Espacios. Vol. 36 (Nº 11) Año 2015. Pág. 17
Jones Costa D'AVILA 1, Simone Meister Sommer BILESSIMO 2; Paulo Cesar Leite ESTEVES 3; Cristiane Machado de VARGAS 4
Recibido: 24/02/15 • Aprobado: 12/04/2015
RESUMO: |
ABSTRACT: |
O processo de industrialização iniciado na Inglaterra, no século XVIII, foi propulsor de grandes modificações na estrutura econômica e social de diversos países. Essas transformações trouxeram mudanças significativas nos meios de produção, possibilitando acúmulo de riquezas e desenvolvimento de inovações tecnológicas. Nesse período, a grande preocupação das indústrias foi o desenvolvimento de tecnologias e métodos que pudessem contribuir para o aumento da produção, isto é, produzir mais no menor tempo possível.
Com o salto tecnológico nas tecnologias ligadas a informação e comunicação iniciou-se uma nova ordem nos fatores de produção. Essas transformações tornaram o conhecimento e a informação recursos relevantes para garantia de competitividade e crescimento das organizações. Para Antunes (2013, p.1486) nesse novo cenário "a competividade é baseada no conhecimento e a ciência e a tecnologia são fatores básicos para a geração deste. A inovação depende, portanto, do conhecimento tecnológico".
Assim de acordo com Almeida et. al.(2014, p.325) a "inovação se tornou fator crítico de sucesso para a ampliação da competitividade empresarial". Corroborando com essa afirmação Paula et. al. (2013), argumenta que a inovação está diretamente relacionada a competitividade e desenvolvimento de países, ao sucesso e crescimento de empresas, e ao estímulo do empreendedorismo e oferta de novos produtos e serviços.
Outrossim, na percepção de Souza e Palma (2010, p.132) "a sociedade busca o conhecimento científico com a consciência de que esse tem influência considerável na economia mundial". Nesse cenário, as universidades assumem um papel relevante como fornecedoras de conhecimento e propulsoras de desenvolvimento econômico, sendo a inovação desenvolvida através do envolvimento de vários agentes.
Etzkowitz (2003), afirma que a interação entre universidade, indústria e governo é um mecanismo essencial à inovação e ao crescimento em economias baseadas no conhecimento, pois este modelo permite, através das interações entre esses atores, a ampliação do desenvolvimento regional. Ainda nessa linha de raciocínio Faccin et. al. (2012), exaltam que essas interações permitem as empresas aquisição de maior competitividade, por meio de produtos mais densos em conhecimento.
Assim, com o intuito de entender um pouco mais a importância desse modelo chamado por Etzkowitz de Tríplice Hélice, foi proposto este trabalho que tem como objetivo realizar um diagnóstico sobre pesquisas realizadas no Brasil, cujos escopos estão relacionados com a abordagem Tríplice Hélice e o desenvolvimento de regiões e/ou organizações.
Além desta introdução, o presente artigo desdobra-se em mais quatro seções. Na segunda seção, é apresentada a revisão bibliográfica e as teorias que dão embasamento ao trabalho; na sequência tem-se a metodologia utilizada para a elaboração e apresentação dos resultados; a quarta seção traz a análise dos resultados das regiões analisadas e, finalmente, têm-se as conclusões e sugestões para pesquisas futuras
Vive-se atualmente em um período da história chamado de era do conhecimento. Período esse que trouxe profundas modificações nos meios de comunicação. Essas transformações, oriundas dessa nova fase da sociedade, permitiram maior agilidade no acesso e compartilhamento das informações levando ao desenvolvimento de inovações tecnológicas de forma mais ágil e consistente. Para Lucci (2008), nesse contexto o homem assume um novo papel, em que precisa ser criativo, ter ideias e estar sempre atento a novas oportunidades.
As transformações ocorridas em função desse novo paradigma do conhecimento iniciaram-se logo após a segunda guerra mundial. Nessa fase a internet ganhou mais dinamicidade deixando de ser uma rede estática de uso restrito das universidades e do governo americano integrando novas universidades, centros de pesquisa, escolas, organizações públicas e outras instituições do mundo todo (DENTZEL, 2013).
