Prácticas de gestíon adoptadas en instituciones de educación superior establecisa en el estado de Santa Catarina
Jadir Roberto Dittadi* y Marcos Antonio de Souza**
Recibido: 20-04-2009 - Aprobado: 02-07-2009
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RESUMEN: Palabras clave: Proceso de gestión, prácticas de gestión, Institución de Enseñanza Superior |
Em Santa Catarina, estado de abrangência desta pesquisa, o número de instituições cresceu de 22 (11 privadas e 11 públicas), em 1997, para 105, em 2006, um aumento de 377%. No final de 2006, o número de IES privadas subiu para 97, enquanto as públicas reduziram-se a 8 (INEP, 2007b).
Em relação à expressiva expansão do número de instituições privadas, Silva, Beuren e Silveira (2007) observam que isso decorre do fato das instituições públicas não conseguirem suprir, sozinhas, as necessidades de ensino superior. Foi em função disso, segundo Lobo e Silva Filho (2007), que um número maior de instituições de caráter privado foi autorizado a operar. Inicialmente, foram autorizadas as instituições privadas sem fins lucrativos e, na seqüência, também, IES com finalidade de lucro. Em decorrência desse caráter progressivo de criação de IES, a competição se instalou com maior intensidade.
De fato, o crescimento do número de Instituições Privadas de Ensino Superior (IPES) modificou o mercado de ensino no estado de Santa Catarina, trazendo em seu bojo vários desafios para o setor, tais como: evasão, inadimplência e ociosidade de vagas. Para Flores (2005), o mercado passou a exigir um modelo de gestão mais amplo, envolvendo o planejamento estratégico, o conhecimento e o controle dos custos, o equilíbrio na relação alunos versus professores versus funcionários técnico-administrativos, a gestão administrativo-financeira e a gestão acadêmica. Tudo isso com o apoio de tecnologia integrada de informação.
Nesse contexto, aliado à gestão acadêmica, também deve haver um modelo de gestão profissionalizado, amparado por processo de gestão voltado ao planejamento e ao controle do resultado econômico. Muraro (2007) ratifica tal entendimento, argumentando que é necessário às IPES adotarem um modelo de gestão adaptado às suas realidades estruturais, envolvendo um processo suportado pelo planejamento estratégico, orçamento operacional, execução e controle de planos que permitam uma gestão eficaz dos recursos.
Muraro (2007) considera que a atividade de controle do resultado passa a ser a sustentação específica de que os gestores necessitam para a eficaz condução econômica na gestão das IES. Reforçando essa percepção, e de acordo com o entendimento de Souza e Ott (2003), tal atividade contribui para a sustentável continuidade da instituição.
Diante das maiores complexidades e desafios para a continuidade das IES, o presente estudo busca responder à seguinte questão de pesquisa: Qual a utilização de práticas de gestão em instituições de ensino superior estabelecidas no estado de Santa Catarina? Para os fins deste estudo, por práticas de gestão assume-se as fases principais estabelecidas no processo de gestão, ou seja, o planejamento estratégico, o planejamento operacional e o controle, este último envolvendo a avaliação de desempenho.
O objetivo central da pesquisa é, portanto, investigar a utilização de práticas de gestão em instituições de ensino superior estabelecidas no estado de Santa Catarina. Com essa perspectiva, o estudo envolve os seguintes objetivos específicos: (1) caracterizar as categorias administrativas das IES; (2) identificar o nível da concorrência e preços no ambiente das IES; (3) descrever a participação dos gestores no processo de gestão; (4) comparar a utilização das práticas de gestão entre as formas de categoria administrativa das IES; (5) verificar a correlação entre a utilização das práticas de gestão com o desempenho econômico das IES.
A justificativa para estudos abordando as IPES encontra amparo em pesquisas precedentes. Em estudo realizado por Schwartzman e Schwartzman (2002, p. 26), que objetivou caracterizar o ensino superior privado brasileiro, os autores enfatizam a necessidade de pesquisas de campo para melhor entender as IPES. Manifestam que “pouco se sabe, na realidade, sobre as características econômicas e empresariais destas instituições; pouco se sabe sobre as perspectivas de seus dirigentes, e das visões que têm a respeito de seu futuro”.
Estudos empíricos no estado catarinense, como os de Flores (2005) e Menegat (2006), justificam que novas e ampliadas pesquisas sejam realizadas para avançar no conhecimento do processo de gestão das IES. Esses autores concentram seus estudos em universidades privadas comunitárias, não abrangendo, portanto, as IPES. Assim, não discutiram as práticas de gestão como aqui se propõe. Portanto, tem-se um acréscimo de escopo, pois amplia-se a análise da gestão do ensino para outras modalidades de IES: as privadas particulares.
Ainda dentro da delimitação da pesquisa, o estudo abrange, além das IES privadas, também as públicas municipais. Nessas, as mensalidades dos cursos também são, da mesma forma que nas privadas, a principal fonte de receita. Há, portanto, uma característica comum de disputa de mercado entre elas. Excluem-se desse estudo as IES públicas federais e estaduais, pois, dados os aspectos da gratuidade, estão fora do escopo de uma disputa de mercado.
* Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC. E-mail: jadir.rd@gmail.com
** Universidade do Vale do Rio dos Sinos. E-mail: marcosas@unisinos.br