Espacios. Vol. 36 (Nº 06) Año 2015. Pág. 9
Isabella Tamine Parra MIRANDA 1; Lincoln TUTIDA 2; Luiz Alberto PILATTI 3
Recibido: 28/10/14 • Aprobado: 13/12/14
5 Considerações Finais e Sugestões
RESUMO: |
ABSTRACT: |
A responsabilidade social e ambiental é um conceito ético que envolve mudanças nas condições de bem-estar e está ligada às dimensões sociais das atividades produtivas e suas ligações com a qualidade de vida na sociedade. Portanto, consubstancia-se na relação entre a empresa e seu ambiente de negócios. (Donaire, 1999). Considerando as relações entre a empresa, cooperativa e o ambiente, o ambiente ajuda a determinar as alternativas que influirão nas decisões organizacionais e ao mesmo tempo, afeta o sistema de valores.
Este fato é que torna tão importante para o administrador a posse de um aguçado senso de responsabilidade social, as atividades das organizações afetam as condições da comunidade onde se localizam e a espécie de civilização urbana que ela possui. Seguindo esse pensamento Tachizawa (2007) afirma que responsabilidade social relaciona-se ao conceito da governança corporativa e da gestão empresarial em situações cada vez mais complexas, nas quais questões ambientais e sociais são crescentemente mais importantes para o êxito e a sobrevivência nos negócios.
A cooperativa em questão demonstra preocupação com a sua comunidade buscando formas de desenvolver as pessoas do meio em que está inserida assim como beneficiar o meio ambiente através de seus projetos sociais e ambientais.
Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada com a intenção de mostrar o quanto é importante dentro de uma cooperativa os programas de responsabilidade social e ambiental tanto para a comunidade beneficiada como para a cooperativa que além de ajudar a população tem seu marketing desenvolvido positivamente. Bem como, demonstrar a importância dos investimentos em responsabilidade social como estratégia de marketing de divulgação de projetos sociais e ambientais e seus resultados percebidos pela comunidade local.
Neste trabalho utilizou-se como método de pesquisa o descritivo exploratório. Foi utilizado uma abordagem quantitativa e qualitativa de pesquisa, ou seja o método misto. A instituição pesquisada foi uma cooperativa agroindustrial da região de Maringá, no Estado do Paraná. Como amostra definiu-se um dos municipios de sua atuação abrangendo como foco os cooperados que tiveram as minas de água da propriedade recuperadas, e os demais cooperados que não participaram do projeto supracitado e por fim a população desta região. O levantamento de dados foirealizado por meio de questionários estruturados com questões fechadas, respondidos pelos cooperados da cooperativa e pela população da região em questão e para o responsável da Cooperativa um protocolo de pesquisa fora aplicado no intuito de aprofundar as questões sobre os programas sociais e ambientais.O período de coleta de dados foi de setembro a outubro de 2013.
A cooperativa é uma organização constituída por membros de determinado grupo econômico ou social, que objetiva desempenhar em benefício comum, determinada atividade. São pessoas que se unem livre e voluntariamente através de esforço e da ajuda mútua para satisfazerem suas necessidades, prestam serviços a seus associados e á comunidade, sem objetivo de lucro, sendo administrada democraticamente por seus membros.
Segundo Domingues (2002) a forma cooperativa de atuação pode ser traduzida como um conjunto de ações simultâneas e integradas entre grupos de pessoas com um só propósito econômico ou profissional, ausente do propósito lucrativo, com assento em valores como ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade, honestidade, transparência, solidariedade e responsabilidade social.
A cooperativa que tem interesse econômico, essa é a primeira razão para sua existência. Combatendo pela obtenção dos melhores resultados materiais para o quadro social. Pois se ela existisse só por ideais abstratos, não se sustentaria.O objetivo da cooperativa é satisfazer os associados.
