1. Introdução
Há muito a literatura especializada procura salientar a importância das organizações analisarem e entenderem seu ambiente. Dill (1958) foi um dos primeiros autores a dar importância às influências do ambiente sobre a ação gerencial, posteriormente outros trabalhos também trataram desse assunto e, mesmo com enfoques diferentes sobre como o ambiente influencia as organizações, todos são unânimes em reconhecer a importância da relação ambiente e organização.
Chandler (1962); Emery e Trist (1965); Duncan (1972); Lawrence e Lorsch (1973) e Katz e Kan (1987) são autores que trabalharam com o enfoque de que as organizações são determinadas pelas ações do ambiente em que atuam. Para aqueles que entendem que as organizações são selecionadas pelo ambiente, por serem mais aptas, destaca-se o trabalho de Hanann e Freeman (1977). Nos estudos em que se preconiza que os administradores buscam entender seu ambiente e tomam decisões estratégicas que visem alcançar os recursos de que necessitam, foram notórios os trabalhos de Child (1972) e Pfeffer e Salancik (1978). Outros autores como Zucker (1987) e Powel e DiMaggio (1991) entendem que as pressões ambientais fazem, com o tempo, com que as organizações se pareçam iguais em um determinado ambiente. E os trabalhos que evidenciam que as organizações devem buscar modelos que as permitam garantir a congruência entre a estrutura, a forma de condução e os fatores contingenciais internos e externos, aparecem em Miles e Snow (1978); Milliken (1987); Miller e Dess (1993) e Mintzberg (1995).
Um trabalho muito referenciado nos estudos sobre a análise do ambiente é a tipologia desenvolvida por Duncan (1972). Salienta o autor que as incertezas nas tomadas de decisões dos gestores se caracterizam onde a probabilidade do resultado de determinado evento é desconhecido. Com base nessa posição, procurou medir as incertezas geradas pelo ambiente, facilitando o entendimento e as decisões dos gestores. Hall (1984) comenta que todos os elementos ou fenômenos que são externos à organização exercem alguma influência sobre ela, com maior ou menor intensidade, dependendo de como esse ambiente é percebido pelos administradores. Dessa forma, é preferível concentrar-se no ambiente e ter uma leitura mesmo que aproximada dos fatos, do que ter que se submeter às incertezas ambientais, até porque, segundo Cusumano e Markides (2002), é difícil de reverter as grandes decisões porque elas envolvem um sério comprometimento de capital e de pessoal, e uma vez que a empresa escolhe um caminho, mudar pode ser muito dispendioso, consumir muito tempo ou, até mesmo, ser impossível.
Se as condições do ambiente são incertas e não houver uma condução adequada dos processos organizacionais, as firmas correm o risco de não sobreviverem nesse ambiente (Jabnoun et al, 2003). Somados a isso, nota-se ainda, que independentemente do tipo de percepção adotada, as organizações estarão sempre diante de novas situações proporcionadas pelos ambientes e seus agentes. As diversas configurações do universo organizacional quer sejam, elas locais ou globais, assinalam Carrol e Buchholtz (2003), moldam-se com dinâmicas próprias, mas possuem implicações em diversos planos. Esses processos contínuos de mudanças insinuam uma escala maior de atividades e conseqüentemente novas responsabilidades para as organizações.
Tan e Tan (2005) investigaram, por doze anos, o ambiente e a adaptação estratégica em organizações chinesas concluindo que os comportamentos são moderados por estágios durante a transição pela qual as organizações passam e que, especificamente, as firmas mais jovens, são mais proativas que organizações mais antigas.
Ao examinar os pressupostos das teorias ambientais, traçando um quadro metafórico baseado nas dimensões da natureza do ambiente externo e o entendimento das contradições entre as teorias do ambiente e prática organizacional, Bataglia et al. (2009) verificaram que os gestores estavam bastante seguros, embora menos para responder com eficácia às mudanças ambientais do que para verificar os impactos sobre o setor e os efeitos específicos da mudança sobre a organização. A posição do autor sugere que o ambiente deve ser melhor entendido e, dessa forma, obter-se um melhor posicionamento frente a ele.
