentar resultados significativos (BENITE, 2004). Porém, sabe-se das limitações das normas regulamentadoras da legislação brasileira.
Segundo pesquisa realizada por Benite (2004), revela que as empresas da construção ao implantarem a gestão de segurança apresentaram diminuição significativa no número de acidentes e quase acidentes de trabalho, sendo que no período estudado, houveram apenas acidentes com danos materiais. Portanto, caso haja a implantação de um sistema integrado e eficiente, as empresas podem reduzir os custos de reação a acidentes.
Na maioria das empresas brasileiras de pequeno e médio porte, a gestão de saúde segurança do trabalho está baseada na aplicação das normas regulamentadoras (COSTELLA, 2008). No entendimento desta pesquisa, não se pode limitar o conceito de segurança a partir de leis, assim como não se pode avaliar qualitativamente a segurança em qualquer situação. Costella (2008) indica que as boas práticas de gestão da segurança e saúde do trabalho são bem disseminadas e conhecidas entre as empresas líderes na área.
A construção civil apresenta diferenças em relação à indústria de transformação, na qual desenvolveram-se os conceitos relacionados à qualidade. Dessa forma, para a implementação da gestão em segurança do trabalho neste setor, são necessárias adaptações específicas das teorias convencionais, devido à complexidade do processo. As restrições relativas à empresa em estudo e as particularidades do setor da construção civil foram os motivos da adaptação da teoria existente das abordagens motivacionais para esta construtora.
As técnicas construtivas utilizadas, as metodologias na gestão dos trabalhadores e as formas de gestão das informações são aliados. O corpo de funcionários reduzido, o controle de gastos e a falta de apoio pelas contratantes são adversários para a melhor gestão das atividades de risco. Nesse contexto, a empresa enfrenta dificuldades para solucionar os problemas mais amplos de SST.
Segundo Werkema (2012), o ciclo PDCA é um método de gestão, representando o caminho a ser seguido para que as metas estabelecidas sejam atingidas. Esse método consiste em processos repetitivos que iniciam com intenso planejamento, com intuito de realizar pequenos testes para analisar os eventuais efeitos de ações mais abrangentes nos processos, e segundo Cruz (2013), depois de testadas e analisadas, as ações devem ser implementadas de modo a gerar novos resultados mais abrangentes e em seguida serão aplicados novos testes, gerando novas ações a serem implementadas no processo. Caso haja falhas, estudam-se métodos de corrigi-las até que o processo apresente uma melhoria de gestão significativa.
Deve-se adquirir, de tais modelos de gestão, as melhores técnicas e as melhores metodologias a serem incrementadas na ferramenta de gestão de segurança do trabalho a ser estudada, para que, desta forma, o processo seja seguro e eficiente, resultando em resultados adequados e que satisfaçam o cliente final.
Figura 1 - PDCA aplicado especificamente à gestão de SST (QUELHAS, O.L.G., 2003)
Outro modelo de gestão é o Lean Seis Sigma, onde o sistema Lean busca reduzir desperdícios e o sistema Seis Sigma pretende aumentar o desempenho e a lucratividade das empresas. A figura 2 apresenta uma forma de sucesso do sei sigma, aplicando ao método DMAIC (definir, medir, analisar, "reparar" e controlar), é um sistema de gestão quantitativo e auxilia a garantir melhorias na produção e consequentemente melhores resultados na gestão.
É necessário adaptar esse modelo de gestão, incluindo os níveis estabelecidos para a implementação de longo prazo, para a realidade da empresa objeto de estudo. Porém é importante que a empresa mantenha a visão de gestão para colher os resultados a longo prazo. Isso vale para a gestão de segurança e saúde do trabalho, a qual deve ser implementada a longo prazo da mesma forma.
Figura 2 - Integração das ferramentas Seis Sigma ao DMAIC (WERKEMA, 2006)
A gestão da segurança e saúde do trabalhador já é um assunto delicado e complexo para ser determinado por ações locais, ainda mais quando não se tem o apoio da alta direção da instituição. Porém, para os resultados se tornarem melhores, é necessário que se mude a mentalidade da empresa, atribuindo novas metas e consequentemente novos conceitos de gestão da SST.
Segundo Quelhas, Alves e Filardo (2003), a alta administração deve determinar as diretrizes através de uma política de segurança, saúde e meio ambiente. Desta forma, alguns elementos são fundamentais para a inserção dos fatores aos novos conceitos de gestão relacionados a gestão de segurança do trabalho, sendo que em canteiros de obras, para a implantação da ferramenta, devemos sugerir objetivos, recursos, motivação e princípios norteadores de normas para a adequação das ações voltadas para a segurança.