A lei nº5.764 de 16 de dezembro de 1971, que define a política nacional de cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e das outras providências. Entretanto, segundo Domingues (2002) o fato de a lei nº 5.764/71 dispor que as cooperativas não estão sujeitas á falência, não as livra das dificuldades financeiras muitas vezes oriundas da má administração e fiscalização.
Segundo Dias (2009) as empresas são as responsáveis principais pelo esgotamento e pelas alterações ocorridas nos recursos naturais, de onde obtêm os insumos que serão utilizados para obtenção de bens que serão utilizados pelas pessoas.São poucas as empresas que se preocupam com o meio ambiente, e as poucas, se preocupam por ser uma exigência dos órgãos governamentais não para assumirem uma postura de responsabilidade social e ambiental.
Segundo Barbieri (2004) os problemas ambientais provocados pelos humanos decorrem do uso do meio ambiente para obter os recursos necessários para produzir os bens e serviços que estes necessitam e dos despejos de materiais e energia não aproveitados no meio ambiente. É comum apontar a revolução industrial como um marco importante na intensificação dos problemas ambientais. A maior parcela de emissões ácidas, de gases de estufa e de substâncias tóxicas resultam das atividades industriais em todo o mundo. O lixo gerado pela população cada vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos industriais.
Para Tachizawa (2007) em face das mutantes e crescentes expectativas de clientes, de fornecedores, do pessoal interno e dos gestores, a empresa do futuro tem de agir de forma responsável em seus relacionamentos internos e externos. Os novos tempos caracterizam-se por uma rígida postura dos clientes, voltada a expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável.
Ou seja, a questão ambiental está se tornando matéria obrigatória das agendas dos executivos da empresa(Donaire 1999). A globalização dos negócios, a internacionalizaçãodos padrões de qualidade ambiental descritos na série ISO 14000, a conscientização crescente dos atuaisconsumidorese a disseminação da educação ambiental nas escolas permitem antever que a exigência futura que farão os futuros consumidores em relação á preservação do meio ambiente e á qualidade de vida deverão intensificar-se.
As organizações deverão começar a incorporar a variável ambiental em seu meio de trabalho, e nas tomadas de decisões da empresa, além de manter uma postura responsável de respeito a questão ambiental. Isto exige uma nova attitude dos empresário e administradores no sentido de considerar a questão do meio ambiente em suas decisões.(Donaire,1999;Barbieri, 2004). Mesmo isso envolvendo aumento nos custos, entretanto muitas empresas vem demonstrando que é possível ganhar dinheiro e proteger o meio ambiente.
Neste pensamento as empresas devem lançar mão de estratégias integrando as questões ambientais a seus processos decisórios, protegendo o meio ambiente e agindo com responsabilidade social.
Segundo Barbieri (2004) os objetivos e as metas devem ser compatíveis com a política ambiental, incluindo o comprometimento com a prevenção da poluição.Donaire (1999) acrescenta que essa influência externa, que repercute na estratégia organizacional, caracteriza-se pelas exigências da legislação ambiental, que passaram a estabelecer normas de atuação que resultaram em repercussões em nível interno nas organizações interessadas em equacionar seus problemas ambientais.
Uma estratégia bem formulada ajuda a organizar e alocar os recursos de uma organização em uma postura única e viável, baseada em suas competências e deficicências internas relativas, mudanças antecipadas no ambiente e movimentos contingentes por parte dos oponentes inteligentes.(MINTZBERG,2006).Para que as estratégias obtenham sucessose faz necesario traçar um planejamento, alcançando assim as metas desejadas de forma eficaz e fetiva, concentrando da melhor maneira os esforçoes e os recursos das empresas.(OLIVEIRA 2002).
Mintzberg (2006) define que o plano estratégico pode ser geral ou específico. Um plano estratégico também pode ser um pretexto, realmente apenas uma "manobra" específica para superar o oponente ou concorrente. Uma corporação pode ameaçar expandir a capacidade da fábrica para desencorajar um concorrente de construir uma nova fábrica. Aqui o plano estratégico é real, é a ameaça, não a expansão em si, como tal, é um pretexto.Neste processo o conceito de marketing se insere como elemento chave para atingir as metas organizacionais. Mcdonald (2004) afirma que o marketing é um processo de compatibilização entre as capacidades de uma empresa e os desejos de clientes.