Por sua vez Frishammar (2006) salienta que muitos livros e artigos afirmam que o ambiente é importante para as organizações e merece muita atenção uma vez que ele influencia na sua forma de pensar, bem como nos seus resultados. Ainda assim, existe pouca concordância sobre o que é o ambiente e sobre a forma de compreendê-lo. O autor apresenta uma revisão das diferentes perspectivas de investigação sobre o ambiente enfocando as perspectivas: adaptativa, dependência de recursos, cognitiva e da ecologia das populações, sugerindo que a perspectiva adaptativa é a que proporciona uma melhor contribuição para o entendimento do ambiente, porém salienta que é mais prudente utilizar uma integração das características das diferentes perspectivas a fim de superar as limitações de um único modelo.
Portanto, após destacarmos a importância dos estudos da relação entre ambiente e organização, o artigo tem o seguinte problema de pesquisa: “Como os Administradores de Hotéis em Florianópolis-SC, classificados entre três e cinco estrelas, percebem o ambiente no qual estão inseridos?”
Assim, o presente artigo tem por objetivo verificar como os Administradores de Hotéis em Florianópolis-SC, classificados entre três e cinco estrelas, percebem o ambiente no qual estão inseridos.
O artigo está subdivido em cinco partes. A primeira apresenta a contextualização do tema e problema, a introdução. A segunda parte apresenta o referencial teórico ligado ao tema, ou seja, o ambiente organizacional. Na parte três, são relatados os aspectos metodológicos da investigação. Sendo que a quarta etapa do estudo trata da característica do ambiente na percepção dos Administradores de Hotéis, tendo por fim, a parte cinco, que descreve as considerações finais evidenciando os resultados gerados após a pesquisa.
2. O ambiente Organizacional
Para muitos autores (Lawrence; Lorsch, 1967; Miles; Snow, 1978; Miles; 1980; Hall, 1984; Katz; Kahn, 1987; Porter, 1992) é grande a importância das inter-relações entre organização e ambiente, o entendimento da dimensão dessas relações e o grau de influência que se estabelece entre ambos fizeram com que muitos deles procurassem estudá-las e entendê-las.
Lawrence e Lorsch (1967) ao referirem-se ao ambiente das organizações propõem que maneiras convencionais burocráticas de integração são adequadas, para ambientes relativamente estáveis, porém em ambientes turbulentos elas necessitam ser substituídas por outras formas, tais como equipes de projetos multidisciplinares e indicação de pessoal adequado e com habilidade de coordenação e resolução de problemas e conflitos.
Miles e Snow (1978) afirmam que toda a organização está inserida em uma rede de influências externas e relações que podem ser rotuladas como ambiente e que ele não é uma entidade homogênea, mas composta de uma combinação complexa de fatores como produto, mercado, costumes e práticas industriais, regulamentações governamentais e relações com fornecedores financeiros, de matéria-prima e de serviços.
Miles (1980) desenvolveu uma importante abordagem para o estudo do ambiente externo, cujo escopo baseia-se na distinção entre o ambiente geral e o ambiente específico. O ambiente geral é composto por todos os elementos do ambiente que são potencialmente relevantes para as organizações, tais como: condições tecnológicas, legais, ecológicas, políticas, econômicas, demográficas e culturais. O ambiente específico é composto por elementos que são explicitamente relevantes e estão diretamente em contato com as organizações, tais como: clientes, fornecedores, sindicatos, autoridades regulamentadoras, grupos de interesse público e associações de classe. Fazem parte do cotidiano organizacional e sofrem permanente análise e controle.
O ambiente, para Hall (1984), é considerado como todos os elementos e ou fenômenos que são externos à organização e a influenciam potencialmente ou raramente, afirma ainda o autor que as organizações são influenciadas pelas mudanças ambientais, exigindo novos padrões administrativos, novas estratégias e posicionamentos, de acordo com as contingências e que o ambiente geral é igual para todas as organizações, enquanto o ambiente específico varia em relação ao seu composto mercadológico, ou simplesmente, em relação aos produtos e aos mercados que a organização optou por atuar.