Com os avanços tecnológicos das redes de comunicação, à informação passou a assumir papel de protagonista para o sucesso das organizações. Isso possibilitou um aumento da concorrência entre as empresas, que passaram a concorrer não apenas por mercados locais, mas por mercados globalizados extremamente competitivos.
Nesse cenário, de acordo com Souza e Palma (2010, p.132) "a economia mundial e os agentes de produção começaram a depender cada vez mais da inovação para a manutenção da competividade", tornando-a uma necessidade à medida que "a produtividade, além de fator competitivo, é fator gerador de riquezas para o seu próprio povo" (KLAFKE, 2014, p.2).
A inovação consequentemente passou a assumir um papel de extrema importância nas organizações exigindo um Know-how diferenciado, e métodos mais dinâmicos de produção, sendo esses, requisitos para o sucesso e a permanência dessas no mercado.
Nesse cenário de incertezas altamente competitivo Almeida et. al. (2014) advogam que "a velocidade com que as organizações conseguem empreender em novos produtos ou serviços tem demarcado a capacidade competitiva das empresas e das nações, delimitando o espaço entre ganhadores e perdedores".
Neste sentido, com a percepção da importância da informação para a competitividade das organizações iniciou-se a busca por um modelo que pudesse explicar quais atores estariam envolvidos no desenvolvimento de inovações e como poderia se dar a interação entre eles.
Segundo Senhoras (2008), têm surgido estudos e pesquisas que tentam de alguma forma buscar formulações de molduras conceituais para um melhor entendimento do processo de inovação, todas destacando a importância da cooperação estratégica e do estabelecimento de redes entre os diferentes atores nos processos de inovação.
No entanto, a tentativa de associar a interação dos agentes para o desenvolvimento econômico com figuras remonta à década de 60, na América Latina. Um modelo para explicar a interação entre infraestrutura científica e tecnológica, empresa e governo (PAULA et. al., 2013). Esse modelo foi denominado Triangulo de Sábato e foi desenvolvido por um físico argentino, Jorge Sábato. O pesquisador criou esse modelo com intuito de auxiliar o progresso dos países em desenvolvimento.
De acordo com Borges (2006), a abordagem desenvolvida por Sábato possui os mesmos atores envolvidos no modelo Tríplice Hélice, porém, na representação os atores são organizados em uma estrutura triangular hierarquizada, onde o vértice superior é ocupado pelo governo, no outro vértice o setor produtivo e no terceiro a infraestrutura científica e tecnológica. A base seria a interação entre o setor produtivo e a infraestrutura científica e tecnológica disponível no país.
Para Sbragia et. al. (2005), o modelo Tríplice Hélice de inovação é uma evolução do Triangulo de Sábato, pois os atores envolvidos no processo de inovação e desenvolvimento local/regional assumem outras funções que podem ser caracterizadas como dos outros atores.
No entanto, para Etzkowitz (2009), no modelo de Sábato somente o governo possui a competência e os recursos disponíveis para guiar os rumos da inovação tecnológica, tomando frente na coordenação das outras esferas institucionais, de forma a criar uma indústria baseada na ciência.
No Brasil, durante as décadas de 70 e 80, no regime militar, o governo tentou implementar a visão de Sábato. Projetos de larga escala na indústria de aeronaves, computadores e componentes eletrônicos foram financiados pelo estado, a fim de dar suporte à criação de novas indústrias e tecnologias (ETZKOWITZ, 2009).
Surge então, na década de 1990, através de estudos de dois pesquisadores norte-americanos Henry Etzkowitz e Loet Leydesdorff, o modelo denominado Tríplice Hélice, que previa a interação entre as universidades, as empresas e o governo.
De acordo com Cunha e Neves (2008), esse modelo veio em oposição ao modelo tradicional do fluxo de conhecimento num sentido único, isto é, da pesquisa básica para a inovação, ou do tipo horizontal, para um modelo baseado numa forma de espiral onde o fluxo de conhecimento flui também no sentido inverso, da indústria para a universidade.