Para realização do marketing numa empresa demonstra que são necessários vários estudos, pois o marketing não acontece de forma banal, o mesmo tem a necessidade de planejamento mínuciosos, estudos de público alvo, um marketing com impacto necessita de investimentos os quais as empresas não devem pensar em poupar custos. (Kotler, 1998)
Segundo Kotler e Armstrong (2007) a função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios, é lidar com os clientes, talvez a função mais simples do marketing seja administrar relacionamentos lucrativos com o cliente, tendo como os dois principais objetivos atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, e manter e cultivar os clientes atuais, propiciando-lhes satisfação.
A atividade de marketing compreende uma séries de atividades que tem por objetivo viabilizar a chegada do produto acabado ao consumidor final.(DONAIRE 1999) Na atualidade, os fatores ambientais tem ganho importância na avaliação da estratégia de marketing da organização, pois as alterações da legislação ambiental, cada vez mais rigorosas e a crescente conscientização ambiental da sociedade e dos consumidores, tem feito surgir riscos potenciais e novas oportunidades de comercialização de bens e serviços que devem ser adequadamente avaliadas para garantir a competitividade da empresa e preservar sua imagem e responsabilidade social.
Segundo Dias (2009) as preocupações ambientais vêm assumindo gradativamente maior importância junto aos consumidores que passam a procurar produtos e serviços que incorporam a variável ecológica. Nesse sentido, as empresas tem procurado manter um posicionamento favorável junto aos consumidores, em relação aos seus concorrentes, e para tanto utilizam de estratégias de marketing voltadas para a utilização do meio ambiente como variável competitiva.
Segundo Kotler (1998) afirma que no clima dos negócios de hoje, as empresas devem assumir cada vez mais a responsabilidade pelo meio ambiente. No passado, uma indústria química podia expelir fumaça e eliminar dejetos que poluiam a água e o solo sem muita responsabilidade.
Para Neves e Castro (2007) marketing ambiental é um sistema que envolve a produção de um produto ou serviço em todo o seu ciclo de vida é o conjunto de regras de transmissão de conhecimento e informação para os cidadãos que realmente mostrem conceitos de comprometimento corporativo, governamental ou não, com a sustentabilidade do meio ambiente no longo prazo, minimizando impactos e unindo interesses ambientais globalizados.
O reconhecimento das forças ambientais que agem sobre uma organização é de importância estratégica para transformar problemas em oportunidades de crescimento. (COBRA,1992) A administração de marketing deve estar permanentemente orientada para monitorar o meio ambiente com o objetivo de descobrir novas oportunidades, desenvolver vantagens competitivas e sustentar o crescimento.
No setor rural o trabalho de marketing ambiental é feito por meio de entidades, cooperativas e associações de classe ou mesmo por uma combinação entre governo e órgãos representantes de segmentos produtivos. (TEJON E XAVIER 2009).
Dias (2009) aborda que o papel das organizações está mudando, ainda lentamente, mas com rumo definido para uma maior responsabilidade social, inserindo-se como mais um agente de transformação e de desenvolvimento nas comunidades, participando ativamente dos processos sociais e ecológicos que estão no seu contorno e procurando obter legitimidade social pelo exemplo, e não mais unicamente pela sua capacidade de produzir. Ao seu papel econômico, que continua fundamental, agrega-se outro que assume conscientemente, maior responsabilidade social, onde se inclui a perspectiva ambiental.
Para Donaire (1999) a responsabilidade social, como é chamada com frequência, implica um sentido de obrigação para com a sociedade. Esta responsabilidade assume diversas formas, entre as quais se incluem proteção ambiental, projetos filantrópicos e educacionais, planejamento da comunidade, equidade nas oportunidades de emprego, serviços sociais em geral, de conformidade com o interesse público.