Katz e Kahn (1987), ao estudarem o ambiente, salientaram que o funcionamento organizacional precisa ser estudado sob a ótica das transações contínuas com o meio que o ampara, porque é a partir das interpretações dos fenômenos ambientais que a organização deverá adotar comportamentos de adaptação. Para Porter (1992) a relação entre a organização e o ambiente não é estática, o ambiente geral faz com que a organização varie, por exemplo, em relação a um fenômeno tecnológico (surgimento de uma nova tecnologia) ou legal (regulamentação ou desregulamentação de um setor), fazendo com que a mesma busque novos mercados ou produtos.
Segundo Machado-da-Silva e Fonseca (1993) as interdependências entre organização e ambiente, seriam mediadas por fatores que afetariam a percepção, a interpretação e o comportamento dos agentes organizacionais em relação às pressões contextuais. Corroborando com o estudo acima, Rossetto (1998) estudou o processo de adaptação estratégica de três empresas do setor da construção civil e percebeu que as ações das organizações, têm interdependência com a percepção que os seus gestores têm do ambiente no qual atuam.
Outras investigações confirmam a importância dos estudos sobre a relação entre o ambiente e a organização, entre tantos, pode-se citar os de Lewis e Harley (2001), que procuraram verificar a variação do nível de incerteza do ambiente percebido adaptando a escala PEU (incerteza do ambiente percebido) de Miller (1993). Esses autores pesquisaram o nível de incerteza do ambiente de gerentes de diversos setores no Reino Unido. Segundo eles, as conclusões genéricas da pesquisa, foram compatíveis com as encontradas por Miller (1993), pois os gerentes pesquisados demonstraram serem capazes de identificar as incertezas do ambiente e posicionar-se frente às novas adversidades que dele resultam.
Já o estudo de Calaça (2002), procurou identificar os processos de mudanças organizacionais, evidenciando as ações da coalizão dominante e das ações do ambiente em que a organização estava inserida. Concluiu o autor, que o ambiente externo da organização, é determinante no processo de mudanças e ajustes estratégicos e que a coalizão dominante tem papel fundamental na escolha das estratégias e do design organizacional.
Jabnoun et al (2003) desenvolveram trabalhos com enfoque na relação entre incerteza ambiental e as orientações estratégicas adotadas pelos administradores. Afirmam esses autores, que os negócios operam em um ambiente eternamente dinâmico e se adaptam a esse dinamismo ambiental por meio de uma variedade de orientações estratégicas, sendo elas o instrumento para a sobrevivência da empresa.
Estudos de investigação da influência do contexto nas organizações foram realizados por Bosquetti et al (2005), para tanto, subdividiu os contextos em mais amplos de caráter internacional e em contexto nacional pautado, sobretudo, pelas condicionantes políticas e em contextos regionais. Salientam os autores, que as pressões ambientais tendem a serem internalizadas pela organização e se manifestam em suas decisões estratégicas.
Gohr e Santos (2010) realizou estudos procurando investigar os processos de adaptação estratégica da organização, por meio do resultado conjunto dos efeitos ambientais e da intencionalidade gerencial associados aos aspectos institucionais.
Em investigação realizada no setor de provedores de internet, no estado de Santa Catarina, Gulini e Rossetto (2005) e Gulini et al (2008) utilizaram-se da tipologia de Duncan (1972) para a análise do ambiente e relacioná-la com o comportamento adotado pelos administradores. Percebe-se, portanto, que são inúmeros os enfoques dados aos estudos da relação entre o ambiente e a organização e todos salientam à sua maneira, a importância dessa relação.