O modelo Tríplice Hélice foi apontado como fator primordial para aperfeiçoar as inovações em meio às transformações ocorridas na sociedade baseada no conhecimento. Essas modificações permitem que a informação e o conhecimento sejam compartilhados proporcionando novas ações de desenvolvimento local/regional nas diversas regiões do globo.
Nesse ambiente a inovação surge a partir das interações entre empresas, universidades e instituições públicas. Sendo as empresas as responsáveis pela produção e geração de renda, as universidades a fonte de conhecimentos e tecnologias e as instituições públicas incumbidas por garantir as relações contratuais que garantem estabilidade nas interações e trocas (JACOB, 2006).
O modelo da Tríplice Hélice passou por várias configurações até chegar ao formato que hoje é conhecido. O primeiro foi chamado de modelo Estático, que caracterizava-se por não apresentar uma diferenciação entre os papéis das três esferas: governo, academia e indústria. Nesse modelo o Estado, em um primeiro momento, envolve a academia e a indústria, tendo um papel central no processo, no desenvolvimento de projetos e no fornecimento de recursos para novas iniciativas. A inovação tem um caráter normativo, fruto das diretrizes e autoridades do governo e não da dinâmica e relação entre a universidade e a indústria (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000).
O segundo é denominado de Laissez-faire. Nesse modelo o governo limita seu poder, de controlador do rumo das transformações tecnológicas, cabendo a esse apenas o papel limitado de regulação ou de compra de produtos. Para Cunha e Neves (2008), nessa tese as esferas são separadas e interagem de modo incipiente não existindo um espaço de consenso onde as ações são discutidas. Os agentes estão interligados por pequena interação, em que cada um tem um papel bem delimitado assumindo uma relação unilateral.
Consequentemente, nesse modelo as instituições de ensino são vistas como fornecedoras de investigação básica e mão de obra qualificada; as empresas devem procurar utilização prática para o conhecimento básico produzido nas universidades e o governo tem como papel apenas as atividades de regulação.
Segundo Leydesdorff (2005), na economia do conhecimento dificilmente esse modelo é aplicado, visto que, na época atual, é reconhecido que a inovação surge na interface entre os vários agentes – empresas, universidades e instituições públicas sem uma ordem definida.
No entanto, para suprimir a falta de interação entre as esferas envolvidas no processo de inovação e desenvolvimento econômico tem-se um terceiro modelo denominado de Tríplice Hélice, modelo dinâmico, no qual existe um espaço de consenso das três esferas que promovem a inovação científica e tecnológica.
Esse espaço de interação tem como destaque promover a troca de papéis entre os atores e dessa forma promover certa atuação de um agente na área do outro, podendo originar organizações híbridas em que todas assumem as mesmas funções relativas à inovação (ARANTES; SERPA, 2012). Neste sentido, é esperado que a interação seja intensa e contínua, promovendo diversos arranjos institucionais e potencializando o desenvolvimento e manutenção de inovações tecnológicas.
Atualmente, a capacidade de inovação das organizações e dos países é considerada um fator diferencial para a competição e sucesso no mercado. Segundo Ferraz et al. (1995), esse diferencial é apontado como um dos indicadores mais utilizados para avaliar a competitividade, uma vez que seus resultados se encontram vinculados à capacidade de acompanhar as mudanças e o desenvolvimento do mercado. Assim, "a existência de um ambiente propício para o desenvolvimento da inovação tecnológica é fundamental para o crescimento de uma determinada região" (ARANTES; SERPA, 2012, p.5).
As transformações ocorridas pela interação entre academia-governo-empresa, proporcionada pela abordagem Tríplice Hélice, são de fundamental importância por haver o compartilhamento de conhecimento, a cooperação e ações que visem o crescimento e desenvolvimento de uma determinada região ou até mesmo de um país. Para Antunes (2013) essa cooperação entre os autores permite dividir riscos e custos contribuindo para o aumento do conhecimento nas instituições.
Percebe-se então, que existem três fatores decisivos para a criação de um ambiente propício à inovação, capaz de impactar toda uma região, são: "a existência de uma base sólida científica para desenvolver tecnologias, o apoio governamental e a aproximação com a iniciativa privada" (ARANTES; SERPA, 2012, p.7).