Ainda para Donaire (1999) as empresas tem que contribuir com a sociedade de alguma forma, através de projetos sociais, ambientais, pois deve isso a comunidade por ter a liberdade de existir e trabalhar pelo seu objetivo.
Segundo Tachizawa (2007) responsabilidade social relaciona-se ao conceito da governança corporativa e da gestão empresarial em situações cada vez mais complexas, nas quais questões ambientais e sociais são crescentemente mais importantes para o êxito e a sobrevivência nos negócios.
Segundo Donaire(1999) os projetos ambientais estabelecem as atividades a serem desenvolvidas, a sequência entre elas, bem como quem são os responsáveis pela sua execução. Devem possuir dinamismo e flexibilidade suficientes para se adaptar a mudanças que podem ocorrer tanto no seu ambiente imediato quanto no seu ambiente futuro.
No Brasil, a Abiquim – Assoc. Bras. Ind Quimica (1998) propõe aos seus associados o Programa Atuação Responsável, adotado oficialmente a partir de 1992. Porém, a partir de 1996 a maneira mais adequada de estabelecer um programa de gestão ambiental para a empresa é obedecer ás normas ISSO 14001 e 14004 da ABNT que especificam diretrizes para o sistema de gestão ambiental.
O Projeto Ambientaldeve estar constituído de planejamento ambiental que apresente diretrizes que não estejam somente preocupados com os aspectos legais, mas sim com práticas de melhorias ambientais, que viabilizem inclusive uma postura no mercado constituído por empresas sérias e capazes de atuar mediante a filosofia inovadora de atividades produtivas(VALLE, 1995).Para isto é preciso desenvolver um sistema de gestão ambiental que integre o controle de poluição industrial e higiene e segurança do trabalho.
Segundo Castro (1996) a partir de um Sistema de Gestão Ambiental a empresa passa a incentivar a reciclagem, buscar matérias-primas e processos produtivos menos impactantes, passando a racionalizar o uso de recursos naturais renováveis e não-renováveis. Dessa forma, a implantação de programas ambientais, poderá possibilitar o desenvolvimento de processos produtivos mais limpos, bem como de produtos menos nocivos ao meio ambiente, contribuindo com isso, para o desenvolvimento sustentável.
Do ponto de vista econômico, as empresas devem ser economicamente viáveis, ou seja, dar retorno ao investimento realizado pelo capital privado. Do ponto de vista social a empresa deve proporcionar aos seus empregados as melhores condições de trabalho contemplar a diversidade cultural que existe na sociedade, e participar ativamente das atividades socioculturais. Do ponto de vista ambiental, deve a organização optar por uma produção mais limpa, ter condições para o desenvolvimento de uma cultura ambiental organizacional.
De acordo com Carrieri (1999) a gestão ambiental tem se configurado como um ponto de estrangulamento nas estratégias organizacionais nos últimos anos. Entretanto a preservação do ambiente natural tem recebido crescente reconhecimento enquanto e entendido como importante elemento na busca de competitividade. São considerados indicadores de resultado do desempenho ambiental o tipo e a quantidade de materiais usados no sistema produtivo, o tipo e a quantidade de lixo e outros produtos potencialmente poluentes produzidos, as fontes de energia, entre outros.
Não há conflito entre lucratividade e a gestão ambiental com responsabilidade social, ambas podem harmonizar-se na prática atingindo resultado.(TACHIZAWA,2002). Observa-se que o novo contexto econômico caracteriza-se por uma rígida postura de clientes, voltada a expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável.
Para Araújo et al (2006) os resultados econômicos, ambientais e sociais conduzem a empresa a um nível ótimo de produção a tornando sustentável, pois além dos resultados econômicos se preocupa com os resultados ambientais e sociais, desta forma a sustentabilidade empresarial surge como uma forma de conduzir seus processos produtivos, focando em resultados que permitam uma nova perspectiva em relação à responsabilidade social.