Duncan (1972) contribuiu de forma significativa para o entendimento do ambiente. O ambiente, segundo as observações do autor, deve ser considerado como a totalidade de fatores físicos e sociais que são levados em consideração ao analisar-se o comportamento dos indivíduos nas tomadas de decisão. Duncan (1972) selecionou algumas características para mensurar as incertezas do ambiente, já que em seu entendimento a incerteza é conseqüência da falta de previsibilidade do resultado de um determinado evento. São três as características que possibilitam essa mensuração: 1) falta de clareza da informação sobre as causas da influência do ambiente sobre as tomadas de decisão; 2) longo período de tempo para suprimir a falta de conhecimento sobre as conseqüências de uma decisão, se ela estiver incorreta; e, 3) o desconhecimento geral das relações causais sobre os efeitos dos fatores ambientais na execução das funções organizacionais.
Duncan (1972) identificou duas dimensões ambientais no trabalho dos teóricos organizacionais Emery e Trist (1965) que possibilitam entender como a percepção das incertezas influencia no processo decisório. Essas dimensões foram definidas como a dimensão simples-complexo e a dimensão estático-dinâmico. Para o autor, a parte simples, da dimensão simples complexa, lida com o grau em que os fatores, no ambiente da unidade de decisão, são poucos em número e similares entre si, sendo encontrados em poucos componentes. A fase complexa indica que os fatores, no ambiente da tomada de decisão, são em grande número. A segunda dimensão, caracterizada como estático dinâmico indica o grau em que os fatores do ambiente interno e externo, da unidade de decisão, permanecem essencialmente iguais ou estão em processo contínuo de mudança com o passar do tempo. As dimensões Simples-Complexo e Estático-Dinâmico, identificadas por Duncan (1972), podem ser melhor entendidas no Quadro 1, abaixo.
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Simples |
Complexo |
Estático
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Campo 1
Percepção Reduzida da incerteza.
- Número pequeno de fatores e componentes no ambiente
- Os fatores e componentes são semelhantes entre si.
- Os fatores e componentes são basicamente os mesmos e não mudam
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Campo 2
Percepção moderadamente reduzida da incerteza.
- Grande número de fatores e componentes no ambiente
- Não há semelhança entre os fatores e componentes
- Os fatores e componentes permanecem basicamente os mesmos
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Dinâmico |
Campo 3
Percepção moderadamente elevada da incerteza.
- Reduzido número de fatores e componentes no ambiente
- Os fatores e componentes são similares entre si
- Os fatores e componentes mudam permanentemente.
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Campo 4
Elevada percepção da incerteza.
- Grande número de fatores e componentes no ambiente
- Os fatores e componentes diferem entre si.
- Os fatores e componentes mudam permanentemente.
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Quadro1: Dimensões ambientais
Fonte: Duncan (1972)
Os resultados encontrados por Duncan (1972) demonstram haver diferenças entre as dimensões estudadas. A dimensão estático-dinâmica é mais importante que a simples-complexa, no que diz respeito à contribuição para a incerteza. Salienta ainda o autor, que as unidades de decisão em ambiente dinâmico, lidam com uma incerteza maior nas tomadas de decisão sem, no entanto, se importar se o ambiente é simples ou complexo. Outro aspecto ressaltado pelo autor é de que, o grau de incerteza, de complexidade e de dinâmica do ambiente se altera de acordo com a percepção dos administradores havendo, portanto, variabilidade na sua incidência, considerando-se que os indivíduos diferem em suas percepções. Sendo assim, alguns indivíduos podem ter uma tolerância mais alta à incerteza, sendo que eles podem perceber as situações como menos incertas do que outros.
Mintzberg (1995), apoiando-se na metodologia de Duncan (1972), desenvolveu determinadas hipóteses em relação ao ambiente se comparadas às estruturas organizacionais. Conclui o autor que, o ambiente simples e estável facilita o aparecimento de estruturas burocráticas centralizadas; o ambiente complexo e estável leva a estruturas que são burocráticas, porém descentralizadas; no ambiente simples a organização exige a flexibilidade da estrutura orgânica; quando o ambiente é dinâmico e complexo, a organização deve descentralizar a favor dos gerentes e especialistas. (MINTZBERG, 1995). Não era objetivo desse trabalho, identificar as estruturas organizacionais dos hotéis, o que poderia ser realizado no futuro para testar a hipótese de que, aqueles que percebem o ambiente dinâmico-complexo adotam estruturas mais descentralizadas do que aqueles que percebem o ambiente como estático-simples.