Essa seção tem como objetivo exibir a caracterização do estudo, as etapas que foram desenvolvidas, bem como o enquadramento e os procedimentos metodológicos realizados para a conclusão do trabalho. Nesse sentido, a fim de alcançar os objetivos propostos pelo presente estudo, utilizou-se a classificação elaborada por Miguel et. al. (2010), que considera que uma pesquisa científica pode ser classificada a partir de quatro aspectos: quanto à natureza da pesquisa; quanto à forma de abordagem do problema; quanto aos objetivos da pesquisa; e, quanto aos procedimentos técnicos.
Assim, em relação à natureza da pesquisa pode-se dizer que a mesma se enquadra como uma pesquisa aplicada. Segundo Silva e Menezes (2001, p.20), esse tipo de pesquisa objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos. No que concerne à abordagem do problema, a pesquisa foi caracterizada como sendo qualitativa. Segundo Minayo (2002), esse tipo de abordagem trabalha com a subjetividade da realidade pesquisada.
Quanto aos objetivos propostos no trabalho, a pesquisa caracterizou-se por exploratória, uma vez que é inédito o diagnóstico dos estudos de casos no Brasil em relação à análise comparativa da abordagem Tríplice Hélice e seus efeitos ao desenvolvimento de empresas e/ou regiões.
De acordo com Yin (1994), esse tipo de pesquisa tem como foco proporcionar maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito ao pesquisador ou construindo hipóteses sobre ele. Com essa abordagem procura-se compreender as relações entre as empresas e os agentes potencializadores de inovação.
Quanto aos procedimentos técnicos foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (1991), esse tipo de pesquisa é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científico. Neste tipo de estudo são abordados os tópicos relevantes sobre o tema, de forma a proporcionar ao leitor uma compreensão do que existe publicado sobre o assunto. Com isso, espera-se, uma visão mais ampla acerca do tema possibilitando analisar e elaborar conclusões mais concisas sobre a pesquisa.
Em relação à busca e identificação das fontes bibliográficas foram utilizadas três bases de dados, que são: Capes, SciELO e Google Scholar. Levando-se em consideração que o objetivo deste artigo é realizar um diagnóstico de estudo de casos envolvendo o modelo da Tríplice Hélice, cujos propósitos foram analisar as interações entre empresas-universidade-governo em relação ao desenvolvimento de regiões e/ou organizações no Brasil. Utilizaram-se como estratégia de busca nas bases as seguintes palavras: "Tríplice Hélice" e "desenvolvimento".
Desta forma, com a problemática definida e com a estratégia de busca organizada, partiu-se para a construção do portfólio bibliográfico. Assim a seção seguinte tem como objetivo apresentar os procedimentos de filtragem, seleção e análise dos dados.
Essa seção tem como objetivo apresentar o processo utilizado para o desenvolvimento do portfólio bibliográfico aplicado na pesquisa, os resultados da análise e interpretação dos dados, bem como exibir as informações adquiridas no decorrer da pesquisa.
Como primeiro passo para elaboração da pesquisa foi definido uma problemática donde se procurou realizar um estudo inédito em relação à abordagem da Tríplice Hélice no país. Dessa forma, a pesquisa foi elaborada com a intenção de realizar um diagnóstico sobre estudos de caso no Brasil relacionados à aplicação do modelo.
Essa observação levou em consideração exclusivamente regiões e/ou organizações que de alguma forma utilizaram mesmo que de forma parcial as incertezas e potencialidades geradas através das interações entre as instituições de ensino, empresas e o governo, e que estavam relacionadas ao desenvolvimento local, regional, nacional e/ou setor produtivo.
Para selecionar o referencial teórico com relação à problemática proposta nas bases de dados foram definidas palavras-chave. Neste sentido, como estratégia de busca utilizou-se as seguintes palavras: Tríplice Hélice e desenvolvimento. A escolha das palavras-chave e sua combinação se deram com o objetivo de delimitar o estudo para as relações entre a tese da Tríplice Hélice e o desenvolvimento local, regional ou de empresas no país.