Na construtora objeto do estudo, observou-se mínimo envolvimento no processo de gestão de segurança, havendo a cobrança de resultados, porém não influenciando nas técnicas utilizadas pelos componentes diretos da construtora. Desta forma, apesar de não interferir nas análises realizadas no estudo, muitas das ocorrências são determinadas pela falta de gerenciamento adequada por parte da alta diretoria da empresa.
Neste estudo a intenção é observar as lacunas do aspecto de segurança e propor melhorias e metodologia para a obtenção de melhores resultados na gestão da segurança do trabalho.
Em virtude da ampla concorrência no mercado da construção civil, as organizações têm a necessidade de se planejar e buscar um diferencial, sendo assim, a implementação de um sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho, além de políticas de gestão de qualidade e do meio ambiente se tornaram fundamentais (CERVI, 2009).
Muito se tem escrito sobre a importância da segurança do trabalho em obras. Dentro dessa temática, é possível encontrar autores que dão ênfase ao uso da NR 18 como gestão.
Segundo Rocha (1999), a indústria da construção civil apresenta uma série de peculiaridades que fazem com que seus problemas com segurança sejam maiores. Este autor destaca que a segurança é um fator essencial para que se tenha alta qualidade no processo produtivo.
Por outro lado, sistemas de gestão são sistemas integrados de conceitos, metodologias, ferramentas e técnicas que fornecem apoio aos gestores para tomarem decisões balizadas em informações de qualidade, estratégicas, precisas e atualizadas proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para aperfeiçoar os resultados esperados.
Observam-se na tabela 1 os dados apresentados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que o setor de Construção Civil é o segundo campo com maior número de ações de fiscalização, o setor que compreende maior número de trabalhadores atingidos pelas fiscalizações do MTE e, mesmo assim, tem o maior número de acidentes e de embargos e interdições, dentre as principais atividades passíveis de fiscalização.
Tabela 1 - Resultados da fiscalização em segurança e saúde no trabalho - Brasil - 2014
Neste sentido, desenvolver um roadmap de gestão da segurança, objetivando a diminuição de irregularidades e o aumento da segurança do trabalhador dentro de um canteiro de obras, pode garantir resultados consideráveis, diminuindo drasticamente os acidentes desse setor econômico. Por outro lado, sistemas de gestão são sistemas integrados de conceitos, metodologias, ferramentas e técnicas que fornecem apoio aos gestores para tomarem decisões balizadas em informações de qualidade, estratégicas, precisas e atualizadas proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para aperfeiçoar os resultados esperados.
Sistemas de gestão em segurança do trabalho devem possuir as três funções fundamentais para o processo gerencial, função de planejamento das ações voltadas à segurança do trabalho, função de gestão das ações a serem tomadas pela empresa, no sentido de corrigir os setores mal avaliados e a função de controle dessas ações, para que haja um equilíbrio entre as etapas de reparação da segurança no canteiro de obra. Estas funções devem ser suportadas por propostas de soluções para adquirir apoio às decisões, pela alta administração, e consequentemente pelos colaboradores.
De acordo com a NR 18 deve acrescentar ao sistema de gestão, a segurança do trabalho em obras, sendo composto pela natureza das atividades que eles suportam. Esse suporte pode ser a nível estratégico, em que é executado o planejamento da empresa, a organização para tomada de decisões em relação aos objetivos da construtora, estimativas de investimentos. No nível tático, onde o planejamento estratégico determinado no nível estratégico é direcionado para cumprir as métricas definidas que deverão ser atingidas por meio do plano diretor, desenvolvido para atingir os objetivos do plano diretor, consolidando, para isto, os planejamentos de recursos físicos, humanos e financeiros que são fundamentais para a execução das métricas desejadas. E por fim, no nível operacional, onde devem ser implantadas as ações corretivas e reparadoras, elaboradas no nível tático, utilizando-se dos recursos humanos disponíveis e dos recursos financeiros e físicos, com o objetivo de buscar a melhor relação de custo e benefício.
Diante do exposto, fica evidente a necessidade de ações que possibilitem suporte às pessoas e às atividades de construção civil para atuação consistente no processo para gerenciamento. Isto posto é preciso que a implementação do SGSST seja bem acompanhada para que seja possível mensurar os ganhos provenientes com relação a prevenção de segurança em canteiros de obras, a empresa construtora deve estar bem estruturada com informações claras e detalhadas.
A construtora estudo de caso, fundada em 2006, possui o foco em atividades voltadas para obras públicas contratadas a partir de licitações de órgãos estaduais e federais, na área de reformas e construções de obras, sendo em sua grande maioria, obras de instituições educacionais de ensino superior.