Para responder ao objetivo proposto neste artigo, utilizou-se do modelo de Duncan (1972) pela facilidade de operacionalização e validação do instrumento em vários estudos já realizados. Realizou-se estudos (DUNCAN, 1973; DUNCAN; WEISS, 1979; DUTTON; DUNCAN, 1983) sobre as características do ambiente organizacional, relacionando-o com a percepção de incerteza por parte dos decisores em empresas manufatureiras, validando assim a metodologia.
3. Metodologia
Esta pesquisa se caracteriza como um estudo quantitativo do tipo survey, sendo que quanto aos fins ela se caracteriza como descritiva. Sua população é de 22 hotéis situados em Florianópolis-SC, classificados entre três e cinco estrelas. Esse estudo faz parte de uma pesquisa maior, que contempla os comportamentos estratégicos adotados pelos Administradores desses Hotéis.
Ao referenciar o uso de uma determinada tipologia na realização de uma pesquisa, Hambrick (1984) salienta que ela busca concentrar o foco e melhor relacionar as variáveis encontradas e que a importância da utilização de tipologias está na redução do vasto leque de combinações que um pesquisador teria que considerar. Segundo o autor, as categorias de uma tipologia representam caracteres gerais que definem um pacote de atributos, ou seja, uma vez identificada, cada variável pode ser testada e expandida por pesquisadores que tendem revelar sua preferência por um determinado conjunto dessas variáveis.
Os dados foram coletados por meio de questionário, com questões fechadas, o que permitiu o acesso às informações necessárias para a consecução deste trabalho. Um questionário deve, segundo Malhotra (2001), possibilitar o entendimento das questões devendo, para isso, ter forma e vocabulário adequados aos propósitos da mensuração, e a medida deve representar a substância ou o conteúdo do que se quer medir. O preenchimento do questionário foi feito por 23 Administradores de Hotéis, profissionais que poderiam responder sobre o ambiente organizacional adotado pelos Hotéis de Florianópolis-SC, hotéis que possuíam uma classificação entre 3 e 5 estrelas, foco do estudo. Um pré-teste foi realizado antes da realização da pesquisa definitiva, para validação do mesmo. Utilizou-se nessa fase, do conhecimento de professores e funcionários da Universidade, pessoas que possuíam conhecimento sobre o ambiente organizacional dos hotéis pesquisados. A pesquisa foi realizada entre os meses de março a novembro de 2007, pelos próprios pesquisadores.
O questionário aplicado, que abrange a percepção dos Administradores num período de cinco anos, apresenta o levantamento da percepção ambiental utilizando-se do modelo adaptado de mensuração de ambiente apresentado na tipologia de Duncan (1972).
O modelo de Duncan (1972) classifica as dimensões do ambiente em: simples-complexo e estático-dinâmico. A primeira dimensão simples-complexo, avaliado por meio da intensidade, apresenta-se como uma escala que vai desde fatores e componentes de mensuração simples, representativa de poucos fatores e componentes semelhantes entre si, até a parte complexa em que os fatores e a complexidade são maiores. A segunda dimensão, estático-dinâmico, apresenta a freqüência com que os fatores de decisão estão sujeitos às contínuas mudanças ambientais.
As avaliações da dimensão simples-complexo e estático-dinâmico foram realizadas por meio de escalas mínima e máxima para a freqüência e de baixa e alta para a intensidade. Os intervalos vão de 1,00 para mínima e baixa e 6,00 para máxima e alta, tendo a seguinte configuração: para as duas dimensões ambientais medidas, se a média das respostas que os administradores atribuíram ao ambiente estiver compreendida entre 1,00 e 3,50 ela corresponde à classificação de ambiente estático e simples, conforme a dimensão; caso estejam compreendidas entre 3,51 e 6,00 foram classificadas como ambiente dinâmico e complexo. Os valores atribuídos às dimensões freqüência e intensidade foram apurados e ponderados para efeito de cálculo da média e desvio padrão, possibilitando classificar a percepção dos administradores dos hotéis estudados em relação ao ambiente.