Em relação à composição da base de dados foram utilizados como critérios de inclusão os artigos que abordavam a Tríplice Hélice como foco em estudos de caso realizados no Brasil, cujos objetivos tinham como propósito analisar o desenvolvimento de regiões e/ou organizações sob uma perspectiva de aplicação do modelo Tríplice Hélice.
A análise das bases levou em consideração apenas textos nacionais (objetivando aproximar a discussão ao nosso contexto). Com esta dinâmica, foram detectados 42 artigos com relação a assuntos que de alguma forma relacionavam-se com a proposta da pesquisa. Com essa base de dados deu-se início ao processo de filtragem dos artigos para a composição da base de dados final.
A primeira etapa para seleção foi à exclusão dos artigos redundantes entre as bases de dados. Nessa etapa foram excluídos 08 artigos, restando apenas 34. Após essa etapa passou-se para a filtragem dos artigos em relação ao alinhamento do título com a proposta da pesquisa. Dessa forma, foi realizada a leitura do título de cada artigo e selecionado somente os que o título possuía algum alinhamento aos eixos da pesquisa. Assim, foram excluídos os artigos cujos títulos não remetessem ao tema proposto. Nesta etapa, mais 18 artigos deixaram de compor a base de dados principal.
Como última etapa de seleção do portfolio de dados prosseguiu-se para a filtragem do banco de artigos brutos quanto aos resumos. Nesta etapa foram excluídos os artigos em que os resumos não estavam alinhados aos eixos da pesquisa. Assim, realizou-se a leitura dos resumos dos 16 artigos restantes na base de dados principal. Dessa forma, dos 42 artigos selecionados inicialmente apenas 08 efetivamente estavam relacionas de alguma forma com os eixos da pesquisa.
Como resultado das filtragens e análise do material bibliográfico, o portfólio da pesquisa foi composto por 08 artigos, sendo essa a base de dados utilizada para análise dos resultados. O quadro 01, logo abaixo, exibe os artigos selecionados para compor o portfólio bibliográfico final dos artigos alinhados aos eixos da pesquisa.
Quadro 01 : Identificação dos artigos alinhados à pesquisa
N. |
Autor(es) |
Título do Artigo |
01 |
Arantes e Serpa (2012) |
O modelo da Tríplice Hélice como fator de desenvolvimento de Santa Rita do Sapucaí. |
02 |
Faccin et. al.(2012) |
Análise da aplicabilidade do modelo Hélice Tríplice na indústria Leite da Terra de Santiago. |
03 |
Paula et. al.(2012) |
Aplicação do modelo Hélice Tríplice para incentivar o processo de inovação: A experiência da empresa Prática Produtos S/A. |
04 |
Nunes et. al. (2011) |
Interação Universidade-empresa-governo: um Estudo de Caso em uma IES do Rio Grande do Norte. |
05 |
Azeredo et. al. (2010) |
Tríplice Hélice e o desenvolvimento regional: Um estudo de caso na Indústria de Cerâmica Vermelha de Campos dos Goytacazes. |
06 |
Cunha e Neves (2008) |
Aprendizagem Tecnológica e a teoria da Hélice Tripla: Estudo de caso num APL de louças. |
07 |
Bezerra Filho et. al. (2008) |
As Relações da Tríplice Hélice no Setor de Confecções do Agreste de Pernambuco: Uma Análise a Partir das Perspectivas da Imersão Social e da Dependência de Recursos. |
08 |
Mello et. al.(2005) |
A Hélice Tríplice e Desenvolvimento Regional: criação e disseminação de conhecimentos em Fármacos&Cosméticos e Piscicultura no Estado do Amazonas. |
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Concluída a etapa de seleção e filtragem da base de dados, partiu-se para a leitura completa de todos os artigos. Assim, posteriormente a classificação e ordenação dos artigos iniciou-se o processo de identificação dos mesmos em relação à abrangência dos efeitos da interação entre os atores. Nessa etapa, os artigos foram organizados em um novo quadro, onde através da ordenação utilizada no quadro 01, criou-se um novo com a identificação das cidades e abrangência dos estudos. O quadro 02 expõe essas informações de forma organizada.