O mapeamento do estudo foi efetuado, entre o mês de setembro até novembro de 2014, a empresa estava construindo 02 (dois) edifícios educacionais, sendo uma obra térrea com área de 3.000 m² e outra de dois pavimentos com área de 2.700 m². As estruturas de cada obra são diferentes, porém as técnicas construtivas se assemelham muito. O corpo técnico possui diretor técnico, um engenheiro residente, um estagiário e setor de compras compartilhado para ambas obras e um mestre de obras individualmente para cada obra. A quantidade média de operários é variada de acordo com as etapas e atividades realizadas no período da obra, abrangendo entre 12 e 18 trabalhadores por obra. Sabe-se que a construtora admite ainda o trabalho de subempreiteiros, objeto de estudo específico que não será considerado no processo atual.
A metodologia utilizada para utilização do roadmap de gestão em segurança do trabalho no setor da construção civil foi exploratória baseada na abordagem quantitativa desenvolvida por meio de investigação por meio de uma pesquisa de campo por aplicação de um roteiro aplicado pelo autor em canteiros de obras.
Este roadmap é baseado em solicitações da norma regulamentadora 18, além de sugestões de melhorias voltadas para o aumento da segurança para a obra. Verifica-se, portanto a necessidade legal da obra e também as necessidades de segurança e saúde do trabalhador.
O perfil das obras estudadas caracteriza-se pela sua principal atividade de educação universitária, sendo as duas avaliações feitas em edificações para fins educacionais, ambas dentro de universidades públicas na cidade de Ponta Grossa.
A partir de ferramenta desenvolvida para avaliação da segurança em canteiros de obras, este trabalho observou 399 itens, subdivididos em 26 setores, onde cada setor resultou em uma nota parcial. As 26 notas parciais resultaram em gráfico de avaliação da segurança do trabalho dos canteiros avaliados. A forma de avaliação de cada item é possível de quatro modos, sendo atribuído um valor a cada tipo de avaliação, este valor é contabilizado para o cálculo da média parcial.
Cada item pode ser avaliado em conformidade (sim), não conforme (não), parcialmente em conformidade com pontos de melhoria (pm) e não aplicado (na). Dentro disso será indicada a frequência da avaliação, quando possível. Pode ser indicada a localidade da ocorrência e o prazo necessário para reparação da inconformidade.
Figura 3 - Modelo da ferramenta de gestão aplicada
Após a aplicação deste roadmap, resultou-se em um gráfico de notas de segurança do canteiro. Neste gráfico são apresentadas as médias parciais de cada setor avaliado, bem como uma horizontal que delimita a meta da segurança a ser atingida pelo canteiro de obras avaliados.
Com a análise do gráfico gerado, é possível avaliar cada setor separadamente, dando ênfase aos setores com notas abaixo da meta de segurança do canteiro. Em cada caso, a empresa pode delimitar as áreas a serem dadas certas prioridades para que se atinja a avaliação adequada do canteiro como um todo.
Mais que isso, o avaliador poderá determinar setores que há déficit de segurança para o trabalhador, bem como determinar ações a serem tomadas para que os setores bem avaliados permaneçam nesse patamar. O avaliador ainda pode avaliar os dados da tabela gerada e criar novos gráficos para análise das situações mais cotidianas da empresa estudada, bem como retirar itens não compreendidos nas atividades laborais da empresa.
Segue que, no primeiro canteiro da construtora estudo de caso, o gráfico resultante da análise do canteiro de obras pelo autor, exposto na figura 4, temos 11 setores abaixo da média geral do canteiro (linha vermelha), que corresponde a uma nota de 6,87.
Figura 4 - Resultado da aplicação da ferramenta de gestão na obra 1 da construtora estudo de caso
Na tabela 2, abaixo, observa-se cada setor avaliado e as notas conferidas a estes após avaliação do primeiro canteiro de obras. Desses itens, vale analisar que o item 1, Condições Gerais e o item 4, Limpeza e Organização são da área de organização geral do canteiro, podendo significar problemas de concepção deste ou falta de gerenciamento da empresa. Já os itens 3, 12, 17, 21, 22 e 23 correspondem a sintomas que podem causar acidentes mais graves e, portanto, deverão ter atenção redobrada da empresa, pois um eventual acidente pode ocasionar em perdas mais sérias.