Para a organização dos dados, foi utilizado o software Excel e o Statistica 6.0. A planilha eletrônica Excel possibilitou a elaboração de tabelas e gráficos e, pela facilidade de operacionalização, permitiu a importação da tabela de dados para o Statistica 6.0, com o qual se efetuou a análise em componentes principais, enquanto método da análise multivariada. A análise multivariada é um conjunto de métodos estatísticos que permite a análise simultânea de medidas múltiplas para cada indivíduo ou objeto em análise (Reis, 1997), sendo que o método de componentes principais possibilitou reconhecer as associações entre as variáveis que se desejava estudar e as semelhanças entre os hotéis.
Já o método da análise dos componentes principais, segundo Reis (1997), é um procedimento estatístico multivariado que permite transformar um conjunto de variáveis iniciais, correlacionadas entre si, num outro conjunto de variáveis hipotéticas não correlacionadas (ortogonais) de componentes principais, que são resultados das combinações lineares do conjunto inicial, tendo como função, encontrar relações matemáticas entre as variáveis iniciais que, a partir de poucos componentes principais permitam explicar o máximo possível da variação existente nos dados e descrever as relações entre as variáveis.
A análise se efetua por meio da criação de novas variáveis hipotéticas, resultantes de combinações lineares das variáveis originais que, por restrições no procedimento algébrico, são ordenadas de maneira decrescente segundo a informação que recuperam da base de dados, e são geradas para serem independentes entre si. Ainda, no método de componentes principais, toda a variância das diferentes variáveis é considerada comum ao conjunto delas, isto é, apresenta 100% de comunalidade, o que possibilita distinguir este método da análise fatorial em fatores comuns e específicos, sendo seu objetivo principal, explicar o máximo possível da variância original no conjunto de dados por alguns componentes principais (HAIR et al., 2005).
Dessa forma, o modelo fatorial dos componentes principais possibilitou, neste trabalho, que a matriz de dados fosse decomposta em duas outras matrizes, uma relativa às variáveis e chamada de matriz de cargas fatoriais e outra relacionada aos casos ou hotéis, chamada de matriz de escores fatoriais, permitindo reconhecer as associações entre as variáveis que se desejava estudar e as semelhanças entre os hotéis.
4. Característica do Ambiente na percepção dos Administradores de Hotéis
Nesta seção estão apresentadas as características, obtidas a partir da percepção dos Administradores de Hotéis de Florianópolis, que estão relacionadas com as variáveis do ambiente: Política, Econômica, Tecnologia, Legais, Sociais, Concorrentes, Fornecedores e da EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) e, por fim, realizada uma análise geral dessas variáveis relacionando-as com a percepção que os Administradores dos Hotéis tiveram do ambiente. Para efeito desta análise, foi elaborado o Gráfico 1, segundo o modelo de complexidade e estabilidade de Duncan (1972).
Gráfico 1: Percepção dos administradores em relação às variáveis ambientais.
Fonte: Dados da pesquisa
No gráfico acima, representativo da percepção dos administradores de hotéis em relação às variáveis ambientais Tecnológicas e Concorrentes, verificou-se que, estão dentro do quadrante Dinâmico-Complexo, indicando, segundo Duncan (1972), um elevado grau de percepção de incerteza sobre elas.
Para a variável Tecnológica, pode-se verificar nos últimos cinco anos, grandes mudanças quer seja no sentido de divulgar, prospectar, trazer e manter seus clientes por meio de recursos eletrônicos bem como procurando proporcionar-lhes as mesmas condições que eles dispõem em suas residências e locais de trabalho, seja em termos de instalações que estão relacionadas ao conforto e segurança, como em relação a equipamentos que ofereçam aos hóspedes rapidez nas informações e nos meios de comunicação.