Quadro 02 : Abrangência das interações
N. |
Cidade |
Abrangência |
01 |
Santa Rita do Sapucaí - MG |
Regional |
02 |
Santiago - RS |
Regional |
03 |
Belo Horizonte - MG, Campinas -SP, Curitiba-PR, São José dos Campos – SP |
Nacional |
04 |
Natal – RN |
Regional |
05 |
Campos dos Goytacazes - RJ |
Regional |
06 |
Campo Largo-PR |
Regional |
07 |
Santa Cruz de Capibaribe – PE, Caruaru -PE, Toritama - PE |
Regional |
08 |
Estado do Amazonas |
Regional |
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Com os artigos devidamente classificados e ordenados em relação às cidades e abrangência dos efeitos das interações, iniciou-se o processo de identificação das interações entre os atores. Nesta etapa, as interações foram analisadas sobre três aspectos que são: as interações entre empresa-universidade; governo-empresa; e universidade-governo.
Nesse sentido, foi desenvolvido um sistema de classificação das informações para desenvolvimento de um quadro com as informações dos aspectos analisadas nos estudos. Portanto, as interações foram classificadas em interações fortes, medianas e fracas. Nesta etapa, levou-se em consideração a aproximação dos atores e os benefícios proporcionados com as relações bilaterais de cada esfera na geração de conhecimento, inovação e desenvolvimento das regiões e/ou organizações. O quadro 03, logo abaixo, mostra de forma detalhada a classificação das interações entre os atores.
Quadro 03 : Classificação das interações
Artigo |
Interações entre Empresas - Academia |
Interações entre Governo - Empresas |
Interação entre Academia - Governo |
01 |
Forte |
Forte |
Forte |
02 |
Mediana |
Mediana |
Mediana |
03 |
Forte |
Forte |
Forte |
04 |
Fraca |
Fraca |
Mediana |
05 |
Forte |
Mediana |
Mediana |
06 |
Forte |
Mediana |
Forte |
07 |
Forte |
Forte |
Forte |
08 |
Mediana |
Mediana |
Forte |
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Ainda, em relação à classificação das interações entre os atores, viu-se a necessidade da conversão dos mesmos para valores numéricos. Esse processo permitiu a geração de gráficos, contribuindo para melhor compreensão dos resultados do estudo. Para isso procedeu-se com a transformação dos dados levando-se em consideração a seguinte classificação: para as interações fracas atribui-se os valores de 0 a 3,99; para as interações medianas 4 a 7,99; e, por fim para interações fortes utilizou-se de 8 a 10.
Essa etapa permitiu que houvesse uma maior diferenciação em relação às interações analisadas. Isso possibilitou levar em considerações outros fatores como construção de espaços de consenso entre os atores e formação de ambientes de inovação proporcionados pelas interações.
Com esse procedimento foi possível à geração de gráficos mais objetivos, otimizando assim a compreensão dos resultados da pesquisa. Segue, logo abaixo, quadro 04 com os dados devidamente convertidos.
Quadro 04 - Classificação das interações em dados numéricos
N. |
Interações entre Empresas - Universidades |
Interações entre Governo - Empresas |
Interação entre Universidade - Governo |
01 |
10 |
10 |
10 |
02 |
7 |
6 |
7 |
03 |
9 |
9 |
10 |
04 |
4 |
4 |
7 |
05 |
9 |
7 |
7 |
06 |
9 |
8 |
10 |
07 |
9 |
9 |
9 |
08 |
7 |
7 |
8 |
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Com a análise das regiões constatou-se que todas as empresas analisadas nos estudos possuem de certa forma relação com o governo, seja por algum tido de financiamento, inserção em programas ou mesmo incentivos locais através de benefícios das prefeituras. Essas informações mostram que a maioria das empresas de certa forma, mesmo que de forma modesta, possuem interação com o governo representado neste caso pelas prefeituras, estados, união ou outros agentes governamentais.