Tabela 2 - Avaliações de cada setor para canteiro de obras 1
SETORES |
NOTAS |
|
1 |
CONDIÇÕES GERAIS |
2,43 |
2 |
ÁREAS DE VIVÊNCIA |
7,65 |
3 |
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL |
6,25 |
4 |
LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO |
6,25 |
5 |
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO |
4,00 |
6 |
CARPINTARIA |
6,68 |
7 |
ARMAÇÃO DE AÇO |
8,50 |
8 |
ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS |
7,59 |
9 |
GALERIAS |
8,50 |
10 |
ELETRICIDADE |
7,36 |
11 |
ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS |
8,27 |
12 |
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS |
5,56 |
13 |
ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES |
8,50 |
14 |
OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE |
8,50 |
15 |
ESTRUTURAS DE CONCRETO / ALVENARIA / ACABAMENTO E METÁLICA |
6,86 |
16 |
CABOS DE AÇO E CABOS DE FIBRA SINTÉTICA(CORDA) |
8,50 |
17 |
ANDAIMES |
5,63 |
18 |
ANDAIMES SUSPENSOS |
8,50 |
19 |
CADEIRA SUSPENSA (BALANCIM INDIVIDUAL) |
8,50 |
20 |
ESPAÇO CONFINADO |
8,50 |
21 |
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS |
5,84 |
22 |
TRABALHO EM ALTURA |
3,50 |
23 |
PRODUTOS QUÍMICOS |
2,86 |
24 |
GRUA |
8,50 |
25 |
ELEVADORES - CREMALHEIRA E CARGA |
8,50 |
26 |
DISPOSIÇÕES FINAIS |
7,00 |
MÉDIA GERAL=> |
6,87 |
Com relação ao segundo canteiro, o gráfico resultante, exposto na figura 5, apresenta 12 setores abaixo da média geral do canteiro (linha vermelha), que corresponde a uma nota de 6,95. Comparando os canteiros, observa-se um número maior de setores mal avaliados, porém no contexto geral do canteiro, o segundo apresenta média geral superior.
Figura 5 - Resultado da aplicação da ferramenta de gestão na obra 2 da construtora estudo de caso
Observa-se ainda, na tabela 3, abaixo, que de todos itens, 3 itens de organização do canteiro são mal avaliados, sendo que outros seis correspondem a sintomas mais graves que podem causar acidentes de maior porte e deverão ter atenção redobrada da empresa para evitar perdas mais sérias.
Tabela 3 - Avaliações de cada setor para canteiro de obras 2
SETORES |
NOTAS |
|
1 |
CONDIÇÕES GERAIS |
4,60 |
2 |
ÁREAS DE VIVÊNCIA |
7,71 |
3 |
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL |
6,25 |
4 |
LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO |
5,00 |
5 |
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO |
3,86 |
6 |
CARPINTARIA |
5,00 |
7 |
ARMAÇÃO DE AÇO |
6,50 |
8 |
ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS |
8,09 |
9 |
GALERIAS |
8,50 |
10 |
ELETRICIDADE |
7,07 |
11 |
ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS |
6,96 |
12 |
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS |
6,67 |
13 |
ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES |
8,50 |
14 |
OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE |
8,50 |
15 |
ESTRUTURAS DE CONCRETO / ALVENARIA / ACABAMENTO E METÁLICA |
5,69 |
16 |
CABOS DE AÇO E CABOS DE FIBRA SINTÉTICA(CORDA) |
8,50 |
17 |
ANDAIMES |
8,50 |
18 |
ANDAIMES SUSPENSOS |
8,50 |
19 |
CADEIRA SUSPENSA (BALANCIM INDIVIDUAL) |
8,50 |
20 |
ESPAÇO CONFINADO |
8,50 |
21 |
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS |
5,50 |
22 |
TRABALHO EM ALTURA |
5,33 |
23 |
PRODUTOS QUÍMICOS |
6,50 |
24 |
GRUA |
8,50 |
25 |
ELEVADORES - CREMALHEIRA E CARGA |
8,50 |
26 |
DISPOSIÇÕES FINAIS |
5,00 |
MÉDIA GERAL=> |
6,95 |
Com os resultados obtidos por meio do roadmap aplicado nos estudos de caso, pode-se observar alguns padrões e diferenças entre os canteiros de obra estudados. É notório que os resultados gerados pelo roadmap indicam quais áreas apresentam melhores avaliações e quais áreas com maior deficiência. Desta forma, é possível aplicar as práticas de gestão de segurança para melhorar as condições de contorno em outros canteiros de obra, mitigando possíveis falhas encontradas.
Aplicando o roteiro apresentado, é possível aprender com os erros e acertos de gerenciamento de segurança em um canteiro para aplicar em outros, quando se tratar de estudos comparativos. Isto posto, pode-se encontrar pontos falhos que necessitem de visão externa, colaborando para a melhoria de práticas de gestão em segurança do trabalho em construtoras.
Neste contexto, com a aplicação desta ferramenta, são visíveis as melhorias pontuais na gestão de segurança do trabalho que podem ser aplicadas em outras empresas do ramo da construção civil.
Neste sentido, a aplicação de forma sistemática do roadmap proposto neste estudo poderá auxiliar empresas de diversos ramos da construção civil a atingirem a gestão de segurança e saúde do trabalho.
BENITE, Anderson Glauco (2004); SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PARA EMPRESAS CONSTRUTORAS. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Departamento de Engenharia de Construção Civil, Universidade de São Paulo, São Paulo, 221 p.
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2. Doutorado em Engenharia de Produção na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Docente na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Ponta Grossa – PR, Brasil. E-mail: ariel@utfpr.edu.br