Em relação à variável Concorrente, existiu, neste mesmo período, uma preocupação no acompanhamento das ações dos concorrentes procurando identificar seus pontos fortes e fracos para, dessa forma, poderem competir em igualdade de condições. Muitos dos hotéis que procuraram acompanhar seus concorrentes aprenderam com eles e os imitaram, tanto no sentido de diversificar os produtos e serviços prestados aos clientes, como também na forma de divulgá-los para um novo mercado, o interno.
Portanto, a atenção maior para com o mercado, se deve em função da entrada das grandes redes em Florianópolis, podendo-se citar, entre eles, os hotéis Softel Florianópolis, Slaviero Slim Goldem, Íbis Florianópolis, Mercure Apartaments Itacurubi e o Deville Florianópolis. Outro fator que influenciou esta postura foi a mudança no perfil do turista, que antes eram, em sua grande maioria, procedentes da Argentina e do Uruguai, hoje são procedentes de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul e, se o setor está mais competitivo, existe também, a necessidade da aplicação de mais recursos para buscar a preferência dos clientes e mantê-los fidelizados.
Já para a variável dos aspectos Legais que aparece no quadrante Estático Simples, segundo Duncan (1972), ela é representativa de uma percepção reduzida da incerteza, onde existe um número pequeno de fatores e componentes no ambiente que se assemelham entre si e que permanecem basicamente os mesmos, ou seja, não mudam. Para essa variável, em relação aos hotéis de Florianópolis-SC, pode-se dizer que estão relacionados com a estrutura local que é oferecida aos turistas. Essa estrutura está muito limitada pela legislação que impede a construção de novos empreendimentos em áreas consideradas de preservação ambiental, próximas às praias e junto à natureza ou em locais que possuem belas vistas para elas e que são a preferência dos turistas, fazendo que muitos deles tenham que ficar hospedados no centro da cidade, enfrentando os transtornos ocasionados por congestionamentos impostos pelas limitações do sistema viário da cidade. Outro fator estrutural da cidade, é que Florianópolis não dispõe de atracadouros para grandes embarcações, como ocorre em cidades turísticas dos países da Europa, limitando a vinda de muitos turistas que se utilizam desse meio de transporte. Um outro fator limitante imposto pela legislação vigente é a proibição do funcionamento de cassinos e casas do gênero, restringindo a diversão dos hóspedes que têm preferência por esse tipo de entretenimento. Esses fatores somados limitam a atuação no setor.
Portanto, os aspectos legais que são de baixa incerteza, pela análise, se justificam porque os administradores estudados não têm como interferir e dependem da administração pública que determina a estrutura (sistema viário, atracadouros, cassinos), sendo que uma alternativa para a mudança desta situação seria, a formação de uma coalizão dominante de gestores de hotéis que pudessem influenciar os gestores públicos.
Por fim, para as variáveis Econômicas, Políticas, Sociais, Fornecedores e da EMBRATUR, não existe nenhuma percepção que prevaleça sobre elas, uma vez que se encontram em todos os quadrantes ao mesmo tempo (Gráfico 1), ou seja, são comuns a todos os quadrantes do modelo de Duncan (1972). Dessas variáveis, cabe alguma ressalva, à variável EMBRATUR, que nos últimos anos, tem demonstrado maior empenho em divulgar o Brasil enquanto destino turístico no exterior.
Com o propósito de apresentar a configuração geral do ambiente, a Tabela 1 abaixo é representativa dessa informação.
Classificação do Ambiente |
Freqüência |
Freqüência Acumulada |
Freqüência Relativa |
Freqüência Relativa Acumulada |
ES |
10 |
10 |
45,5 |
45,5% |
DC |
9 |
19 |
41,0 |
86,5% |
DS |
2 |
21 |
9,0 |
95,5% |
EC |
1 |
22 |
4,5 |
100% |
Total |
22 |
|
|
|
Tabela 1: Classificação Geral do Ambiente.