Fundada na decada de 60, com mais de 5 mil cooperados, e unidades espalhadas em mais de 20 municípios do Paraná e Goiás, a cooperativa mantém sua área de ação mais de 30 unidades, sendo 28 entrepostos que dispõem de uma vasta linha de insumos, necessários desde o plantio até a colheita.
A Cooperativa X, consciente da necessidade e da importância de ações socioambientais e cumpridora de sua missão como cooperativa, desenvolve programas ambientais e sociais nos mais de 20 municípios em que atua, no Paraná e em Goiás. Por meio de adoção e disseminação de conceitos e ferramentas de responsabilidade social na sua gestão, contribui para o desenvolvimento das comunidades, com a preservação do meio ambiente e a consciência cidadã dos moradores destas localidades e do público com que se relaciona. Essa política reflete diretamente na mudança de comportamento de seus colaboradores, cooperados, na comunidade e na sociedade como um todo.
Dessa forma, a cooperativa definiu há algum tempo, como focos de sua política socioambiental, algumas áreas distintas, mas interligadas: meio ambiente, educação e comunidade, dentro das quais desenvolve projetos e realiza ações transformadoras.
A cooperativa, realiza parcerias com entidades como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE), contratando alunos para produzir mudas nativas para distribuir aos seus cooperados. Além da preocupação com as matas ciliares, a cooperativa desenvolveu projetos no sentido de recuperar e preservar as nascentes localizadas propriedades de deus cooperados.
A questão da reciclagem foi outro aspecto observado na cooperativa, por isso elaborou um projeto que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados pela cooperativa e colaboradores. Com isso, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de alimentos). Esta ação contribui para a preservação do solo e de rios, bem como gera renda, a qual é destinada a entidades assistenciais do município, beneficiando ao meio ambiente e a comunidade local. Além disso houve também uma atenção maior com as embalagens dos agrotóxicos ,por esta razão, a cooperativa realiza a coleta itinerantes destas destinando o fim mais adequado as mesmas.
Sobre a responsabilidade social a cooperativa oportuniza estágio remunerado a jovens de 16 a 18 anos, os quais são contratados pela cooperativa em regime de estágio remunerado por até dois anos. A iniciativa possui programação eorientação pré estabelecidas. Para ter essa oportunidade, os alunos devem estar cursando o ensino médio e serem indicados por instituições de ensino da área da cooperativa. A renda familiar do estudante, que não deve ultrapassar três salários mínimos, é um dos critérios para a seleção dos alunos pelas instituições.
Além dos conhecimentos adquiridos durante a rotina de trabalho, os jovens aprendizes também participam de treinamentos direcionados ao crescimento profissional e pessoal. Aos sábados, ainda participam de um curso do Programa de Aprendizagem para Serviços do Departamento Administrativo, tendo as aulas ministradas na em uma instituição de ensino superior.
A integração coopertiva e comunidade, também se dá por meio do desporto. . Os participantes deste projeto praticam esportes, assistem a palestra e recebem atendimento médico, odontológico, fonoaudiológio e nutricional.
A cooperativa promove campanha de arrecadação de alimentos não-precíveis que são destinados a entidades assistenciais e educacionais das próprias localidades em que foram recolhidos. Com isso, o benefício vai para a própria comunidade. Ainda para levar alegria e esperança a crianças carentes, o projeto também passou a arrecadar brinquedos em eventos promovidos pela cooperativa. Desde então, cooperados, familiares, colaboradores e parceiros da cooperativa colaboram fazendo doações de brinquedos durante todo o ano, os quais serão entregues a crianças pelo Papai Noel, em entidades assistenciais e educacionais, além de comunidades carentes, ás vésperas do natal.
A cooperativa ainda mantém parcerias com instuições de ensino superior para oportunizar o apoio financeiro à graduação e extensao universitária a seus colaboradores, cooperados e dependentes. Esta também estabeleceu parcerias com instituiçoes de educação infantil gerando mais tranquilidadepara colaboradores da Sede e das indústrias da cooperativa, que podem matricular filhos em escolas com a garantia de ensino enquanto exercem sua jornada de trabalho.