No entando, percebe-se, que em uma das regiões analisados essa interação é classificada como fraca. Neste caso, foi observada a falta de apoio por parte do governo de ações voltadas para o aproveitamento das potencialidades locais, através de políticas de incentivo de desenvolvimento de inovações tecnológicas para aumentar a competividade dessa região. Na visão de Klafke (2014, p.10), as empresas dificultam esta aproximação, "pois a um entendimento que as esferas governamentais constituem, primeiramente, um empecilho ao desenvolvimento empresarial, na medida em que o estado atua principalmente como regulamentador do mercado".
Na interação em entre governo-empresa, cabe ainda destacar a localidade de Santa Rita do Sapucaí-MG, onde as sinergias geradas através dessa interação bilateral geram um grande desenvolvimento tecnológico para essa região, conhecida mundialmente como o vale da eletrônica no Brasil. Segue informações conforme gráfico 01 logo abaixo.
Gráfico 01 - Interação Governo-Empresas
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Com relação às interações entre universidade-governo os dados apresentados mostram que todas as instituições de ensino analisadas nos estudos possuem de alguma forma certa relação com governo, sendo que em nenhuma região foi classificada como de fraca interação nesse quesito. Isso se da, pelo fato que a maioria das instituições de ensino analisadas nas regiões são de alguma forma mantidas com recursos públicos.
Nessa relação ganha destaque as regiões onde os processos de cooperações e transferências de tecnologias encontram-se avançados, bem como a cultura de inovação nas empresas e nas instituições de ensino, contribuindo para o avanço tecnológico. O gráfico 02 logo abaixo mostra essa informação de forma detalhada.
Gráfico 02 - Interações Universidade - Governo
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Por último foi analisada as relações entre empresa-universidade, vista neste trabalho como de relevante significância na geração de conhecimento e troca de informações para geração de inovações e desenvolvimento econômico das regiões.
Neste sentido, percebe-se que no Brasil já existe uma preocupação em relação à aproximação das empresas junto às instituições de ensino, porém ainda de forma modesta. A análise mostra que em um dos estudos existe uma classificação fraca em relação à interação entre universidade-empresa. Esse é um caso preocupante já que essa interação é uma das mais relevantes para progresso e desenvolvimento das regiões.
Como nas outras análises, cabe novamente destaque para a região de Santa Rita do Sapucaí-MG, aonde a troca de informações e sinergias entre os atores vem se tornando uma cultura de sucesso. Essa interação permite o desenvolvimento da região, que através de suas potencialidades e conhecimento científico ganha destaque nacional em relação à inovação e competividade. No gráfico 03, são apresentados os resultados das análises em relação a essa interação.
Gráfico 03 - Interações Empresa - Universidade
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Por fim, para uma visão geral das análises e compreensão dos resultados em relação às interações analisadas de forma distinta, o gráfico 04 traz uma visão completa das interações permitindo a comparação entre cada observação.
Gráfico 04 - Interações dos atores em todas as regiões analisadas
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Contudo, após a análise dos dados e dos atores envolvidos nas interações da abordagem Tríplice Hélice, percebeu-se que nos estudos existe a presença de outro ator que no contexto brasileiro tem contribuído para o fortalecimento das empresas e consequentemente para o desenvolvimento econômico das diversas regiões analisadas.
Portanto, os resultados evidenciam a participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), como de extrema relevância para o aprimoramento e articulação de políticas públicas, criando um ambiente institucional mais favorável ao desenvolvimento econômico das regiões analisadas. Isso evidência que instituições privadas sem fins lucrativos, como é o caso do Sebrae, são relevantes para o processo de desenvolvimento econômico e tecnológico no Brasil.
Nesse sentido, das oito regiões analisadas sete, ou seja, 87,5%, citam o Sebrae de alguma forma como um agente de estímulo para o progresso e competividade das empresas. O gráfico 05 logo abaixo evidência essa informação com relação ao total das regiões.
Gráfico 05 - Participação Sebrae em relação aos estudo de casos
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa
Assim, com os dados apresentados pode ser constatado que no Brasil ainda são incipientes os estudos em relação à aplicação do modelo Tríplice Hélice, dificultando assim a composição de uma base de dados robusta e diversificada. Percebe-se também que a maioria das pesquisas foram realizadas a partir do ano de 2008. Isso mostra o interesse recente dos pesquisadores brasileiros acerca do tema.