Fonte: Dados da Pesquisa
Na análise destes dados, pode-se verificar também, uma predominância das percepções dos Administradores de Hotéis para variáveis do ambiente Estático-Simples (45,5%) e Dinâmico-Complexo (41%) confirmando as informações obtidas do Gráfico 1.
Esses dados confirmam que os administradores dos Hotéis de Florianópolis percebem, com predominância, o ambiente com reduzida percepção de incerteza (Estático-Simples) para a variável que trata dos aspectos Legais e como de elevada percepção de incerteza (Dinâmico-Complexo), para as variáveis Tecnologia e Concorrentes. Em contrapartida, houve uma pequena parcela dos administradores que percebem o ambiente com uma percepção moderada da incerteza (Dinâmico-Simples) e com reduzida percepção de incertezas (Estático-Complexo). Os dados sugerem que, existe variação na percepção do ambiente pelos administradores de hotéis de Florianópolis, cabendo salientar que dez, dos vinte e dois hotéis estudados, percebem o ambiente como estático-simples e lidam com reduzida percepção de incerteza, entendendo que os fatores do ambiente não mudam e são semelhantes entre si. Nove, dos vinte e dois hotéis estudados, percebem o ambiente como dinâmico-complexo e têm uma incerteza maior na tomada de decisão.
5. Considerações finais
Os resultados da pesquisa apontaram que, os Administradores de Hotéis de Florianópolis percebem o ambiente organizacional com predominância para a dimensão Estático-Simples, sobretudo para os aspectos Legais e para a dimensão Dinâmico-Complexo que está relacionada às variáveis Tecnológicas e dos Concorrentes.
A justificativa das variáveis, Tecnologia e Concorrentes, estarem no ambiente dinâmico-complexo, pode ser explicada pela entrada das grandes redes na cidade de Florianópolis, fazendo com que os Administradores de hotéis tivessem que se posicionar de forma competitiva frente aos novos entrantes, acompanhando suas estratégias e definindo táticas que pudessem fazer frente aos mesmos. Por outro lado, aqueles Administradores que perceberam o ambiente como Estático-Simples, não se preocuparam com a concorrência, preferindo manter as estratégias atuais e com foco no mercado já conquistado. Estes últimos terão, provavelmente, dificuldades para manterem uma carteira de clientes estável, perdendo clientes para aqueles que procuraram se adaptar mais rapidamente ao seu ambiente.
Associando as variáveis do ambiente e a percepção dos Administradores dos Hotéis, pode-se verificar que existe um elevado grau de percepção de incerteza para as variáveis Tecnológicas e Concorrentes, sugerindo que para essas duas variáveis, existe uma preocupação maior dos Administradores no seu monitoramento. Esse tipo de percepção, para essas variáveis, justifica-se: 1) pela freqüência nas mudanças de tecnologia utilizada pelos Hotéis; e 2) em relação à variável Concorrente existente, pela entrada das grandes redes, uma grande preocupação no seu monitoramento.
Em relação à variável que se refere aos aspectos Legais e que é representativa de uma percepção reduzida da incerteza, pode-se perceber que apesar dos Administradores terem uma grande preocupação com essa variável, ao mesmo tempo, têm ciência de que essa variável não tem perspectiva de mudança em curto prazo, inibindo a vinda do turista na cidade, uma vez que atrações como cassinos e outras casas do gênero são proibidos por lei em nosso país.
Analisando as demais variáveis, pode-se entender que, de certa forma, é bastante coerente às percepções dos Administradores, sobretudo para as variáveis Econômicas, Políticas, Sociais e da EMBRATUR, uma vez que elas são independentes da vontade dos Administradores, não sofrendo mudanças a partir de suas ações, por outro lado, esperava-se que para a variável Fornecedor, a percepção dos Administradores fossem de reduzida incerteza, uma vez que ela é um dos aspectos prioritários no setor e faz diferença no resultado do hotel, e em função disso deveriam ter seu total controle, tendo uma carteira de fornecedores estáveis e sem variações assegurando-se, dessa forma, a disponibilidade dos insumos, quando necessários.
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