A pesquisa de campo do presente trabalho foi realizada em quatro fases, a primeira sendo qualitativa a qual foi executada uma entrevista com o gerente do setor de Meio Ambiente da Cooperativa, a segunda pesquisa de cunho quantitativo foi realizada com os cooperados que participaram de um determinado projeto da cooperativa, a terceira também de cunho quantitativo foi realizada com os cooperados que ainda não participaram do mesmo projeto da cooperativa e por fim a quarta pesquisa que também foi quantitativa realizada com a população de uma das cidades onde a cooperativa atua visando mensurar o conhecimento sobre os projetos e sobre sua divulgação, e também os resultados que são atingidos pelos projetos Sociais e Ambientais desenvolvidos pela cooperativa.
De acordo com o gerente de meio ambiente da cooperativa, esta investe 0,40% do faturamento total em projetos sociais e ambientais. Acreditam que este investimentos vão além das suas atribuições e que se fossem efetivados pelo setor público certamente teriam uma amplitude maior. Em relação a divulgação dos trabalhos, acreditam que esta ocorre em coerência com os objetivos propostos, os efeitos e os reflexos positivos são um efeito natural, não é o foco do trabalho. É importante que a população em geral saiba que a cooperativa investe em projetos para que todos tenham benefícios. Avaliam que a divulgação realizada está adequada, ou seja, a divulgação dos trabalhos desenvolvidos devem ser consequência do próprio trabalho e das pessoas, instituições e comunidades alcançadas por estes.
A segunda etapa da pesquisa foi realizada entre os cooperados . Cerca cem participantesforam entrevistados, todos do sexo masculino.Mais da metade destes entrevistados tinham entre 51 a 70 anos.A porcentagem do grau de escolaridade dos entrevistados foi de 48% dos participantes com ensino fundamental, 43% ensino médio e 9% ensino superior.A quantidade de tempo que os entrevistados são sócios da cooperativa variou de 29% eram de1 a 5 anos, 18% de 6 a 10 anos, 39% de 11 a 20 anos, 8% de 21 a 30 anos e 6% eram sócios a mais de 31 anos. Destes 32% acham a cooperativa ótima e 68% boa.Dos entrevistados 79% acham que a cooperativa contribui muito para o município, 20% pouco e 1% acha que contribui razoavelmente.
Questionados se ocorreu alguma evolução na propriedade depois de serem sócios da cooperativa 76% dos entrevistados disseram que muito, 13% pouco e 11% disseram que houve uma evolução razoável. Dos entrevistados 14% tinham muito conhecimento sobre os projetos e 86% tinham pouco conhecimento. Dentre os entrevistados 68% concordam totalmente, 15% concordo parcialmente e 17% sem opinião. Dos entrevistados 89% disseram que concordam totalmente, 4% concordam parcialmente e 7% sem opinião. Dentre todos os cooperados entrevistados 99% concordam totalmente com a forma de divulgação do projeto de recuperação e preservação das nascentes e 1% concorda parcialmente.
Dos entrevistados que participaram do projeto de recuperação das minas de água, todos concordam totalmente com a maneira que é realizada o projeto. Bem como todos também concordam em sua totalidade que o projeto é muito importante para a vida das pessoas.Dentre os entrevistados 23% tiveram o projeto realizado na sua propriedade entre 1 a 6 meses, 17% entre 7 a 12 meses, 35% entre 13 a 18 meses e 25% entre19 a 24 meses.
Dos entrevistados todos responderam que houve muita melhora na água de sua mina depois de restaurada pelo projeto. Em sua totalidade concordam que estão contribuindo muito para preservação do meio ambiente e dos recursos hídrico, bem como todos perceberam um aumento considerável no volume da água.E acreditam que todos os proprietários rurais devem se preocupar com a responsabilidade ambiental.