O presente artigo realizou um diagnóstico por meio de periódicos, artigos, e palavras-chave, criando um portfólio bibliográfico com diversos estudos de casos envolvendo o modelo da Tríplice Hélice, analisando as interações entre empresas-universidade-governo em relação ao desenvolvimento de regiões e/ou organizações no Brasil.
No estudo, foram detectados 42 artigos com relação a assuntos que de alguma forma estavam relacionados com o modelo Tríplice Hélice e o desenvolvimento. Assim, através de filtragens dos artigos redundantes e dos que não estavam de acordo com os eixos da pesquisa chegou-se a base de dados final, que foi composta por 08 artigos em seu portfólio bibliográfico.
Os resultados das análises mostram que no Brasil ainda há poucas publicações em relação à análise do modelo Tríplice Hélice de inovação como ferramenta estratégica para estimular o desenvolvimento econômico de empresas e regiões. Isso pode ser explicado pelo interesse recente observado nas publicações dos artigos, onde apenas um dos oito que compõem o portfólio final foi publicado antes do ano de 2008.
Em relação às interações percebe-se que elas vêm ocorrendo nas diversas regiões, porém de forma desequilibrada, sendo que há uma necessidade de mais estudos relacionados a compreender a dinâmica dessas relações nas três esferas, empresas, academia e governo no país.
Para melhor compreensão das interações nesse trabalho, as mesmas foram divididas em relações bilaterais universidade-governo, empresa-universidade e governo-empresa. Os resultados mostram que há um forte relacionamento entre as instituições de ensino e o governo. Isso pode ser explicado, pois, a maioria das instituições é mantida pelo poder público exigindo assim uma maior aproximação entre essas esferas.
Com relação às interações entre empresa-universidade e governo-empresa, a pesquisa também chegou a resultados otimistas, onde na maioria dos casos houve interações positivas neste aspecto. No entanto, nessas relações viu-se que em uma das regiões a mesma foi classificada como fraca. Isso devido aos contatos limitados entre alguns atores, e também a falta de um suporte gerencial mais efetivo por parte do governo e da universidade junto à empresa analisada no estudo de caso.
Esse fato pode ser explicado, pois no Brasil não é prática comum para a maioria das empresas a busca de informações e apoio em instituições do governo e universidades, muitas empresas acabam recorrendo a outras instituições.
Assim, nos estudos percebe-se a forte participação do SEBRAE como fomentador ao empreendedorismo e desenvolvimento econômico, prestando suporte gerencial e administrativo para os empreendedores através de suporte técnico e capacitações. Dos oito estudos analisados, sete citaram o SEBRAE como importante apoiador para desenvolvimento das empesas e prestação de consultorias.
O presente trabalho não tem como objetivo esgotar o assunto pesquisado, dessa forma, recomenda-se novas pesquisas buscando melhor entender a aplicação desse modelo de inovação e desenvolvimento econômico nas diversas regiões e empresas do Brasil. Por fim, espera-se com a realização deste trabalho ampliar as fronteiras do conhecimento acerca do tema e contribuir para o aumento de informações para pesquisas futuras.
ALMEIDA, Márlon Luiz de; SILVA, José Luís Gomes da; OLIVEIRA, Edson Aparecida de Araujo Querido. "A inovação como fator de desenvolvimento regional", Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, Taubaté, v. 3, n. 10, p.314-350, set. 2014. Quadrimestral. [Acesso em: 05 dez. 2014]. Disponível em: http://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/1483/406
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1. Mestrando da Universidade Federal de Santa Catarina/PPGTI/ Email: jones@ifsc.edu.br
2, Doutora em Engenharia de Produção, Professora do Mestrado da Universidade Federal de Santa Catarina/ PPGTIC. Email: simone.bilessimo@ufsc.edu.br
3. Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina/ PPGTIC. Email: paulo.esteves@ufsc.edu.br
4. Mestrando da Universidade Federal de Santa Catarina/PPGTI. Email: cristianem.v@hotmail.com