A terceira pesquisa de cunho quantitativo realizada para levantar os números coerentes ao objetivo do trabalho, foi realizada uma pesquisa com questionário de perguntas fechadas respondidas por cem cooperados que ainda não tinham participado do projeto de recuperação e preservação das nascentes, sendo assim, segue abaixo os dados da pesquisa.
Dentre 100 cooperados entrevistados 87% homens e 13% mulheres.As faixas etárias estão entre 18 a 30 anos, 13% de 31 a 40 anos, 40% de 41 a 50 anos, 35% de 51 a 70 anos, 10% e acima de 71 anos 2%.O graude escolaridade dos entrevistados foi de 15% tinham ensinofundamental, 50% ensino médio, 30% ensino superior e 5% pós – graduados.A quantidade de tempo que os cooperados entrevistados são sócios da cooperativa variou de 22% eram 1 a 5 anos, 28% de 6 a 10 anos, 30% de 11 a 20 anos, 14% de 21 a 30 anos e 6% eram sócios a mais de 31 anos.
Deste grupo de entrevistados 49% responderam que acham a cooperativa ótima, 50% boa e 1% regular. Dentre os entrevistados 89% acham que a cooperativa contribui muito para o município e 11% acham a contribuição razoável. Em relação a evolução da propriedade,50% dos entrevistados disseram que muito, 20% pouco, 29% razoável e 1% disse que não houve evolução.
Dos cooperados entrevistados 85% responderam ter pouco conhecimento sobre os projetos e 15% responderam ter muito conhecimento sobre os projetos sociais e ambientas da cooperativa.
Dos entrevistados 60% concordam totalmente com a divulgação dos projetos, 32% concordam parcialmente e 8% sem opinião.
Dentre os cooperados entrevistados 99% responderam que concordam totalmente que o projeto poderia ser realizado para toda a população e que a cooperativa está melhor por desenvolver esses projetos sociais e ambientais. Como esse questionário foi aplicado em cooperados que não participaram do projeto, quando foram questionados se gostariam de participar, todos responderam que sim.
A quarta e última pesquisa também quantitativa, onde foi realizada com o uso de um questionário de perguntas fechadas respondidas por 100 (cem) pessoas da população da região de Maringá no Estado do Paraná. Segue abaixo os dados da pesquisa seguida de suas exemplificações.
Dentre a população entrevistada 57% eram mulheres e 43% homens.As faixas etárias estão entre 18 a 30 anos, 20% de 31 a 40 anos, 38% de 41 a 50 anos, 26% e de 51 a 70 anos, 16%.O grau de escolaridade dos entrevistados foi de 38% de ensino fundamental, 33% de ensino médio, 21% de ensino superior e 8% pós – graduados.
Dos entrevistados 4%residemna região a menos de 5 anos, 27% de 6 a 15 anos, 39% de 16 a 25 anos, 14% de 26 a 40 anos e 16% residem a mais de 41 anos. Questionados se concordam que a cooperativa traz benefícios, 21% responderam que concordam totalmente, 48% concordam parcialmente e 31% preferiram não opinar. Questionados sobre o conhecimento dos projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela cooperativa, 63% dos entrevistados responderam ter pouco conhecimento e 37% responderam ter nenhum conhecimento.
Questionados se concordam com a divulgação dos projetos da cooperativa, 29% responderam que concordam parcialmente, 33% discordam parcialmente, 27% não opinaram e 11% discordam totalmente.
Durante a pesquisa foi explicado para os entrevistados o projeto ambiental da cooperativa, que este é um projeto que faz a recuperação e preservação das nascentes dos cooperados, entendendo o projeto, 49% dos entrevistados concordam totalmente que o projeto é muito importante para o meio ambiente e para a saúde das pessoas, 38% concordam parcialmente e 13% não quiseram opinar.
Dos entrevistados 100% concordam que o projeto poderia ser realizado para toda a população, que assim todos seriam beneficiados com esse projeto,e que até o momento é realizado somente nas nascentes das propriedades de cooperados.
Questionados sobre qual o método de divulgação atingiria toda a população sobre os projetos sociais e ambientais da cooperativa, dos entrevistados 48% responderam que a forma de divulgação melhor seria a mídia, 28% responderam folder, 14% exposições e 10% responderam que a população teria mais acesso a tabloides. Questionados sobre qual os meios de divulgação tiveram conhecimento sobre projeto recuperação e preservação das nascentes, 97% dos entrevistados responderam que nenhum e 3% responderam que já presenciaram exposições sobre o projeto.
Com base nas pesquisas constatou-se que a cooperativa é entendida pelos seus cooperados e pela maioria da população do município como uma cooperativa que cumpre a sua missão social, fato que segundo Martins (2008), é o objetivo da cooperativa satisfazer os associados tendo sempre uma finalidade social.
Portanto 90% dos seus cooperados afirmam ter tido evolução em sua propriedade após sua participação na cooperativa. E baseado nas respostas dos questionários dos entrevistados sendo entre eles cooperados e parte da população do município, 90% deles acreditam ser muito importante a responsabilidade social e ambiental tanto para o meio ambiente como para as pessoas. E ainda 90% dos cooperados e 80% da população entrevistada concordam que a cooperativa contribui muito para o município desenvolvendo seus projetos sociais e ambientais entre a sociedade, confirmando o que diz Dias (2009), descrevendo que a evolução das empresas em relação a responsabilidade social e ambiental ocorreu com o crescimento da preocupação em toda sociedade.
Embora que na divulgação de seus projetos de responsabilidade social e ambiental a cooperativa esteja sendo falha, pois mesmo seus cooperados que são o seu público alvo, como demonstra o estudo que 90% deles tem pouco conhecimento sobre os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela cooperativa, e consequentemente 63% da população possui pouco conhecimento e 37% nenhum conhecimento, já que deveriam conhecer, pois também são beneficiadas pelos projetos sociais e ambientais da cooperativa.
Outro aspecto que merece ser descrito é que 100% da população entrevistada considera que os meios de divulgação dos projetos sociais e ambientais da cooperativa não abrange a população no geral, a maioria considera que a forma de divulgação que poderia atingir a maior parte da população seria a mídia.E também consideram importante a população ter conhecimento desses projetos sociais e ambientais, visto que o principal objetivo dos projetos seja a preservação do meio ambiente em prolda sociedade, e se bem divulgados trariam como consequência, resultados positivos para a cooperativa. Quanto aos cooperados, 60% dos entrevistados concordam com a forma de divulgação dos projetos sociais e ambientais da cooperativa, embora 90% deles tenham pouco conhecimento dos projetos sociais e ambientais da cooperativa, este fato confirma que salientou Donaire (1999), ou seja, na atualidade os fatores ambientais tem ganho importância na avaliação da estratégia de marketing da organização.
Em relação ao projeto ambiental em questão obteve um resultado positivo de 100% pelos cooperados.E através da pesquisa constatou-se que todos os entrevistados consideram que esse projeto contribui muito para o meio ambiente e principalmente para a saúde das pessoas que podem usufruir dele, e ainda 100% dos cooperados entrevistados acreditam que com o projeto estão preservando o meio ambiente e os recursos hídricos, pois, dos entrevistados que participaram do projeto, todos afirmam ter tido um aumento e uma melhora de 100% na qualidade da água. Consideram que esse projeto poderia ser realizado para todos, pois todos merecem ter os beneficíos que o projeto causa na vida das pessoas.
O trabalho é limitado a esta questão e é necessário mais estudos para melhor aprofundamento dos pontos estudados.
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1. Profa. Adm. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), do campus Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Professora efetiva na Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN-UNIMAN). E-mail: professoraisabella@gmail.com.
2. Prof. Adm. Mestre em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professor efetivo na Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN-UNIMAN). E-mail: lincoln2502@gmail.com
3. Prof. Dr. Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), do campus Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. E-mail: lapilatti@utfpr.edu.br